Capítulo 2
Hey lovinhos... <3Eu decidi dividir o primeiro cap em dois para facilitar a leitura... Dica de uma leitora ;)Fiz só agora porque estou trabalhando no próximo cap... Então ainda hoje posto a continuação...Kissus
***
- Tá pronto pro jogo? - a pergunta veio acompanhada de um aperto no ombro, intencionando o apoio moral.
- Estou ansioso... Teoricamente é um jogo fácil. O capitão parece um pouco estressado. Mas como ele é sempre muito exigente, não existe jogo fácil para ele. Todos tem que ser jogados com vontade.
- Você gosta do seu capitão? - questionou Yuuki. Não faria mal saber um pouco mais sobre o outro – Quero dizer... O que acha dele.
- Hm... Não tenho muito o que falar, você sabe que ele sempre está por aí na faculdade com os amigos dele. E em relação ao vôlei. Eu acho que ele deveria tentar carreira profissional.
- É? - largou um sorriso – tão bom assim? Melhor até do que você?
- Yuu, eu nem sou lá essas coisas – falou com modéstia – fora que jogamos em posições completamente diferentes, não dá pra medir.
- Entendi... Vamos sair depois do jogo?
- Os caras falaram que deve rolar uma festa depois. Nós vamos. - avisou sem espaço para discussões.
- E eu perco oportunidade de beber, por acaso? - brincou.
Assim que Alek pegou tudo o que precisava, ambos saíram. Faltavam ainda algumas horas para o jogo, mas o time sempre chegava cedo para se prepararem e aquecerem.
O ônibus já esperava os jogadores no estacionamento, ainda faltavam alguns chegarem, então eles tinham tempo. Yuuki viu Cameron que pareceu ter se esquecido dele desde o dia em que ele agiu como um idiota. Agradeceu aos céus e achou prudente não brincar com a sua sorte. Ignorou o rapaz com vontade, dando atenção apenas para Alek.
Watanabe procurou deixar boas energias ao amigo. Disse-lhe palavras de incentivo e prometeu que quando o jogo acabasse eles comemorariam até dizer chega. Despediu-se dele e enquanto se afastava já pegava o seu celular para pedir um carro a fim de ir até o ginásio. Não era muito perto, porém preferia chegar mais rápido e ir de carro. Vantagens de não precisar se preocupar com o dinheiro que gastava.
Colocou os fones de ouvido assim que entrou no veículo e realizou uma chamada para que ele e Alek pudessem conversar enquanto durasse o percurso.
O motorista estacionou na vaga e Yuuki rapidamente pagou o valor referente ao serviço. Saiu do carro e sentiu um vento forte bagunçar seus cabelos. Pegou de seu bolso um elástico preto e amarrou os fios em um rabo de cavalo alto. Andou calmamente até um dos bancos que ficavam perto do estacionamento e sentou-se de forma relaxada.
Alek já estava quase chegando. Era meio óbvio até que um carro chegasse mais rápido do que um ônibus e o oriental não se importava de esperar, queria dar um último desejo de boa sorte antes do jogo.
Ainda conversavam e enquanto Yuuki escutava o amigo, ele tamborilava os dedos no encosto de madeira, provocando um som oco de alguma música que vinha à sua mente.
O grande veículo parou e a ligação dos dois foi encerada. Pelos vidros percebeu os jogadores se arrumando para descerem. Os dedos continuavam reproduzindo a melodia e o universitário mexia os lábios como se estivesse de fato cantando a música.
A porta se abriu e o primeiro jogador a descer foi o capitão do time. Yuuki sorriu com a forma descontraída com a qual ele descia os degraus. Os seus olhares se cruzaram e Tadhe se mantinha sério ao encará-lo. Yuuki repuxou o canto dos lábios em um meio sorriso e viu que o outro desviou o olhar, voltando-se para a parte inferior do ônibus onde as bagagens eram guardadas.
Alek finalmente desceu e acenou com verdadeira empolgação para o amigo. Foi retribuído de forma um pouco menos exagerada, mas não menos feliz. Conseguiu mesmo que um pouco de longe ler nos lábios do amigo o desejo dele de boa sorte. Sorriu e deu um grande salto cortando o ar. Eles faziam isso sempre, como uma forma para atrair boas vibrações. Alek ouviu o treinador chamando, percebeu a tempo o sinal que Yuuki fez com as mãos indicando que ele já estava entrando. E correu para junto dos jogadores que escutavam atentamente as orientações do treinador.
O jogo realmente não foi difícil. Exigiu concentração e fôlego porque o outro time era bom em deixar a bola permanecer no alto. Faltava apenas um ponto para o time do capitão Tadheus vencer. A bola continuava no ar, devia estar assim a quase um minuto já. Estavam cansados pelo esforço da partida. A bola voltou para o lado deles, sendo recebida por Cameron de manchete. O segundo toque da bola foi em direção ao lançador, estava muito perto da rede e viu ali a sua grande chance. Gritou o nome de Alek que possuía uma forte cortada e quando os jogadores do outro lado se prepararam para perfilarem em defesa na frente da rede, Tadheus deu uma finta.
A plateia ovacionou os jogadores. Eles ganharam! Começaram o campeonato com uma vitória e agora eles iriam comemorar.
O time se abraçou e algumas pessoas da plateia desceram para falar com os jogadores.
Yuuki abraçou o amigo tirando ele do chão, cumprimentou também alguns jogadores que ele conhecia, não se esquecendo de parabenizar eles pela partida emocionante. Até mesmo falou de longe com o ex, não seria educado falar com todos menos com ele.
Procurou o capitão, iria dizer que a estratégia e o reflexo dele no final do jogo foram fantásticas. Achou ele andando para fora daquele mar de gente. Parecia estar andando até um homem que parecia ser mais velho e que se destacava entre as pessoas do ginásio.
Tadhe viu o seu pai e o seu coração falhou, a probabilidade dele ter ido assistir a um de seus jogos era muito baixa. Abraçou e respondeu às felicitações de algumas pessoas que o paravam pelo caminho e chegou finalmente até o seu progenitor que estava propositalmente longe de toda aquela muvuca.
- Vejo que ganharam... - disse altivo.
- Sim, senhor...
- Eu quis ver se você conseguiu aperfeiçoar aquele saque e – o coração de Tadhe gelou – deplorável...
- Mas pai, eu consegui realizá-lo, eu só...
- Fez mas não pontuou – repreendeu – do que adianta fazer um saque com efeito se não vai funcionar. Você quer se exibir por acaso?
- Não, senhor – esmoreceu o semblante. Toda a sua alegria de ter jogado e ter sido o responsável pelo ponto da vitória sumiu diante do que escutava.
- Eu espero que você dê o devido valor para a educação que eu e a sua mãe fornecemos a você... Treine direito! Você está brincando naquela faculdade?
Tadhe pareceu se fechar, ouvia o que o pai dizia, mas sem reação alguma. O olhar baixo mostrava a sua submissão em relação ao seu progenitor.
- Eu achei que você estava melhor... Saiba que eu não perderei mais o meu tempo com os seus jogos... Não voltarei a te assistir até as finais dos nacionais. Eu espero que você consiga chegar até lá... Certo?
- Sim, senhor... - seu olhar que até então estava baixo, tentou se erguer para responder olhando nos olhos do pai. Infelizmente não conseguiu tal proeza.
O pai de Tadhe se despediu dele com uma simples frase e se retirou deixando o menino para trás.
Yuuki que ainda observava a situação, achou aquilo muito estranho e tristemente familiar. Infelizmente não poderia fazer nada para ajudar, não eram próximos e nem nada do tipo. Deu de ombros e voltou-se para Alek que estava vermelho de tanto gritar e comemorar.
***
A festa aconteceu em alguma república que Tadhe não fazia ideia de qual que era. Já tinha bebido muito, tanto que até mesmo dançou algumas vezes onde eles improvisaram uma pista de dança.
Diversas pessoas vieram elogiar ele e a sua liderança no time. Ele agradecia por educação, mas no fundo ele sabia que não fez o suficiente. Ou melhor dizendo, colocaram na cabeça dele que o que ele fez não foi nada de mais e que ele ainda estava muito longe de ser bom.
Algumas meninas davam em cima dele, as vezes ele conseguia despistar e se esquivar delas. Até que um dos caras que moravam na república chegou com uma menina dizendo que ela estava muito interessada em conhecer ele.
Se martirizou por dentro, mas sorriu predador para a garota que amou entrar naquele flerte com o capitão.
O bom era que ele estava bêbado. Começou a beijar a garota ali, para mostrar para todos o quanto ele era "macho" por assim dizer. Besteira... Mas era o que o seu pai lhe dizia. Você precisa ficar com as meninas bonitas meu filho, homem é pegador mesmo.
Asco, sentia raiva e nojo de si mesmo por se submeter a essas coisas. Não sabia mais até quando ele iria suportar isso.
Acabou sendo levado por ela para um dos quartos. Os beijos rolavam até que ele levou ela para a sacada do quarto, imprensando-a no concreto que dava forma ao parapeito.
A menina emaranhava as mãos em seu cabelo e ele realmente só queria que tudo acabasse logo.
Sentiu um perfume gostoso acompanhar o vento que a noite soprou e ele abriu os olhos.
Na sacada ao lado da sua estava a última pessoa que ele queria ver. Só podia ser brincadeira né?
Yuuki estava aos beijos com outro cara e diferente dele ele parecia estar gostando muito.
A menina começou a beijar o seu pescoço e ele apoiou as duas mãos no parapeito.
Os olhos de Yuuki estavam fechados e como se soubesse da presença do capitão ali, ele os abriu, quase que em câmera lenta. Sorriu quando viu que era observado. Aproveitou que os seus lábios foram soltos e mexeu os lábios como se falasse, mas sem produzir som algum:
- De novo? - conseguiu entender e enfureceu-se.
Ao invés de responder à pergunta, Tadhe tomou os lábios da garota com uma brutalidade que ela apreciou.
Parecia que ele queria dizer ao outro que não se importava com a sua presença. Abriu os olhos e ele ainda era encarado. Dessa vez com mais lasciva.
Yuuki fazia questão de provocar. Ele expôs o seu pescoço e o garoto que estava com ele fez questão de beijar aquela parte. O olhar do oriental era febril e ele sorria em divertimento por causar aquelas curiosas reações no capitão.
Ambos estavam indiretamente se provocando, mas tudo parou no momento em que a menina disse algo que Tadhe sinceramente não entendeu. O garoto que estava com Yuuki ouviu e soltou uma exclamação de surpresa parando o que fazia. Os quatro se olharam e claramente a menina e o outro rapaz ficaram constrangidos.
Arrumaram qualquer desculpa para sair de lá.
Graças a isso a menina pediu desculpas a ele, dizendo que não tinha mais clima para continuarem. Tadheus escondeu a sua felicidade e disse gentilmente que entendia. A menina saiu do quarto e ele foi lavar o rosto no banheiro com o intuito de se acalmar.
Se sentia péssimo por pateticamente se sentir aliviado de não precisar dormir com ela. Era um idiota. E mais ainda por querer beijar aquele homem. Céus! Dê força ao Tadhe pra ele não agarrar o cara qualquer dia desses.
É... Isso não aconteceria, mas nada impedia que ele se imaginasse com o outro em cada canto possível da escola. Estava se sentindo atraído por ele. E o idiota ou o seduzia como a pouco ou ignorava ele com louvor. Iria enlouquecer desse jeito.
Abriu a porta do quarto e quando saiu, deu de cara com Yuuki. Ele estava de braços cruzados enquanto se apoiava na parede, parecendo estar esperando alguém.
Fez menção de abrir a boca e falar algo mas nada lhe veio a mente. Fechou a porta atrás de si e resolveu que o melhor era continuar andando.
Yuuki viu que ele começou a se afastar e saiu de sua posição, ficando de frente para o outro.
- O que você quer? - a voz ríspida soou ao mesmo tempo em que ele cruzou os braços.
- Percebi que não te dei parabéns pelo jogo ainda – a voz era tão suave que de maneira inconsciente Tadhe descruzou os braços.
- Ah, isso... Não precisa... - tentou andar mas Yuuki estava na sua frente ainda – obrigado! - achou que agradecendo o menino sairia, mas ele nem se mexeu.
- Não precisa agradecer... Você jogou bem – elogiou e os olhos do jogador lhe encararam.
Yuuki se aproximou mais, a distância curta permitia que Tadhe sentisse mais do perfume inebriante dele e se deu conta que se ele avançasse mais, os dois se beijariam.
- O que está fazendo? - sua voz saiu baixa.
Yuuki sorriu.
- Estou mostrando que eu quero beijar você... - não se mexeu, mas ainda se mantinha perigosamente perto.
- E quem disse que eu quero isso? - praticamente sussurrou e viu o canto da boca dele se repuxar em um sedutor sorriso.
- Não quer?... - indagou e manteve-se na mesma posição, sem avançar e nem recuar.
Tadheus fechou os olhos e bufou inconformado. Assim que os abriu avançou para a boca carnuda. Sua mão se fechou na nuca alheia com força e andou até que as costas de Yuuki batessem na parede.
Soltou um gemido abafado pela dor do impacto, e procurou trazer o capitão mais para si.Não sabia como teve coragem para fazer aquilo, mas com toda a certeza, beijar Yuuki estava sendo extremamente bom. Yuuki mordia suavemente a sua boca para logo em seguida voltar a invadi-lo com a sua língua. Sentia o gosto do álcool que ainda estava presente mas não se importava, ele provavelmente estava com um gosto parecido.
Tadhe começou a lamber e chupar o pescoço alvo dele que apenas gemia em apreciação. Yuuki deu uma leve mordida na orelha do jogador e o viu arrepiar. Sentiu um tapa na sua bunda e riu soprado.
- Se for bater, bate com força... - provocou e o olhar de Tadhe escureceu. Virou Yuuki deixando a cabeça dele apoiada e aproveitou para friccionar sua pélvis ali. Começou a distribuir beijos e mordidas pela nuca dele e quando o outro mal esperou, deu um tapa forte e preciso na bunda dele.
- Assim? - sussurrou em seu ouvido.
- já um começo... - sorriu com malícia e Tadhe negou com a cabeça, descrente com o que ouviu.
Yuuki arfou ao sentir os dedos frios entrarem por sua blusa, passeando por seu abdômen definido, parando ao chegar até um dos mamilos. Os dedos gelados o arrepiavam e proporcionavam aquela gostosa sensação do tesão começando a tomar o seu ser. Gemeu languido e inclinou a cabeça para o lado em busca de outro beijo com urgência. Rebolou o quadril com volúpia e foi recompensado por um gemido arrastado do jogador. Continuaram se beijando e enquanto sentia os dedos brincarem em seus mamilos, arfou em expectativa quando a outra mão entrou em sua calça e tocou o seu membro. Se esfregou mais na ereção que sentia atrás de si e o beijo abafou o gemido de ambos.
- Yuuki! - Alek chamou enquanto subia as escadas.
Rapidamente os dois se afastaram tentando se recuperar. Tadhe passou as mãos pelo cabelo e tentou normalizar a respiração. Sentiu a adrenalina vir direto para o seu coração.
Watanabe arrumou sua camisa e passou as mãos pelos cabelos enquanto andava até as escadas para ver o que o amigo queria e evitar que ele visse os dois sozinhos e notoriamente excitados.
Tadheus viu o outro sumir no corredor. Ele se apoiou na parede enquanto olhava para cima tentando se acalmar. Levou a mão até as têmporas como se assim pudesse não se dar conta do que tinha feito, mas tinha. Sabe se lá o que poderiam ter feito se Alek não tivesse gritado o outro.
Deixou as costas escorregarem na parede e se sentou colocando os braços apoiados em cada joelho e fechou os olhos, conseguindo sentir pro breves instantes as reações que o seu corpo teve com Yuuki e também as que ele causou nele.
Achou que se beijasse ele essa curiosidade a respeito dele sumiria. Só que foi o completo oposto. Agora ele ansiava o outro de forma ardente. Só não sabia se teria alguma outra oportunidade como a de hoje.
Deu por hoje! Iria embora... Se levantou e procurou se despedir dos amigos, alegando que não poderia chegar muito tarde por causa da faculdade. Nenhum dos amigos contestou o capitão. Todos sabiam de seus compromissos com a faculdade e que em hipótese alguma ele faltava.
Não demorou muito e chegou na própria república. Estava cansado e precisava de um banho. Escovou os dentes primeiro e ligou o chuveiro. O Vapor cobriu todo o banheiro e ele relaxou ao sentir o jato de água em suas costas. Fechou os olhos e a lembrança dele e de Yuuki vieram com força à sua mente.
Se repreendeu mentalmente por estar fazendo aquilo, mas não teria como ele dormir excitado. Passou a mão por seu corpo e imaginou que era Yuuki ali. Apertou os seus mamilos e fantasiou que era a língua dele ali. Como seria se a boca de Yuuki também passasse por seu membro? Chupando e lambendo ele? Estava quase lá. As sensações passavam por seu corpo e ele sentia uma corrente elétrica perpassar por seus membros. Até que ele atingiu o seu clímax, vindo em jatos fortes que sujaram a parede.
Ele limpou os vestígios do que fez e terminou o seu banho. Colocou apenas sua boxer e foi se deitar.
Tadhe não se deu conta, mas ele adormeceu e por nenhum instante voltou a se martirizar com as palavras de seu pai.
***
Notas:
Tá aí divididinho e logo mais o capítulo três... Como eu dividi os caps, o número total não serão mais três, mas também não sei quantos serão... De qualquer forma não será uma fic muito longa....Kissus
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