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Me Sinto... Leve

Estou na cozinha ao lado do Ran, ajudando a preparar o café da tarde. O cheiro doce do bolo que ele está assando no forno se mistura com o aroma do café recém-passado. Há um silêncio confortável entre nós, interrompido apenas pelo barulho da faca dele cortando frutas. Eu estou encarregado de misturar os ingredientes para o recheio de uns sanduíches, e confesso que é meio estranho estar aqui, fazendo algo tão simples. Mas ao mesmo tempo, há uma sensação boa de normalidade nisso tudo.

Ran está tão focado no que faz, concentrado enquanto corta as fatias de pão com uma precisão quase cirúrgica, como sempre. Ele tem um jeito cuidadoso de lidar com as coisas, e eu fico o observando por um tempo, uma ideia travessa passando pela minha cabeça. Não resisto.

— Ei, Aniki. — chamo, fingindo um tom sério. Ele levanta os olhos e me encara, provavelmente esperando que eu pergunte algo sobre a receita ou peça ajuda. — Sabe, você fica bem com essa cara de chef profissional... — começo, tentando manter a expressão séria. — Mas acho que tá faltando um toque final...

Antes que ele possa responder, pego um pouco do creme que estou misturando e, rápido como um relâmpago, passo um pouco em seu nariz. Ran arregala os olhos, surpreso, e por um segundo, há um silêncio absoluto na cozinha. Eu já começo a rir, antecipando a reação dele.

— Rindou! — ele exclama, tentando parecer bravo, mas vejo os cantos da boca dele se curvando em um sorriso.

Eu não aguento e começo a rir mais, achando graça do meu próprio atrevimento. Ran suspira, balança a cabeça e limpa o nariz com o dedo. Ele coloca as mãos na cintura, me olhando com um ar de falsa repreensão.

— Você realmente não tem jeito, né? — ele diz, finalmente deixando escapar uma risada, e eu sinto meu peito se encher de alegria.

— É, alguém precisa trazer um pouco de diversão pra essa cozinha, né? — respondo, sorrindo abertamente. É uma provocação boba, mas é exatamente o tipo de coisa que costumávamos fazer antes. Um sinal de que estou voltando, mesmo que aos poucos.

Ran finalmente solta uma risada mais forte e balança a cabeça novamente.

— Tudo bem, tudo bem. Mas se você continuar, vai ser você quem vai limpar tudo depois, pestinha. — ele avisa, ainda sorrindo.

Eu dou de ombros, me divertindo. Não importa. Pela primeira vez em muito tempo, estou me sentindo leve, e a gargalhada dele é o melhor som que eu poderia ouvir.

Eu termino de misturar o recheio e me viro para começar a preparar os sanduíches, mas então ouço passos leves se aproximando da cozinha. Olho para a porta e vejo Smiley entrando, o cabelo bagunçado e um sorriso despreocupado no rosto. Ele tem aquele ar tranquilo de sempre, como se nada no mundo pudesse perturbá-lo.

— Hmm... — ele murmura ao entrar, inclinando a cabeça para o lado. — O que vocês dois aprontaram aqui? — pergunta, arqueando uma sobrancelha ao ver o creme em volta do nariz do Ran.

Ran olha para ele e dá uma risadinha, erguendo as mãos como se estivesse rendido.

— Culpa do Rindou. — ele diz, apontando para mim com a faca em mãos.

Eu dou de ombros, sem conseguir esconder o sorriso no rosto. Smiley apenas solta uma gargalhada baixa e se aproxima do Ran. Com a mão leve, ele segura o queixo do Ran e deposita um beijo suave em sua boca. É um gesto simples, mas carregado de carinho. Ran fecha os olhos por um momento, aproveitando o toque, e então sorri para ele.

Eu fico em silêncio, observando a cena. Ver os dois juntos me traz uma sensação de paz e conforto. É algo que sempre admirei: a forma como eles se tratam, como Smiley consegue fazer o Ran relaxar apenas com um gesto. Me faz lembrar o quanto o amor deles é bonito e genuíno. E é engraçado como esse tipo de cena, que antes me trazia um peso no peito, agora me faz sorrir.

— Vocês dois são um casal tão lindo. — brinco, quebrando o silêncio e arrancando risadas de ambos.

Smiley olha para mim, com aquele sorriso que é praticamente a marca registrada dele, e dá de ombros.

— Eu amo muito o seu irmão, de uma forma que eu nunca imaginei que fosse possível. — ele responde, piscando para o Ran, que solta uma risada divertida.

Eu não consigo evitar e acabo sorrindo. É isso. É esse o tipo de coisa que me faz querer lutar, que me faz acreditar que talvez eu possa encontrar minha própria felicidade, mesmo depois de tudo. E hoje, estar aqui, brincando na cozinha, vendo o carinho entre eles... é como um lembrete de que as coisas boas ainda existem e que eu também posso ter um pouco disso.

E então, escuto passos se aproximando da cozinha. Ergo a cabeça e vejo Angry aparecer na porta. Ele está com uma expressão meio confusa, provavelmente por estar vendo nós três juntos, rindo e brincando. Mas há também um pequeno sorriso nos lábios dele, como se essa visão fosse uma coisa que ele não esperava, mas gostou de encontrar.

— Parece que estou interrompendo alguma festa particular aqui. — ele brinca, cruzando os braços e se encostando na porta.

Smiley apenas ri, puxando uma cadeira para Angry se juntar a nós.

— Nada disso. Você chegou bem na hora, na verdade. O café da tarde está quase pronto. — Smiley diz, com aquele sorriso despreocupado no rosto.

Eu olho para Angry e sinto uma onda de calor no peito. Ele é uma presença reconfortante, alguém que esteve comigo nos piores momentos, que nunca desistiu de mim, mesmo quando eu próprio já tinha desistido. Sorrio para ele, sentindo um pouco daquela felicidade que tem se tornado mais frequente ultimamente.

— Quer nos ajudar a terminar? — pergunto, levantando uma sobrancelha e tentando soar casual, embora minha voz saia um pouco mais animada do que o normal. É estranho... sentir alegria de verdade outra vez.

Angry sorri, deixando de lado a expressão confusa. Ele se aproxima, pega um avental e o coloca de forma meio desajeitada, arrancando uma risadinha minha. Parece que ele está tentando se enturmar com a nossa bagunça, e isso faz meu coração bater mais rápido, me trazendo um conforto inesperado.

— Claro. Desde que vocês não me façam passar vergonha na cozinha. — ele responde, já pegando uma faca e se posicionando ao meu lado.

O clima muda instantaneamente com a chegada dele. É engraçado como a presença do Angry consegue tornar o ambiente mais leve, mais descontraído. Ele começa a ajudar a cortar os pães, enquanto Smiley e Ran continuam a mexer no recheio do bolo. Eu me sinto em casa, rodeado por essas pessoas que amo.

E então percebo que, apesar de tudo, há um sorriso no meu rosto.

Olho para Angry enquanto ele corta os pães na bancada. Há algo de tão simples e, ao mesmo tempo, tão especial na maneira como ele se move, concentrado no que está fazendo. Por muito tempo, eu enxerguei outra pessoa nele, alguém que não está mais aqui. Confundi os sorrisos, os gestos, o jeito brincalhão... e me fechei num ciclo doloroso, recusando me aproximar demais, mesmo querendo.

Mas hoje eu entendo. Entendo que Angry não é a Anastasya. Ele é Souya, uma pessoa única, com sua própria luz, seu próprio jeito de cuidar dos outros, de cuidar de mim. E isso é o que torna ele tão importante, tão especial para mim. Foi difícil enxergar isso no meio do caos da minha mente, do meu coração despedaçado, mas eu aprendi.

Nos últimos dois anos, eu escondi esse sentimento que crescia dentro de mim. Talvez por medo de admitir que alguém novo pudesse ocupar um lugar especial no meu coração, medo de trair a memória da Anastasya. Mas agora, enquanto observo Angry se integrar nessa pequena rotina que estamos construindo juntos na cozinha, eu percebo que ele não está ocupando o lugar de ninguém. Ele é apenas ele... o Souya que eu amo, mesmo que eu tenha passado tanto tempo tentando ignorar isso.

É quase uma revelação dolorosa e libertadora ao mesmo tempo. Minha garganta aperta enquanto os pensamentos se atropelam. Há dois anos eu venho escondendo esse amor, por puro medo e culpa. E mesmo assim, o sentimento só cresceu, se espalhou, tomou conta do meu ser até o ponto em que eu não posso mais fingir que ele não existe.

Angry não é uma substituição. Ele não é a Anastasya. Ele é alguém diferente, alguém que, com sua presença, me mostrou que a vida continua, que o amor pode florescer de novo, de um jeito novo e único. E enquanto o observo na cozinha, com aquele rosto sério que parece tão determinado, uma onda de ternura me envolve. Talvez seja hora de parar de esconder o que sinto.

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