Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

10

Um emaranhado de sensações se apoderou de Kelly quando eles se aproximaram mais da casa.

Ela começou a tremer e se obrigou a se controlar.

Adilson avançou devagar com o carro e um pensamento se apoderou dela:

" Meu Deus! Foi aqui! Foi aqui que eles foram mortos!"

O lugar ainda parecia falar e sua voz era tenebrosa. Se ela fechasse os olhos poderia ouvir os gritos de pavor que saíram da boca de sua mãe naquela noite enquanto ela lutava pela vida.

Mas ela não fechou os olhos. Ela os manteve fitos na casa.

Assim que Adilson parou o carro diante dela era como se a casa acordasse. Passara 18 longos anos dormindo e agora despertava do sono com a sua chegada. Era como se aquele lugar a reconhecesse, soubesse quem ela era.

" keeeely beeem vinda de volta ao laaaar. "

A voz dos fantasmas tenebrosos que assombravam o porão de sua mente estavam ali, pareciam emanar da casa.

Kelly vislumbrou as janelas e era como se elas fossem olhos. Estava viva! A casa estava viva e pronta para comê-la.

" Vamos embora Adilson! Me tire daqui! ME TIRE DAQUI! "

Eles desceram do carro e ficaram ali, olhando para a casa. Era um pequeno sobrado. A entrada de carros estava tomada pelo mato, e dava aceso a um pequeno lance de escada que conduzia a uma varanda que ocupava a frente da casa. Havia uma janela ao lado da varanda, do lado esquerdo e duas janelas no andar de cima.

A faxada já tinha sido branca um dia, agora a cor estava desbotada, parecendo mais um bege, quase marrom. Em alguns pontos crescia musgo devido a infiltrações. A ação do tempo fora implacável com aquela casa.

Na frente da entrada de carros havia uma cerca de alambrado com um portão que estava aberto. Kelly se lembrava que aquele portão ia dar na parte de trás da casa onde ficava uma piscina e um depósito de ferramentas.

Algumas imagens do passado povoaram a mente de Kelly. Ela se lembrou de flashes de quando era criança, quando a casa tinha vida. Ela morava ali com seus pais. Eram felizes. Seu pai costumava receber os amigos aos fins de semana e eles se divertiam na piscina enquanto saboreavam um churrasco. Ela se lembrava de sua mãe sorridente, linda e cheia de vida. Eles costumavam fazer piqueniques no campo ao lado da casa que naquela época era um gramado natural. Agora o campo estava tomado pelo capim.

Aquilo invadiu sua mente, e foi como voltar no tempo. Ela queria voltar. Queria viajar para aquela época e viver lá para sempre, congelar o tempo para que aquela terrível noite não chegasse nunca.

— Kelly.

Kelly levou um susto e descobriu que estava de olhos fechados. Os abriu e viu o estado em que a casa se encontrava agora. Apenas um lugar abandonado, nada mais.

— Kelly. Amor.

Ela olhou para a esquerda e viu Adilson diante dela.

Por um momento pensou que fosse seu pai, ou outra pessoa, e levou um susto.

Mas era somente Adilson.

— Oi... O que?

— Precisamos das chaves para entrar na casa amor.

— Ah sim... Claro...

Kelly enfiou a mão no bolso da calça, pegou o enferrujado molho de chaves que tinha pegado na casa da tia o deu para Adilson.

— Você está bem?

Kelly sorriu.

— Sim... Estou bem.

Ele se aproximou dela e a abraçou, depois lhe deu um beijo no rosto.

— Vamos. Vamos ver como a casa está.

Eles avançaram pela entrada de carros onde os outros já estavam e foram até a varanda.

Kelly afastou algumas incômodas teias de aranha. Seu coração palpitava, a respiração era ofegante. Sentia-se como se fosse ter uma taquicardia a qualquer momento.

Adilson olhou para ela e perguntou:

— Tem certeza que quer fazer isso? Ainda podemos entrar no carro e dar o fora.

Kelly suspirou e respondeu:

— Abra de uma vez.

Adilson experimentou quatro chaves do molho e conseguiu abrir a porta. As dobradiças emperradas rangeram. O som estranhamente fez Kelly estremecer.

Um cheiro acre de mofo e coisas esquecidas pelo tempo os atingiu e Adilson fez cara feia.

Os dois ficaram por alguns instantes, parados diante da porta aberta, olhando para o interior imerso na penumbra. Então Kelly colocou o pé direito na soleira da porta e entrou. Os outros entraram atrás dela.

Na frente deles estava uma sala de estar pequena mas aparentemente confortável.

Havia uma tv enorme ao fundo completamente tomada pela poeira. Os móveis estavam cobertos por panos que um dia tinham sido brancos. Agora tinham ganhado uma coloração bege, quase amarelada. O piso era branco e estava coberto de poeira e algumas folhas secas.

À esquerda ficava uma sala menor que a primeira. Havia uma lareira, uma estante de livros e algumas poltronas separadas por um tapete felpudo.

Kelly entrou nessa sala e viu alguns retratos sobre a lareira.

Ela se aproximou e pegou um deles. Era sua mãe, posando para uma foto no campo que havia ao lado do terreno.

Ela estava usando roupas de inverno. Uma calça jeans azul, botas pretas, uma suéter de malha marrom com alguns desenhos que imitavam pinheiros e um cachecol branco ao redor do pescoço.

Kelly percebeu o quanto era parecida com sua mãe, que era morena com algumas sardas no rosto, os olhos claros, quase cor de mel, os cabelos pretos, cacheados caiam pouco abaixo dos ombros.

Ela suspirou. Sentiu uma lágrima escorrendo por seu rosto e lutou para não chorar.

Estava pisando em cima de fortes lembranças agora e era preciso se controlar. Mas a saudade bateu forte.

Kelly estava colocando a foto de volta na lareira quando uma coisa lhe chamou a atenção.

Ela pegou a foto novamente e olhou detidamente para ela.

Ao fundo da foto havia a floresta em redor. Dava para ver uma parte da estrada, e havia alguém parado lá. Na foto, que não tinha muita qualidade, parecia apenas uma sombra. Kelly pensou que talvez fosse apenas uma mancha na fotografia antiga, mas não. Era uma pessoa, parada na estrada a uma distância de uns 50 metros, meio escondida entre as árvores.

Kelly franziu o cenho.

Ficou olhando para a foto por mais alguns instantes e então sentiu uma mão pousando em seu ombro.

Levou um susto e viu Adilson.

— Desculpe amor. Não queria assustar você.

Kelly colocou a foto na lareira e suspirou.

— Tudo bem? - Perguntou ele.

Kelly não respondeu, apenas o abraçou, e os dois ficaram assim por algum tempo.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro