O tempo vai passar
O espaço me envolver
O frio não cessar
A angústia me entreter

Separado estou de mim
O pecado diante de Ti
Oceano vazio, cidade inabitada
Me encontro no Vale, diante de mim

Janela regada pela chuva
Gotas passando entre a vidraça
O frio da melancolia o resgasta
Olhos falantes desenhados na parede

Estou andando pela escuridão da Galáxia
Pulando de pedra em pedra
Resgatando memórias despertas
Escuto vozes nelas, voltando nas novas

Reflexos ambíguos entrelaçados ao tempo
Olhos falantes atingindo a superfície
O ser, corpo e alma na sua frente
O vácuo do espaço na minha mente