Epílogo 🌻
Cinco anos depois
- Lily, tenha cuidado.
Minha filha corre de um lado para o outro com Ava e Bryan, e pelas minhas contas já é a terceira vez que ela cai no chão, porém se levanta e finge que nada aconteceu, e começa a brincadeira novamente.
Minha filha acha que seus tios ainda são crianças, e os colocam para brincar com ela, mas eu tenho uma leve impressão que tanto Ava como Bryan, não se importam nem um pouco em fazer os gostos da pequena sobrinha.
- Essa será a primeira e última vez que eu vou ficar grávida. - Angel reclama. - Ter apenas Asha é o suficiente.
- Se não me engano, acho que ouvi minha amiga me dizer uma vez que queria muitos filhos.
- Essa sua amiga era maluca. - Angel faz uma careta.
Me sento ao seu lado, pego sua perna e coloco sobre meu colo, e começo a massageá-la lentamente.
Angel está com quase nove meses de gravidez, porém minha amiga está tão inchada, que parece estar grávida de umas cinco crianças.
- Papai e mamãe terão que se contentar com apenas um neto. - Angel parece mais relaxada com a massagem. - E Mark com apenas um filho.
- Pois eu duvido que você não vai querer mais filhos. - Sorrio largo.
- Você é tão chata. - Angel bufa alto.
Minha amiga reclama e reclama, mas eu a conheço bem o suficiente para saber que ela vai querer mais bebês no futuro.
- Minha garota já está reclamando? - Mark beija o topo da sua cabeça e se senta ao seu lado.
- Quando sua garota não está reclamando? - A provoco.
- Até mesmo dormindo ela resmunga irritada. - Mark ri baixinho.
- Podem zombar de mim. - Angel semicerra os olhos.
Mark pega sua mão e a beija com carinho, e não demora muito sua irritação da lugar a sorrisos para o marido.
Mark e Angel estão juntos há três anos, e eu ainda não estou acostumada com esses dois.
Minha amiga sempre teve o dedo podre para homens, e quando ela me confessou estar interessada por Mark, achei que Angel estava ficando louca.
Mark não era o tipo de homem que Angel iria ter algum tipo de interesse, mas por sorte pela primeira vez na vida ela usou o bom senso, e acabou escolhendo um cara legal para se casar.
Mark trata minha amiga como se ela fosse o centro no seu universo, e ele mima tanto essa garota, que tem horas que dá até irritação ao vê-los juntos.
Confesso que nunca passou pela minha mente que rolaria um romance entre minha amiga, e o amigo do Bruce, mas ainda bem que eu estava errada não é verdade?
Eu estava tão acostumada a ver Angel escolhendo escrotos atrás de escrotos, que nem passou pela minha mente que Angel poderia ter algum tipo de interesse por homens decentes.
- Onde está meu marido? - Pergunta ao Mark.
- Está na cozinha terminando de lavar a louça. - Ele responde.
- Poderiam ficar de olho na Lily por alguns minutos? - Indago.
- Claro. - Mark confirma com a cabeça.
Dou uma última olhada em Lily que ainda brinca com os tios, e então começo a caminhar em direção ao chalé em passos largos.
- Bruce? - Chamo por ele.
- Estou na cozinha amor! - Ele grita.
Caminho até a cozinha, e ao entrar no recinto vejo meu marido na pia, e rapidamente me aproximo dele, e o abraço por trás.
Uma vez no mês Mark e Angel vem para o condado, e como sempre faço nosso almoço, e Mark e Bruce ficam responsáveis pela a louça.
- Está sentindo minha falta querida? - Bruce ri baixinho.
- Você é tão esperto.
Lhe dou um beijo nas costas e me afasto, e então me sento no balcão da pia, e fico observando meu marido terminar de lavar a louça.
- Quer ajuda? - Questiono.
- Já terminei amor.
Bruce enxuga as mãos na própria calça, se aproxima de mim, envolve as mãos em volta da minha cintura, e me puxa para perto dele.
- Como está se sentindo querida? - Bruce indaga.
- Estou ótima.
- Isso é bom. - Ele sorri lindamente.
Coloco os braços em volta dos seus ombros e o puxo para mais perto de mim, e lhe dou um rápido beijo nos lábios.
- O seu filho está com vontade de comer pizza.
- É sério? - Bruce olha para minha barriga.
- David é um garoto muito exigente.
Bruce se aproxima da minha barriga e a beija rapidamente, e logo em seguida volta a me abraçar.
- David quer ir comer fora, ou que eu eu compre a pizza e traga para casa? - Bruce pergunta.
- Ele quer ir comer fora. - Sorrio abertamente.
- Então iremos sair á noite. - Bruce pisca para mim.
Estou no quinto mês de gestação, e como estou de férias, estou ficando em casa o tempo todo, e eu já estou ficando louca.
Normalmente eu trabalhava fora com Bruce, e com a ajuda do meu marido também cuidado do chalé, mas agora ele não quer deixar eu fazer absolutamente nada, como se eu estivesse doente.
Na minha primeira gravidez eu trabalhei até praticamente ter a Lily, mas dessa vez sinto que não tenho mais a mesma disposição de antes, por isso uma parte de mim está aliviada por ficar em casa com minha filha, mas ao mesmo tempo estou ficando maluca sem nada para fazer.
Bruce contratou uma empregada para cuidar dos serviços domésticos, e apesar deu tentar ajudar Maria com alguma coisa, ela também não me deixa fazer nada.
Ainda não fiquei maluca porque cuido da Lily, e como minha garota não para um segundo sequer, estou tendo com o que ocupar minha mente.
Enquanto eu estava trabalhando no hotel, Lily tinha uma babá, mas Jheny se demitiu porque iria se mudar para Nova York, pois iria começar a estudar, e como meu marido praticamente me obrigou a pegar férias, decidi que não iria arrumar outra babá, até eu voltar ao trabalho.
Se eu fosse fazer os desejos do meu marido, iria apenas dormir, comer e coçar a bunda, porém eu odeio que fazem tudo por mim. Eu não sou uma madame, e minhas mãos não vão cair se eu trabalhar, e eu só estou aceitando ficar parada por enquanto, porque meu médico pediu para mim não fazer tanto esforço, como eu fiz na gravidez da Lily.
Eu sei que tudo que meu marido faz é pensando no meu cuidado, e no meu bem estar, mas eu não gosto de me sentir um peso, ou me sentir inútil.
Depois que nos casamos, Bruce se mudou definitivamente para o condado para cuidar da construção do hotel e do parque, e deixou Mark responsável por sua empresa em Nova York.
O hotel e o parque foram construídos, e a cada dia que passa o condado recebe ainda mais turistas. A economia do lugar está bem melhor, e até mesmo James não precisou fechar sua biblioteca, porque graças a Deus temos visitantes que tem bom gosto, e apreciam um bom livro.
Bruce havia me contratado para ser sua secretária, e por um tempo eu exerci essa função, e enquanto eu trabalhava, Bruce pagou para eu fazer muitos cursos, que me ajudaram muito em meu currículo, e agora eu sou a chefe na parte administrativa do hotel.
Eu fui subindo de cargo aos poucos no hotel, e assumo que fiquei com medo de estar na parte administrativa apenas porque era a esposa do chefe, mas depois de um tempo eu percebi que eu sou muito boa no que faço, por isso parei com pensamentos que me diminuíam o tempo todo.
Nada acontece no hotel sem a aprovação do Bruce ou a minha, e apesar de saber que tenho uma responsabilidade enorme em meu emprego, eu amo o que faço, e por amar tanto meu trabalho, é a primeira vez em cinco anos que fui obrigada a tirar férias.
Minha vida é uma correria o tempo todo, e muitas vezes é cansativa ao extremo, mas eu tenho prazer no que faço, então não se torna algo maçante, ou chato demais.
- Essa semana começa a reforma em sua casa. - Bruce me tira dos meus desvaneios.
- Nossa casa bobinho. - Lhe dou um beijo na bochecha. - O que é meu, é seu.
- E o que é meu, é seu. - Bruce também beija meu rosto.
Depois que Bruce e eu nos casamos, decidimos morar no chalé, e a nossa casa usamos apenas na época do inverno, porque o acesso ao chalé fica um pouco complicado com muita neve.
Minha vida nesses cinco anos está sendo tão boa, que às vezes até fico com medo de que tudo não passa de um sonho bom. Em todos esses anos nunca mais vi Brendon ou ouvi falar sobre ele. Caroline ainda mora no condado, porém ela simplesmente finge que eu e minha família não existimos, e eu fico é bem aliviada com isso.
Caroline é tão orgulhosa, que nunca voltou atrás e pediu desculpas a Angel por ter sido uma idiota, e minha amiga apesar de se sentir abalada por muito tempo, acabou se acostumando a não ter sua amiga por perto.
Meus irmãos estão com quinze anos, e tanto Ava como Bryan são um exemplo para mim, pois são bons irmãos, e são alunos exemplares, que me dão orgulho cada dia mais. Ava e Bryan querem estudar medicina, e eu e Bruce damos total apoio a escolha dos dois.
A única coisa que sinto falta, é de ter minha mãe ao meu lado, porém infelizmente ela se foi para nunca mais voltar, então tive que aceitar minha perda, e seguir em frente.
- Vamos nos juntar ao resto do pessoal? - Bruce pergunta.
- Sim senhor.
Bruce me ajuda a descer no balcão da pia, em seguida ela pega minha mão, e lado a lado saímos da cozinha, e vamos em direção ao jardim.
Mark está massageando as pernas da Angel, e Ava e Bryan estão sentados em volta da Lily, que brinca animadamente com um graveto.
Lily tem quatro anos, mas consegue deixar qualquer um cansado em poucos minutos, e só de olhar para meus irmãos vejo que os dois estão acabados.
- Mamãe! - Lily sorri quando me vê.
- Oi meu amor.
- Olha com o que estou brincando. - Ela aponta o graveto para mim.
- Tenha cuidado.
Ela volta sua atenção ao que estava fazendo antes, enquanto eu me sento com Bruce ao meu lado. Meu marido não me solta, e fica o tempo todo passando o polegar por minha mão, porque ele sabe o quanto seu gesto me deixa calma.
Bruce é um pai incrível, e um marido maravilhoso, e ele se preocupada em me fazer feliz com pequenos detalhes, como fazer carinho em minha mão.
Bruce foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida, e eu digo isso sem dúvida alguma, porque Bruce me mostra todos os dias com simples ações e palavras, o quanto eu sou importante para ele.
- Eu te amo. - Ele cochicha em meu ouvido.
Olho para ele com um enorme sorriso nos lábios, e então me aproximo do Bruce e lhe dou um rápido beijo nos lábios.
- Eu também te amo meu amor.
Bruce olha para mim como se eu fosse tudo para ele, e na verdade somos tudo um para o outro, e da mesma forma que ele demonstra me amar o tempo todo, eu faço o mesmo por ele, e se tem uma coisa que eu jamais irei me arrepender, é ter dado meu coração a esse homem.
🌻FIM🌻
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