Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Meu Progresso?

Estou sentado na sala de terapia, tentando me concentrar nas palavras da minha psiquiatra. A sala é confortável, com paredes em tons suaves de bege e móveis aconchegantes, mas nada disso realmente importa. O que importa é o que está acontecendo aqui, agora, na minha mente.

A psiquiatra, como sempre, começa com algumas perguntas diretas.

— Como você se sente hoje, Rindou? — é a mesma pergunta toda vez, e até pouco tempo atrás, minha resposta era sempre vaga, confusa. Mas hoje... hoje é diferente.

— Me sinto... um pouco melhor. — digo, com uma hesitação que não consigo esconder. É estranho admitir isso em voz alta, mas, de alguma forma, também parece certo. Pela primeira vez em muito tempo, parece que há um fio de luz atravessando a escuridão que eu me acostumei a viver.

Ela sorri de leve, anotando algo em seu bloco de notas.

— Você consegue identificar o que está te fazendo se sentir assim?

Fecho os olhos por um momento, pensando nas últimas semanas, horas e últimos dias e messes. Na visita do Ran, na forma como ele implorou para que eu continuasse lutando. Em Angry, que sempre tenta me animar.

— Eu acho... acho que é porque eles ainda acreditam em mim. Mesmo depois de tudo, eles ainda acreditam. — minha voz sai meio trêmula, mas é sincera.

A psiquiatra continua.

— E como você se sente em relação a isso? Essa expectativa deles te pressiona ou te motiva? — a pergunta dela é direta, mas eu percebo que não é um teste, ela realmente quer que eu pense sobre isso.

— Sinceramente... um pouco dos dois. — admito, passando a mão pelo cabelo. — Tem dias que me sinto sufocado, que quero que tudo simplesmente pare. Mas, ao mesmo tempo, saber que eles estão lá, que não desistiram... isso me dá um pouco de força. É complicado.

Ela acena com a cabeça, seus olhos demonstrando compreensão.

— É normal sentir essa dualidade, Rindou. O progresso nunca é linear, e o fato de você estar reconhecendo isso já é um grande avanço.

Respiro fundo. É estranho ouvir ela dizer essas coisas. Parte de mim ainda não acredita que estou melhorando, mas ao mesmo tempo, eu sei que alguma coisa está mudando dentro de mim.

— Eu... eu sei que ainda tenho um longo caminho pela frente. — começo, encarando as mãos. — Mas acho que estou conseguindo ver uma saída agora. Mesmo que ainda seja só um vislumbre.

— Isso é ótimo, Rindou. — ela diz com um sorriso genuíno. — Essa vontade de continuar, de encontrar uma saída, é um sinal de que você está realmente progredindo. Não é fácil reconhecer essas pequenas vitórias, mas são elas que fazem a diferença.

Sinto um leve aperto no peito, mas dessa vez, não é de desespero ou tristeza. É uma sensação estranha de esperança, como se um peso estivesse lentamente sendo tirado de cima de mim. Pela primeira vez em meses, começo a acreditar que talvez, só talvez, eu possa encontrar uma forma de viver sem carregar todos esses demônios.

A sessão continua, com ela me fazendo mais perguntas, me guiando pelos meus próprios pensamentos. E eu... eu consigo responder. Não com facilidade, mas com sinceridade.

O som do relógio na parede é o único ruído, cada tic-tac preenchendo os espaços vazios enquanto a psiquiatra me observa atentamente. Eu sei o que está por vir. Ela não precisa dizer nada, mas é como se eu pudesse ler a pergunta em seus olhos. Fecho os punhos, tentando me preparar para o que vem a seguir.

— Rindou, podemos falar sobre o acidente com a Anastasya? — a voz dela é calma, cuidadosa. Mas não há como isso não me atingir como um soco no estômago.

Engulo seco, minha garganta repentinamente ficando seca. Meus ombros ficam tensos, e por um instante, tudo o que quero é fugir dali. Mas não posso. Respiro fundo, tentando me manter no presente.

— Podemos... — murmuro, minha voz soando quase irreconhecível.

Ela acena de leve, me incentivando.

— Sei que é difícil. Mas é importante que você consiga falar sobre isso. Faz parte do seu tratamento. — ela faz uma pausa antes de continuar. — O que você sente quando pensa no que aconteceu com Anastasya?

Sinto meu coração bater acelerado, como se estivesse tentando sair do meu peito. Olho para minhas mãos, tentando achar algum tipo de ancoragem.

— Eu... eu sinto culpa. Sinto raiva. E tristeza... Muita tristeza. — minha voz treme um pouco, mas tento manter a compostura. — Foi minha culpa... Eu deveria ter feito algo.

— Você sabe que não foi sua culpa, Rindou. — ela diz calmamente, suas palavras mergulhando como uma lâmina em meus pensamentos. — Foi um acidente, algo que estava fora do seu controle. Você fez tudo o que podia naquele momento.

Eu quero acreditar nela, eu realmente quero. Mas há uma parte de mim que não consegue. O sentimento de impotência, o som do grito dela, o choque e o horror... estão todos gravados em minha memória, como uma cicatriz que não se apaga. Por mais que se se passaram quatro anos.

— Se eu tivesse... — minha voz falha, e eu engulo as palavras. — Não importa o que você diga, eu ainda me sinto assim.

A psiquiatra me observa por um momento, os olhos dela cheios de compreensão e firmeza.

— É normal se sentir assim, Rindou. Mas você não pode se fechar para sempre. Esses sentimentos... eles vão continuar a te perseguir se você não lidar com eles.

Levanto o olhar para ela, meus olhos ardem com a ameaça de lágrimas.

— Mas como? Como eu faço isso? Eu... Eu nem sei por onde começar. — as palavras saem em um tom quase de desespero.

Ela suspira levemente, como se já esperasse essa resposta.

— Você começa aceitando que é humano, que está tudo bem sentir dor, tristeza, culpa. Mas você também precisa aceitar que não pode mudar o passado. O que você pode mudar é a forma como lida com isso daqui em diante. Entende? — ela faz uma pausa e então se inclina um pouco para frente, sua voz se tornando mais suave. — E você não está sozinho nisso. Você tem o Ran, o Smiley, o Angry... e a mim. Estamos todos aqui para te ajudar, se você nos permitir.

Fecho os olhos, tentando absorver suas palavras. A imagem da Anastasya surge em minha mente, trazendo consigo um nó de emoções. Sinto minha respiração se acelerar, mas eu me esforço para me concentrar na voz da psiquiatra.

— Eu... eu não sei se consigo me abrir de novo como antes. — confesso, a frustração começando a tomar conta. — É como se toda vez que tento, a dor se tornasse insuportável.

— Eu entendo. — ela responde, seu tom é firme, mas cheio de compaixão. — Mas você não precisa fazer isso sozinho, nem precisa resolver tudo de uma vez. É um processo. E acredite, você é mais forte do que pensa.

As lágrimas finalmente escapam dos meus olhos, deslizando pelo meu rosto. Eu não posso continuar me fechando para tudo, eu sei disso. Mas ao mesmo tempo, me abrir parece tão assustador. Tão arriscado.

— Rindou... — ela continua, me chamando de volta do mar de pensamentos que me consome. — Você tem que dar o primeiro passo. Se permitir sentir, e não se punir por isso. Você merece viver, e merece encontrar paz. Mas para isso, você precisa começar a deixar essas paredes caírem.

Dou um aceno fraco, sem palavras. Não tenho certeza de como começar, mas talvez... talvez essa seja a chave. Abrir as portas, mesmo que aos poucos, mesmo que a dor tente me derrubar. Talvez, só talvez, exista um caminho para a luz no fim disso tudo.

A psiquiatra me observa atentamente. Eu sei que ela vai perguntar sobre ele, sobre o Angry. É sempre assim, ela tenta me fazer falar sobre os relacionamentos ao meu redor, mas quando chega nele, a dificuldade se intensifica.

— Rindou... — ela começa, seu tom é gentil, porém direto. — Eu vejo que você e o Angry têm uma relação cheia de conflitos. Há muitos altos e baixos. Você pode me explicar o porquê disso?

Fico em silêncio. As palavras se recusam a sair, como se estivessem presas em minha garganta. Eu abaixo a cabeça, olhando fixamente para minhas mãos. Sinto um aperto no peito, uma mistura de emoções confusas que se debatem dentro de mim. Por um instante, penso em me esquivar da pergunta, em mudar de assunto. Mas ela está me encarando, esperando pacientemente.

Então, o silêncio se torna insuportável. Sinto os olhos se encherem de lágrimas e, sem conseguir me conter, começo a chorar. É como se um dique se rompesse dentro de mim, liberando uma torrente de dor e tristeza. As lágrimas escorrem, e eu tremo, tentando recuperar o fôlego. No meio do choro, as palavras finalmente começam a sair, mesmo que de forma entrecortada.

— Ele... ele é como ela... — eu digo, minha voz um sussurro molhado de lágrimas. — O Angry... ele tem o mesmo jeito brincalhão, o mesmo sorriso despreocupado. Ele é teimoso, mas ao mesmo tempo é tão gentil... — minha voz falha, e eu me esforço para continuar. — Ele faz... as mesmas brincadeiras bobas que ela fazia. Age com a mesma despreocupação, como se a vida fosse simples, como se... nada pudesse dar errado.

Levanto o olhar para a psiquiatra, que me observa com uma expressão calma e empática. Ela não me interrompe, apenas espera que eu continue. Respiro fundo, tentando organizar os pensamentos que se embaralham na minha mente.

— E isso me machuca... muito... — continuo, minha voz trêmula. — Porque toda vez que ele age assim, eu vejo ela. É como se... ele fosse um reflexo dela, um lembrete constante de tudo que eu perdi. De tudo que eu não pude proteger. — as lágrimas voltam a escorrer, e eu deixo escapar um soluço, sentindo meu peito se apertar ainda mais.

— Eu sei que não é justo... — sussurro, com dificuldade. — Não é justo colocar isso sobre ele, mas... é inevitável. Quando ele está por perto, meu coração se divide. Uma parte de mim quer se aproximar, quer... encontrar conforto nele. Mas a outra parte... a outra parte só sente dor, porque tudo nele me lembra ela. — sinto o peso das palavras saindo de mim, como se finalmente estivesse liberando uma carga que vinha me sufocando há muito tempo.

— Ele age igual a ela... — repito, quase como se precisasse reafirmar isso para mim mesmo. — O jeito de falar, de rir, de implicar comigo... É como se a presença dele me transportasse de volta àquele dia, àquele momento. E eu não sei lidar com isso. Não sei como suportar a ideia de que posso estar me apegando a alguém que é tão parecido com quem eu perdi.

Eu me calo, as lágrimas ainda descendo pelo rosto. A psiquiatra continua me observando, sua expressão inalterada, mas há um brilho de compreensão em seus olhos. Ela se inclina um pouco para frente, cruzando as mãos sobre o colo.

— Rindou... — ela diz suavemente. — É compreensível que você se sinta assim. Você ainda está lidando com o luto, e o Angry se tornou um gatilho para esses sentimentos. Mas... você precisa se permitir sentir essas emoções. E, mais do que isso, precisa entender que o Angry não é ela. Ele é outra pessoa, com seus próprios sentimentos, suas próprias dores e alegrias.

Eu baixo a cabeça novamente, respirando fundo. Sei que ela está certa, mas isso não torna as coisas mais fáceis. Não torna a dor menos cortante. Ainda assim, falar disso... alivia um pouco o peso que carrego. Talvez, só talvez, seja um começo para lidar com essa confusão que me devora por dentro.

O olhar da psiquiatra permanece firme em mim, como se tentasse enxergar além das palavras que reluto em dizer. Já posso sentir o que vem a seguir, as perguntas que ela fará e que, de algum jeito, vão expor o que tenho tentado esconder até mesmo de mim mesmo.

— Rindou, se ele te machuca tanto por lembrar a Anastasya, por que você se aproxima dele? Por que se afasta e volta, sempre nesse ciclo?

Engulo em seco, desviando o olhar para o chão. Não sei como responder a isso. Não sei se consigo organizar os pensamentos que correm desordenados na minha cabeça. Passo a mão pelo rosto, tentando ganhar tempo, tentando encontrar uma maneira de explicar algo que nem eu mesmo entendo totalmente.

— É complicado... — começo, minha voz saindo em um murmúrio. — Quando eu me aproximo, eu... me sinto bem. Por alguns momentos, é como se tudo fizesse sentido de novo. Como se... eu pudesse encontrar algum tipo de paz nele. — respiro fundo, sentindo o nó se formar na garganta. — Mas de repente, eu percebo que estou me envolvendo demais. Que estou... me deixando levar. E é aí que eu recuo. Me afasto porque sinto medo. Medo de me machucar, de perder alguém de novo.

A psiquiatra acena com a cabeça, me incentivando a continuar. Eu respiro fundo, tentando não me perder no mar de sentimentos que começam a surgir.

— Quando eu me aproximo dele, é como se ele fosse uma âncora que me mantém preso à realidade, que me faz lembrar que ainda existe algo bom... algo pelo que vale a pena lutar, além do meu irmão. — minha voz falha, e eu suspiro pesadamente. — Mas então eu vejo o sorriso dele, aquele jeito brincalhão... e tudo em mim se parte, porque eu lembro dela, de tudo o que eu perdi. É como se... eu não pudesse me permitir ser feliz de novo. Como se eu não tivesse esse direito.

Ela me observa, silenciosa, aguardando que eu termine. Sei que preciso colocar para fora aquilo que está me corroendo. Fecho os olhos por um momento, tentando encontrar coragem. É difícil, é como se eu estivesse prestes a dar um salto no vazio.

— E então, quando eu recuo, eu o vejo ali, machucado, confuso... e me odeio por ser tão covarde. — meu olhar se fixa nas mãos trêmulas. — No fundo, eu sei que estou me afastando de uma pessoa que se importa comigo. E isso dói.

A psiquiatra me observa com atenção, seu silêncio me encorajando a continuar. Sinto um aperto no peito e, antes que a racionalidade me faça calar, as palavras escapam.

— Eu... eu o amo. — admito, sentindo meu coração bater mais rápido. — Eu amo ele. Mais do que deveria, talvez. Isso já faz dois anos. — meu olhar se perde, se fixando em um ponto distante da sala. — Mas esse sentimento... é confuso. É esmagador, porque o amo, mas ao mesmo tempo me odeio por isso. Odeio o quanto ele me faz lembrar da Anastasya, odeio o quanto me sinto vulnerável ao lado dele.

Solto um suspiro trêmulo, sentindo as lágrimas ameaçarem cair, mas me mantenho firme.

— Mas é isso... — digo, em voz baixa, quase como um desabafo. — No fundo, eu o amo. E é isso que me puxa para perto... mas também é isso que me faz recuar. Porque amar de novo é como abrir uma ferida que nunca cicatriza.

A psiquiatra me observa com um olhar cheio de compreensão, mas não diz nada. Ela sabe que esse é o momento em que preciso colocar tudo para fora, em que preciso admitir para mim mesmo aquilo que venho negando há tanto tempo. O silêncio na sala parece mais leve agora, como se finalmente, ao dizer o que sinto, eu tivesse retirado parte do peso que carregava.

Mas, ao mesmo tempo, a confusão continua ali, como uma sombra que se recusa a ir embora. E eu me pergunto, será que algum dia vou conseguir aceitar esse amor sem me sentir culpado?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro