Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo XXI

Enquanto Katherine andava pelo salão, notara que Person constantemente a observava. Ela estremeceu, perguntava-se se a havia reconhecido. Então andou pelo salão até Miriam e Ralph, esbarrando na dama real propositalmente, sussurrou próximo ao seu ouvido:

— Segunda parte — em seguida, fingiu desculpar-se. Então adentrou para o meio do salão, onde as pessoas dançavam felizes.

Ao seu lado, um homem passara extremamente próximo a Katherine fazendo-a se arrepiar de imediato, ela o olhara de relance, a máscara cobrindo metade do seu rosto, deixando a outra metade à mostra. Uma cicatriz que ia da boca ao queixo, ele a expunha como se tivesse orgulho. Instantaneamente a jovem lembrou-se. A taberna. Mas vendo-a de perto e sóbria, tinha cada vez mais certeza de que já a vira antes mesmo daquela noite. Ela estremeceu, mas seguiu em frente, lembrando-se que Person estava prestando atenção em seus passos.

Person a notara no instante em que apareceu para seus novos súditos e a analisara dos pés à cabeça. Ele a criou, então ela seria boba se pensasse que o enganaria. Mas ele claramente a mandara matar, e a matou, no entanto seu corpo não fora encontrado, ainda assim não era possível, ele viu claramente a flecha atingindo seu braço. O ferimento em si não foi, de fato, grande coisa, mas o veneno... Seria quase impossível.

Após seu pronunciamento cheio de promessas em que dizia apoiar a massa rica e nobre acima de tudo, a pianista chamou sua atenção, ela lembrara tanto sua sobrinha falecida que precisava tirar essa dúvida. No entanto, quando desceu as escadas, misturando-se às pessoas e a pista de dança, os convidados da alta sociedade — entre eles: nobres como duques, condes, marqueses, barões portadores de terra e novas tecnologias, entre outros. Quando estava quase alcançando a jovem que adentrava cada vez mais o salão, um jovem casal com roupas combinadas em vermelho o parou. O homem se intitulou como Conde Arth Lamuriart e em seguida apresentou sua esposa, Condessa Emy, que não falava muito e fez apenas uma breve reverência. Arth não o deixara sair facilmente, falara sobre suas terras em um interior um pouco afastado chamado Grawchestein e sobre suas plantações. Assim que o novo monarca conseguiu se desvencilhar do casal, ele voltou a procurá-la e por um momento havia a perdido de vista. Quando a encontrou novamente, havia acabado de pegar um novo drink da bandeja do garçom e socializava com um pequeno grupo de mulheres que elogiavam sua apresentação.

Person a pegou pelo braço, arrastando-a para trás das cortinas do palco.

— Achou mesmo que eu não a reconhecia? — disse convicto tirando a máscara do rosto da pianista, que ficou totalmente sem reação, quem dirá palavras.

— Vossa Majestade... — a voz da pianista revelava que estava trêmula e confusa. Ela o reverenciou — Aconteceu alguma coisa? Em que posso lhe ajudar? — ela fez uma pausa, em seguida continuou: — Ou quer que eu toque mais uma música? Será um prazer.

O rei olhou confuso para Lauren, que aguardava sua resposta.

— Não, não é necessário. Você só, estranhamente, me lembrou alguém — então retirou-se deixando Miller para trás, a cabeça mergulhada em confusão. No entanto, sentiu-se extremamente aliviado. 

Por outro lado, Lauren ficou ali, vendo-o partir, um sorriso disfarçado em seu rosto. Aquela havia sido por pouco.

Havia sido por pouco e Katherine sabia disso. No entanto, o jovem estrategista havia os preparado caso algo assim, de fato, acontecesse. Aliás, “precaução” era uma das palavras preferidas de Alec.

Todos estavam de olho em Person, todos os cinco, incluindo Lauren, então fora fácil notar que o duque, tio de Katherine estava de olho nela. A reconhecera de alguma forma, os trejeitos ou simplesmente dedução era uma das alternativas cabíveis, afinal, Person viveu com Katherine por todos os anos de sua vida. Eles viram quando Person desceu em direção a Katherine e ela notou isso. “Segunda parte”, essa foi a palavra que alertou Miriam e Ralph e que os fez atrasar a nova Majestade. 

No entanto, a essa altura, Ralph já havia percebido que Christopher era um péssimo capitão, pois seus homens, embora numerosos, eram, em grande parte, despreparados. Lauren estava flertando com o guarda responsável pela porta do corredor e assim que avistou Katherine seguindo em sua direção distraiu-o rapidamente perguntando se poderia chamar-lhe o garçom mais próximo que avistasse. A pianista era sedutora, então quando o guarda saiu de sua posição, Katherine a assumiu e Lauren sumiu em meio às pessoas na pista de dança, adentrando o grupo mais próximo. Assim que o guarda se virou novamente procurando pela jovem que a pouco estava a sua frente, Katherine já havia desaparecido pelos corredores adentro do palácio.

A princesa procurou por uma das passagens secretas mais próximas, como constava no mapa escondido em sua vestimenta — ela o tirou da liga de sua meia calça preta e analisou-o até encontrar a passagem a qual iria entrar. Observou-se que a mais próxima não estava muito longe e localizava-se próximo aos aposentos das criadas que trabalhavam na cozinha e imediatamente direcionou-se para lá. Aquele palácio era repleto de segredos, Katherine percebeu ao tentar imaginar o porquê de tantos atalhos e escapatórias, mas não reclamaria pois estavam lhe servindo, principalmente quando eram poucas as pessoas que as conheciam. A princesa agradeceu por Ralph ser, além de um ótimo capitão, um bom estudioso.

A passagem era diferente, sempre escondidas e com seus truques que as camuflavam em meio às outras paredes. A jovem observou o mapa do reino que preenchia aquela em especial observando e tateando as beiras do quadro até alcançar uma espécie de maçaneta atrás, ela colocou força, empurrando-o para o lado, mas estava emperrada devido aos seus anos de desuso. Katherine respirou fundo e usou toda a sua força até que o quadro deslizasse levemente, ela enxugou o suor com a mão devido ao esforço que depositou no quadro. Katherine observou que ao lado uma tocha queimava, pegando-a em seguida para adentrar nos túneis, ela espremeu-se passando pela pequena brecha de espaço que havia conseguido, então sem pensar duas vezes avançou rumo à escuridão.

Nada melhor do que aqueles túneis para passar despercebida pelos guardas presentes em quase todos os corredores do palácio. Enquanto andava novamente por aqueles corredores escuros tendo somente a luz do fogo da tocha iluminando seu caminho, seus olhos marejaram mesmo que estivesse segurando toda a sua tristeza e fúria, a ira que pulsava em seu peito, uma lágrima insistiu em cair. Mas a pessoa que sorria abertamente naquele salão não merecia sequer aquela lágrima, então a enxugou com tamanha repulsa. Aquela não era a hora de sofrer, quando resolvesse tudo poderia sofrer o luto do aniversário de seus pais que se aproximava cada vez mais. Superaria a enorme traição que sofrera também.

Aquele fora um jogo cruel ao qual a fizeram de fantoche, estava mais do que na hora de tomar suas próprias cordas e jogar segundo a sua vontade.

“Preciso me concentrar”, ela pensava ao encarar o mapa para ter a certeza de que estava indo pelo caminho certo.

Com a tocha em sua mão, Katherine subiu os lances de escadas com cuidado para não escorregar naquele lugar úmido. Ela seguiu reto até chegar em uma porta empoeirada, as teias pendendo em cada canto. A princesa então a abriu empurrando a tapeçaria que se estendia à sua frente, era a tapeçaria de seu quarto que escondia uma velha porta propositalmente localizada naquele quarto para eventuais fugas. Consequentemente, aquela porta fora esquecida com o passar dos anos, sendo descoberta apenas na noite anterior quando Ralph a alertou sobre pesadas tapeçarias antigas e intocáveis que escondiam passagens. Quase que instantaneamente, Katherine lembrou-se das tapeçarias de seu quarto que representavam o mapa de seu reino e arredores. Analisando a planta de todo o palácio, perceberam que haviam caminhos aos quais o capitão não conhecia, e para falar a verdade, foi um tiro no escuro o caminho que a jovem traçou seguindo sua intuição. Felizmente, a tapeçaria de seu quarto realmente escondia algo mais além de poeira.

Entrar em seu quarto novamente... A sensação não foi das melhores, não naquele momento, nem naquela situação. Katherine correu para seu quarto de vestir, substituindo o vestido colado de festa por uma roupa que lhe permitisse se movimentar melhor, as calças de couro e as botas pretas guardavam adagas escondidas estrategicamente, o cinto em sua cintura agora apoiava uma espada em especial que até então guardava em seu quarto com muito carinho pelo seu falecido pai. Estava na hora de lhe dar uma nova função, de ser embainhada por uma nova pessoa, e seria ela aquela a empenhá-la. Ela lembrou-se de Alec, que teve influência em sua decisão, a espada de seu pai — que assim como ela, também o perdera.

Pensando bem, Katherine estava decidida a lutar com unhas e garras por seu direito. E antes de sair daquele quarto — agora tão estranho, igual a como deixara antes de sair para aquela fatídica noite do baile de aniversário do palácio —, ela observou bem o cômodo, não sabia quando voltaria ali novamente, mas desejava que em breve.

Katherine vestiu sua capa preta, os cabelos agora amarronzados misturavam-se a sombra que o capuz fazia em seu rosto, abriu a porta somente o suficiente para espiar o corredor, agora tão vazio, e sem a sua presença naquele lugar, o cômodo fora totalmente esquecido pelos guardas. No corredor ao lado estava o escritório de Person, a sala do rei, e foi por isso que havia ido.

O que a princesa queria ali eram provas. Provas para adquirir aliados. Ela encostou-se na parede esgueirando-se, sorrateiramente, antes de virar para o próximo corredor. Haviam dois guardas na porta daquela sala e mais dois no final do caminho — novos guardas aos quais nunca havia visto antes, seu tio foi inteligente, havia trocado grande parte daqueles que a serviram um dia. Mas não todos. A jovem pensou, imaginando como os distrair, ainda mais sozinha contra quatro, embora estivesse praticando diariamente como se defender e embainhar e lutar com a espada, punhais e adagas, não seria boa o suficiente para enfrentá-los, não tinha experiência o suficiente, Katherine era apenas uma iniciante que buscava aprimorar sua defesa e tinha total noção disso.

Ela olhou para o chão, lembrou-se de Miriam na noite que descobrira que haviam traidores dentro de seu reino, as pequenas pedrinhas que caíam da parede foram o suficiente para despertar-lhes a atenção daqueles que conspiravam na calada da noite contra ela. Uma ideia surgiu-lhe na cabeça. Katherine procurou a maior pedra entre aquelas caídas e jogou na direção do corredor a frente, o mais longe que conseguiu torcendo para que o barulho fosse alto o suficiente. A pedra quicou duas vezes e o som ecoou, despertando a atenção de um dos homens que montavam guarda na porta.

— Quem está aí? — perguntou, mas somente um veio em direção ao corredor de Katherine, que se escondeu rapidamente atrás de uma larga e grossa pilastra. A princesa se arrependeu amargamente da possível ideia de chamar a atenção para longe da porta quando o guarda, ao invés de seguir o barulho do som, oposto ao corredor em que estava, seguiu em direção a pilastra.

Katherine recolheu todo o seu ar, ficando totalmente estática encostada na pilastra quando o guarda ameaçou ir em direção ao seu corredor, parando poucos passos antes da pilastra em que estava escondida, os olhos arregalados. Quando deu meia volta para voltar ao seu posto, Katherine respirou o mais silenciosamente possível, mas notou que os passos do guarda retornaram para a sua direção. Ele passou a sua frente, andou alguns passos a mais e a jovem recolheu seu ar novamente continuando estática. O guarda observou o fim do corredor, procurando por alguém. Se se virasse a veria na certa e quase como um reflexo, assim que começou a se virar, Katherine golpeou a lateral de seu pescoço, fazendo-o desmaiar instantaneamente. A princesa segurou-o assim que começou a cair para que o baque de seu corpo ao chão não despertasse a atenção dos outros três no corredor ao lado, arrastando-o para a pilastra em que anteriormente estava escondida.

— Jake? — soou outra voz vindo em direção ao corredor e Katherine rapidamente se escondeu na pilastra ao lado do homem desmaiado — Onde está? — no entanto, o segundo guarda pegou o corredor a frente, para onde havia jogado a pedra. Ótimo, ela pensou.

Restavam mais dois, porém, se o guarda que fosse procurar aquele cujo nome era Jake e se encontrava desmaiado não o encontrasse, provavelmente voltaria ao posto, teria que ser rápida o suficiente para entrar naquela sala sem ser vista.

Mas como? Katherine respirou fundo juntando toda a força e coragem para tentar — teria que pelo menos tentar — encarar os dois que restavam no fim do corredor. 

— Você consegue! — sussurrou.

Mas antes que aparecesse naquele corredor, escutou uma voz que lhe era familiar.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro