⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝟎𝟎𝟐. ⠀CASUAL WEDDING FAX
PAYTON MOORMEIER
( 6 meses depois ) — [...]
— Obrigado por ter aceitado vir comigo no casamento da minha tia. — Tayler sussurrou, ajeitando sua gravata. A cerimônia acabara de começar. — Meu pai disse que se eu não viesse, ele daria o meu carro para a insuportável da Yasmine, acredita?
— Yasmine? Aquela sua prima? — indaguei. Holder assentiu. — Por que você não gosta dela, mesmo? Ela parece ser engraçada.
— Engraçada? Cara, a Yasmine só abre a boca para falar merda. Ela me dedurava sem dó para os meus pais quando nós éramos crianças, e ainda por cima nã...
Tayler continuou falando, mas eu acabei não prestando muita atenção.
Tudo aqui é bem organizado e delicado. Bom, sim, até porque é um... casamento. Ou melhor dizendo; um casamento beira-mar. Acho incrível cerimônias feitas ao ar livre. O ambiente parece mais limpo.
Meus olhos estavam presos na garota ruiva que acabara de passar em frente ao mar, e... porra! Aquela não é a garota francesa, que eu conheci há uns meses atrás, no colegial?
O que ela está fazendo aqui, afinal? Ela não pode me ver vestido desse jeito! Lembro-me de ter mentido feio para ela, fingindo ser pobre, ou algo do tipo. Droga, e agora?
Cutuquei o braço de Tayler.
— Holder, por que ela está aqui? A menina... que acabou de passar ali na frente.
— Quem? A ruivinha, ali? — ele apontou para Angeline, nada discreto. Concordei com a cabeça. — Ah, ela é só a melhor amiga da Yasmine.
— Droga, Tayler. Eu a conheço.
— Conhece?
— Eu fingi ser pobre para ela, uns meses atrás. Será se ela ainda lembra disso? Na verdade... será se ela ainda lembra de mim?
— Oh, com certeza lembra. Ela é muito inteligente, duvido que tenha deixando-te passar fácil assim. Acho que ela faz até faculdade de jornalismo. Ou é medicina? Bom... não lembro-me muito bem.
— Eu acho que vou falar com ela.
— Você e uma garota da faculdade? — Tayler riu sarcástico, gesticulando com as mãos. — Moormeier, você só pode estar ficando maluco de vez.
— Não é isso. Confesso que gostei de ser tratado como uma pessoa normal.
Desviei meu olhar para o pequeno bar montado na praia. Avistei um garçom, e então, eu acabara de ter uma brilhante ideia.
— Espere aqui. — levantei-me da cadeira, sem demora.
— Porra, Payton! Para onde você vai?
Não respondi nada, apenas corri na areia até o garçom.
— Oi, tudo bem? Desculpa atrapalhar.
— Sem problemas. Posso te ajudar?
— Hum... na verdade, sim, pode. — abri um sorriso esperançoso. — O que você acha de nós trocarmos de roupa?
— Quê? — ele riu, como eu acabasse de entrar para um show de humor. — Não, garoto. Eu preciso trabalhar.
— Ah, entendo. E... quanto você vai ganhar essa noite? Porque, cara... só esse meu terno custa uns dez mil reais. — tentei suborná-lo. Ele encarou meu traje. — É seu, se quiser!
Então o homem continuou me encarando por mais alguns minutos, sem saber muito bem qual o melhor caminho à seguir.
— Tudo bem. — finalmente, ele aceitou, então eu sorri largo.
Horas depois, eu já estava vestido com suas peças. Tayler ria de mim todas as vezes em que eu passava com uma bandeja nas mãos. Eu não tenho uma coordenação motora muito eficaz, então praticamente todos os pratos caíram na areia.
— Moço? — uma senhora acomodada em uma mesa distante chamou-me. — Você poderia trazer-me um copo d'água, por gentileza?
— Hum... peça para aquele homem de preto ali, ó. — eu apontei para a primeira pessoa que avistei. A mais velha me olhou, incrédula. — Com licença, senhora.
Caminhei até onde Angeline estava. Penteei meu cabelo com os dedos, brevemente. Ok. Agora sou um garçom arrumado.
Chutei areia bem ao lado da ruiva, na intenção de chamar a sua atenção.
— Olha, só. — ela virou-se para mim, incrédula e com um sorriso no rosto. — Você não é o menino qualquer coisa?
Fiquei sem entender por um instante, mas logo lembrei-me de que esse foi o apelido que ela me deu da primeira vez que nos vimos. Como ela ainda se lembra disso?
— Isso! Menino qualquer coisa. — repeti animado, aproximando-me de Angeline. Ela me olhou de cima a baixo. — Angel, não é?
— Sim. Ei, eu acho que também lembro-me de seu nome... é Payton, certo?
— Caramba, você lembrou mesmo!
— Lembrei. — ela sorriu simpática. — Que coincidência te encontrar aqui. Agora está trabalhando como garçom?
Ah, droga. Odeio mentir.
— Sim, eu... larguei tudo e vim atrás dos meus sonhos. Tem coisa que vale o sacrifício, sabe? Tipo te encontrar aqui.
— Jura?
— Aham.
— Uau. Admiro a sua coragem.
— É. — eu ri fraco. — Já está na faculdade?
— Sim, entrei há poucos meses.
— Legal, fico feliz por você. — cocei a nuca. Pela primeira vez na vida, eu não sabia o que falar, ao certo. — Hum... quer sair daqui?
— Sair? Com você? — Angeline riu, extremamente confusa. — Mas você não precisa trabalhar?
— Bom... acho que o meu chefe não vai se importar se eu der uma saída do meu turno por alguns minutos. — eu sorri, mais uma vez mentindo. Ela riu mais ainda.
— Você é maluco.
— Um pouco. Quer ou não?
[...]
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