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Capítulo XX

Duas pessoas aparentemente idênticas em um mesmo local, esse era um dos perigos da missão, além do grande risco de todos serem pegos.

Miriam e Ralph aproximavam-se do palácio, as carruagens em fila revelavam a segurança do local, onde os guardas recolhiam os convites nas grades dos portões da gigante estrutura de pedra. Seus cabelos envoltos em uma tiara no topo de sua cabeça desciam em pequenas presilhas para cima de seus ombros, seu vestido longo era de um vermelho escarlate que combinava perfeitamente com sua máscara — também vermelha — com uma pena ao lado enfeitando-a. Já Ralph combinara perfeitamente com sua acompanhante, trajado em um traço também vermelho, sua máscara tinha pequenos enfeites brancos que combinavam com a camisa abaixo do paletó. Eles se aproximavam cada vez mais dos portões e a tensão tomava Miriam enquanto o capitão parecia mais tranquilo, ele pousou sua mão sobre a dela na tentativa de acalmá-la e a jovem agradecia imensamente o seu gesto solidário.

— Convites! — a voz do guarda trajando o novo uniforme verde soou pela janela da carruagem enquanto o cocheiro contratado aguardava para que pudesse adentrar o jardim do palácio.

Ralph passou normalmente os convites pela janela e aguardou enquanto os guardas analisavam.

— Nomes? 

— Conde e Condessa de Grawchestein, Lamuriart. Arth e Emy Lamuriart.

O homem parado ao lado da carruagem analisou a lista de convidados, folheando as folhas à procura dos nomes, então sinalizou para o outro para que abrisse os portões e assim que adentraram, Miriam respirou todo o ar que prendia.

Logo atrás, na carruagem de Lauren, a pianista se aproximava da entrada e passava pelo mesmo processo de segurança. Enquanto uns entravam pelo portão da frente com muitos olhares ao seu redor, Alec entrava com o grupo de apoio do buffet sob suspeita alguma, invisível.

O coordenador de eventos os preparava em fila, com as bandejas em mãos e os ternos brancos com gravatas borboleta brancas, com suas máscaras iguais umas às outras pretas.

No entanto, a princesa entrava por um lugar completamente diferente. Katherine usava uma capa que cobria de seu rosto até toda a sua vestimenta e segurava uma lamparina em uma mão, enquanto na outra segurava um mapa detalhado do subterrâneo que Ralph fizera para ela na noite anterior, entraria por uma das muitas passagens secretas pouco conhecidas que havia naquele lugar, e que por sorte ou destino, o capitão estudara e conhecia grande parte. 

Ao seu lado, a água do palácio corria tranquilamente dando o ar de umidade ao local e por sorte estava tão extasiada que àquela hora da noite nem sentiu frio, mesmo com a pequena camada de tecido de seu vestido e embora estivesse coberta pela capa, não era de se fazer grande diferença. Ela percorreu atentamente o caminho até chegar a uma parede que parecia comum, igual as outras, se não fosse pelas pedras perfeitamente alinhadas. A princesa apoiou a lamparina no chão e enquanto verificava o mapa, tateava a parede para encontrar aquela que lhe abriria caminho para o corredor em desuso, próximo a cozinha, onde saiu pela porta dos fundos e direcionou-se rumo ao labirinto onde esperava que Alec trouxesse Lauren para que assim trocassem de lugar.

O porquê de Lauren Miller também precisar estar presente não era simplesmente por pura precaução. E bom, a pessoa responsável por tamanha tramoia ainda era desconhecida por todos.

Miriam e Ralph não socializavam, permaneciam quietos e na deles, enquanto fingiam aproveitar a festa entre si. Estavam ali para observar, aquele era o território inimigo e sabiam que não poderiam cometer deslize algum.

— Arth — Miriam cutucou Ralph, chamando-o pelo falso nome —, notou o que acabei de notar?

— O que? — perguntou enquanto analisava o salão.

— As pessoas que estão entrando agora — a dama real encarava incrédula. — Eu não acredito! Estão vivíssimos e totalmente confortáveis com a situação!

— Quem, Emy? — perguntou preocupado utilizando o nome de sua falsa identidade para que ninguém a sua volta reparasse.

— Olhe você mesmo, ali em cima! Todos, com exceção de...

Então como que uma lâmpada acendendo para os dois mutuamente, eles se entreolharam, os olhos arregalados de surpresa.

— Não, não pode ser. Eu temia que minha desconfiança se concretizasse...

Miriam o encarou lembrando dos momentos que passaram na masmorra e não encontraram nenhum dos conselheiros que haviam sido rendidos anteriormente no salão juntamente a eles.

Enquanto isso, Lauren andava pelo outro lado do salão, bebendo e conversando com as pessoas, falando sobre suas mais novas composições e seus concertos pelo país e fora e para quando estava marcada suas apresentações pedindo para que comparecessem e que amaria vê-los na plateia. Quanto mais socializasse com aqueles ali presentes, melhor. Estava marcando presença, estava se mostrando presente.

Alec passava pelo salão normalmente, servindo as pessoas e fazendo todo o seu trabalho como garçom e então retornava para a cozinha, esperando o sinal de quando Katherine estivesse a posto para que a troca pudesse ser feita. Em suas idas e vindas, ele escutava as pessoas — suas conversas e seus planos para futuros com o novo reinado que iniciaria. Também notara pessoas as quais aparentemente, até onde sabia, não deveriam estar ali. Ele estranhou, no entanto, temporariamente, guardou aquilo para si, para depois, pois aquele até o momento não era o foco da missão. Assim que voltou novamente, se dirigiu para o corredor vazio próximo a cozinha, para a porta que dava pro jardim para checar se, do labirinto, uma luz de lanterna piscava. Ele aguardou, então piscou. Duas vezes — a luz piscou, a princesa estava a posto, pronta para a troca e bem a tempo, antes da apresentação de Lauren. O jovem duque então voltou para dentro do salão, com as bebidas na bandeja ofereceu uma a pianista, era esse seu sinal. Ela pegou a taça e bebeu, colocando-a novamente na bandeja, ele então se direcionou para a cozinha e saiu e após cinco segundos, ela o seguiu.

— Depressa! — Alec dizia apressado assim que Lauren passou pela porta, os garçons estavam ocupados o suficiente para não notarem os dois passando rapidamente pela cozinha movimentada. A pianista apressou o passo para acompanhá-lo, passando pela porta e indo em direção ao labirinto, onde Katherine os aguardava prontamente.

Assim que chegaram, encontraram uma princesa ansiosa para entrar em cena. Ansiosa e extremamente curiosa.

— Senhorita, senhorita! — chamava uma jovem que vinha rapidamente em direção a Katherine, assim que adentrou o salão como Lauren Miller. — Eu lhe procurei por toda parte, chegou a hora de sua apresentação, em breve você entrará em cena. Vamos, vamos rápido! — a moça puxou a princesa rapidamente para trás das cortinas vermelhas. — Se posicione, rápido — ela a direcionou para o piano que estava à sua espera.

— Lembre-se — ela continuou —, após a última nota tocada, a coroação será iniciada — e então deixou Katherine ali. E aquelas palavras.... Quase a fizeram cambalear. Mas voltou a si no mesmo instante. Ela balançou a cabeça para que os pensamentos não a distraíssem de seu atual papel. A princesa pegou a partitura, observou-a notando que era uma melodia que conhecia muito bem. A última tocada por sua querida e falecida mãe. 

Então respirou fundo e sentou-se. Assim que a primeira nota foi tocada e seus dedos beijaram as teclas daquele piano, a cortina se abriu — as pessoas atentas à apresentação instantaneamente pararam suas conversas e focaram apenas na pianista com seu vestido chamativo e as luzes sobre si, o salão inteiro escuro.

Por um momento viajou de volta para a sua infância, quando não tinha preocupação alguma e era tão leve quanto uma pluma, por baixo da máscara uma lágrima rebelde ousou cair. Naquela noite, Katherine tocara com a alma na festa de um inimigo, no seu salão — para a pessoa que mais lhe fez mal na vida, mas promessa é promessa e ela o faria pagar por tudo. Ou não se chamaria Katherine Cooper, e aquele sobrenome iria honrar.

Assim como a jovem responsável por aquele evento havia falado, após a última nota ser tocada, as cortinas se fecharam. O pronunciamento iria ser feito. Precisou-se de uns segundos para que recuperasse o fôlego e a noção após a apresentação, mas então levantou-se rapidamente e juntou-se aos outros convidados e ao avistar Miriam e Ralph no meio daquelas pessoas, rapidamente se juntou a eles.

A voz soou por todo o cômodo com grande convicção. Voz esta que conhecia bem, e odiara.

— Meus agradecimentos a todos que puderam comparecer nessa data comemorativa de grande revolução — dizia o duque William com um grande sorriso no rosto.

Então era ele? Katherine pensava. Era ele o tempo todo?

Atrás de William, os membros do conselho estavam todos em pé, orgulhosos e felizes.

— Hoje é um marco na história de nosso reino, marco em que um novo rei irá ascender. Uma salva de palmas para ele!

Ele? Então não é William aquele que me roubou a coroa?

Mas a princesa não esperava pelo que veio logo em seguida, e como um soco lhe atingindo a barriga e a ânsia de vômito lhe tomando, ainda assim não podia acreditar. Seus olhos estavam lhe traindo por ver o que menos esperava. A decepção, a ira, vergonha e ódio, o amor se esvaindo.

Ele surgiu na frente, acenando para todos com um sorriso incrivelmente largo.

Katherine não conseguiu aplaudir de imediato. Ficou ali, parada, sem se mexer em meio àquela burguesia extremamente contente e agitada.

Era ele. Era Person aquele que surgiu acenando para todos com a coroa dourada de pedras azuis e vermelhas — cores de seu reino — já em sua cabeça como uma afronta aos costumes e tradições.

— Obrigado, obrigado — ele dizia da parte mais alta das escadas.

William ao seu lado fazia uma reverência puxando um coro em seguida:

— Vida longa ao rei! 

As pessoas o acompanhavam, repetindo as mesmas palavras.

Radiante e vitorioso, descia as escadas em trajes elegantes da mesma tonalidade de verde que o uniforme da nova guarda, indo em direção ao trono de pedra maciça que outrora lembrava a Katherine, seu pai. Ele não merecia aquele trono!

Sentando-se ao trono com a coroa em sua cabeça, sorriu novamente, um sorriso mais largo que o anterior que fez com que o desprezo de Katherine aumentasse ainda mais.

Era Person... Seu tio tão amado que lhe deu tanto apoio durante todos os anos após a morte de seus pais e que lhe defendia e a apoiava em todas as reuniões em que estava cercada de homens que o desejavam como sucessor e não ela.

Era Person... Que a tentara matar e pensa que matou, que matou seus pais? Seu tio que matou seu irmão, sua cunhada e seu sobrinho. Que possivelmente matara o pai de Alec por não o apoiar. E Katherine preocupada esse tempo todo com ele, querendo salvá-lo. Estava sem chão, mas não iria, não queria abaixar a cabeça para um monstro como ele, não queria sequer chorar por ele, então se manteve firme, aplaudindo-o enquanto seu estômago embrulhava de tamanha repulsa ao coro de louvor.

Ao seu lado, a dama real e o capitão estavam perplexos. Desconfiaram de William a princípio quando viram todos do conselho, mas não dele, não de Person. Miriam percebeu que Kathe estava totalmente sem chão, mas naquele campo minado não podia oferecer o apoio que tanto precisava. Mas viu nos olhos da amiga a chama que a mantinha em pé e não a fazia despencar ali naquele momento. Katherine não o perdoaria e seus olhos diziam muito bem isso.

Do outro lado do salão, Alec fechava a mão em punhos, segurando-se para não fazer alguma besteira, caindo rapidamente em si, se ele fizesse tudo que queria naquela hora, não conseguiria vingar totalmente seu pai, nem inocentar Gavyn e nem poderia voltar para Arion.

Seu olhar atravessou o salão parando em Katherine. A vingança era também dela e ela mais do que ele merecia. Não que fosse renunciar aquela sensação, pelo contrário, teria sua parte e colaboraria o quanto precisasse.

Que Person curtisse seu reinado, pois ele seria breve.

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