A Vida É um Moinho
Os milésimos passam correndo, provando-me que sou tão frágil quanto um vidro. Isso me faz lembrar do quão nocivo é o cérebro, ele me faz esquecer do rosto e do toque de quem amamos, mesmo que este esteja ao meu lado. O tempo é inexorável quando se trata de seres que fizeram parte de nossas vidas ao menos uma vez, forçando-me a acreditar e aceitar que tudo passa, até mesmo eu e memórias que gostaria que não se fossem. Raspam pela lacuna frívola de lembranças que um dia pude guardar em meu peito, não obstante o suficiente para me quebrar ao meio quando pensamentos do tipo insolúveis me cercam sem parar. Não há para onde correr e não dá para fingir que não se esvai conforme os dias passam. É necessário aguentar cada átomo dentro do seu pulmão e pulsar do seu coração, te impondo que você precisa continuar. Mas até quando?
O que me resta são meras imagens congeladas no tempo, em que se mantêm em cima de um guarda-roupas velho e empoeirado, lembrando de que não se pode voltar no tempo. Eu gostaria de poder ao menos mais uma vez, sentir a felicidade plenitude do amor contínuo da primeira vez que me tocaram. O passado regurgitando memórias e palavras, de onde o tempo não existe mais.
Talvez perder a imagem do passado não seja tão ruim... ou talvez meu próprio inferno.
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