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O Quarto do Rindou

Estou sozinho na casa dos Haitani, um lugar que sempre pareceu grande e um pouco opulento demais para meu gosto. O silêncio é palpável, uma presença quase tão sólida quanto os móveis ao meu redor. Ran saiu para levar Rindou ao psiquiatra, e Smiley foi chamado para uma reunião de última hora da Toman, me deixando com a casa para mim.

Aproveito o momento para explorar um pouco. Os irmãos têm um gosto interessante para decoração, cheio de peças modernas misturadas com antiguidades. Há uma certa elegância em tudo, um reflexo de suas personalidades. Passo pelos corredores, observando as fotografias nas paredes, momentos capturados de suas vidas que parecem tão distantes do meu próprio mundo.

Me jogo no sofá, me deixando afundar nas almofadas macias. É estranho estar aqui sozinho, sem a presença animada do Ran ou o sorriso fácil do Smiley ou até mesmo as brincadeiras e o humor ácido do Rindou. O silêncio me faz perceber o quanto me acostumei com o barulho e a energia deles.

Enquanto estou na sala, meus pensamentos começam a vagar novamente, desta vez para o quarto do Rindou. Sei que não deveria, mas a curiosidade me puxa. O quarto do Rindou sempre foi um lugar intrigante, cheio de coisas que capturam minha atenção.

Com um suspiro, decido ceder à curiosidade. Saio da cozinha e subo as escadas em direção ao quarto do Rindou. Uma parte de mim sente que é errado invadir o espaço pessoal dele, mas a outra parte não consegue resistir à tentação de ver mais de perto o que ele guarda ali.

Chego à porta e hesito por um momento antes de abri-la lentamente. A visão que me recebe é um quarto organizado, mas cheio de personalidade. Os inúmeros pôsteres de bandas e filmes nas paredes, estantes com livros e uma mesa com vários itens tecnológicos que sempre me intrigam.

Entro no quarto, sentindo uma mistura de admiração e culpa. Cada objeto parece contar uma história, revelar um pouco mais sobre a pessoa que Rindou é quando não está com os outros. Minha atenção é atraída para uma estante cheia de miniaturas detalhadas e figuras de ação. Me aproximo observando cada uma com interesse.

Pego uma das figuras com cuidado, admirando a precisão dos detalhes. É fascinante como cada peça parece cuidadosamente escolhida, refletindo interesses e gostos que Rindou talvez não compartilhe com muita gente.

No meio disso, algo específico capta minha atenção: um quadro na parede com uma imagem impressionante do Darth Vader. A figura imponente do vilão icônico é algo que não se pode ignorar. Mas então, percebo uma leve diferença na forma como o quadro está pendurado, como se algo estivesse escondido atrás dele.

Minha curiosidade aumenta, e eu não resisto à tentação de investigar. Com cuidado, puxo o quadro da parede, revelando um pequeno compartimento escondido. Para minha surpresa, uma pilha de papéis cai no chão, se espalhando ao redor dos meus pés. O coração acelera com a descoberta inesperada.

Me ajoelho rapidamente para pegar os papéis, minhas mãos ligeiramente trêmulas. Uma parte de mim sente culpa por invadir ainda mais o espaço pessoal do Rindou, mas a outra parte não consegue ignorar o que encontrei. Com todos os papéis recolhidos, sento na cama, respirando fundo antes de começar a examiná-los.

Os papéis são uma mistura de desenhos, anotações e cartas. Alguns desenhos são detalhados, mostrando figuras que parecem ser esboços de personagens ou cenas. As anotações são difíceis de decifrar à primeira vista, mas algumas palavras e frases se destacam, sugerindo ideias e pensamentos profundos, talvez até mesmo coisas que Rindou não compartilha com ninguém.

Uma carta, em particular, chama minha atenção. A caligrafia é familiar, claramente do Rindou, mas o conteúdo é pessoal e emotivo, algo que ele deve ter escrito em um momento de vulnerabilidade. Sinto uma pontada de arrependimento por ter descoberto algo tão íntimo sem permissão.

"Nem sei a quem estou me dirigindo, talvez a mim mesmo, talvez a alguém que nunca lerá isto. Mas sinto que preciso colocar esses sentimentos para fora, de alguma forma.

Tenho sentido um vazio profundo ultimamente, uma sensação de que estou apenas flutuando, sem direção, sem propósito. Às vezes, me pergunto se as pessoas ao meu redor realmente me conhecem, ou se conhecem apenas a versão de mim que mostro para o mundo. A fachada de confiança, o sorriso despreocupado — é tudo tão fácil de manter, mas por dentro... é tão diferente.

Sinto uma pressão constante, uma expectativa de ser algo que talvez eu não consiga ser. E isso é assustador. A ideia de falhar, de decepcionar, de não ser o que todos esperam de mim. Tento esconder isso, ser forte, mas há momentos em que me sinto tão frágil. Como se um simples toque pudesse me fazer desmoronar.

A solidão é a pior parte. Rodeado por pessoas, amigos, e ainda assim... tão solitário. É como se estivesse num quarto cheio de ecos, onde a única voz que ouço é a minha. E essa voz... nem sempre é gentil.

Escrevo isso porque preciso de um alívio, uma válvula de escape. Talvez, de alguma forma, colocar esses sentimentos em palavras os torne menos assustadores, menos opressivos. Mas também temo que, ao fazê-lo, estou admitindo uma fraqueza que preferia esconder.

Não estou pedindo ajuda, talvez nem queira que saibam. Mas é bom pensar que, em algum lugar, existe a possibilidade de ser compreendido, mesmo que apenas por um pedaço de papel.

Com tudo isso dito, vou continuar. Como sempre faço. Um dia após o outro, sorriso após sorriso. Mas aqui, neste momento, sou apenas eu, sem máscaras.

Rindou, 22 de setembro."

Permaneço ainda absorvido pela carta que acabei de ler, quando decido dar uma olhada nos desenhos que estavam junto com os papéis. Minha curiosidade me guia, querendo entender mais sobre o que passa na mente perturbada do Rindou. Ao folhear os desenhos, um deles me chama a atenção de imediato, fazendo meu coração bater mais rápido.

O desenho mostra Rindou sentado na cama, a expressão em seu rosto é sombria, quase apática. Mas o que realmente me assusta é o que está atrás dele. Uma enorme sombra negra se ergue, sua forma indistinta e ameaçadora. Parece envolver Rindou, como se estivesse prestes a sufocá-lo. A sensação de opressão e desespero no desenho é quase palpável, como se a sombra representasse algo sombrio e inescapável que o persegue.

Fico olhando para o desenho, sentindo um calafrio percorrer minha espinha. É como se estivesse vendo uma parte do Rindou que ele nunca mostrou a ninguém, uma parte que luta contra algo muito maior do que qualquer um de nós poderia imaginar. A sombra parece uma manifestação física de todos os medos, inseguranças e pressões que ele sente, algo que o consome de dentro para fora.

Enquanto observo os detalhes do desenho, minha mente se enche de perguntas e preocupações. Não posso deixar de me perguntar o quanto Rindou realmente sofre e como ele consegue esconder isso de todos. O desenho é uma janela para sua dor, algo que ele provavelmente nunca compartilhou com ninguém. Mas, abaixo do desenho, há um pedido claro.

"Me ajude..."

Com o coração ainda pesado pelas revelações do primeiro conjunto de papéis, meus olhos pousam em outra carta. Desta vez, a data é recente, indicando que Rindou a escreveu não muito tempo atrás. Minha curiosidade se mistura com uma sensação de apreensão enquanto pego a carta, já esperando o pior, mas mesmo assim sentindo que preciso ler.

Começo a ler e, à medida que as palavras se desenrolam diante de mim, percebo que essa carta é diferente. É mais sombria, mais definitiva. A carta tem o tom de uma despedida, como se Rindou estivesse tentando se despedir de todos de uma vez. Cada palavra parece pesar mil vezes mais carregada de uma tristeza profunda e desesperança.

"Queridos Ran, Smiley e Angry,

Se vocês estão lendo isso, é porque já não estou mais aqui. Sinto muito por escolher partir dessa forma, mas preciso que entendam que essa decisão não foi fácil. Não estou fazendo isso por falta de amor ou por não valorizar o que temos, mas sim porque a dor e a escuridão dentro de mim se tornaram insuportáveis.

Ran, você sempre foi minha rocha, meu irmão mais velho que esteve ao meu lado em todos os momentos difíceis. Sinto muito por todas as vezes que não consegui ser forte por você, por todas as vezes que te deixei preocupado. Sei que sempre quis que eu falasse mais sobre o que estava passando, mas simplesmente não consegui. O peso de tentar manter as aparências e ser o irmão que você precisa foi demais para mim. Amo você mais do que consigo expressar em palavras e espero que um dia possa me perdoar por isso.

Smiley, você sempre trouxe luz para os meus dias mais sombrios. Seu riso e sua alegria eram como um raio de sol em meio a tempestade que é a minha mente. Mas também me sentia culpado por não conseguir compartilhar essa felicidade com você, por não conseguir ser completamente honesto sobre o que estava sentindo. Obrigado por ser um amigo incrível, por todas as risadas e momentos que passamos juntos e claro por cuidar e amar o meu irmão. Sinto muito por não ter conseguido ser o amigo que você merecia.

Angry, você sempre foi uma alma gentil e compreensiva. Sua sensibilidade e cuidado com os outros sempre me inspiraram. Agradeço por sua amizade e por todas as vezes que me fez sentir que não estava sozinho. Mesmo sem saber, você me ajudou em momentos em que eu me sentia completamente perdido. Sinto muito por não ter compartilhado meus sentimentos mais profundos com você. Espero que saiba que não é sua culpa e que você fez mais por mim do que pode imaginar.

Deixo esta carta para que saibam que cada um de vocês foi uma parte importante da minha vida. Não estou indo embora porque não os amo, mas porque não consigo mais lutar contra os demônios internos que me consomem. Não quero que se sintam culpados ou que pensem que poderiam ter feito algo diferente. Vocês fizeram mais por mim do que eu poderia ter pedido.

Espero que um dia possam entender e encontrar a paz em suas vidas. Amo vocês de todo o meu coração e, onde quer que eu esteja, sempre estarei torcendo para que encontrem felicidade e realização.

Com amor e arrependimento,
Rindou, 18 de outubro. "

Enquanto termino de ler a carta do Rindou, minhas mãos começam a tremer e meu coração acelera. Cada palavra parece perfurar meu peito, me deixando com uma sensação de desespero e impotência. E então, algo ainda mais chocante me atinge: a data da carta é hoje.

A realidade do que isso significa se instala em mim como um soco no estômago. Rindou escreveu essa carta hoje, no mesmo dia em que Ran o levou ao psiquiatra... e no mesmo dia em que ele vai cometer o então... suicídio? Minha mente corre com pensamentos frenéticos, e sinto as lágrimas começarem a se formar em meus olhos. Tento lutar contra elas, mas é inútil.

As lágrimas começam a rolar pelo meu rosto, silenciosas e quentes, enquanto a gravidade do que acabei de ler me invade. Me sinto esmagado pelo peso das palavras do Rindou, pela dor que ele estava carregando sozinho. A ideia de que ele estava tão perto de desistir, tão desesperado e sozinho, é devastadora.

Eu me levanto da cama, ainda segurando a carta, incapaz de controlar o choro que agora é um soluço aberto. Sinto um desespero crescente, uma necessidade urgente de fazer algo, de impedir que Rindou faça qualquer coisa que não possa ser desfeito. Mas ao mesmo tempo, me sinto paralisado, incapaz de pensar com clareza.

Minha mente é uma tempestade de emoções, medo, tristeza, culpa, raiva. Como não percebi? Como não vi o quão mal ele estava? Meu peito dói com a intensidade do momento, e tudo o que quero é que Rindou esteja bem, que ele ainda esteja aqui, que não tenha feito nada irreversível.

Me agarro à esperança de que ainda haja tempo, que ainda possamos ajudá-lo. Mas a incerteza e o medo são esmagadores. Seguro a carta contra o peito, como se de alguma forma pudesse proteger a memória do Rindou, como se pudesse reverter o tempo.

Preciso contar para Ran e Smiley. Preciso agir, fazer algo para ajudá-lo. Com essa decisão, me forço a sair do quarto, ainda chorando, mas agora com um propósito claro em mente. Não posso deixar que Rindou enfrente isso sozinho. Não posso perder mais tempo.

Com um sentimento de pesar, coloco o desenho de volta entre os outros papéis, exceto a carta. Me sinto impotente, incapaz de ajudar de verdade, mas também mais determinado a ser um amigo presente e atento.

Dobro os papéis cuidadosamente e coloco tudo de volta no compartimento atrás do quadro, me certificando de deixar tudo como estava. Sinto um peso em meu peito enquanto volto a pendurar o quadro. É uma lembrança de que todos têm seus segredos, coisas que preferem manter escondidas, mesmo dos amigos mais próximos.

Com a carta ainda tremendo em minhas mãos, pego o telefone e ligo para Ran, meu coração batendo descontroladamente enquanto espero ele atender. Cada segundo parece uma eternidade, minha mente correndo com pensamentos de medo e urgência. Finalmente, ele atende, e sua voz calma contrasta dolorosamente com o pânico que sinto.

Oi, Angry. Tudo bem? — ele pergunta, sem suspeitar de nada.

Ran, onde você está? Onde está o Rindou? — minha voz sai apressada, quase desesperada. Sinto o pânico transbordar.

Estamos no shopping. Ele só foi ao banheiro. Por quê? O que aconteceu? — Ran responde, a confusão começando a se formar em sua voz.

Um calafrio percorre minha espinha. A carta, o tom de despedida... tudo me assombra enquanto tento encontrar as palavras certas.

Ran, você precisa ir atrás dele. Agora. Ele não está bem, eu... eu encontrei uma carta no quarto dele, é como uma despedida. Por favor, vá buscá-lo!

Ran fica em silêncio por um momento, claramente processando o que acabei de dizer.

O que? Do que você está falando? Uma carta de despedida? — sua voz fica mais aguda, a preocupação começando a aparecer.

Sim, ele escreveu hoje. Eu acho que ele pode estar pensando em... em... se matar... Por favor, encontre ele! — eu praticamente grito as últimas palavras, o desespero me dominando.

Ran murmura algo rapidamente, provavelmente para alguém ao seu lado, e depois ouço o som dele correndo.

Ok, ok, estou indo. Vou encontrar o Rindou agora mesmo. — sua voz está cheia de tensão e medo, refletindo o que eu sinto.

Enquanto espero, a linha fica silenciosa, mas posso ouvir o som abafado de passos apressados e murmúrios ao fundo. Cada segundo parece arrastar-se, e eu prendo a respiração, esperando qualquer sinal de que Ran encontrou Rindou. Meus dedos apertam o telefone com força, meu coração martelando no peito.

E então escuto Ran, e a urgência em sua voz é palpável, algo que me faz sentir um frio na espinha. Atendo com o coração acelerado, já temendo o pior.

Angry! Angry, você precisa me ajudar! — Ran praticamente grita na linha, e a desesperança em sua voz me faz tremer.

O que aconteceu? Ran, por favor, me diga! — eu pergunto, tentando manter a calma, mas a ansiedade é quase insuportável.

Rindou... ele sumiu! — Ran diz, a voz dele quebrando de frustração e medo. — Eu fui atrás dele como você pediu, mas ele não estava no banheiro. Agora, não consigo encontrá-lo em nenhum lugar do shopping. Já procurei em todos os lugares, mas não há sinal dele.

Um choque percorre meu corpo, o pânico se intensificando.

Como assim ele sumiu? Você verificou todos os lugares possíveis? Ele pode estar em algum lugar que você não pensou. Tente ligar para ele, qualquer coisa que possa ajudar a localizá-lo!

Eu já liguei, mas ele não atende! — Ran responde, a frustração clara em cada palavra. — Eu tentei tudo, mas não sei para onde ele foi. Ele estava tão bem antes... não consigo entender como isso aconteceu.

Meus pensamentos giram em um redemoinho de preocupação.

Ran, precisamos agir rápido. Talvez ele tenha saído do shopping. Vá para a área ao redor, olhe em lugares onde ele poderia ir. Eu vou tentar pensar em outras formas de ajudá-lo.

Ran concorda, e eu ouço o som de passos apressados antes de desligar. A sensação de impotência é esmagadora enquanto tento me recompor. O que eu faria se algo acontecesse a Rindou? A ideia é insuportável.

Minhas mãos estão suadas e meu coração continua a bater forte enquanto tento pensar no que mais posso fazer. Vou ligar para todos os lugares possíveis, procurar por câmeras de segurança, qualquer coisa que possa dar uma pista de onde ele possa estar. Rindou precisa de ajuda, e eu preciso garantir que o encontremos antes que seja tarde demais.

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