Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo XXII

— Meninos, avisaram-me que estão solicitando a presença de vocês no salão para que reforcem a segurança. Como sabem, nada pode dar errado.

Eles acenaram com a cabeça compreendendo o que aquela mulher havia lhes dito e seguiram para o salão. A mulher ficou ali, como quem esperasse por alguém, com seus pequenos olhos gateados atentos. Era Lucy, a chefe de cozinha, uma senhora baixa de quadris largos. Katherine nunca fora muito próxima dela, mas sempre a cumprimentava e quando a via, puxava assunto, perguntando-lhe sobre sua saúde, sempre muito respeitadora, Lucy a admirava pela princesa conhecer a todos que trabalhavam em seu palácio e sua gentileza para com eles — seus empregados, mas acima de tudo, seu povo.

— Princesa? — Lucy sussurrou, procurando-a. Ao escutar seu sussurro, Katherine estranhou que a moça soubesse que estava viva e ali. Então ousou sair de trás da parede.

— Lucy? — Ela chamou-a, despertando sua atenção. Ao vê-la, a chefe de cozinha esbanjou um imenso sorriso, seus olhos brilharam, a felicidade estampada no rosto. Elas foram de encontro uma com a outra. — Como soube que eu estava aqui? — Katherine a abraçou rapidamente, atenta aos guardas.

— Miriam adentrou a cozinha como um furacão. Ela me procurou preocupada por estar aqui sozinha, quase não reconheci quando a vi. Vim imediatamente lhe procurar, fico tão feliz que esteja viva Vossa Alteza, mas entre rápido, antes que eles notem que foram enganados, não temos muito tempo.

Katherine acenou com a cabeça, extremamente agradecida, sorriu para a senhora e antes de abrir a porta robusta de duas folhas de madeira, falou:

— Obrigada, por favor, se cuide enquanto eu estiver fora e não deixe que ninguém descubra que me ajudou, não é seguro.

Lucy acenou com a cabeça dando-lhe tchau enquanto Katherine adentrava o escritório.

Katherine invadiu o escritório como um furacão após abrir a porta com grampos que estavam presos ao seu cabelo. É verdade que aprendera aquela técnica em livros de espionagem e que fora a coisa mais difícil do mundo quando tentou a primeira vez quando mais nova para abrir a biblioteca em uma madrugada que estava sem sono antes que sua mentora rabugenta descobrisse e lhe repreendesse firmemente alegando que aquilo não era modos para uma princesa que futuramente assumiria o reino. Nunca descobrira como havia sido pega, mas depois daquele dia, nunca mais havia feito aquilo novamente.

Excerto naquele momento.

A princesa entrou naquela sala e notara que havia muito tempo desde que pisara naquele escritório pela última vez — sempre que entrava ali, revivia momentos com seu pai sentado na mesa em frente a janela planejando novas formas de conquistar aliados e estratégias para combater o desemprego e a miséria —, e aquelas lembranças, embora doces e boas, eram dolorosas demais, Katherine a muito havia enterrado aquelas memórias no mais fundo abismo de seu ser, não queria ser fraca e demonstrar sua fragilidade quando exigiam tanto dela. E olha onde estava, havia sido traída por seu tio e todos do conselho. Entenderia se fosse apenas o conselho, apenas William, apenas Boorman, mas seu tio, Person? Era definitivamente inexplicável. A jovem soluçou de súbito, saindo do transe dos pensamentos que aquele cômodo a trazia, focando novamente em seu objetivo ali. Provas, era o que queria.

Katherine então começou a vasculhar cada gaveta daquela antiga mesa robusta de madeira, as marcas de arranhões e pequenas manchas faziam jus ao tempo em que servira reis e reis — até então, nunca rainhas. Ela sentou-se no assento, revirando cada compartimento da mesa, revirando os documentos que continha em cada uma daquelas gavetas. A jovem leu e releu diversas folhas, percebeu que os planos ao qual ela lutava veemente contra foram todos aceitos, Person iria priorizar a burguesia quando a massa trabalhadora era aquela que precisava ser notada, isso também queria dizer que mentira para ela na reunião quando fingira apoiá-la. Ela sorriu, um sorriso que condizia com sua incerteza sobre ao que pensar daquilo...

— E eu achando que estava do meu lado — debochou com um pequeno sorriso incrédulo no rosto.

A princesa então escutou passos, o guarda estava de volta a sua posição, o que dificultaria ainda mais sua procura. Não poderia fazer barulhos e com a saída bloqueada, dificultaria e muito a escapatória de Katherine não só do escritório, como também do palácio. E bom, aquela sala infelizmente não havia uma das muitas passagens secretas. Mas bom, havia uma janela grande e espaçosa, e cortinas. Já era um começo.

Katherine continuou vendo os arquivos das gavetas, até notar que havia uma trancada, ela forçou um pouco, mas viu que forçar mais forte faria muito barulho, então pegou novamente os grampos que havia recolocado no cabelo e assim como a porta, abrindo a gaveta. Dentro, viu que haviam cópias dos mesmos arquivos dos planos que acabara de reler, mas porque colocá-los trancados sendo que os originais estavam todos em gavetas sem tranca? Não fazia sentido. Então retirou todos os papéis e bateu no fundo daquela gaveta – fundo este que estava oco.

Como suspeitava – ela pensou, dando um sorrisinho de canto de boca. Então retirou o fundo falso e viu mais documentos. Esse, diferente dos outros que citavam planos aceitos para o reino, ia muito além. Os documentos citavam um acordo entre os conselheiros para atacar o reino vizinho, Arion, tomá-lo à força e escravizar sua população, assassinando aqueles que estavam no poder. Katherine folheou aqueles papéis horrorizada, mas além daquilo tudo, encontrou a prova que Alec precisava para provar a inocência de Gavyn, a prova de que fora Person quem contratara alguém para envenenar Duque Henri Alec I, e de que também fora seu tio quem realmente matara seus pais e seu irmão mais velho, contratando um assassino para mexer nas rodas da carruagem, além de ter usado um estilingue para desgovernar os cavalos naquele dia. Katherine imaginava, mas ter provas assim em suas mãos a deixavam incrédula ainda. Talvez no fundo, a princesa queria provas que lhe dissessem o contrário, que provassem que Person não fosse mal, que fosse um engano, mas continuou folheando e encontrou as últimas provas, a contratação dos novos guardas do palácio, os mesmos usados no baile para matá-la e prender seus amigos. A ira em seu ser era inexplicável, Katherine ardia em ódio e raiva e sede de vingança e tudo que se pudesse imaginar.

A jovem pegou todos aqueles documentos em suas mãos e no ato de se levantar, esbarrou em um pequeno tinteiro, que rodopiou, caindo em seguida. Katherine xingou meio mundo ao ver aquela cena e escutar o barulho que causou, depois de todo o esforço que fez para fazer tudo em silêncio. Ou quase tudo.

A porta se abriu e Katherine não conseguiu pensar em mais nada quando viu o guarda parado, encarando-a. Era visível que estava confuso quanto a ela estar, ter passado pela segurança sem que ninguém a notasse.

– Ei garota! O que está fazendo aqui? – disse o guarda ao observar a máscara em seu rosto – Essa é uma área restrita! Retire-se! – mas então notou os papéis em sua mão, então seus olhos brilharam em raiva – Quem é você?! – então avançou em sua direção.

Katherine em reação de instinto largou os papéis na mesa e correu na direção do guarda, sacando duas adagas de suas botas, ela escorregou por entre suas pernas, atingindo-o em cada junta. O guarda não teve reação quando seus joelhos foram de encontro ao chão. A jovem não perdeu tempo e imediatamente passou os braços por seu pescoço até que perdesse o sentido.

Admirada consigo mesmo em sua destreza e agilidade, Katherine percebeu que deveria ter sido treinada, seguindo seus instintos desde muito mais jovem, no entanto se sentir mais livre era algo que iria conquistar cada vez mais com o tempo. Alec ficaria orgulhoso quando contasse que conseguiu derrubar dois guardas, quando contasse que soube se defender e que estava começando a perder o medo — pensou. Notou que a porta estava entreaberta, trancando-a em seguida.

A princesa recobrou o foco e pegou os documentos novamente, indo em direção a janela, observando quão alta era. Se tentasse sair por onde entrou talvez corresse o risco de ser pega pelos guardas do fim do corredor, mas se saísse pela janela... Poderia correr e entrar pela porta dos funcionários, que ficava logo abaixo, onde seguiria para o mesmo corredor vazio, para a mesma passagem secreta que entrara.

Então ela encarou as cortinas e calculou o tamanho e a altura do cômodo onde estava. Daria certo, ela dizia consigo mesma, embora nunca tivesse feito tal proeza, até então havia apenas lido histórias em livros, inclusive o mesmo que a ensinara a abrir portas com grampos.

Katherine apoiou-se na janela pensativa quando escutou batidas na porta.

— Abra em nome do rei! — diziam vozes estressadas. Notaram sua presença, o guarda que havia apagado acordara e chamara imediatamente reforços. A princesa não tinha mais tempo para pensar, sua única saída era, de fato, escalar até embaixo. Ela rapidamente puxou as pesadas cortinas dando um nó rápido em cada pedaço de tecido amarrando aquela corda improvisada na robusta mesa de madeira, empurrando-a e colocando-a rente a parede para que não houvesse risco. A jovem lançou a corda de cortina pela janela, colocou os documentos em seu cinto e foi descendo com cuidado, ela apoiou-se com os pés em cada tijolo de pedra que facilitou sua descida. A corda não era o suficiente para descer até embaixo, mas o suficiente para que pulasse e rolasse no chão com apenas alguns leves arranhões nos antebraços, onde o impacto da queda fora maior, mas levantou-se e correu para a entrada de funcionários, rumo a mesma passagem secreta que entrara, com os documentos intactos — Katherine suspirou aliviada. Assim que estava segura do outro lado da passagem, escutou passos e correria de guardas, procurando-a desesperadamente, então decidiu não sair pelas redondezas do palácio por um tempo até que as pessoas do baile começassem a ir embora, assim o movimento seria maior e seria possível se misturar melhor entre as pessoas. Afinal, Person não iria querer que o boato de que alguém invadiu facilmente “seu escritório” se espalhasse, não seria nada bom para alguém que preferia ser temido a amado.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro