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Young Forever (conclusion)

Aviso: Esse capítulo é enorme e eu me dediquei muito por ele. Então, por favor, tenham paciência comigo. É o último, e eu quis realmente fazer algo legal pra todos vocês, da melhor forma possível.

E, por favor, leiam as notas finais.

. . . . . . .

Depois de toda a tempestade interna antes de conversar com os meninos sobre a decisão final, acabei saindo logo de casa e acabar com isso de uma vez por todas.

Depois de ter marcado a reunião na casa do Taehyung, onde tudo começou, me senti muito assustada. O motivo principal disso tudo foi a ideia horrível da prima do Tae de não chamar o garoto escolhido sem os outros saberem. Dessa forma eles só saberiam sobre quem foi escolhido ao perceber que todos estão lá, exceto por um deles. Ela disse que seria estranho chamar todos, considerando que o Jimin ficaria numa condição complicada. E os outros também. No final das contas, sou só eu, eles, e a minha responsabilidade de contar a verdade.

Apesar de todo o meu medo não ter sido sem razão, afinal, felicidade não foi exatamente o que eles sentiram, percebi que o clima ficou menos pesado do que eu esperava.

Lembro que depois de me abrir sobre a minha decisão, comecei a chorar falando que sentia medo das coisas ficarem frias na nossa amizade por causa do jogo, e lembro também deles terem se levantado pra me abraçar, dizendo que as coisas ficariam bem depois que tivessem um tempo pra acalmarem os ânimos e voltarem ao normal.

E foi o que fizemos. Demos tempo um pro outro. Todos se afastaram por algum tempo após o fim do jogo. Alguns viajaram, outros foram visitar a família em outro bairro. Mas absolutamente todos passaram um tempo fora do residencial. O que eu faria igual no lugar deles, pra ser sincera.

Ainda assim, foi difícil pra mim separar as coisas na cabeça porque, pra ser sincera, esse período do jogo passou muito, muito rápido. Foi complicado colocar cada realidade no lugar dentro da minha mente. Eu sentia que mesmo depois de ter escolhido Jimin, a sensação do jogo acontecendo ainda parecia presente, sentia que o afastamento dos meninos era por estarem ressentidos, mesmo que tivessem dito mil vezes que não era isso, e outra coisa que passei a sentir foi que o Jimin agia cada vez mais como se nos conhecêssemos desde muito novos.
Pareceu que, pra ele, oficializar um relacionamento de verdade pela primeira vez trazia uma liberdade muito grande. A intimidade entre nós dois cresceu muito desde então. Romanticamente falando. Senti que ele realmente me via como parceira dele.

Depois de sair da casa do Taehyung naquele dia, tenho a memória de ter encontrado o Jimin sentado na varanda da casa dele. Em outra manhã de frio. Ele parecia bem preocupado enquanto olhava o pátio do residencial. É, eu não o culpo e nem me surpreendo. Ele pode ter competido contra os meninos, mas eles são todos amigos, no final das contas. Imagino que estaria pensando em como os outros ficaram ao saber.

Naquele dia nós escolhemos não nos ver como um casal por alguns dias. Apesar de termos esperado muito tempo, toda a situação do fim do jogo e da situação dos nossos amigos dava um embrulho no estômago. Não conseguíamos nos sentir bem. E queríamos isso. Dar essa espaço de respeito pelos outros garotos. Então por alguns dias, ficamos conversando e refletindo como amigos, longe dos olhos dos outros garotos. Na maior parte das vezes, por mensagem mesmo. Se não me falha a memória, ficamos 2 semanas sem ter qualquer contato físico chamativo e quase sem direcionar a palavra um ao outro. É engraçado pensar nisso agora. Parece muito bobo depois de ter envelhecido um pouco mais. Principalmente porque na época, Alícia foi a primeira a notar nossa comportamento.

Teve um dia que ela me pediu para ir até a casa do Namjoon buscar algumas coisas que ela deixou lá e, quando entrei, me deparei com o Jimin na sala de estar. Olhamos um para o outro rápido e logo direcionamos o foco para outro canto. Namjoon estranhou que não nos cumprimentamos, mas ficou quieto e pediu para que o Jimin me ajudasse, já que tinham muitas roupas da minha irmã pra levar, e ele estava ocupado. Foi quando chegamos os dois na minha casa e Alícia claramente percebeu que algo estava errado.

Depois que o Jimin saiu, ela veio me perguntar o que estava acontecendo, e acabei tendo que abrir o jogo. Tenho a imagem clara até hoje na cabeça da Alícia rindo da minha cara.

"Vocês são tão fofos." Foi exatamente o que ela me disse. E acrescentou que achava que não deveríamos me preocupar. E que, aliás, deveríamos fazer com que o que os meninos estavam passando valesse a pena, não desperdiçando o tempo junto.

Nesse dia eu conversei com o Jimin sobre isso por mensagem, e de madrugada nos encontramos fora da casa pra nos ver pessoalmente depois de dias.

Nós fazemos coisas estranhas, às vezes. Teria respeitado a presença dos garotos de qualquer jeito, se fosse hoje em dia, mas evitar até contato visual como fizemos naquelas duas semanas? É meio engraçado. Fomos bem extremos.

E então, depois de 1 mês após o fim do jogo, os meninos lentamente começaram a voltar pra casa.

Senti muita falta deles. No dia que vi Hoseok passando pela entrada do residencial, fiquei com muita vontade de correr e abraçá-lo. O que eu claramente não fiz, com medo. Porém, na mesma semana, quando todos já tinham voltado, Namjoon fez uma reunião na casa dele pra dar as boas vindas. E fomos todos. Lá, graças à Deus, tive a chance de ser abraçada por todos eles. Cada um dos garotos parecia mais tranquilo. O que me aliviou muito. Admito.

Para a minha não surpresa, Taehyung disse que estava namorando com Silena. Fiquei muito, absurdamente feliz. E para a minha surpresa, Jin disse que também tinha conhecido alguém nesse meio tempo que passou fora. E assim, vi que nossos caminhos estavam se abrindo pro futuro. O que trazia uma certa paz.

O tempo foi passando e eu assisti todos os meninos amadurecendo. É claro que alguns deles já eram até mais velhos do que eu e eu posso parecer falando agora, mas todos eram tão divertidos como crianças que eu sentia como se fosse a mais velha de um círculo de amigos de infância vendo todo mundo tomar seu rumo e crescer. Foi muito bom ver tudo isso.

O tempo pareceu tomar seu ritmo natural, sem pressa, e logo, chegou um dos dias que eu menos esperava anos atrás, e que depois de alguns meses depois do fim daquele jogo, passou a ser o que eu mais queria vivenciar: Meu casamento.

Hoje.

Park Jimin P.O.V

Eu nunca estive tão nervoso na minha vida.

E que raiva por ter sido a pessoa que ficou rindo da forma clichê e toda fofa como as pessoas ficam nervosas no dia do próprio casamento, porque é como se meu eu do passado estivesse rindo da minha cara agora.

Ridículo.

Não vi a Anaíz o dia todo. Dormimos juntos ontem, e quando acordei, ela já tinha desaparecido da cama. E por mais que todos falem que ela está bem e só sumiu por causa daquela tradição maluca de casamento, fico com a sensação de que alguma coisa vai dar errado e a ansiedade acaba me derrubando.

- Tio Jimin! - Viro na direção da vozinha e avisto Jung Eunbi, a filha mais velha do Hoseok de 7 anos entrando no meu camarim.

Imaginar Hoseok casado nunca foi difícil. A parte impossível de visualizar, é com quem ele se casou. Kwang Soojing. Que agora é Jung Soojing. Sim, a garota que meus pais queria que eu noivasse.

Apesar de ser bizarro imaginar isso, parece que Hoseok era exatamente o que ela precisava na vida dela. A animação dele parece que quebrou o pouco que sobrou da casca grossa que tinha nela, e eles são um dos meus casais favoritos.

E se você achou a união deles estranha, é porque não conheceu os outros casais que se formaram.

- Oi, querida! Precisa de alguma coisa? - Pego Eunbi no colo.

- Você está muito bonito hoje, tio!

- O que aconteceu? Quebrou alguma coisa? - Pergunto.

- Não! - Ela ri. - Mas eu quero bala.

- Ah, claro que quer. Vamos pegar, então. - Coloco ela no chão e ela me segue até um canto do camarim onde tinha um pote de vidro de balas em cima de uma mesinha. Deu algumas pra ela, que colocou duas de uma vez na boca. - Não come bala demais. Ainda vão distribuir doces mais tarde.

- Tudo bem. - Vou até o espelho do camarim e arrumo a gravata. - Você ama muito a tia Anaíz, não ama? - Olho pra ela.

- É tão óbvio? - Respiro fundo ao dizer.

- É que essa é a terceira vez que eu entro aqui hoje e você continua tremendo enquanto arruma a sua gravata. Ou você é narcisista que nem o tio Jin, ou você quer ficar muito bonito pra casar com a tia Anaíz.

- Quem te ensinou o que é narcisismo, menina? - Rio abafado.

- Eu leio algumas coisas do dicionário do papai. Essa foi a palavra difícil da semana. - Ela sorri, muito orgulhosa de si mesma.

Eunbi sempre demonstrou ser uma criança à frente do normal no aprendizado. Ela adora ler e entende as coisas muito rápido. Fico feliz toda vez que vejo o prazer dela por isso.

Sorrio e olho para os meus sapatos.

- Você está certa, Eunbi. Eu amo muito a tia Anaíz. Muito mesmo. - Abaixo na frente e seguro suas mãozinhas. - E é por isso que estou preocupado desde hoje de manhã.

- Não vou te dizer nada sobre o estado nem a localização dela. - Ela diz com um sorriso no rosto. - Espere.

Falhei. Perdi pra uma criança. Deixo minha cabeça tombar pra frente em frustração e me levanto.

- Fique calmo, tio. Não vai demorar tanto. Ah, e o papai disse que queria falar com você. - E então, ela sai correndo para fora do camarim.

- Agora? - Olho pro espelho do camarim. - Vou ter que encarar as pessoas, então. Boa sorte pra mim.

Anaíz Wayoli P.O.V

- Acho que me arrependi. Não quero mais usar esse vestido. - Digo.

- Para com essa bobeira, hein? Não volto na loja daquela puta ignorante mesmo! - Alícia diz. - Principalmente numa hora dessas. Logo hoje. E essa palhaçada é só por causa da renda que eu sei.

- Mas os pais do Jimin estão aí. O que eles vai cagar? - Olho para o decote do vestido e as partes de renda que por serem transparentes, mostravam bastante pele.

- Se eles não gostarem, pau no cu deles. - Soojin levanta da poltrona onde estava sentada e vem até mim. - Você não é assim e eu entendo que é nervosismo, mas para. Tá ridículo. É o seu casamento. Você adorou esse vestido. Chega de gracinha.

Arregalo os olhos ao ouvir essas palavras serem ditas por ela, mesmo que fosse normais.

- Ah...certo. Obrigada. - Respondo.

- E o vestido nem mostra tanto assim. Até porque você nem gosta de mostrar tanto. Ele é só um tanto ousado, porém, elegante. O meu foi pior e nem por isso me arrependo. Faria igual. - Alícia se abaixa pra desembolar meu véu.

Lembro da cerimônia de casamento de Alícia e Namjoon. E pensar que já fazem 4 anos. O tempo passou devagar até certo ponto. Depois que eu e o Jimin noivamos, parece que tudo começou a passar rápido pra caramba. Tive até a sensação de que não teríamos tudo pronto até a data do casamento. Mas tudo deu certo. Apesar de eu ainda me sentir insegura quanto várias coisas. Mas, Alícia me faze lembrar que essa sensação é normal.

Ouço baterem na porta. Olho para Alícia em alerta, pensando ser justo quem não posso ver. Alícia vira para Soojin e pede pra ela atender.

- Quem é? - Ela diz, ao se aproximar e tocar a maçaneta.

- Silena. Posso entrar? - Ouvimos sua voz atrás da porta.

Suspiro em alívio e Soojin abre a porta cautelosamente. Depois que Silena finalmente entra, seus olhos chegam até mim e parecem se encher de brilho.

- Meu. Deus. - Ela vem até mim e segura minhas duas mãos. - Você é a oitava maravilha do mundo? - Sorrio. - Por que está tão apreensiva com o vestido? Ele ficou perfeito em você.

- Ah, é que.... - Alícia me interrompe.

- É que os pais do Jimin, mais especificamente falando, o pai dele, estão aí e ela tem medo do pensamento que ele terá. Porque parece que de todos os pais, ele é o mais conservador e não sabemos o que ele pode pensar da exibição de pele. Mas não é nada que tenha real relevância. E ela sabe disso.

- Seu discurso ridiculariza meu nervosismo. - Respondo, fechando a cara.

- Sério? Era pra ridicularizar o pai do Jimin. Paciência zero. - Ela responde, pegando a caixa do meu salto.

- Ah, Anaíz. Não se preocupe com isso. Se ele aprovou o relacionamento e sabe que as coisas no seu pais são diferentes, não vai voltar atrás agora, não é? Ele pode ser conservador, mas não é burro. Ele trouxe o Jimin pra cá sabendo dos riscos. - Silena fala docemente.

- É o que eu espero. - Respondo, respirando fundo. Me sento na cadeira mais próxima e me olho no espelho. - Queria tanto ver o Jimin. Como será que ele está?

- Uma pilha de nervos. - Silena responde. Olho para ela rapidamente. - Ele saiu do camarim agora pra ir falar com o Hoseok. Parecia que o mundo estava desmoronando debaixo dos pés dele. Da última vez que vi um homem assim, eu estava no casamento da Alícia e do Namjoon.

- Jura? Acho que vou lá fora ver isso. - Soojin ri e rapidamente sai do camarim.

O relacionamento dos dois não mudou em nada. Ao não ser pelo falo de agora parece mais uma implicância de irmãos de idade diferentes.

É estranho imaginar todas as coisas que aconteceram e os pares que se formaram desde que eu e o Jimin começamos a namorar. E Soojin forma um dos pares mais inusitados que já vi.

Enquanto Soojing, antiga "noiva" do Jimin, casou com Hoseok (outro par nem um pouco esperado), Soojin, prima do Taehyung, está noiva do Jungkook. Sim. Quem diria?

Jungkook me surpreendeu muito quando chegou até mim, na época que me tornei mais amiga de Soojin, e disse que achava que tinha começado a gostar dela. Se me lembro bem, eu estava bebendo refrigerante e cuspi tudo.

Ele era extremamente tímido, e é uma coisa que não mudou tanto. Apesar da Soojin ter me contato algumas coisas que me fazem pensar que, realmente, em certos momentos qualquer um pode mudar. Acho que ela corrompeu ele. Ou agravou o que tinha escondido lá dentro.

Já Soojin, sempre foi atendada, então não me surpreendeu ela ter criado interesse nele depois.

Apesar de ser fácil olhar pra eles e imaginar algumas coisas erradas por causa da personalidade dos dois, conhecendo os dois de perto, você entende porque eles são noivos, e não só um rolo um do outro.

- Estou com fome. Acho que vou pegar alguma coisa lá fora pra comer, na mesa de frios. - Alícia diz, e logo antes de desaparecer atrás da porta como Soojin fez, ela se vira pra mim e Silena. - Querem alguma coisa?

- Muito nervosismo no momento pra comer. - Respondo.

- Traz um prato com alguns frios e salgadinho, por precaução. E uns extras pra eu comer agora, por favor, Alícia. - Silena diz.

- Okay. Volto já. - Ela sai e ficamos apenas eu e Silena.

Pego meu celular que estava na penteadeira e entro nas minhas mensagens. Apesar da maior parte das pessoas com quem eu falo estarem lá fora me esperando, ainda tem mensagens das mesmas aqui, desejando coisas boa desde que acordei.

Sorrio ao ver o grupo que criei para conversar com os meus pais desde uma semana antes do dia que eles viriam conhecer o Jimin. Começo a revirar algumas mensagens, das antigas até as mais recentes.

Mensagens:

> Pai: Any? Aterrissamos, querida.

Ah, que bom! Bom dia.
A viagem foi tranquila?

> Pai: Foi sim. Sua mãe está no banheiro. Não deve demorar pra mandar alguma mensagem.

> Mãe: Estava cheio. Já estou aqui.
> Mãe: Faz algum tempo que não venho em Santa Catarina. Aqui é tão frio comparado ao Rio.
> Mãe: Não tem passado sufoco desde que se mudou, filha?

No início confesso que me incomodei um pouco, apesar de gostar do frio. Mas não demorei muito pra me adaptar. Acho que vocês dois vão se acostumar logo.

> Pai: Espero que sim. Meus dedos estão congelando enquanto digito.

> Mãe: Melhor pegarmos logo um táxi pra chegar aí. É mais frio do lado de fora e estou ansiosa pra conhecer meu genro!

... 1 dia depois ...

> Mãe: Meninas, estão acordadas?

Oi. Eu estou sim.
Algum problema?

> Mãe: Me desculpe por não ter te dado uma resposta sobre o rapaz. Conversei tanto com ele e com a sua avó que esqueci que tinha algumas coisas pra lhe falar sobre vocês dois.

Ah, não se preocupe com isso.
Eu fico feliz que tenham se dado bem.

> Mãe: Sim, sim!
> Mãe: Por trás do medo que senti nele de mim e do seu pai, ele pareceu estar muito entusiasmado. Foi educado todo o tempo e vocês parecem se dar tão bem.
> Mãe: Fico feliz de ver que conseguiu construir sua vida independente de qualquer um, Any.
> Mãe: Desculpe por ter feito vocês passarem por coisas que nem sabia que estava passando. Desapareci da sua vida por muitos anos com todas as verdades que você e Alícia merecia ouvir.

Não se desculpe.
Já te perdoei por isso.
A senhora passou por muitas coisas. Problemas vem e vão. Decisões devem ser feitas por uma boa razão, mesmo que sejam doloridas de fazer.
Ao menos você voltou. E o papai também.

> Mãe: Não mereço vocês duas.
> Mãe: Obrigada, Any.
> Mãe: Ah, e antes que me esqueça, Alícia já dormiu?

Acredito que sim. Ela e o Namjoon vão sair amanhã cedo.

> Mãe: Queria que ela soubesse que também conversei muito com o namorado dela.
> Mãe: Namjoon é muito maduro e gentil. Inteligente também.
> Mãe: Se estiver lendo isso mais tarde, Alícia, saiba que tenho muito orgulho do que se tornou. Vocês duas. Muito obrigada por se mostrarem na frente da geração anterior. Vocês não tem preço.

... anos depois ...

> Alícia: Anaíz, minha irmãzinha, conseguiu marcar naquela data?

Consegui. Ai. Eu consegui. Finalmente parei em uma data, mas...ainda acho que não vai dar tempo. E se acontecer um imprevisto e não der tempo?

> Alícia: Não pensa assim, cara. Vai dar tudo certo no tempo certo. Se ficar com isso na cabeça, aí sim vai dar tudo errado.

> Pai: O casamento?

> Alícia: Sim, pai! Ela marcou. Final do ano que vem. Já estamos vendo a maior parte das coisas faz tempo junto com as outras meninas então esses últimos 12 meses são detalhes.

> Mãe: E mesmo assim ela está com medo de ficar sem tempo?

Eu sou indecisa com as coisas.
Meu medo é ter opções demais.

> Alícia: Normalmente é o contrário, não é? Mas tudo bem.
> Alícia: Vamos te ajudar. Vai dar tudo certo.

FAMÍLIA! O JIMIN ESTÁ AQUI EM CASA!!

> Mãe: E qual o problema, querida?
> Mãe: Vocês iam se ver hoje, não iam?

Sim. Mas não agora.
Era um jantar. De noite. Ainda são 5 da tarde. Estou tomando banho ainda. Na banheira.
Vou gritar daqui.

> Alícia: Eu moro na mesma casa. Deixa que eu falo com ele. Maluca.

Você é um anjo mesmo.

. . . . .

- Ah, por que o tempo passa? - Pergunto, secando uma lágrima. Silena olha a tela do meu celular e me vê saindo das mensagens e indo ver meu papel de parede, onde tinha uma foto minha com o Jimin na única viagem que fizemos juntos pra fora do país. Ela sorri.

- Eu não sei, Any. Mas é bom que não fique parado, pra acumularmos memórias. Ah, e falando em acumular memórias. - Ela vai até um cantinho do camarim, perto de um sofá e tira um embrulho do cantinho. - Pra você. Queria te entregar antes dos outros. É meu e do Tae.

- Ai, meu Deus! - Pego de dentro da caixa uma câmera polaroid. - Que fofa!! Eu adorei.

- Tem vários filmes dentro da caixa pra você usar bastante essa câmera. Sempre que tiver um momento muito memorável, registre. - Olho para Silena sorrindo abertamente. - É nossa forma de desejar que vocês tenham muitos momentos felizes.

Após guardar a câmera de volta na caixa, levanto e lhe dou um abraço apertado.

- Eu já sou muito feliz por ter vocês. - Digo.

- É recíproco. - Ela responde.

Jeon Jungkook P.O.V

- Quer uma bebida, senhor? - O garçom me pergunta.

- Ah, não obrigada. Eu não bebo. - Sorrio. - Você quer, Soojin?

Ela olha para a bandeja com os olhos brilhando, mas ao olhar pra mim e depois para o rosto do garçom que aguardava uma resposta, ela nega.

- Estou evitando. Pode...pode trazer duas limonadas? - O pedido me surpreende, assim como seu sorriso dedicado a mim.

- Sim, senhora... - O garçom para sua frase, esperando que Soojin responde com seu sobrenome, que o mesmo são sabia.

- Jeon. - Ela segura minha mão. - Jeon Soojin.

- Não vou demorar, senhora Jeon. Trarei seus copos. - E então, ele sai.

Olho para ela, descrente. Quando ela volta seus olhos do garçom já ao longe pra mim novamente, ela divertidamente parece estranhar a minha expressão.

- O que foi? - Ela pergunta. Eu sorrio, olhando pro chão.

- Não precisa evitar a bebida por minha causa. Eu não beber é minha escolha. Quero que você faça o que achar melhor.

- Estou fazendo. - Ela segura meu rosto. - Não estou evitando a bebida por não gostar que eu beba. Estou evitando porque ao longo do tempo isso vai me tirar tempo de vida com você. Quero viver pra estar ao seu lado, Jeon Jungkook.

Ela me beija, e sinto o rosto ruborizar. Droga.

- Eu te amo. Cada vez mais. - Deixo escapar, baixinho. - Ela sorri e une sua testa à minha.

- Com licença, meus jovens. Podem me dizer se esses lugares estão vagos?

Olho para a pessoa que falou conosco imaginando que seria alguém muito mais velho, mas me deparo com Jin hyung, sua esposa Haechul, Yoongi e Yoobin, com quem, não para surpresa de todos, se casou.

- Ah, são vocês! - Digo, indicando as cadeiras pra eles sentarem. - Achei que fosse algum outro senhor.

- A intenção foi essa. - Ele se senta e puxa a cadeira para Haechul. O ver o gesto de Jin, Yoongi faz o mesmo por Yoobin. Ela sorri, sem graça, e se senta. - Como vocês estão?

- Eu estamos bem. Um pouco nervosos. - Respondo.

- Acho que todos nós estamos esperando esse casamento faz muito tempo, não? - Haechul, ex-empregada na casa dos Park, agora dona da sua própria cafeteria, sorri para todos nós ao dizer suas palavras.

- Eu sim. - Yoongi começa. - Aconteceram várias coisas esses anos todos, mas ver esses dois crescendo como um casal, foi muito bom. De verdade. Eu fico muito feliz que tenhamos chegado até aqui. Eu olho pra todos e penso que já estamos todos casados, ou noivos, alguns já com filhos. Acho que tivemos muita sorte desse grupo ter se reunido e de tudo ter dado certo. A nossa juventude foi muito boa. E ainda está sendo, na verdade. - Ele diz, mexendo com a mão de Yoobin, que estava entrelaçada na dele.

- E por falar em filhos, está com quantos meses, Haechul? - Soojin pergunta.

- Ah, estou com 5 meses. - Ela põe a mão na barriga. - Estão passando muito rápido. Mas fico feliz, porque quero poder segurar a nossa filha. - Ela deixa a cabeça no ombro do Jin, que a abraça.

- Tio Yoongiiiii!!! - Ouvimos uma vozinha fina se aproximando e olhamos na sua direção.

Vinha andando até nós a família enorme de Jung Hoseok. Ele, Kwang Soojing, sua filha mais velha, Eunbi,  que vinha correndo na frente após chamar Yoongi, Haneul, a filha do meio de 4 anos, e a mais nova no seu colo, Hyeri.

Eunbi pula nos braços do Yoongi assim que ele vira sua cadeira na direção dela. Ele parece feliz de vê-la.

- Boa noite, senhorita Jung Eunbi. - Ele diz, sorrindo e apertando o abraço.

- Eu já tenho um primo ou uma prima chegando? - Ela olha pra cima, na direção do rosto dele. Yoongi vira os olhos na direção de Yoobin, que não tinha ouvido a pergunta e comia salgadinhos tranquilamente.

- É...n-não. - Ele responde, baixo. - Acho que ainda é um pouco cedo.

- Aahhh! Eu e as meninas queremos primos! - Ele reclama e faz biquinho.

- Talvez um dia, mocinha.

Depois de deixarem a bolsa com as coisas da Hyeri na mesa ao nosso lado, Hoseok e os outros vem falar conosco.

- A esperança do rolê chegou. Como vão? - Ele pergunta.

- Estamos todos seguindo bem nervosos com a cerimônia. E vocês? - Pergunto.

- Estamos bem. E impressionados com como Eunbi não está nervosa pra entregar as alianças. - Soojing, diz.

- Eu falei disso o ano todo! Eu quero muito, muito! Não estou nervosa, de verdade. - Ela responde, correndo até os pais e agarrando o tecido da roupa dos dois.

- Que bom, minha princesa. - Hoseok olha pra baixo, sorrindo e passando a mão nos cabelos da filha. - E o Jimin? Já passou aqui?

- Passou faz alguns minutos. Ficou parado conversando com o Taehyung lá perto da mesa do bolo. Vi ele quando chegamos. - Jin responde.

- Acho que vou lá falar com ele. Querida, quer que eu puxe a nossa mesa pro lado pra ficar mais perto de todos? - Ele pergunta, segurando a mão dela.

- Não precisa não. Eu consigo. Pode ir lá. - Eles trocam um rápido beijo e Hoseok sai.

Kim Taehyung P.O.V

Jimin estava conversando comigo sobre o nervosismo dele desde que me viu, mas eu estava com tanta fome, e ele já esteve reclamando fazem tantos dias, que só conseguia olhar pra comida na mesa perto de nós.

- Taehyung? Está escutando?

Ainda não comi nada desde o almoço. Disseram que seria uma festa com muita fartura, então deixei pra comer aqui. E nada do Jimin me liberar.

- Kim Taehyung?

A coxinha está com uma cara ótima. Nossa, queria tanto comer.

- Ei! KIM TAEHYUNG! - Volto os olhos pra ele, num susto.

- Ãhn?

- Em que planeta você estava? - Ele pergunta.

- No planeta da fome. - Respondo. Ele faz uma cara feia. - Ah, Jimin. Eu entendo que você está nervoso, cara. É só que eu acho que você precisa tentar relaxar. Olha a festa. Estão todos aqui. Está tudo tão bonito. E, o melhor pra você, comida. - Ponho a mão no ombro dele e o viro na direção da mesa de salgados. - Você ama comida. Por que não afoga o nervosismo na coxinha? Vamos, eu levo você.

- Ah, mas... - Vou empurrando ele até lá, até que ouço uma voz nos chamando.

- Jimin! Taehyung! - Olho pra trás e vejo Hoseok vindo. Ele para ao nosso lado. - Oi! Como estão?

- Estamos ótimos. Vamos ficar ainda melhores se conversarmos do lado da comida. Vamos! - Puxo os dois pelo pulso e vamos rápido até a mesa, onde finalmente posso comer.

Park Jimin P.O.V

- Seu esfomeado. - Falo ao ver Taehyung colocar suas coxinhas na boca. Viro para Hoseok. - Agora que tivemos essa chance, olá, estou nervoso pra caralho, mas bem.

- Ainda não conseguiu vê-la, não é? - Ele ri.

- Eles não me deixam! Eu odeio essa a tradição!! Com todas as minhas forças! - Passo a mão no cabelo. - Somos jovens. Porque não podemos fazer diferente?

- Eu não sei mesmo. Mas comigo foi igual. Sem querer diminuir o seu nervosismo, mas vai valer a pena. Falta pouco agora, Jimin. Vai ficar tudo bem. - Respiro fundo. - Vem cá. Me dá um abraço.

Ele me puxa contra ele, e retribuo o abraço, me sentindo meio morto.

- Me abraça direito, merda. Parece um saco de batata. Fica feliz, vai. É seu casamento. É bom viver isso tudo intensamente porque se não, quando acabar, vai se arrepender.

Lhe dou um abraço mais apertado. É...ele está certo. Me separo dele e sorrio, olhando pro salão.

- Ficou tudo muito lindo mesmo, né? - Pergunto.

- Claro que ficou. Não é de se esperar, visto que estão organizando isso faz tanto tempo. Mas tudo, até o clima da festa, está ótimo. Tudo está perfeito.

- Ah, desculpa, Hoseok. De verdade. Eu queria estar curtindo mais a festa. Mas anos atrás eu nem esperava casar um dia. E depois de alcançar tanta felicidade na vida, depois de ter me firmado com ela, eu até estranhei. Tenho medo de alguma coisa dar errado. E o meu pai está aqui, então piora tudo. - Explico pra ele, colocando as mãos no bolso.

- Se esse é o problema, não se preocupe. Ninguém vai estragar nada disso aqui. Além disso ser a união de vocês dois, é uma das maiores reuniões dos nossos amigos. Estamos revendo todo mundo. É muito grande e importante. Não vamos deixar nada acontecer de errado. Vamos proteger esse dia, todos nós, pela nossa amizade. O dia de vocês está com o selo Hoseok de proteção. - Ele sorri e faz um coração com as mãos.

Acabo rindo e deixando meu corpo relaxar. Eu sempre tive amigos incríveis. Sou muito, muito grato.

- Obrigada, Hoseok. Isso tem muita importância, pra mim. Não tenho como agradecer isso. - Respondo.

- Ah, tudo bem. Só sobe naquele altar e casa com a Anaíz. É tudo o que queremos ver em troca.

Não se preocupe que isso eu com certeza vou fazer.

Anaíz Wayoli P.O.V

A noite foi passando. E chegou a hora.

Estou andando inquieta no meu camarim enquanto Alícia arruma as últimas coisas em mim.

- Socorro. Parece que o meu coração vai sair pelo meu cu. - Digo, mexendo os dedos descontroladamente.

- Calma, olha pra mim. - Alícia vem na minha frente e segura as minhas mãos. - Está tudo dando certo. Não pensa em nada ruim quando estiver entrando. Se ficar muito nervosa, olha pro Jimin. Só pra ele. E vai. - Ele diz, com um meio sorriso, parecendo um pouco nervosa também.

- Certo...não pensar em nada errado, Jimin, ir. Tudo bem. - Respiro fundo.

- Então vamos. Estão nos esperando na outra porta. - Ela segura a minha mão e vamos juntas até a outra porta do camarim, que nos dava acesso ao caminho alternativo. Um corredor menos iluminado por onde as noivas podia passar sem serem vistas, até chegarem na entrada do caminho pro altar.

Ao passarmos pelo porta, encontramos o Namjoon. Ele sorri para nós duas e se aproxima.

- Tudo certo? - Ele pergunta, fazendo sinais de polegar com as duas mãos.

- Sim. Podemos ir. - Respondo.

- Okay. - Ele olha pra mim. - Você está linda, Any. - Sorrio de volta.

- Não está mesmo? - Alícia diz, sorrindo de ponta a ponta.

- Obrigada, Namjoon. Obrigada, Aly. Ter vocês aqui me acalma muito.

Abraços os dois e logo seguimos pelo caminho que nos aguardava. Minhas mãos tremiam um pouco, mas conforme eu chegava lá, me sentia menos estranha.

Esse é o nosso dia, Jimin. Vai dar tudo certo. Já está dando. Só me espere um pouquinho mais.

Chegamos no ponto onde eu devo me separar de Alícia e Namjoon, pra que eles possam contornar a minha entrada e sentar nos seus lugares, podendo me ver entrar.

- Daqui você continua sozinha, maninha. Mas estaremos te esperando lá dentro. - Ela diz.

- Coragem, Any. É o seu momento. Estamos aqui por você. - Namjoon sorri e me entrega meu buquê. Então logo os dois vão pelo seu caminho.

Agora sou só eu.

Respiro fundo e vou andando devagar na direção da grande porta que me aguarda. Dois seguranças estão me esperando na entrada, para abrirem a porta pra mim. Paro na frente dela, e um deles se dirige a mim.

- A senhorita está pronta? Podemos abrir? - Ele pergunta.

- Sim. Por favor. - Aperto as mãos ao redor do buquê quando ouço a marcha nupcial.

E então, os seguranças abrem as portas, e quase fico cega com as luzes do salão. Comparado ao corredor de onde saio, o lugar é tem o teto tão alto, é tão claro, e tão bonito com todas as decorações de flores, que perco meu ar. Mas automaticamente sorrio.

Fruto do trabalho de todos juntos. Me sinto tão feliz por ter envolvido meus amigos nisso.

Dou os primeiros passos adentrando o salão e passando pelo corredor. Sinto cada batida do meu coração enquanto olho as pessoas ao meu redor, que tinham seus olhos na minha direção. Encontro todos os meninos no lado dos convidados do Jimin, acenando pra mim, parecendo incrivelmente felizes, enquanto suas noivas e esposas estavam do lado dos meus convidados.
Vejo os pais do Jimin. Sua mãe sorrindo abertamente na minha direção, e seu pai com um leve sorriso no rosto. Os dois acenavam.
Novamente no meu lado, encontro meus pais, e Isabel e Davi, meus pais adotivos, juntos.
Encontro minha irmã, com Haneul no colo, enquanto Kwang segurava Hyeri.

Todos estão aqui. E sinto que meu coração se aquece ao vê-los.

Olho para frente depois de alguns segundos. Faltava pouco para o altar. E é quando encontro os olhos dele.

Jimin vestia um terno tão branco quanto o meu vestido. Seus cabelos ainda estava negros como anos atrás. Cada dia parecia mais perfeito usando sua cor natural. O sorriso de satisfação no rosto dele trazia toda luz e confiança de que eu precisava, e é o que uso pra manter o passo dos degraus do altar até estar na sua frente. E sou incapaz de tirar meus olhos dele. Não mais por medo, mas porque é ele. É quem eu quero. É quem eu amo. E é quem me traz coragem.

Completo meu caminho e paro na sua frente. Meu coração batendo rápido. Minha felicidade pulando dentro de mim. A música para.

Estamos frente à frente.

- Senhoras e senhores, boa noite. - O celebrante inicia suas falas. - Estamos aqui juntos esta noite para presenciar e celebrar um dos acontecimentos mais belos da vida. Peço que mantenham seus celulares no silencioso e mantenham-se confortáveis em suas cadeiras.

- Você está perfeito. - Sussurro enquanto o celebrante fala. Jimin arregala os olhos.

- Eu? - Ele sussurra de volta. - Você é a única pessoa perfeita aqui.

- Todos nós vivemos pensando no futuro. É natural que, diante da vida, passemos por medo e ansiedade, imaginando se algo bom resultará das escolhas que fazemos. A insegurança, o medo, a ansiedade e a tristeza são sentimentos que pedem por boas memórias. Memórias estas que nos dêem o desejo de formar novas. Proporcionando coragem pra seguir em frente. E nessas memórias, sempre buscamos pelas melhores pessoas, para sentirmos que cada suspiro vale cada lágrima e para sentirmos que somos queridos. Que nossa existência vale a pena. E é por isso que vocês estão aqui hoje. Uma parte do que Anaíz e Jimin se tornaram, eles sentem que devem à vocês. Os amigos e familiares que tornaram tudo mais brilhante.

Sinto meus olhos lacrimejaram, mas tento segurar minhas lágrimas.

Como eu queria abraçar todo mundo agora. E como eu queria abraçar o Jimin. E beijá-lo. Parte disso é bom, e parte é uma tortura.

- Anaíz e Jimin. - Os dois olhamos para o celebrante. - Um caminho longo foi trilhado até chegarem aqui. Mais do que só esse corredor de convidados. Bem mais. Seus caminhos, em algum momento, se encontraram. Toda a tristeza de um, passou a ser problema do outro também. Pois dentro de cada um dos dois, vocês foram capazes de amar. No meio dos defeitos, das confusões, vocês viram apoio e luz. E esse é o resultado dos últimos anos. Agora, com as palavras que vocês estão prestes a trocar, vocês passarão para a próxima fase. Como videogame.

Nós e os convidados rimos antes do celebrante continuar suas palavras.

- Anaíz. - Paro de respirar por um segundo ao ouvir meu nome. - É de livre e espontânea vontade que você aceita Jimin como seu companheiro em matrimônio?

- Sim. - Digo, em alto e bom som, tentando conter meus ânimos. Ele se volta para o Jimin.

- Jimin, é de livre e espontânea vontade que você aceita Anaíz como sua companheira em matrimônio? 

Sem tirar seus olhos de mim, ele sorri e responde.

- Sim.

Está acontecendo de verdade. Estou extremamente feliz e mal consigo me mexer.

- Assim sendo, por favor, dêem-se as mãos e preparem-se para dar e receber suas juras de amor, únicas e sinceras.

Fazemos como é pedido, segurando as mãos um do outro. Sinto a pele dele fria, e nossas mãos tremem.

Eu sou a primeira a falar. Então, respiro fundo e busco no peito o que tenho guardado.

- Jimin, você me traz uma satisfação que não cabe no meu peito. Estar aqui em cima desse altar, com todas as pessoas que mais amamos nos vendo trocar votos, pode ser um pouco constrangedor, mas é algo do que nunca vou me arrepender. Porque eu quero que todos saibam que eu tenho muita segurança nas minhas palavras. Que tudo o que eu digo, sai do meu coração com muita facilidade, porque não me arrependo, e não me envergonho. Já fomos mais jovens do que somos hoje, e mudamos muito. No processo da vida, muita coisa acontece. E deitar na cama todas as noites, pensar que terminei mais um dia, às vezes bom e às vezes ruim, me traz paz, porque eu sei que eu tenho você. Eu nunca me senti tão feliz por ter lugar na cabeça de alguém dessa forma. No meio dos compromissos e das dores de cabeça da sua vida, você me deu espaço. E isso tem muito valor pra mim. Obrigada por ser você.

Uma lágrima rola pelo rosto dele antes que ele comece seus votos. Ele ssorri olhando para seus sapatos, e logo vira seu rosto pra mim novamente.

- Anaíz. - Ele começa. - Fico feliz de ter encontrado você. Passei horas pensando no que te diria hoje, mas pensei logo que deveria pensar menos e falar mais. Porque você merece toda a minha sinceridade. Então é o que vou te dar. Depois de ficar próximo de você, senti em pouco tempo que não era difícil falar. Que quando eu me sentisse mal, eu podia falar. E é uma das razões pra eu te amar tanto. É fácil ser feliz do seu lado. E hoje eu só quero te pedir pra me deixar fazer você sentir o mesmo pro resto da sua vida. Todos os dias, eu prometo te fazer sentir que eu sou apaixonado por você, e isso não vai mudar. Todos os meus dias difíceis não são um problema se eu estiver com você. Você lutou pra estar comigo, e eu quero continuar fazendo o mesmo por você. Ver o seu sorriso todos os dias quando eu acordar de manhã. Comer junto com você. Te abraçar durante um filme e saber que estamos na nossa casa, que construímos juntos. Da mesma forma que fizemos com o que nos trouxe aqui hoje. E te peço desculpas por não conseguir pôr tudo em palavras, mas tecnicamente essa parte não é minha culpa. Alguém deveria ter criado outras palavras pra eu usar. - Ele é inacreditável. - De qualquer forma, ficando juntos, vou te mostrar todos os dias como eu me sinto fazendo, ao invés de falando.

Alguns segundos se passam até o celebrante retomar de onde paramos.

Respiro fundo, absorvendo tudo que foi dito. Não aguentei, e acabei deixando algumas lágrimas escaparem. Só espero que não vire um panda.

- E agora...as alianças. - O celebrante diz. - O símbolo físico do compromisso de um casal e de sua ligação emocional e espiritual. Elas são consideradas um círculo perfeito, sem começo nem fim. Anaíz e Jimin, que estes anéis sejam um lembrete visível de seus sentimentos um pelo outro neste momento. Ao olhar para eles, lembrem-se que vocês têm alguém especial com quem compartilhar suas vidas. Lembrem-se de que vocês se encontraram um ao outro e um no outro, e de que nunca mais andarão sozinhos. 

Olhamos para a porta de onde eu vim, e após as palavras do celebrante, vemos elas se abrirem novamente e darem passagem para Jung Eunbi, filha do Hoseok, entrando com as nossas alianças. Ela vem sorrindo como a criança que é, muito feliz e linda com seu vestido de princesa.

Em poucos passos ela chega até nós, nos dá um abraço e nos entrega as duas alianças douradas.

- Amo vocês. - Ela diz e corre na direção do pai.

Nós dois, então, iniciamos nossa troca.

- Jimin, eu te dou esta aliança como sinal de que eu escolhi você para ser meu companheiro e meu melhor amigo. Receba-a e saiba que eu o amo. - Coloco a aliança em seu dedo.

- Anaíz, eu te dou esta aliança como sinal de que escolhi você para ser minha companheira e minha melhor amiga. Receba-a e saiba que eu a amo. - Assim como fiz com ele, a aliança é colocada no meu dedo por ele.

- E assim, tendo testemunhado sua troca de votos diante de todos que estão aqui hoje, é com grande alegria que os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. 

Jimin sorri, ergue uma sobrancelha e abre seus braços. O desgraçado sempre sabe os momentos certos.

Dou um passo à frente e o puxo pelo colarinho, lhe dando um longo beijo e matando a minha ansiedade de estar nos seus braços novamente.

Suas mãos me puxam para mais perto, e ouvimos os gritos de todos que nos assistiam.

Apesar de não querer soltar seus lábios nunca mais, infelizmente, não é agora.

- Calma, meu amor. Não vou fugir de você. - Ele diz, depois do beijo, rindo.

- É bom que não fuja mesmo.

Viramos os dois para os nossos convidados e vamos na direção dos nossos amigos, que já lotavam o corredor por onde entramos, para abraçá-los e comemorarmos o restante dessa noite, juntos.

E você, que foi meu leitor e convidado, muito obrigada por viver tudo isso e torcer por nós.

Você é incrível e vai encontrar pessoas que te façam sentir isso.

Até mais.

Ass: Park Anaíz.

Fim


...

Ainda não caiu a ficha.

Olá, meus filhos. Aqui é a Chimchim (Ah, vá).  

E aqui estamos, no fim de Paper Soul.

Eu não sei o que dizer.

Acho que primeiro vou pedir desculpas por duas coisas: A primeira é tanto pela minha demora pra postar esse capítulo quanto pela demora de todos os outros. Eu sou adepta do pensamento de que precisamos ter qualidade, não quantidade, então trabalhei em momentos de inspiração, porque não queria lançar qualquer coisa pra vocês. Mas eu entendo o quanto é chato esperar. Eu também sou leitora, então com certeza sei como é. Também quero pedir desculpas pelo tamanho do capítulo é pela provável realidade da cerimônia ter sido um pouco chata em algumas partes, mas eu realmente quis ser realista com o casamento. Pensa bem, demoramos a fanfic inteira pra chegar aqui. Esse momento merecia isso. E vocês também. Por terem ficado até aqui.

Eu copiei algumas coisas das falas de um casamento que aconteceu de verdade e vou deixar aqui embaixo o link. É engraçado porque quem fez a cerimônia falou sobre várias paradas que provavelmente os noivos pediram e são meio engraçadas. Mas talvez vocês não tenham paciência pra ler tudo. Eu mesma não tive. Mas se quiserem, está aqui embaixo.

https://poemaefesta.blogspot.com/p/texto-da-nossa-cerimonia.html?m=1

Mas, o que eu queria mesmo, era agradecer.

Nesse momento, somos 2,63k de leituras e esse número é uma representação grande de quantas pessoas me deram atenção com essa fanfic. Isso significa muito pra mim.

Eu não sou lá a pessoa mais segura do mundo, então no meio de muita falta de confiança, esse sinal de afeto me trouxe felicidade. Obrigada de verdade por ter ficado comigo até o fim.

Paper Soul foi um marco pra mim, já que eu tenho mania de começar coisas e não terminar. Mesmo que o final provavelmente seja triste pra mim (quando a ficha cair, que não vai ser hoje) e pra vocês, eu fico feliz de ter sido capaz de dar a vocês e aos meus personagens o final que eles merecem.

Sou grata PRA CARALHO. Obrigada MESMO.

Você que está lendo, você, é incrível. É sensacional. Mesmo que eu não te conheça. Eu amo a parte de você que te incentivou a clicar aqui e viver isso comigo. Eu amo o que nós vivemos juntos. Obrigada. Isso foi maravilhoso.

E não se preocupem. Não é a última vez que vão ler alto meu. Na verdade, em breve verão algo novo por aqui. Então, fiquem atentos, rs.

Mais uma vez, obrigada. Vocês significam muito.

Beijos da omma.
Até mais.

PS: Perdão pelos erros.

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