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Save me

Vejo o rosto de Alícia ficar branco depois do que eu disse. Eu estava repassando todos os momentos que tivemos com nossos pais, desde novas. Eu não tenho uma mínima memória de ter vivido com outras pessoas...ao não ser que eles tenham pegado nós duas muitos novas.

Com a minha mente extremamente confusa, me levanto do chão e tento sair de onde estamos. Mas Rapmon, que bloqueava o caminho, me impede de passar. Ele me abraça assim que meu corpo entra em contato com o seu.

- Rapmon...me deixa ir...por favor... - Peço, soluçando.

- Mas...

- Deixe, Namjoonie...deixa ela ir. - Ouço minha irmã dizer. Rapmon hesita, mas me solta.

Saio correndo pelo corredor até chegar na sala e também passar por ela correndo. Abro a porta principal e saio de dentro da casa, sem me importar com quem tivesse visto a cena. Saio do residencial às pressas e vou passando rapidamente pela vizinhança, até chegar no jardim de uma das casas. Cansada de tanto correr, paro e me apoio em uma das árvores, recuperando o fôlego e ainda chorando. Me sento na grama, encostada na mesma árvore, tentando secar minhas lágrimas.

- Ai, por que...? Por que isso tá acontecendo?...

- Anaíz?!?! Cadê você, garota?

Ouço uma voz familiar e viro o rosto rapidamente para trás.

- Jimin?? Sai daqui! - O ruivo me vê e faz exatamente o contrário do que eu havia mandado. Vem correndo na minha direção e se abaixa na minha frente.

- Jimin, você tem algum problema? Eu não quero ver ninguém, sai! - Tento empurrá-lo, mas ele segura minhas mãos e aproveita para levantar tanto a mim quanto a ele mesmo do chão. - Porra, Jimin! Me solta!

- Anaíz, me diz porque você saiu correndo de lá de repente.

- Não te devo satisfações. Me deixa sozinha! - Me solto dele e vou andando no direção oposta, logo sendo segurada pelo pulso novamente. - Park Jimin! Me Solta!

Tento me desvencilhar de Jimin sacudindo o braço, mas ele é mais forte do que eu e me puxa para perto dele, me abraçando com força.

- Me solta! Me deixa em paz! Eu quero ficar sozinha! - Jimin continua a me apertar contra seu peito.

- Não, você não quer. Eu...não sei o que houve com você, mas...eu não sei. Me deixa te ajudar. - Continuo tentando me soltar dos braços dele, sem sucesso. Jimin continua a me abraçar forte, começando a fazer carinho no meu cabelo - Eu sei que eu não te conheço direito, mas...será que você poderia voltar a ser a Anaíz de ontem? Por favor....eu ajudo você. Só......não fica mais assim.

Quando ele diz isso, acabo não me contendo. Começo a chorar mais do que antes, e paro de me debater em seus braços. Encaixo meu rosto na curva de seu pescoço e deixo que ele me conforte. Abraço-o de volta, tentando fazer aquele sofrimento desaparecer. Eu queria ajuda dele. Queria que ele me ajudasse a esquecer a briga com a minha mãe. E que me ajudasse a esquecer sobre a probabilidade de Alícia e eu sermos adotadas. Por mais que não nos conhecêssemos bem.

- J-jimin...

- Ssshh...eu...eu tô aqui com você...fica calma.

Depois de mais alguns longos minutos chorando, consigo me acalmar. Paro de chorar e me afasto lentamente de Jimin. O mesmo continua me segurando pela cintura, olhando nos meus olhos com uma estranha expressão de preocupação.

- Você...está melhor?

- Por que você se importou comigo? - Jimin hesita em responder, e por um milésimo de segundo, tenho a impressão de ver seu rosto ficar vermelho.

- Eu não me importei com você.

- Se importou sim.

- Não me importei não.

- Você veio correndo do residencial atrás de mim até aqui pra ver o que tinha acontecido comigo. Você me abraçou, me confortou, e agora está me perguntando se eu estou melhor. Você se importou comigo sim senhor.

- ...é. Você tem razão. Eu me importei com você. Não questione. E eu vou fazer de novo.

- Hãn?

- Eu só vou perguntar isso uma vez...então...usa esses seus ouvidos aí, e vê se presta atenção.

- Perguntar o que?

- Você vai descobrir se ficar quietinha. - Faço silêncio e espero ele falar alguma coisa. Ele olha pro lado, parecendo levemente constrangido.

- Jimin?

Ele olha pra mim e aproxima seus lábios do meu ouvido. Fico alerta, mas espero. Jimin sussurra.

- Você...você quer...sumir comigo hoje?

Quando ele me perguntou isso, não pude deixar de suspeitar desse convite, e muito menos de ficar um tanto sem graça. Quando ele afasta um pouco seu rosto, trocamos alguns olhares demorados. Acredito que ele tenha percebido minha forma de interpretar o pedido, mas não disse nada.

- Sumir...pra onde?

- Você pode escolher, se quiser. É só...distração.

- Bom eu... - Eu poderia estar errando na minha decisão, mas tudo bem. - ...eu deixo você escolher. Se acontecer...

Ele sorri e tomba a cabeça pro lado levemente.

- Vai confiar em mim? Tem certeza?

- Por que? Não deveria?

Ele olha pro lado e seu sorriso aumenta. Sinto suas mãos deslizando levemente pela minha cintura, me puxando um pouco mais para perto.

- Não sei...eu poderia muito bem levar você pra minha casa...meu quarto...minha cama...

Ele olha para mim a tempo de me ver ficando vermelha. Esse filho da puta não perde uma. A cama dele? Prefiro fingir que eu nunca pensei nisso.

- Park Jimin! - Lhe dou um tapa no braço e o mesmo me solta, rindo.

- Tudo bem, calma! Não vou te levar pra minha cama...ainda.

- Puta que pariu!

Jimin ri mais ainda e eu lhe dou um chute na bunda.

- Deixa de ser imbecil!

- Tá bom. Tá bom! Calma, senhora estressadinha. Você ainda não respondeu a pergunta. - Ele aproxima levemente o rosto do meu. - Quer ou não quer?

- Tudo bem...eu quero. Mas...pra onde vamos?

- Aí eu já não posso falar. Não vai ser um lugar só. Só vou dizer isso. - Jimin diz, se afastando de mim e voltando por onde viemos. Sinto a tristeza do momento mais cedo se esvaindo aos poucos. Eu não estava pronta para pensar nisso. Mas talvez, com a ajuda dele, eu estivesse, logo logo.

- Vai esconder de mim?

- Você vai saber. Logo. Só me siga e vamos pegar o carro e nos divertir.

- Aish. Tudo bem. Mas se você me levar pra lugares indevidos...

- Não se preocupe. Eu juro que não é desse tipo de diversão que eu estou falando.

Eu e Jimin voltamos para o residencial, juntos. Passamos direto pela minha casa e vamos direto para a casa dele. Ele e eu subimos as escadas da varanda e eu o observo abrindo a porta da casa e entrando. Paro por dois segundos antes de entrar e olho para o interior da casa se iluminando após Jimin acender as luzes.

- Pode ficar aqui na sala. Não vou demorar. Só vou lá dentro pegar um casaco e as chaves do carro.

- Tudo bem...

Jimin some dentro de um dos corredores da casa e eu finalmente entro. Vou analisando cada canto da casa. Avisto um porta-retratos encima da cômoda da televisão e me aproximo. Me abaixo na frente da cômoda e consigo ver uma moça com uma criança fofa de cabelos escuros e bochechas gordinhas no colo em um cenário de praia. Seria Jimin? É estranho vê-lo de cabelos negros sabendo que agora eles são ruivos. Não sei como ele seria agora com os cabelos dessa cor, mas quando criança, era uma fofura.

A moça que segurava Jimin no colo trocava olhares com o próprio. Os dois com grandes sorrisos em seus rostos. Deve ser sua mãe. Sorrio. Ele parecia ser bem mais alegre quando criança. Por mais que tenha conhecido Jimin agora. Essa criança parece um tanto carismática demais para Park Jimin. Me pergunto o que o fez tão...seco.

- Será que não consegue parar de me secar nem como criança?

Ouço sua voz atrás de mim e me levanto rapidamente.

- Que susto, garoto!! De onde caralhos você veio?

- Do meu quarto. Eu disse que ia ser rápido. Vamos?

Sigo Jimin até o lado de fora da casa, logo ao lado. Ele pega o carro na garagem e para com ele do lado de fora dela para que eu possa entrar. Assim que o faço, ele acelera para fora do residencial novamente. Passamos quase todo o trajeto até o lugar misterioso em silêncio. De vez em quando eu tirava meus olhos da janela e olhava para Jimin ao meu lado, dirigindo em completo silêncio, concentrado na estrada.

Me pergunto onde esse garoto está me levando. E me pergunto também porque confiei nele para escolher. O pouco que eu conheço dele não me faz pensar em nenhum lugar que seja só para um passeio inocente. Desde que nos conhecemos, nós quase não conversamos sobre qualquer assunto que não tenha a ver com esse jogo estúpido que estamos jogando. Tudo termina tão vago e esperado. Não que eu não me surpreenda com o que esse escroto fala...na verdade, qualquer coisa me surpreende. Mas eu queria poder conhecê-lo mesmo. Queria saber mais sobre Park Jimin. Ele parecia um tanto fechado. Muito na dele, eu diria.

Espero que esse nosso passeio sirva para saber mais sobre ele. Só sair pegando os outros não me ajuda a escolher ninguém. Vou tentar realmente me divertir com ele hoje.

No meio desses pensamentos, percebo que não tirei meus olhos de Jimin em nenhum momento. Havia algo extremamente confortável em observá-lo. Ele tinha uma expressão tão tranquila no rosto enquanto dirigia. Eu queria poder apertar aquelas bochechas fofas dele. Ele era tão bonito e fofo. Mas, ao mesmo tempo, conseguia deixar toda a fofura natural de lado e parecer realmente um convite ao pecado. E lá estava eu pensando nisso de novo. Foco, Anaíz. Ele mandou lembranças.

- Disfarça, Anaíz. - Ouço Jimin dizer, ainda com os olhos na estrada.

O vejo sorrir levemente antes que eu volte meu rosto para minhas pernas, sem graça. Ele me viu olhando pra ele...merda. Park Jimin já parecia convencido o suficiente. Eu podia não ajudar.

- Estamos quase chegando, fofa.

- Não me chama de fofa. Eu não sou fofa.

- Se você diz...

Se passam pouco mais de 5 minutos e chegamos na entrada de um shopping. Parecia que eu não precisava temer o lugar, no final. Estacionamos dentro e saímos do carro, andando até estarmos de fato dentro do shopping.

- Então aqui era seu lugar misterioso?

- Um deles. - Ele me olha enquanto andamos, com as mãos nos bolsos do casaco. - Não ache que só ficaremos aqui o dia todo.

- Okay...e o que vamos fazer?

- Você manda nesse passeio. Vamos aonde você quiser ir.

- Por que está sendo atencioso comigo?

- Hm...vejamos. Eu não costumo ser assim sempre. Mas...já que você parecia muito mal com o seu problema, que por sinal ainda é um mistério, eu resolvi cooperar com você dessa vez. - Ele sorri e continuamos nosso caminho.

- É...eu não pude deixar de estranhar. Não conheço você muito bem, mas até agora não me pareceu muito amigável.

- Você ainda não me conhece. - Ele diz.

- Será que eu deveria conhecer?

- Se você quiser.

Acho que eu nunca vou conseguir entender como a cabeça dele funciona.

Sorrio e seguimos pelos corredores do shopping. Paro na frente de uma vitrine onde vejo um casaco de moletom cinza e preto com capuz muito bonito. Haviam dois manequins com o mesmo casaco, mas um era feminino e o outro masculino.

- Que lindo!!!

Jimin para ao meu lado, olha para mim e depois para o casaco.

- É bem legal mesmo. Quer entrar pra ver?

- Ah...bem... - Olho para os meus pés, sem graça. - Eu vou acabar querendo comprar, mas...eu não trouxe dinheiro.

- E daí?

- O que você sugere? Que eu roube o casaco?

Jimin revira os olhos, pega minha mão e me leva para dentro da loja.

- O que você está fazendo?

- Moça, com licença. - Paramos e Jimin fala com uma das garotas que trabalhavam na loja. - Pode pegar um dos modelos femininos daquele casaco na vitrine, por favor? - Ele aponta para o casaco.

- Sim, senhor. Qual o tamanho?

Ele olha para mim, esperando que eu diga. É sério isso? Ele ia mesmo comprar o casaco?

- Ah...tamanho M...

- Logo eu trago. Aguardem, por gentileza.

Ela se afasta de nós dois e eu fico parada esperando ela voltar. Jimin fica olhando algumas roupas ao nosso redor e eu fico apenas observando, calada.

Jimin percebe meu silêncio e olha para mim. Ele se aproxima de e levanta meu rosto pelo queixo.

- Por que essa cara?

- N-nada. É só que...eu estou te fazendo gastar dinheiro...

Ele ri e se afasta.

- Anaíz. Aprende uma coisa sobre mim. Se eu estiver incomodado com alguma coisa, você vai saber. É bem óbvio. Mas eu não estou, no momento. Eu quis comprar o casaco porque eu percebi o quanto você gostou dele.

- Tudo bem...eu só não gosto de fazer os outros gastarem comigo.

- Você se preocupa demais, Anaíz.

A moça volta com o casaco na mão e eu e Jimin a seguimos até o provador. Eu entro e o visto. Ele tinha ficado ainda melhor no corpo. Só me fez querer mais ainda.

- A senhorita vai sair para mostrar como ficou pro rapaz? - Escuto a voz de quem nos atendeu.

- Ah...eu deveria?

- Acredito que sim. - Ela ri.

- Hm...tudo bem...

Saio devagar do provador e vou até a entrada. Jimin me vê e sorri, quieto por um momento.

- Ficou muito bom em você. Parece diferente de como fica no manequim. Ficou...melhor. - Ele di. Fico vermelha.

- Você gostou? Tem o modelo masculino também. - A moça diz.

- Ah...eu não sei se... - Ele me olha meio sem graça. Ué. Como assim?

- Ah! Veste sim! Vai que fica bom!! - Digo, animada.

- É que...

- Para de graça! Traz um pra ele sim.

- Qual tamanho? - A moça pergunta.

Olhamos as duas para Jimin, que me olhava sem saber o que dizer.

- Tamanho M também......

- Vou pegar. Com licença.

A vendedora se ausenta por um momento e eu fico me olhando num espelho que tinha ali mesmo, na entrada dos provadores. Percebo Jimin me observando intensamente. Desvio o olhar dele. Por que estava me olhando assim?

A vendedora volta e entrega o casaco para Jimin. Ela lhe indica um provador e ele entra para se vestir. Não demora muito, e ele logo volta, parando ao meu lado no espelho.

- Ficou lindo!! - Ele me olha.

- Vocês ficaram maravilhosos combinando. Um belo casal.

Coro um pouco diante do comentário. Jimin continua me olhando.

- N-não precisa levar. Eu só queria que você vestisse mesmo...

- Você gostou dele em mim?

- Eu...? Bom...sim.

- Vamos levar os dois, moça. - Ele olha nos meus olhos e sorri bem de leve.

- Muito bem. Podem tirar e me seguir. Vou levá-los até o caixa.

Sigo Jimin e a vendedora, com um sentimento estranho no peito. O que foi aquele sorrisinho suspeito? Teria ele...gostado do comentário da moça? Improvável...esse puto não sente nada por mim.

Jimin paga os casacos e nós dois saímos da loja já os usando, por sugestão da vendedora. Jimin parece ter gostado da ideia, já que me fez usar o casaco. Ele guarda o que estava usando antes numa sacola da loja e seguimos andando.

- Com fome? Eu estou. - Ele me tira dos meus pensamentos estranhos.

- Ah...um pouco.

- Vem. Vamos comer então.

Jimin segura minha mão delicadamente e andamos lado a lado pelo shopping. Seguimos as placas para achar a Praça de Alimentação. Pelo caminho, algumas pessoas ficam nos olhando e algumas de longe apontando, ao nos ver com casacos iguais e mãos dadas.

Eu não estava vendo nada demais em ter casacos iguais, até a vendedora abrir a boca e falar que éramos um belo casal. Nós não somos um belo casal...não somos nem um casal.

Chegamos na Praça e rapidamente escolhemos nossos lanches. Nenhum de nós comeu pouco, admito. Não sabia que estava com tanta fome. Mas já que é pra matar a fome, vamos fazer direito, né?

Acabo rindo quando vejo Jimin comendo que nem um desesperado. Ele olha para mim, parecendo confuso.

- Que foi? - Seu rosto estava sujo de mostarda.

- Naaada. Só tá sujinho ali.

- Onde?

- Ali ó. - Aponto para o canto de sua boca.

- Por que você não tira?

- Eu lá vou saber se é seguro?

- Aish. Eu não vou te comer não, garota. - Ele diz, rindo.

- Falar é fácil. - Me aproximo e limpo sua boca com o dedo. Sem achar papel pra limpar a mostarda, resolvo comer mesmo.

- Agora come que nem gente. - Falo.

- Ah, cala a boca.

Rio e continuo a comer. Não demoramos muito e logo terminamos nosso lanche. Jogamos os restos no lixo e vamos embora da Praça.

Passamos mais algum tempo passeando pelo shopping. Jimin e eu vamos em um playground e passamos bastante tempo lá. Nos divertimos tanto, que não percebemos o tempo passar. Jimin olha no relógio e leva um susto.

- Já são quase seis da tarde!

- Nossa! Passou tão rápido.

- Precisamos ir. Se não vamos nos atrasar.

- Atrasar pra que?

- Pro segundo e último lugar. Vamos! - Ele sorri e me arrasta para pagar o estacionamento. Saímos do shopping de carro rapidamente após pagar.

Onde caralhos nós estávamos indo que era tão urgente? Com Jimin tão concentrado ao percurso, acabo nem perguntando e só deixando ele nos levar até o lugar.

O cenário ao redor muda e logo vejo pela janela vários apartamentos luxuosos e palmeiras. A areia e o mar não demoram a aparecer para completar a vista praieira.

Jimin estaciona seu carro perto de um quiosque e nós dois descemos juntos. Ele vai na mala, pega uma canga e compra dois cocos no quiosque.

- Me acompanha? - Ele me olha e sorri.

- Acho que sim...

Ele estende a canga na areia da praia e nós dois sentamos um ao lado do outro. Jimin bebe sua água de coco e me entrega a minha.

Tudo aquilo parecia tão estranho. Ele estava se preocupando tanto comigo desde que saí correndo de casa mais cedo. Ele tinha ido atrás de mim, me levado no shopping, comprado o casaco, pagado comida, ido no playground comigo...era tanto pra uma praticamente desconhecida...tão fofo.

Olho para Jimin, e percebo que ele já me observava. Desvio o olhar rapidamente e ouço uma risada.

- O que foi, fofa?

- Não consigo me acostumar com essa sua fofura repentina...

- Você realmente tá gostando muito disso, né?

- E-eu não disse isso...

- Não precisa dizer. Dá pra ver no seu rosto. - Mais um vez, fico sem saber como reagir. - Mas é bom. Saber que eu consigo ser agradável.

- Bom...eu não queria que soasse como se eu odiasse você de verdade. Você me irrita. Mas...eu não te odeio mesmo. Mas eu vou continuar dizendo que odeio. Não espere que nossa relação mude.

Jimin ri e deixa seu coco de lado, voltando seus olhos pra mim.

- O mesmo pra você. Não vou deixar de ser inconveniente só pelo dia de hoje. Mas...foi muito bom.

Passamos alguns segundos nos observando.

- E não vai se repetir tão cedo. Então...vamos aproveitar o fim disso.

Jimin se levanta da canga e tira seu casaco e sua blusa, ficando completamente sem nada da cintura pra cima. Ai meu Deus.

- Tá fazendo o que?

Ele se abaixa e abre o zíper do meu casaco, me fazendo derrubar meu coco.

- Ou! Ou! OU! Ficou doido?

Ele ainda me deixa com minha blusa, que por sinal ainda era do meu pijama (eu fui de pijama pro shopping...wtf?). Larga nossos casacos e sua blusa na canga e me puxa para levantar também. Jimin me pega no colo e corre comigo na direção do mar.

- O QUE?! NEM PENSAR!! Park Jimin! Me põe no chão!!

- Tenta sair, fofa. - Ele diz, rindo.

Ele chega na beirada da água e sinto os respingos batendo na minha pele e me fazendo sentir frio. Ele estava maluco! Ele continua andando um pouco mais para o fundo. Ele me joga na direção da água e sinto um frio na barriga, mas consigo puxá-lo junto para dentro daquela água fria.

- Ei!! - Escuto ele gritar de desaprovação, rindo.

- Bem feito, trouxa!!

- Ah, é? Espera aí.

- Que? Sai!!

Saio nadando rápido quando percebo Jimin vindo atrás de mim. Mergulho, tentando fugir, mas ele agarra meu pé e me puxa para perto dele. Ele me traz para a superfície e me abraça.

- Porra! Viado!

- Eu? Acho que não.

- Olha o que você fez! Estamos completamente encharcados agora. Só quero ver se pegarmos um resfriado.

- Eu cuido de você.

- Ah, valeu. Virou Doutor Jimin agora.

- Eu sou qualquer coisa que você quiser.

Sinto um leve arrepio. Jimin me coloca "sentada" em seu colo e aperta meu corpo contra o seu. Coloco meus braços ao redor do seu pescoço e ele aperta minha cintura. Nossos lábios estavam a pouquíssimos centímetros de distância um do outro. Eu podia sentir a respiração calma de Jimin se fundindo com a minha.

Eu não sabia nem para onde olhar. Eu tentava analisar cada detalhe seu. A forma como ele ficava lindo com seus cabelos molhados na frente da testa. O quanto seus lábios ficavam convidativos quando ele os umidecia. O jeito que ele olhava pra mim sem perder um segundo meu. Seus olhos sempre passeando por todos os cantos do meu rosto, sem deixar de demorar mais no meus lábios.

Nossos olhares se encontram e fico perdida naqueles olhos escuros e puxadinhos. Parecia que eu estava sendo engolida por aquele olhar. Tudo ao nosso redor pareceu sumir quando olhei dentro daqueles olhos.

Não sei quanto tempo ficamos ali trocando olhares estranhos. É como se estivéssemos apaixonados pela forma que um observava o outro. Era tão estranho...confuso...intenso...tão bom. Eu parecia estar desejando que aquele momento nunca acabasse. O que tem nesse garoto?

De repente, Jimin parece voltar ao mundo real, me puxando junto à ele. Foi estranho estar com seus lábios tão próximos dos meus, estar tão imersa em seus olhos, e ver isso terminar de uma hora pra outra. Ele desvia seu olhar dos meus olhos para o horizonte, quebrando a magia.

- E-eu...te trouxe aqui por um motivo. E...ele está bem ali. - Ele diz.

Olho para onde Jimin olhava e me deparo com um dos pôr-do-sol mais lindos que já tinha visto na vida. Nunca fui muito de ir à praia, mas aquilo parecia único visto daqui. Me fez querer voltar e ver todos os dias. Era relaxante. A forma como o amarelo se misturava com o laranja e virava o preto arroxeado da noite, era encantadora.

- É incrível, né? - Ouço Jimin dizer.

- Muito...

- Eu gosto de vir aqui às vezes. Dar uma sumida faz bem. Recompor as energias. Nos dá mais coragem pra prosseguir, sabe? Se tornou um lugar especial pra mim...desde uns anos atrás.

- Ai, Jimin....

- Que foi?

- Eu te odeio.

- Que? Por que? - Ele pergunta, rindo.

- Não gosto do que eu tô sentindo. - Olho pra ele. - Seu babaca. Você é um babaca.

- E você é linda. - Ele sorri. - E eu também te odeio.

Acabo sorrindo também e passamos mais alguns minutos observando o sol se pôr.

Tempo depois, nós dois saímos de dentro da água. Jimin joga os cocos fora e sacode a canga, colocando ela envolta de mim. Quando entramos no carro, Jimin põe o resto de suas roupas de volta e vê seu celular tocando. Era Jin. Ele atende o telefone.

- Alô? Jin? Oi! O que? Ah, onde estamos? Não...não estamos em Vegas...tudo bem. Eu entendi, calma. Já estamos indo.

Jimin desliga e guarda o celular, rindo e dando partida no carro.

- O que houve? - Pergunto.

- Temos que correr. O Jin está preocupado. Ele acha que fugimos pra casar em Las Vegas.

Rio, meio sem graça e imaginando eu e Jimin casando em Las Vegas. Pera, que?

- Isso é algo que eu gostaria de ver acontecendo.

Jimin olha para mim, um tanto surpreso. Percebo o que eu tinha acabado de dizer e tento me corrigir.

- Não! Não que eu tenha imaginado você de terno casando comigo ou algo assim....mas...puta que pariu...

Jimin ri, me olhando. Ele vira pra frente e começa a dirigir.

- Não imaginou? Que pena. Eu imaginei.

...

U I

Olá, meus filhos. Aqui é a Chimchim (Ah, vá)

E então...demorei, né?
Ah, mas foi gigante, vai. Valeu a pena ^^'

A omma tenta, mas é difícil. Eu tento só fazer algo bom pra vocês. Espero que tenham curtido o capítulo de Chimchim macho, porque agora vai demorar bastante pra ele voltar XD

Espero mesmo que tenham gostado.
Vou lá, amores.

Bjundas da omma! <3

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