Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

11

— Vamos ver onde é ... que eu vou trepar. - Disse Bruno levando as mochilas para o andar de cima.

— Você só pensa nisso seu idiota! - Rose lhe deu um tapa nas costas.

Havia três quartos no andar de cima, sendo que um deles era uma suíte.

A escada se abria para um amplo hall onde estava uma mesa de sinuca.
Dali seguia um corredor. No teto do corredor havia um alçapão que dava acesso ao sótão. À esquerda ficava a porta de um dos quartos, ao fundo um banheiro, à direita a porta da suíte. Ainda no hall ficava a porta do terceiro quarto.

— Vou ficar com a suíte dos fundos cara. - Disse Bruno.

— Nada disso. - Objetou Adilson. - Tire suas tralhas sujas daí. Esse é o meu quarto e o da Kelly.

A própria Kelly abriu a porta da suíte. Aquele era o quarto de seus pais quando eles eram vivos e entrar ali a fez estremecer.

Ela abraçou o próprio corpo e experimentou as diversas sensações que aquela volta ao passado lhe proporcionavam.

A cama era grande. Ficava à direita, encostada na parede. À frente, uma porta envidraçada, agora ocultada por cortinas que um dia tinham sido brancas, dava acesso a uma sacada, de onde se podia ver a parte de trás do terreno e a floresta que circundava o lugar; à esquerda ficava um guarda roupas acoplado à parede e a porta do banheiro.

Kelly abriu a porta do banheiro e fez cara feia com o cheiro que surgiu lá de dentro. Era um banheiro pequeno, mas tinha uma banheira que estava protegida por uma cortina.

Ela ficou parada diante da porta por alguns instantes olhando para a cortina do banheiro, e por um momento podia jurar que havia uma sombra lá. Seu coração palpitou. Por um momento ela experimentou uma onda de medo.

Saiu da inércia e caminhou lentamente até lá, desprezando seu reflexo no espelho, sabendo que sua fisionomia era de pavor e assombro.

Ela estendeu a mão convicta de que ao puxar a cortina iria ver o assassino de capa impermeável preta que matou seus pais em 1983. Ele estaria segurando a cabeça de seu pai. A cabeça, apesar de arrancada há 18 anos, ainda estaria viva e pingando sangue na banheira branca. Seu pai sorriria, seu rosto iluminado por um olhar morto e enlouquecido pelo tempo e lhe daria as boas vindas, porque ela estava de volta ao lar.

Kelly abriu a cortina e viu apenas sujeira, nada mais. Ela voltou para o quarto.

A casa estava impregnada de cheiro de mofo e coisas esquecidas pelo tempo mas era como se ela pudesse ainda sentir o cheiro dos pais ali dentro daquele quarto, o cheiro do passado. Como se o passado não tivesse morrido, ele fora apenas trancafiado ali dentro daquela casa, e com o passar dos anos ele havia enlouquecido.

Kelly suspirou e sentiu a mão de Adilson em seus ombros.

— Era aqui que eles dormiam amor?

— É. Bem aqui. - Ela apontou para o corredor. — Eu dormia naquele primeiro quarto, perto da mesa de bilhar, mas me lembro que tinha noites em que tinha pesadelos e vinha dormir com eles.

Ela deu um sorriso nervoso e ele a abraçou.

— Acho que todos nós já fizemos isso um dia.

— É. Acho que sim.

Ela tinha pesadelos quando era criança. Às vezes sonhava que estava sozinha na floresta e tinha um homem sem rosto, vestido de preto que a perseguia. Ela nunca conseguia chegar até ela, mas a sensação de ser perseguida a apavorava. No sonho ela olhava para trás e conseguia ver aquele ser sem rosto escondido por entre as árvores da floresta.

Depois da morte dos pais ela continuou tento pesadelos com um homem vestido de preto. Um homem usando uma capa de chuva preta e segurando um machado. Ela também tinha pesadelos com sua mãe que apesar de morta estava com os olhos abertos se esvaindo em sangue e dizendo a ela que ela precisava fugir.

— Fuja Kelly, fuja do homem sem rosto. Fuja do pesadelo nas sombras.

Quando ela começou a tomar remédios para dormir, os pesadelos ficaram controlados, mas nunca pararam de fato.

Ela estava ali, naquela casa, dezoito anos depois, para, de alguma maneira, tentar fazer eles pararem.

Eles saíram dali e trataram de abrir todas as portas e janelas da casa depois removeram todos os panos que cobriam os móveis.

Tinham trazido vassouras e produtos de limpeza e as mulheres iniciaram um mutirão de limpeza na casa.

Os homens foram cuidar de verificar as instalações elétrica e hidráulica.

Descobriram que não havia água e nem energia, o que era de se esperar em uma casa fechada por dezoito anos.

A porta da cozinha lhes deu acesso aos fundos da casa. A piscina estava quase vazia, exceto por muita sujeira acumulada. Parecia que há dezoito anos atrás alguém tinha colocado uma lona para proteger a piscina. O que tinha sobrado dessa lona estava boiando no resto de água que havia ali.

Verificaram a casinha de tábuas que ficava nos fundos e descobriram ali um gerador de energia. Descobriram também alguns galões de gasolina, um deles estava cheio.

— Acha que essa coisa ainda funciona? - Perguntou Felipe.

Adilson coçou a cabeça e puxou a corda de partida do motor.

— Bem... Travado não está. Acho que o que a gente deve fazer é trocar o óleo dessa coisa e comprar mais gasolina.

— Mas e essa aqui? - Perguntou Bruno mostrando o galão cheio.

— Cara... Isso ficou dezoito anos aí. Acha que presta?

Bruno deixou o galão de lado.

Eles voltaram para a casa e contaram a situação para as mulheres.

— Eu acho que se trocarmos o óleo e colocarmos gasolina boa no tanque  podemos ter energia por aqui.

— Faltou a questão da água. - Disse Felipe. — Como vamos fazer?

— Eu me lembro, - disse Kelly - que quando eu era criança a água vinha de uma mina logo ali atrás da casa. Meu pai colocou uns canos lá.

— Podemos abastecer a piscina com isso? - Perguntou Bruno.

— Sim. Me lembro que a piscina era abastecida com a água da mina também.

— Bem senhores. - Disse Adilson. — Temos trabalho a fazer e eu espero que consigamos fazer antes do almoço.

Enquanto as mulheres limpavam a casa, os homens trataram de verificar os canos. Não demorou para encontrarem a mina. Fizeram alguns remendos necessários nos canos e conseguiram trazer a água até a casa.

Por volta das onze da manhã as mulheres começaram a fazer o almoço.

Não havia gás, apenas um velho fogão à lenha de ferro.  Bruno ajeitou alguns gravetos para fazerem o almoço e disse que eles teriam que lenhar para garantirem o rango no final de semana. Depois ele foi mexer na instalação do vídeo cassete. Deu uma olhada na tv gigante e achou que talvez ela funcionasse se houvesse energia.

Adilson foi mexer no gerador e fez uma limpeza nele. Felipe tratou de remover toda a sujeira da piscina, e o método mais eficiente que encontrou para fazer isso foi entrando nela. Depois verificou a casa de máquinas e descobriu que o motor estava em ótimo estado, provavelmente funcionária se houvesse energia.

— E agora cara? - Perguntou Adilson.

— Bem... Agora a gente precisa comprar cloro e alguns produtos e jogar aí. Podemos ter piscina para o final de semana. É o que eu acho.

— E eu acho que aquele gerador lá vai funcionar legal.

— É isso aí mano!

Os dois se cumprimentaram batendo as mãos.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro