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VI.| A exposição

O tão esperado dia chegara. Os dois adolescentes, nervosos, tremiam que nem varas verdes. Apesar de conhecerem cada cara da vila, a ansiedade tomava conta dos jovens. Era um acontecimento importante para a localidade. Cada habitante da pequena terrinha estaria ali, com um olhar julgador e uma expressão neutra de contemplação artística. Será que gostariam? Ou será que dali sairiam dececionados?

- Pronto? - Perguntou Bibliós, já adivinhando a resposta.

- Mais ou menos. É muita tensão.

- Tu consegues! - Incentivou a rapariga, ainda que não tivesse a confiança que transmitia. - Nós conseguimos!

- Se o dizes... Vou abrir a porta.

O público já esperava do lado de lá da salinha. Não tardou a que o espaço minúsculo se enchesse de rostos estáticos em observação artística. Ouviam-se murmúrios e sussurros.

- Meus meninos... - Chamou uma senhora de meia idade que em tempos idos tentara, sem sucesso, seguir uma vida de atriz de teatro. - Queiram explicar este quadro.

- É a representação de uma das cenas do livro dramático que a minha colega tem nas mãos. - Esclareceu o rapaz, apontando para Bibliós que segurava um livro com uma capa simples que apenas informava o leitor do título da obra e do seu autor.

- Este livro conta a história de como um artista sem esperança conseguiu alcançar a tão desejada carreira de intérprete no mundo do teatro. É uma excelente leitura. Há inclusive quem diga que é autobiográfico. O realismo, a representação dos cenários, os diálogos impressionistas e emotivos... Parece que encarnamos o protagonista.

- Cativou-me. E esta pintura... Suprema! Belíssima! - Elogiou a mulher, para alívio dos jovens. - Será que a menina poderia me emprestar esse livro? Já há muito tempo que não leio algo!

- É claro! Levar as pessoas a ler é um dos objetivos da nossa exposição.

- Pois devo dizer que o conseguiram de uma forma muito original. Desejo-vos muito sucesso, meus meninos!

- Acho que conseguimos. - Murmurou Deinós aos ouvidos da miúda, assim que a senhora se afastou.

- Também acho.

- Tenho uma coisa para te mostrar.

O rapaz puxou a adolescente para um dos cantos da salinha, que os protegia dos olhares alheios. Agarrou no bloco que sempre o acompanhava. Começou a folheá-lo e a mostrar os traços que o preenchiam à rapariga. Que rostos lindos, cheios de expressão! Os cabelos ondulados levemente traçados, os olhos imaginativos e sonhadores, as sobrancelhas distantes, a pele jovial. A mesma musa inspiradora várias vezes era representada. Sentada, em pé, só o busto. E um objeto em todos os retratos a acompanhava: um livro. Ora mais grosso, ora de lombada mais fina, maior, mais pequeno, mas sempre antigo. Sempre em papel gasto, páginas já cansadas de serem lidas.

- És tu, Bibliós. - Explicou Deinós, para sonho da miúda que ainda não acreditava no que via. - Antes desta história toda de exposição, eu já tinha reparado em ti. Admirava a tua simpatia, a tua delicadeza. Só não sabia se era correspondido. Mas desde que nos aproximamos, as minhas incertezas transformaram-se em certezas...

- Anda cá!

Num momento de pura harmonia, os lábios da menina dos livros tocaram a boca do rapaz dos desenhos e dos auscultadores. Amor eterno e perfeito que aqueles dois adolescentes acabavam de descobrir. O sentimento de serem um só em corpos separados, de compartilharem o dom da telepatia romântica, o que lhes permitia saber o que o outro pensava e sentia. O poder da inseparabilidade do amor que parava o tempo ao redor do par. Nada mais importava: só aquele beijo que demorou para vir, a confissão de sentimentos recíprocos. Não existe narrativa mais verdadeira nem desenho mais magistral do que o amor sublime e genuíno.

(603 palavras)

(Total: 3680 palavras)

Monte, 2024

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