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Adilson engatou quinta macha e pisou fundo fazendo o motor seis cilindros da Blazer roncar forte. Os pneus cantaram no asfalto fazendo Kelly ter que se segurar na porta do carro.

O que ele está a pensando? Que aquilo era alguma corrida?

— Meu Deus Adilson! Vai mais devagar! - Gritou ela fazendo cara feia.

Odiava quando ele começava a correr feito um maluco, e ele fazia aquilo desde que tinha comprado a Blazer com motor 4.3, V6. Uma máquina, segundo ele.

Adilson olhou para ela e disse:

— Relaxa amor.

Kelly não estava com a mínima vontade de relaxar.

Ele estava acostumado a dirigir em alta velocidade. Era uma coisa que lhe causava uma sensação de liberdade.

— Não quero relaxar! Só quero que vá mais devagar!

O dia estava quente, apesar do vento alísio das montanhas estar assoprando com força suficiente para fazer os cabelos longos das mulheres se esvoaçarem. Era um vento reconfortante que levava embora o calor do final da primavera. Kelly odiava calor. Sua estação preferida do ano era o inverno. Ela preferia enfrentar temperaturas abaixo de zero do que ter que aturar um sol de rachar e trinta graus de temperatura, ter que tomar vários banhos por dia e mesmo assim continuar fedendo e quando igual a um porco. Não, definitivamente calor não era para ela.

Adilson dirigia com uma lata de cerveja na mão. A janela do carro aberta. O rádio estava ligado e o som forte do sepultura rolava solto, fazendo a lataria do carro estremecer. Nada melhor do que um dia como aquele para curtir um rock.

Isso fez Kelly abaixar o volume e Adilson olhou para ela.

— Tudo bem gata?

Ela não parecia bem, não mesmo.

Kelly suspirou. Não se sentia tão bem assim, mas não queria dizer a Adilson, que estava se esforçando para fazer aquilo por ela. Todos eles estavam. No fundo ela sentia gratidão.

— Estou bem.

Isso não o convenceu. Kelly não parecia nada bem, e era preocupante.

— Pois não parece.

Na verdade ela achava que  estava bem, mas sentia-se tensa. Estavam agora perto de Santo Antônio do Pinhal, cada vez mais próximo do lugar onde sua vida tomou um outro rumo há 18 anos atrás. E a iminência daquilo a deixava inquieta. Fazia muito tempo que ela não colocava os pés lá, somente agora ela decidira voltar, e parte dela ainda não havia decidido se aquilo era o melhor a fazer.  Isso a deixava inquieta, de uma maneira que podia ser absurda, mas que ela não podia controlar, era automático.

Seus amigos estavam ali para apoia-la. Além dela e de Adilson, Bruno, o primo de Adilson, Rose, que agora era namorada dele, Felipe e Soraia estavam no carro. Eram seus amigos mais próximos. Estavam ali para apoia-la no que fosse preciso, embora ela achasse que só estavam ali para de fato curtirem o final de semana do dia das bruxas. Havia muita cerveja no carro. Eles comprariam mais. A ideia era curtir o dia das bruxas e trepar bastante naquele fim de semana, enquanto Kelly fazia o que fosse preciso para se livrar dos fantasmas do passado. Simples assim, mas não tão simples para ela. Para ela era mexer em feridas antigas que ainda não estavam cicatrizadas.

Para eles seria mais um fim de semana de curtição, mas para ela a oportunidade de expurgar o passado de uma vez por todas. Fazer pelo menos com que as coisas fizessem algum sentido.

Mas Kelly era realista. Ela não esperava encontrar respostas naquele lugar, afinal, dezoito anos haviam de pesado. Mas ela esperava ao menos poder amortecer o impacto que a morte de seus pais havia causado e ainda causava em sua vida.

Voltar àquele lugar seria como renascer, como deixar seus pais finalmente irem embora e descansarem em paz.

Talvez fosse apenas isso, o passado queria ser apenas deixado em paz.

Mas no fundo havia um sinal de alerta ligado em sua mente desde que a ideia de voltar surgiu. Talvez fossem apenas suas defesas naturais trabalhando e nada mais.

Kelly segurou-se novamente com um brusco solavanco que o carro deu. Adilson contava indo muito rápido.

— Vai mais devagar Adilson! Por favor!

Adilson sorriu e disse:

— Acha que isso é correr? Veja isso.

Ele soltou uma gargalhada  e acelerou, fazendo a velocidade subir para 120 por hora.

Todos se seguraram dentro do carro.

— PARE COM ISSO ADILSON! EU DISSE PRA IR DEVAGAR! - Bradou Kelly furiosa.

— Calma amor. Tá tudo sob controle. Relaxa. - Disse ele tentando tranquiliza-la.

— Vai com calma aí cara. - Disse Felipe no banco de trás, que começava a achar que seria boa ideia pedir para Adilson parar e assumir a direção.

Adilson sorriu.

— Vocês são muito cagões demais. Meu Deus!

Ele aumentou ainda mais a velocidade. Não era necessário, mas naquele momento ele agia por instinto.

— PARE COM ISSO! IDIOTA DO CARALHO! - Gritou Kelly tentando se segurar.

Adilson fez uma curva para a esquerda e avistou algumas viaturas da polícia, paradas fazendo uma blitz.

Ele arregalou os olhos e exclamou:

— Merda!

— Viu seu idiota?! - Exclamou Kelly com ódio. - Corre mais imbecil. Espero que eles empurrem uma multa no seu cu pra você largar a mão de ser besta!

Ele não estava preocupado com isso. O carro estava cheio de cerveja, e isso sim podia ser uma merda e tanto.

— Felipe, esconde a cerveja porra!

Felipe empurrou lo fardo de cerveja para debaixo do banco. Não dava para fazer muita coisa nessas alturas.

Adilson meteu o pé no freio fazendo o carro balançar, os pneus cantaram na pista.

Ele tinha esperança de que a polícia ia deixa-los passar sem problemas ( uma tênue e infundada lembrança), mas viu suas esperanças indo por água a baixo quando um dos policiais fez sinal para ele encostar o carro.

Iria levar uma multa pesada e a grana estava curta demais. Mas a culpa era dele, ele admitia. Agora não tinha para onde correr.

Ele olhou para Kelly e ela apenas lhe mostrou o dedo do meio, demonstrando a sua insatisfação.

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