Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Era Ele Esse Tempo Todo?!

Estou deitado na cama do quarto de visitas, o peso das últimas horas pairando sobre mim. Meus pensamentos são um emaranhado confuso de preocupação, tristeza e uma sensação de impotência esmagadora. Tudo aconteceu tão rápido, e ainda assim, cada momento parece se arrastar em uma eternidade dolorosa. Eu mal consigo acreditar no que aconteceu com Rindou e como isso está afetando todos nós.

De repente, ouço batidas suaves na porta, me tirando do meu torpor. Me sento rapidamente, o coração acelerado, e digo para entrar, tentando não parecer tão abatido quanto me sinto. A porta se abre lentamente e, para minha surpresa, é Ran que aparece ali.

Ele está visivelmente cansado, o rosto marcado por olheiras profundas e uma expressão de tristeza que parece pesar mais do que ele pode suportar. Há uma fragilidade nele que eu raramente vejo. Normalmente, Ran é a força em nossa dinâmica, o pilar que mantém todos juntos, mas agora ele parece à beira de um colapso, tão perdido quanto todos nós.

— Posso entrar? — ele pergunta, a voz baixa e rouca. Eu apenas aceno, sem palavras. Ele entra no quarto, fechando a porta atrás de si, e por um momento, ficamos ali em silêncio, encarando um ao outro, sem saber o que dizer.

Finalmente, Ran se aproxima e se senta na beira da cama, suspirando pesadamente.

Ran fecha os olhos, sua expressão de dor quase insuportável de se ver.

— Eu me sinto o pior irmão do mundo. — ele sussurra, as lágrimas começando a escorrer pelo rosto. — Eu deveria ter cuidado dele, estar mais presente. Como pude ser tão cego?

Seu desabafo ecoa a culpa que eu mesmo sinto, e por um momento, não sei o que dizer para confortá-lo. Em vez disso, estendo a mão e coloco no ombro dele, oferecendo o pouco consolo que posso.

— Não podemos mudar o que aconteceu, Ran. Mas podemos estar aqui para ele agora, e para nós mesmos. Vamos passar por isso juntos.

Ele assente, mas a tristeza em seus olhos permanece. Ambos sabemos que isso não será fácil, mas no mínimo, temos um ao outro para enfrentar o que vier.

Há uma determinação em seu olhar que me faz estremecer. Ele se inclina ligeiramente, como se estivesse tentando se aproximar mais, e pergunta, a voz baixa e séria:

— Angry, aquela carta que você encontrou e que você mencionou na ligação, onde estava?

Eu engulo em seco, hesitando. O assunto é delicado e Ran já está visivelmente abalado. Não quero adicionar mais peso à sua dor, mas também sei que não posso esconder algo assim dele.

— Estava no quarto do Rindou, atrás de um quadro. — respondo lentamente. — Eu estava curioso e acabei encontrando por acidente.

Ran parece pensar por um momento, os olhos perdidos em algum lugar entre nós. Então, ele olha diretamente para mim, a determinação mais forte do que nunca.

— Eu quero ver essa carta. — ele declara, a voz firme apesar do tremor leve que a acompanha.

Minha primeira reação é hesitar. A última coisa que quero é ver Ran mais destruído do que ele já está. Ele já passou por tanto, e aquela carta... as palavras do Rindou são tão pesadas, tão cheias de dor e desespero.

— Ran, eu não sei se é uma boa ideia. — começo, tentando encontrar as palavras certas. — Essa carta... é muito difícil de ler. E eu não quero que você se machuque mais.

Mas ele balança a cabeça, determinado.

— Eu preciso ver, Angry. Preciso entender o que estava acontecendo na mente do meu irmão. Mesmo que seja difícil, eu tenho que saber.

Olho para ele, vendo a mistura de dor e resolução em seus olhos. É claro que ele não vai desistir, e talvez ele tenha razão. Talvez ele precise ver a carta para começar a lidar com tudo isso. Com um suspiro profundo, eu me levanto da cama e vou até a gaveta onde guardei a carta.

Quando volto, entrego a ele, minhas mãos tremendo levemente.

— Aqui está. — digo suavemente. — Mas, por favor, Ran, se prepare. Não é fácil de ler.

Ele pega a carta com cuidado, como se estivesse segurando algo precioso e frágil. Sem dizer uma palavra, ele se senta novamente na beira da cama e começa a ler, e eu observo em silêncio, meu coração apertado no peito, esperando pela sua reação.

Observo Ran com o coração pesado enquanto ele segura a carta nas mãos, seus olhos varrendo cada palavra com uma intensidade silenciosa. As lágrimas começam a escorrer lentamente pelo rosto dele, brilhando sob a luz do quarto. Ele tenta se manter firme, os lábios pressionados numa linha fina, mas é claro que cada palavra o está despedaçando por dentro.

O silêncio no quarto é denso, preenchido apenas pelo som suave do papel se mexendo e pelo ritmo irregular da respiração do Ran. Eu me sinto impotente, querendo fazer algo para aliviar a dor que ele claramente está sentindo, mas sabendo que não há palavras ou gestos que possam realmente ajudar neste momento.

Ran respira fundo, e vejo suas mãos tremendo ligeiramente. Ele segura a carta como se fosse um espelho quebrado refletindo a fragilidade da sua própria alma. A cada palavra que lê, é como se um peso invisível se acumulasse sobre seus ombros, se tornando cada vez mais insuportável.

De repente, Ran deixa a carta cair no colo, as mãos cobrindo o rosto enquanto ele começa a soluçar. É um som que corta profundamente, cheio de dor e arrependimento. Eu quero alcançá-lo, oferecer algum tipo de conforto, mas algo me impede, talvez o medo de que meu toque possa quebrar o último fio de controle que ele está tentando manter.

— Ran... — murmuro, a voz quase inaudível, tentando encontrar alguma forma de alcançá-lo. Ele balança a cabeça, as lágrimas agora caindo livremente. Está claro que ele está em choque, a dor em seus olhos tão intensa que é quase tangível.

Finalmente, ele levanta o olhar para mim, seus olhos vermelhos e inchados.

— Como ele pôde...? — ele murmura, a voz embargada. — Como ele pôde pensar que estava sozinho, que não importava? Eu deveria ter percebido, Angry... eu deveria ter visto os sinais...

Vejo a culpa e o desespero nos olhos do Ran e sinto um nó se formar na minha garganta. Quero dizer que ele não é culpado, que ninguém poderia prever algo assim, mas as palavras parecem insuficientes. Tudo o que posso fazer é estar ali com ele, partilhando a dor, esperando que de alguma forma, juntos, possamos encontrar uma maneira de seguir em frente.

Ran chora silenciosamente por alguns minutos, suas lágrimas caindo sobre a carta que segura com força. De repente, ele se levanta, ainda com a carta em mãos, e sai do quarto de visitas com passos rápidos e decididos. Sinto uma onda de apreensão me invadir e decido seguir ele preocupado com o estado emocional dele.

Enquanto Ran caminha pelo corredor, tento chamar sua atenção, mas ele parece alheio ao meu chamado, completamente focado em algo à sua frente. Ele para diante de uma porta no final do corredor, abre ela com determinação e entra. Sem hesitar, sigo ele, com minha curiosidade e preocupação se intensificando.

Ao entrar no cômodo, fico imediatamente impressionado e surpreso. As paredes são decoradas com pôsteres de filmes de terror, estantes cheias de figuras de ação e itens colecionáveis, tudo relacionado ao gênero. No centro da sala, há uma cadeira de couro preto diante de um enorme setup azul com câmera montada e um tripé com uma máscara do Ghostface pendurada. Reconheço o cenário imediatamente... é o mesmo que aparece nos vídeos do meu YouTuber favorito, conhecido por usar a máscara do Ghostface.

Fico boquiaberto, sem acreditar no que estou vendo. Ran, que agora está no centro da sala, olha em volta com uma expressão de nostalgia e tristeza. Ele se vira para mim e, ao ver minha expressão de surpresa, dá um sorriso fraco e amargo.

— Então, você reconhece o lugar, né? — ele diz, a voz rouca e carregada de emoção. — Esse era o lugar favorito do Rindou. Ele amava criar conteúdo para o seu canal no YouTube. Era uma maneira de ele expressar o que sentia, de se conectar com outras pessoas, mesmo que anonimamente.

Eu fico sem palavras, a revelação me pegando de surpresa. Rindou, é o YouTuber misterioso que eu tanto admiro, ele era o tempo todo alguém que eu conhecia pessoalmente. O choque e a tristeza da situação se misturam dentro de mim, tornando difícil pensar com clareza.

Ran suspira e caminha até uma das estantes, pegando a máscara do Ghostface.

— Ele sempre se escondia atrás dessa máscara, como uma forma de proteger a si mesmo e aos outros de sua verdadeira dor. — ele continua, sua voz quebrando. — E agora... ele está lá, lutando pela vida, e tudo o que eu posso pensar é que eu deveria ter feito mais para estar ao seu lado.

Sinto um nó na garganta, querendo dizer algo, mas as palavras me escapam. A dor do Ran é palpável, e a culpa que ele sente é esmagadora. Tudo o que posso fazer é estar presente, tentando oferecer algum tipo de conforto apenas com minha presença.

Ran coloca a máscara de volta na estante e olha em volta mais uma vez, como se absorvendo cada detalhe da sala. Ele então se vira para mim, com uma expressão resoluta.

— Angry, eu... preciso de um tempo sozinho. — ele diz, a voz suave e trêmula. — Só um momento para processar tudo isso. Você entende?

Minha primeira reação é hesitar, não querendo deixá-lo sozinho nesse estado, mas o pedido do Ran é claro e ele precisa de espaço. Eu engulo em seco e aceno com a cabeça, mesmo que relutante.

— Tudo bem, Ran. Se precisar de qualquer coisa, eu estarei por perto. — digo, tentando soar reconfortante.

Ele dá um pequeno sorriso de gratidão, mas é evidente que sua mente está em outro lugar, talvez revivendo memórias ou simplesmente tentando lidar com a tempestade de emoções que está sentindo. Sem dizer mais nada, ele se afasta, se dirigindo para o canto do local onde as luzes são mais suaves, quase como se estivesse procurando um refúgio.

Saio da sala, fechando a porta suavemente atrás de mim. Ao me afastar, não consigo deixar de sentir uma pontada de preocupação. Ran está claramente em um estado delicado, e deixá-lo sozinho, mesmo por um breve momento, me enche de ansiedade. Tento acalmar meus próprios pensamentos, lembro de que, às vezes, o melhor que podemos fazer é respeitar o espaço dos outros, mesmo quando tudo o que queremos é estar ao lado deles.

Fico perto da porta, pronto para voltar a qualquer momento, caso ele precise de mim. A espera é angustiante, mas sei que Ran precisa desse tempo para si. Espero que, ao final, ele possa encontrar um pouco de paz em meio a toda essa turbulência.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro