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Desafio #3

Mais uma do desafio de transformar imagens em textos.

Tropecei em uma pedra e caí. Praguejei enquanto me levantava. Se não tivesse colocado esse vestido idiota o meu joelho não estaria sangrando. Mas eu não podia deixar isso me impedir. Faltavam apenas cinco minutos para as dez horas e qualquer segundo a mais poderia significar que eu nunca mais veria Leon.

Continuei correndo, com dor e um pouco mais lenta. Felizmente a adrenalina me anestsiava um pouco. Finalmente cheguei na rua do último ponto de ônibus da cidade. E lá do outro lado, sentado em um banco e cercado de seus pertences mais importantes, estava o meu melhor amigo.

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Leon e eu nos conhecíamos desde sempre. Nossas casas eram geminadas. Eu morava na construção lilás da esquerda e ele na amarela da direita. Sou apenas sete meses mais velha e não foi surpresa para ninguém quando nos tornamos melhores amigos.

Ele sempre amou a música. Me lembro muito bem de quando ele ganhou o seu primeiro violão, no aniversário de dez anos, e mal conseguia fazer os acordes corretamente. Nossos quartos dividiam uma parede e ao longo dos anos me acostumei ao som de Leon tocando o seu violão. Percebi cada evolução e novo aprendizado e nos últimos anos ouvia suas composições antes de qualquer pessoa.

Seus pais queriam que Leon seguisse uma carreira tradicional. Mesmo se ele não tivesse me contado eu saberia, as paredes são finas. Não acreditavam que o filho teria potencial para se sustentar com sua música. Eu, entretanto, nunca duvidei dele. Sabia que sua música seria capaz de mover pessoas e marcar vidas.

Quando ouvi essa noite os leves ruídos de uma movimentação rápida pelo quarto senti que algo não estava certo. Tentei me acalmar e ler um livro mas não conseguia focar nas palavras. Lembrei então do sonho que tive uma uma semana antes. Nesse sonho Leon desaparecia aos poucos enquanto eu gritava seu nome por horas a fio até perder a voz.

Precisava ver se ele estava bem. Dei três batidas na parede, seguidas de duas e mais duas. Nosso código secreto. Apenas o silêncio de resposta. Me levantei e saí de casa, passando pelo quintal, que era separado da casa de nossos vizinhos por uma cerca baixa. Estava me preparando para pular a cerca quando notei alfo branco preso no tronco da macieira da minha mãe.

Era um pedaço de papel. E eu não precisei ler até o fim para entender que ele estava indo embora. Olhei o relógio em meu pulso e comecei a correr. Eu tinha meia hora.

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Parada do outro lado da rua observei a cena à minha frente. Leon sentado nos velhos bancos do ponto de ônibus, vestindo seu velho moletom e de olhos fechados. Ele sorria e percebi que estava em paz com a decisão tomada. Ao seu lado a case com o precioso violão, comprado com o dinheiro das aulas particulares de música que começou a dar aos quinze anos. Ao seu lado no banco repousava a mochila azul, completamente cheia, e logo abaixo dela a mala que me trazia tantas lembranças de excursões que fizemos juntos. E mesmo após três anos os adesivos que eu colei ainda a decoravam.

Dei dois passos e estava prestes a atravessar a rua quando notei o céu atrás dele. A lua cheia brilhava enorme e linda. Mas não foi ela que me chamou a atenção. As estrelas em sua volta formavam as mais belas constelações e soube naquele momento que Leon ficaria bem e brilharia tanto como essas estrelas.

O barulho de motor chamou a atenção de meu amigo, que abriu os olhos e me notou ali do outro lado. Sorri para ele e ele sorriu de volta, sabendo que eu acreditava nele. Logo o ônibus tampou a minha visão e, após parar por poucos minutos, seguiu em frente. Pensei ter visto Leon pela janela acenando um adeus.

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