Look Here pt. 1
Kim Namjoon P.O.V
Foi surpreendente como aproveitamos tão espontaneamente esse período das férias que estaríamos com Anaíz que não sentimos o tempo passar. Logo, chegaram as últimas duas semanas das férias de Julho, as quais Anaíz e Alícia passariam no Rio de Janeiro, resolvendo seus problemas pessoais de família.
E aqui estamos, no aeroporto.
O silêncio está muito grande. Todos os meninos vieram junto, apesar de Jimin, unicamente, estar um pouco mais afastado, sem querer olhar muito para as meninas. Ele parece realmente muito triste.
- Ah...por que estamos tão tristes? Elas vão voltar. É só...só por um tempo, não é? - Hoseok pergunta, tentando melhorar o clima. Olhando para Anaíz, espera uma resposta.
- Sim. É só por duas semanas, pessoal. Não vamos ficar mais do que isso, tudo bem? - Anaíz diz, forçando um sorriso.
- Cuida deles, por favor, Namjoon. - Alícia se aproxima de mim para me abraçar e sussurra isso no meu ouvido. Aceno com a cabeça em acordo. Eu faria o máximo pra todos ficarem bem.
Aos poucos, todos se despendem delas, até mesmo Jimin, que não parecia querer largar Anaíz. Fico impressionado com como ele parece ter amadurecido nesse meio tempo de jogo. Sinto orgulho dele e fico triste pelo mesmo, por ter que passar por isso. Estamos todos sentindo muito essa despedida temporária, afinal.
- Até mais. - Alícia diz e sorri.
- VOLTEM PRA GENTE, POR FAVOR!! - Taehyung grita, quando as duas já tinham se distanciado um pouco. Anaíz vira na nossa direção novamente e acena, sorrindo também.
Alícia Wayoli P.O.V
O tempo no avião passou muito rápido, assim como tudo tem acontecido num flash. Mas, tenho quase certeza, que quando chegarmos em solo carioca, tudo vai acontecer com a menor velocidade possível. Justamente porque isso vai ser uma tortura.
Nossa sorte é que eu realmente acredito que nossos pais não vão tentar nada a respeito da guarda da Anaíz, afinal, apesar de brigarem muito e serem muito infantis pra idade, eles sempre nos deram liberdade de escolha, e provavelmente não fariam isso agora que ela está prestes a fazer 18 anos, mesmo que quisessem.
É verdade. Anaíz vai fazer aniversário no final do ano...logo depois da sua comemoração da formatura, provavelmente. Penso que não foi muito útil de fazer a nossa comemoração particular tão cedo, afinal, quando for aniversário dela, já teremos voltado para Santa Catarina. Acho que os meninos fizeram isso com medo de não voltarmos.
Eu não sei porque, mas eu também tenho esse ligeiro medo de algo dar problema e não voltarmos, mas acho que é impressão errada minha. Nossos pais querem conversar, isso é tudo.
Ao menos quis respeitar a vontade dos meninos e ajudar no planejamento da festa, baseado no medo de não ter mais a oportunidade de comemorar o aniversário da Anaíz com ela, pensando no fato de eles nunca terem comemorado com ela, na verdade.
Só espero que tudo dê certo. Por favor, dê certo.
Anaíz Wayoli P.O.V
Quando chegamos no Rio, nos apressamos pra chegar em casa. Nossos pais queriam almoçar com a gente, então fizemos o máximo que podia ser feito pra chegarmos no tempo certo.
Quando paramos na frente da nossa "antiga" casa, me senti estranha. Quando nossos pais nos receberam e nos abraçaram, me senti muito estranha. É como se nós nunca tivéssemos realmente feito parte disso. Tudo parece que tá errado. Depois de me afastar deles por causa das brigas e me mudar com Alícia pra Santa Catarina, depois de conhecer todos os meninos, descobrir que somos adotadas...parece que nada disso aqui nunca foi real. E agora eu consigo sentir o que era toda aquela estranheza de quando vivíamos juntos. Nunca existiu uma família Wayoli. Não com Alícia e Anaíz inclusas. Isso nunca foi sobre nós quatro juntos. Sempre foi sobre Isabel e Davi Wayoli brigando, enquanto suas filhas adotivas tentavam ser do sangue, mesmo no meio de tanta desordem. E agora que eu sei disso tudo, eu não me sinto bem com a atmosfera dessa casa. Por agora...eu sei que aqui não é o meu lar.
Ter tudo isso em mente só me faz pensar em uma coisa, que martela minha cabeça enquanto meu "pai" fala um milhão de coisas sobre como tem ido tudo. Sobre sentir nossa falta, sobre o divórcio estar praticamente feito, sobre estar definitivamente morando sozinho de novo...me faz pensar...
- Quem foram nossos pais? Devem saber alguma coisa sobre eles. - Lanço a pergunta no meio de uma espontânea sentença que partia do meu pai e batia de frente com a cortesia falsa de Alícia. Os dois olham pra mim com uma expressão de surpresa. Até mesmo nossa "mãe" para de servir a mesa e olha pra nós, parecendo preocupada.
- Por que não almoçamos primeiro? - Ele diz.
- Eu quero saber... - Começo a falar, mas Alícia me interrompe.
Olhamos uma pra outra, e Alícia me lança uma expressão que dizia tudo: Siga naturalmente o fluxo. Não force. Eu sabia que eu tinha que seguir, mas eu preciso saber...
Apesar disso, respiro fundo.
- Perdão. Falamos disso depois, então... - Olho para o chão por alguns segundos e depois para nossos "pais", e sorrio. - Vamos comer, então.
Vamos todos pra mesa assim que tudo está servido e começamos à comer.
- Então, como tem sido as coisas em Santa Catarina? - Minha mãe pergunta.
- Muito boas. De verdade. Nunca senti que a atmosfera de um lugar dentro do Brasil nos agradaria tanto. - Alícia responde. Continuo em silêncio, comendo.
- Ah, que ótimo!! E conheceram muitos amigos??
- Sim, sim. Pessoas muito boas. Anaíz até encontrou alguém legal. - Sinto uma pontada no meu estômago como se tivesse sido apunhalada. E pela minha própria irmã.
Olho pra ela, incrédula, e engulo minha comida com dificuldade. Ao olhar para os meus pais, eles pareciam não estar esperando por esse comentário. Porém, minha mãe e meu pai se olharam e sorriram.
- Mesmo? Que ótimo! Como essa pessoa é? Pode falar dele? - Minha mãe pergunta, agora, claramente, se dirigindo a mim.
É claro que Alícia, sendo a Alícia, falaria isso. Ainda por cima que eu sei que ela quer melhorar o clima, e me deixar constrangida é a melhor forma, claro. E também é claro que eu não posso falar do jogo...
Penso bem no que dizer.
- Ah...ele é legal. Simpático. E...engraçado. Tem seus problemas, mas...é uma pessoa muito boa. - Respondo, meio sem graça...meio seca.
- Me parece ótimo. - Meu pai resolve me dizer algo.
- Pena que...acho que não vamos conhecê-lo, não é...? - Minha mãe parece perguntar isso sem muita certeza, como se tivesse uma pequena esperança de que eu fosse querer isso.
- Acho que...talvez vocês não tenham bem essa sorte. - Respondo.
- Entendo...vocês pretendem ficar lá, então?
- Sim. - Minha primeira resposta enfatizada do dia.
Eles dois pareciam tristes com a resposta, e Alícia parecia se sentir um pouco triste por como eles pareciam se sentir, mas ficou quieta. Ela também quer ficar lá.
- Nós não vamos impedir vocês. Anaíz vai se tornar maior de idade em pouco tempo. E vocês sempre tiveram a cabeça muito madura. E parece que isso melhorou ainda mais com a partida de vocês pra casa da senhora Íris. Eu sei que pode não significar nada pra vocês, mas...eu aprovo. Queria que a minha aprovação ao menos tivesse um ponto positivo pra vocês...como se eu não fosse tentar atrapalhar e ao menos isso fosse o suficiente...tudo bem?
Ficamos todos em silêncio. Eu percebo que ela está tentando. Os dois estão.
- Garotas. - Olhamos todos para o meu pai, que começara a falar. - Vocês são livres. Nós estamos de acordo com isso. Erramos muito e agora queremos que tudo fique melhor pra vocês. E assim como acredito que as duas querem, vão conhecer seus pais.
Sinto um leve alívio no peito, misturado com um frio de ansiedade, surgir. Imediatamente me sinto mais calma, e pronta pra ser mais colaborativa.
- Obrigada. - Respondo, sorrindo de leve.
- Eu não quero fugir do assunto, apesar de não saber o que lhes dizer, então, se quiserem perguntar qualquer coisa sobre termos escondido de vocês que eram adotadas...sobre seus pais...sobre qualquer coisa...podem perguntar. Eu só quero que vocês não me vejam de uma forma ruim. Com tudo de errado com aconteceu nas nossas vidas, apesar dos problemas que tivemos como "família", vocês foram as únicas coisas boas. E o que fizemos não merece perdão. E foi uma verdadeira vergonha. - Nossa mãe se pronuncia novamente, parecendo ter vontade de chorar.
- Sim. Os nossos motivos não justificam os nossos erros. Então só perguntem e falem o que quiserem. - Meu pai acrescenta.
Paro pra pensar por alguns segundos. Ao mesmo tempo que tem muito o que ser dito, muitas coisas não precisam de uma resposta certa. Acho que...no final...só quero ver meus pais e...e voltar pra casa.
- Não sei pela Anaíz...mas eu realmente só queria perguntar algumas coisas pros nossos pais biológicos e...voltar pra casa. Vocês não sabem o quanto Santa Catarina significa pra nós agora. Nós realmente viemos porque consideramos esse pequeno momento algo importante e queríamos saber algumas coisas que...talvez só eles possam responder. - Alícia diz.
- Sim. Eu...eu penso igual.
Os dois pensam por alguns segundos e concordam.
- Tudo bem. Vocês poderão falar com os pais de vocês em breve. Entramos em contato com eles, e eles concordaram.
- E...quando? - Pergunto ao meu pai.
- Semana que vem. Gostaríamos que fosse antes, mas a mãe de vocês parece ser uma pessoa bem...ocupada. E o pai sabe de vocês faz pouco tempo e nem mesmo morava mais aqui no Rio...então ele estará aqui semana que vem. - Ele explica.
- A mãe de vocês ficou feliz de saber que encontraria vocês, então reservou um quarto de hotel pra vocês poderem se encontrar adequadamente...então não se preocupem com local e conforto enquanto estiverem aqui no estado. Ela vai fazer bem mais do que jamais fizemos, em pouco tempo. - Nossa mãe adotiva, Isabel, diz isso com um leve sorriso no rosto, mesmo parecendo que a última coisa que queria fazer era sorrir.
Depois disso, a conversa não se prolongou muito mais. Eu e Alícia fomos pro quarto que costumava ser somente dela, e resolvemos que ficaríamos juntas até irmos embora. Já que quando estávamos quase indo embora daqui, nós ficamos no meu, agora ficaríamos no dela até que encontrássemos nossos pais e voltássemos pra Santa Catarina.
- E agora, Aly? O que vamos fazer aqui? - Pergunto.
- Ah...apesar de não gostarmos muito daqui mais, nós conhecemos o lugar. Podemos sair...tomar açaí, ir no cinema...essas coisas. E aí, até semana quem vem, só deixamos um tempinho de cada dia pra falar alguma coisa com eles. - Olho pra ela com cara de tédio. - Só pra sermos mais simpáticas. Eu também não quero conversa, amor.
Respiro fundo.
- Tudo bem, então...tava pensando em rever um amigo meu. Comentei que íamos voltar por uns dias e ele disse que queria me ver. - Digo.
- Quem? O Yuta?
- Sim. Ele mesmo...ele era o único que falava direito comigo no colégio que eu estudava aqui. Ele disse que está sem nada pra fazer já que ele viajou na primeira metade das férias e disse que a gente podia ser ver. Você pode vir também.
- Ah, não se preocupa. Eu sei que a gente falou de ficar junto até irmos embora, mas não tem problema se você passar algum tempo com ele. Pode ir. Eu me viro aqui. Vou tentar encontrar alguém também. Talvez alguma amiga de faculdade. - Ela diz.
- Tudo bem, então. - Me espreguiço e bocejo. - Já está ficando tarde. Vou dormir.
- Então vamos. Tô cansada mesmo...
Nós duas deitamos juntas na cama dela e em pouco tempo, mesmo com um pouco de dificuldade, dormimos.
Fiquei pensando em como me acostumei rápido com a casa da vovó Íris...eu realmente sinto que estou no lugar certo, vivendo lá. Mesmo que ela não seja nossa avó de sangue, não vamos ter problemas ficando lá. Afinal, não vamos nos voltar a viver com os nossos pais biológicos. Alícia já independente, pretendo também seguir minha vida assim que possível, então não vamos trazer despesas pra vovó sem necessidade, e já que não vamos conviver com Isabel e Davi, eles não importam. Sendo pais ou não. Vamos só viver nossas vidas.
Apesar de tudo isso, vovó Íris é a única parente não sanguínea que temos que eu espero que nunca percamos o contato. Ela fez realmente muito por nós. Amor muito ela, de verdade. E foi com esses pensamentos que eu adormeci.
No dia seguinte, acordei e me comuniquei com Yuta. Marcamos de nos encontrar em um shopping, um pouco longe da minha casa. Alícia foi encontrar sua amiga de faculdade, que também estudou com ela desde o primário, Wendy.
Peguei o ônibus e fui me comunicando com Yuta pra evitar qualquer desencontro, e logo cheguei na frente do shopping, onde combinei de encontrar com ele. Por não tê-lo encontrado do lado de fora, entrei, e logo o vi encostado em uma pilastra.
- Yuta!!! - Gritei por ele e quando me ouviu, olhou diretamente pra mim, sorrindo e acenando.
Corremos para nos abraçar.
- Garoto, você cresceu, meu Deus!! - Digo, soltando ele.
- E você continua da mesma altura. Mas considerando que você sempre foi mais altas que as outras garotas, você está ótima. Eu que estiquei. E por sinal, sua aparência parece bem melhor do que nos últimos anos. De verdade. - Ele diz. Me sinto um pouco sem graça.
- Obrigada. Você também está ótimo. - Começamos a caminhar pelo shopping.
- Nem digo só de rosto e corpo. Você tá transmitindo uma aura boa. Parece mais feliz.
- Ah, sim! Eu realmente acho que me encontrei na vida, sabe? Estou feliz mesmo. - Respondo.
- Hm...está apaixonada por alguém, não está? - Ele sorri.
- O que?! - Meu rosto esquenta. - Eu? Ah...
- Não precisa ter vergonha de falar comigo. Me fala. Não é ninguém que te causa problemas, é? Somos amigos faz tempo e eu não quero que você fique mal depois.
- Não, não! Ele...é ótimo. É só que...eu não esperava que você fosse acertar em cheio... - Dou risada da situação. - E...não é só ele. Tem várias pessoas que eu e a minha irmã conhecemos em Santa Catarina que são amigos incríveis. Tudo vai bem quando não está numa tensãozinha...
- Tensão? Por que tensão? - Ele pergunta.
- Ah...então....
Acabou que sentamos na praça de alimentação pra comer, e eu contei tudo pra ele. Literalmente tudo. Sobre os garotos, o jogo, o Jimin...sobre tudo mesmo. Yuta sempre se provou uma pessoa muito confiável. E agora que não vou mesmo voltar pra cá, quero poder por todos os assuntos em dia.
- ISSO TUDO NESSE POUCO TEMPO? - Ele parece realmente surpreso quando termino de falar. - Eu estava esperando você terminar de contar as coisas quando você estava na metade, ou...esperava você dizer que estava brincando mas...meu Deus. Você passou por muita coisa pra tão pouco tempo.
- É verdade. Nem eu sei como o meu psicológico ainda tá de pé. Foi muita loucura.
- Deixa eu ver se eu entendi essa coisa toda. Tem seis meninos que gostam de você, e vocês estão abertamente se relacionando e conversando pra te dar chances de descobrir se algum deles é alguém com quem você gostaria de ficar...?
- Sim. É isso. - Respondo, bebendo meu suco.
- E agora que você está quase decidindo, depois do que passou com o tal do Hoseok e do Jimin...você está tentando considerar a situação final? - Ele parece não ter muita certeza de cada parte, apesar de estar correto. Mas não o culpo. Foi muita informação.
- Sim, está certo.
- Eu não sei se eu devo me intrometer e se a intromissão ajuda, mas pelo que você me falou, você parece sentir algo diferente pelo Jimin desde o início. - Ele responde, parecendo temer minha resposta.
- É...isso é uma coisa que me faz sentir culpada. Parece que eu estou enrolando todos eles quando na verdade eu quero ficar com o Jimin desde o início. Mas eu acho que antes, era uma coisa muito baseada em aparência e muitas coisas que eram superficiais demais pra serem decisivas. Sem contar que...o Jimin é uma pessoa que foi muito afetado comportamentalmente pelos problemas dele. Eu percebo que todos os outros meninos tem seus problemas, mas eles não mudaram pra ruim por causa deles. Ele continuaram gentis. Teve até gente que melhorou. Mas o Jimin se tornou uma pessoa fechada e complicada. Isso foi mudando com o passar do tempo e eu queria ter certeza de como todos eles eram e como eu me dava com cada um deles. Eu passei a ter mais certeza do que eu quero agora. Por isso que...talvez...eu tenha enrolado tanto com isso. Mas ainda me sinto mal. - Como sempre, falo demais, mas ao menos sinto que soube me explicar.
- Eu não acho que você deveria se sentir mal, sinceramente. Você sempre dizia que queria ter uma vida mais animadinha, e isso te serviu muito bem. E se era pra cair de cabeça nisso, seria melhor mesmo estudar todos eles pra saber se algum deles seria alguém legal pra namorar e essas coisas. - Ele diz, sorrindo, calmamente. - Baseado em tudo que você falou, se eu fosse você já teria feito minha escolha.
- Parece bem óbvio, né? - Penso por um instante. - Vou levar seu conselho em consideração. Obrigada, Yuta. Conversar com alguém de fora sobre isso realmente abriu minha mente e me acalmou um pouco. Coisas óbvias me pareceram mais certas agora.
- Eu sou seu amigo não importa a época, Anaíz. Relaxa. Eu estou aqui pra esse tipo de coisa. - Ele empilha nossas bandejas e deixa os lixos todos juntos. - Vamos jogar isso fora e andar um pouco?
- Sim, claro.
Depois de jogarmos tudo fora, andamos um pouco juntos e conversamos. Yuta me contra sobre estar namorando uma amiga de sua irmã Irene. Disse que ela é super fofa e que entrou no colégio depois que eu saí. Fiquei super feliz por ele. Ele sempre foi um garoto mais calmo e simpático. Achei que ele com certeza mereceria alguém assim.
Andamos e conversamos por bastante tempo até que resolvemos ir embora. Fiquei meio desanimada de ir, e Yuta também. Com isso, ele me chamou pra ir pra casa dele. Disse que alguns amigos deles estariam lá, assim como Yeri, sua namorada, e sua irmã, Irene. Mandei uma mensagem de texto pra Alícia, que disse que não teriam problemas pra ela, e que ela então também aproveitaria mais com Wendy.
Fomos os dois juntos pra sua casa, e logo chegamos.
- Estou em casa e temos visitas! - Yuta grita assim que chega, e Irene logo aparece com uma outra menina, que julguei ser Yeri.
- Anaíz??? É você mesma? - Irene me olha sorrindo e diz. - Meu Deus você parece tão madura. Socorro! - Ela vem e me dá um abraço.
Lembro que não conversava muito com Irene, já que ela estava dois anos acima da gente na época que estudávamos todos juntos. Mas, ainda assim, Yuta sempre falou muito bem da irmã mais velha, e já tínhamos nos falado algumas vezes.
Também cumprimentei Yeri, que estava atrás de Yuta, tímida.
- Ah, Irene. Pode emprestar algum pijama seu pra Anaíz? Resolvemos que ela se juntaria com a gente de última hora, então ela não trouxe nada. - Ele diz, abraçado com Yeri.
- Claro. Não se preocupe. Eu empresto tudo. Só vir em mim quando precisar. Primeira porta da direita assim que você sobe as escadas pro segundo andar. Não tem erro. - Ela diz, ainda sorrindo.
- Obrigada. - Sorrio de volta.
Ouço o som da campainha alguns minutos depois, quando Irene tinha ido pra cozinha fazer pipoca. Yuta deixa Yeri sentada ao meu lado em um sofá, e vai abrir a porta. Vejo que três meninos estão do outro lado da porta. Yuta fala com um por vez.
- Boa noite. Estou entrando. - Um deles fala com calma.
O segundo entra com normalidade e o terceiro parece entrar mais animado, já abraçando Yuta.
- E aí, Yuta!?
- Oi, Yugyeom Estou bem. E você? - Ele sorri, meio sem jeito com a forma alta do garoto de falar.
- Estou ótimo. Já está todo mundo aqui? - Ele diz, olhando pela sala até me encontrar. Quando seus olhos param em mim, ele parece estranhamente surpreso. - Boa noite...e você é? - Ele diz, fechando a porta por si só.
Mesmo estranhando um pouco, me levanto e vou até ele cumprimentá-lo.
- Me chamo Anaíz Wayoli. Sou amiga do Yuta. - Ergo minha mão para apertar a dele, mas ele vira as costas da minha mão e a beija. Estranho um pouco o gesto, mas fico quieta.
- É um prazer te conhecer. - Ele diz.
Os outros garotos parecem tão desconcertados quanto eu, e Yeri parece sem graça.
...
Saudades de fazer na treta.
Olá, meus filhos. Aqui é a Chimchim (Ah, vá)
Gente, ser multifandom tem suas desvantagens. Uma delas é que, quando você faz uma fanfic, você quer por todo mundo na história e o bagulho vira um cabaré. Mas o bom é que tem variedade KKKK
Enfim, espero que tenham curtido esse capítulo.
Como já são mais de 4 da manhã, eu vou dormir ^^'
Bjsss da omma <3
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro