⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝟎𝟏𝟏. ⠀ TELL ME ABOUT YOUR LIFE STORY
PAYTON MOORMEIER
[...]
Disponho o milkshake pronto de Yasmine em uma bandeja e caminho até a mesa onde ela e Angel estão acomodadas.
— Obrigada. — Yasmine olha fixo para a bebida, admirada. — Olha, só, você não esqueceu do chantilly nas bordas.
— Não esqueci. Gostou?
— Muito. Agora puxe uma cadeira, Payton, eu preciso te fazer uma pergunta séria.
Engulo seco. Pergunta séria? O que ela quer dizer com isso?
— Pode fazer. — endireito as costas, tentando manter uma postura firme.
— Puxe a cadeira, antes.
Pigarrei. Em um instante e pressa, tento pensar em algo.
— Ah, é que eu estou no meio do meu turno, realmente não posso parar para conversar... — invento algo.
— Não tem problema, ninguém vai perceber.
Por reflexo, apenas puxo uma das cadeiras e acomodo-me entre Yasmine e Angeline. Ambas estão olhando-me imotas, sem saber por onde começar.
Confesso que eu tenho um pouco de medo da Yasmine, e, principalmente de suas perguntas inconvenientes.
— Então, Payton... — começa Daniau. — Nós queremos que você nos conte sobre a história de vida.
Meus olhos arregalam e eu contorço-me na cadeira. Puta merda.
— A m-minha história de v-vida? — gaguejo.
— Isso.
Meu Deus. Qual é a minha história de vida?
— Ah, eu... — tento pensar em algo, rapidamente. — Bom, quando eu era criança, os meus pais não tinham dinheiro suficiente, então eles me forçavam trabalhar dia e noite. Eu sempre sustentei a minha família.
Yasmine e Angeline se entreolham, pasmas.
— Caramba. Eu mal posso imaginar em como a sua infância deve ter sido conturbada. — Angel comenta, com uma feição lastimável. — Eu sinto muito.
— Por quê? Era só mandar seus pais tomarem no meio do cu, guardar todo o dinheiro que você conseguia e por fim, fugia de casa. — diz Yasmine, simples. Não consigo segurar a risada. — Quero dizer... eu sinto muito mesmo.
— Não sintam. Eu estou bem, agora.
— Fico feliz. — a ruiva diz, sorrindo para mim. Ela fica tão linda quando sorri, que quase sinto que vou d...
— Foco, Payton. — rapidamente, saio de meus devaneios quando Yasmine chama a minha atenção, batendo de leve em meus ombros.
— Ah, foi mal. — rio fraco. — Sobre o que nós estávamos falando, mesmo?
— Sobre a sua história de vida. Conte-nos mais. Eu quero saber de tudo.
Estremeço. Sinto que a Yasmine já desconfia de mim. Ou talvez ela só me odeie e queira que eu me afaste da Angeline, certo? Errado. É impossível saber. Sua feição é quase sempre séria, e quando sorri, é por conta das piadas feitas por si própria.
— Ok, hum... Eu nasci em Nashville e me mudei para Seattle com treze anos. — pela primeira vez, falo a verdade. De fato, eu mudei-me para Seattle com treze anos. — Bem, isso foi por causa do meu pai, ele tinha uma empresa que... Não, espera! Digo... Ele trabalhava em uma empresa, ganhou uma promoção e precisou vir para Seattle conosco.
Ufa. Essa foi por pouco.
Yasmine arqueia uma sobrancelha.
— Sei. E seus amigos?
— M-meus amigos?
— Sim. Digo, você deve ter amigos na cidade, não é?
— Hum... Para falar a verdade, não muitos. — minto. — Eu passo a maior parte do tempo trabalhando, então não tenho tempo suficiente para conhecer pessoas ou fazer amigos.
— Ah, entendi. Talvez por isso você e a Angeline se pareçam tanto.
A ruiva entreabre a boca.
— Tudo bem, Yasmine, já chega de perguntas. Nós não estamos em um interrogatório. — Angel interrompe seus questionamentos. — E você não precisa ir para a casa do seu primo, hoje?
— Ah, não me lembre desse pirralho infernal. — Yasmine ajeita os cabelos e levanta-se da cadeira, enervada. — Fui com Deus! Tchau, pobres.
Solto uma risada.
— Tchau, Yas! — me despeço da loira, que pega suas chaves na mesa e sorri de volta, em minha direção.
Angel aperta os olhos. Sua expressão é enigmática e eu não faço ideia do que se passa em sua mente.
— Me desculpe por ela. — diz ela, de repente. Franzo a testa.
— Não. Ela é engraçada. — confesso. Estendo o pulso, para que pudesse ver as horas em meu relógio. São sete e cinquenta. — Ei, o meu turno acaba às oito. Se você quiser, nós ainda temos tempo.
Angel apoia o queixo nas palmas das mãos, sorrindo amplo.
— O que quer fazer? — ela inclina-se na mesa, para que conseguisse olhar-me melhor.
— Nós podemos ir ao cinema.
— É uma boa ideia.
— Sempre tenho ótimas ideias. — brinco.
— Já são sete e cinquenta. Eu acho melhor você terminar de atender o resto dos seus clientes, e depois, eu posso pensar no seu caso. — murmura ela, em um suspiro agradável, descansando as mãos na cintura.
— Se eu atender todos, você promete sair comigo?
— Talvez. — seu sorriso abre mais.
— Tudo bem. Então... com licença. — levanto-me da cadeira, atrapalhado, derrubando o porta-guardanapos no chão. — Opa. Ei, não saia daí! Eu... já volto. — peço, contente.
Fico atrás do balcão de iogurtes e sorvetes por um longo tempo, na tentativa de processar o que acabara de acontecer.
Angeline Bonet aceitou sair comigo mais uma vez. Angeline Bonet aceitou sair comigo mais uma vez!
• ( interação ): vocês vão assistir viúva negra no cinema?
• votem e comentem!! <3
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