31-Ligar
VAMOS SURTAR HOJEEEEEE HEHEHEHEHEHEHE
Dêem a mãozinha e confiem em mim
26 de Maio.
- Pirralha... - Bakugou chamou, vendo a criança o olhar com cara feia. Ele tinha contado que após a apresentação dela, ele iria embora. Eijirou deixou essa responsabilidade com ele, nada injusto afinal.
- Não tô falando com você! - Inflou as bochechas. - Eu tava te achando legal, agora eu quero que você tome no cu. - Bakugou tombou a cabeça.
- Sabe o que é isso?
- Não, mas você falou com o tio Denki, então eu também posso! Puque você é chato... e... e feio, e mentiroso também! - Ela fez bico, fungando e segurando as lágrimas.
As crianças da escola tinham razão, Bakugou ia largar ela de novo, a única pessoa que ainda a suportava era Eijirou e ele também sumiria e se cansaria dela um dia.
- Sakura... - Percebendo o choro iminente da criança, Bakugou se sentou no chão do quarto dela. - Eu vou voltar pra te ver, pirralha, eu não tô te abandonando eu sempre vou ligar e te buscar. -
- Na-nao era pra você ser meu pai? - Ela perguntou. - Pai não larga! - Bateu o pé, com as lágrimas pingando.
Bakugou respirou fundo, sabia que não tinha como convencer ela e pedir para ela entender. Então se levantou e foi até ela, que estava no canto do quarto, se ajoelhou na altura dela
- NÃO RELA EM MIM! - Exclamou, empurrando ele. - VAI EMBORA TAMBÉM! E-EU NAO LIGO ME-MESMO, VO-VOCE É CHATO E... - Ela começou a chorar, esfregando os olhinhos, sem conseguir continuar o protesto. Bakugou a abraçou então, mesmo ela ainda protestando.
- Shii, você foi a melhor coisa da minha vida, você e o seu pai. Quando eu te deixei com ele, eu era bobo e egoísta, só pensava em mim, mas mesmo assim, eu te deixei com ele porque sabia que ele ia te amar muito, mais até do que eu. Acontece, que eu tô deixando ele triste, por isso eu tenho que ir, pra ele voltar a ser feliz. - Tentou explicar.
- Ele pode fica feliz com você aqui, a-aquele dia vocês tavam feliz, e-e o papai tem que para de ser mole, po-pode fica. -
- Não tem como, eu já paguei tudo, mas eu juro que em todas as suas férias eu venho te ver, ou te busco e te levo pra viajar. -
Sakura fechou o rosto, não tinha jeito de convencer aquele cabeça dura. Parecia ela de tanta teimosia. Não ia ter jeito, ia ter que apelar pra chantagem suprema.
- Eu vou ficar de Belém-belém com você. - Murmurou fazendo bico, escutando Bakugou soltar um risinho. - É sério! Não ri! Eu tô ameaçando você! - Resmungou.
- Você não aguenta ficar de Belém-belem comigo. - Resmungou.
- Quer apostar?
[....]
27 de Maio.
Eijirou pegou o celular enquanto estava na cama, olhando o número de Bakugou tomando coragem pra ligar e falar o que tinha.
É, ele chegou a uma resposta final, e precisava falar para Bakugou, de preferência rápido antes que a apresentação de Sakura começasse e Bakugou fosse embora.
Depois de ler aquele livro, ele teve mais uma sessão online, tirou dois dias pra respirar e voltou a refletir.
No primeira dia, se perdoou por tudo, por ter mantido aquele amor, por ter se permitido ter uma autoestima baixa e por tudo que o antigo Eijirou fez.
No segundo, ele refletiu sobre os sentimentos a Bakugou quando Sakura era bebe, no terceiro também, é naquela época ele realmente não amava Bakugou, mas sim a ideia de namorar o inatingível.
No quarto, ele fez várias meditações e sessões budistas que tinham na ilha, incluindo purificação de alma, o que o ajudou intensamente a se acalmar e ficar mais tranquilo, principalmente depois de ir a uma boate e soltar todo o tesão acumulado, literalmente dando e metendo que nem um doido.
No quinto, sexto e sétimo, foram os que ele mais estava pensando. Quando ele poderia ter começado a voltar a sentir interesse no loiro?
No dia da praia.
Ele teve que levar Bakugou no médico e segurar a mão dele para o procedimento que ele estava proibido de falar, mesmo que ele não achasse nada demais. Naque maldito dia, Bakugou dormiu no colo dele dentro do hospital e ele acariciou os cabelos de Bakugou e a sensação foi tão boa, tão gostosa.
Depois daquilo, Sakura foi tirada de si, ele ficou desnorteado e abalado, mas Bakugou estava ali pra ele e foi naquela época que ele começou a desejar intensamente que as coisas tivessem sido diferentes, que eles fossem uma família.
Aí Bakugou foi preso, e Eijirou se preocupou como nunca, sentiu dó, pena e agradecimento, se ele tinha alguma dúvida ainda sobre Bakugou ser de confiança, acabou tudo ali, ele ficou extremamente carente. Naquela época, ele desejou muito que Bakugou saísse, que eles ficassem próximos... que se abraçassem de novo. É, ele ficava relembrando aquele abraço e aquele alento e como era bom.
"estavam deitados juntos na mesma cama. Eijirou chorando no peitoral de Bakugou.
-Precisa se acalmar Eijirou..eu já disse que te dou o meu advogado, ele é o melhor. -
-E se não adiantar? Eu-eu sou um cara gay... puta merda! Se eu tivesse casado com uma mulher isso nunca estaria acontecendo!-
- Não é você que tinha que ser diferente! São eles! E outra, você é um herói, e tem o Deku que é o herói número um já disse que vai falar a seu favor no tribunal, eu também e todos os nossos amigos. Puta merda! Vão ficar sem provas pra tirar ela de você. Além do mais, a merda da bronquite foi por conta minha, as explosões e consequentemente a expulsão da escola. -
-Mas eles não sabem que é o pai dela..- Resmungou e Bakugou engoliu o seco. -Bakugou..posso te pedir uma coisa?
-Claro.
-Se..se não devolverem ela pra mim..adota ela? E-eu nã-não quero ela com alguém desconhecido e..e...poha! Tu passou no meu teste nesses meses...e..- A voz voltou a se embaralhar com o choro.
-Eiji, ela vai voltar pra você. Eu tô dizendo poha. Confia em mim..isso não vai ser necessário. -"
Naquele dia, no dia do abraço, ele sentiu amor? Ele estava confuso e assustado, entrando em conflito consigo, porque estava voltando a amar Bakugou?
"Doeu pensar nisso né?
Seu subconsciente lhe perguntou. Eijirou respondeu um sim.
Sabe que gosta dele. Talvez não como antes, mas gosta, não só de firma sexual. Quis restabelecer a amizade com ele para ficar próximo dele. Você ama a companhia dele, certo?
Certo.
Ama quando ele está na sua casa, certo?
Certo.
Gosta da ideia de um futuro com ele, certo?
Certo.
Ama o jeito como ele te abraça e como ele evoluiu nesses 4 anos, certo?
Certo.
Aceite que o ama. Realmente, menos que antes, mas ainda é amor. Não tem porque negar isso. Você se sente culpado por amar o cara que abandonou a própria filha na sua porta, se sente horrível, e por isso tenta tapar esse sentimento, colocando a Sakura como empecilho"
Ele conversou com o terapeuta sobre isso, e a resposta não podia ser mais direta.
"Você provavelmente, não, provavelmente não, com toda certeza estava voltando a amar ele, mas ficou assustado e se impediu, jogando tudo pra debaixo do tapete. Agora basta você olhar pra dentro e ver se o sentimento perseverou mesmo com você o empurrando e se culpando por amar alguém que abandonou a filha, talvez você só não o tivesse perdoado por inteiro naquela época."
Ele perdoou depois, perdoou completamente no dia em que ele foi preso por Sakura. De verdade, ele não sentia mais raiva de Bakugou, ódio ou rancor.
Se virou na cama, ainda olhando o número de celular que tinha uma foto do loiro na piscina com o tanquinho de fora, como um burguês que realmente era.
Tateou a foto, desejando passar a mão mais uma vez por aquele peitoral e fazer Bakugou rebolar nele.
- Foco Eijirou, você ainda tá com fogo por causa da suruba. - sacudiu a cabeça.
Juntando tudo, observando cada peça do quebra cabeça, a resposta era simples:
Ele voltou a amar o loiro, voltou a desejar ele, mas logo quando começou a se dar conta ignorou e escondeu tudo, mas mesmo escondendo tudo, ele perdoou Bakugou e continuou a amar sem nem perceber.
Aquelas manhãs de sábado, eram tão incríveis e Eijirou realmente se sentia feliz com aquele clima familiar.
É, ele tinha 80% de certeza de seus sentimentos. Era só pegar Tetsuo como exemplo, com ele foi só diversão, não se sentia feliz, empolgado e amado como com Bakugou. Ele queria Bakugou bem.
Por isso precisava ligar e falar tudo, antes que Bakugou fosse embora.
Apertou em ligar, se sentando na cama e respirando profundamente, tomando coragem, chamou, chamou e chamou, até cair na caixa postal.
[......]
Bakugou terminava de soltar os rolinhos infantis do cabelo de Sakura, deixando eles como se tivesse feito Babyliss. Ela estava com sua saia de Ula, faltava o cabelo e acessórios.
- Seus avós vão te levar pra casa deles, tá? Amanhã o Eijirou chega de viagem.
- Papai é bem feio, viajou e não me levou junto, eu vou me lembra disso quando eu for adulta. - Resmungou.
- Ele foi relaxar, precisava de um tempo pra pensar. -
- Ele pode pensar comigo junto dele, e ele pode relaxa comigo lá, sou filha dele! - Protestou e Bakugou riu
- Ah, da próxima vez que você falar palavrão porque eu falei, eu vou contar pro Eijirou. - Lembrou-se da bronca que tinha que dar nela - Quando deixar de ser pirralha, vai poder xingar a vontade, mas enquanto é pequena não pode.
- Porque? Isso é errado! -
- Porque, seu pai não quer você falando palavrão e você como criança tem que obedecer. - Ela bufou.
- É difícil ser criança, quero ser adolescente logo, ir pra Shopping, sair de casa e cortar o cabelo e pintar. - Resmungou.
- Vai se arrepender de querer isso, adolescentes são chatos. - Ele disse, pegando o colarzinho de concha e colocando no pescoço dela.
- Você é adolescente então? - Ela perguntou irônica, recebendo um mini tapinha na nuca.
- Cê me respeita. -
[.....]
- Droga! - Eijirou murmurou, vendo as 3 chamadas não atendidas. - Ele deve tá se arrumando uma hora dessas, eu tento daqui 15 minutos. - Resmungou, se levantando da cama. - Até lá eu posso ir no bar beber com a Mina.
Pegou uma camisa e colocou, saindo do quarto e descendo de elevador pro primeiro andar, passou pelo restaurante luxuoso e foi pro Bar. Achou a rosada bebendo uns drinks, meia bêbada já.
- EIJIROU KIRISHIMA, MEU MELHOR AMIGO! - ela gritou alterada, fazendo as pessoas olharem prós dois e Eijirou se condenar por deixar ela ir antes dele.
- Mina, fala baixo. - Ele murmurou, se sentando.
- Desculpa, - Ela arregalou os olhos, - O FBI não pode achar nosso histórico, né? Shiiiii. - Ela colocou a mão na boca, fazendo o símbolo do "Shiii"
- Mina... bebeu o que? -
- Vai contar pro FBI? - Ela perguntou e Eijirou riu
- Não, não vou, agora me fala.
- Eu tomei no cu Eijirou. - Ela disse antes de rir que nem uma doida, se virando pra trás e quase caindo. - Tem três caras me olhando ali ó, eu vou dar pra eles, lá, lá lá hahahaha. -
- Mina, você tá bêbada, melhor não... - Ele murmurou, vendo os caras, bonitos realmente, mas ela estava bêbada, eles podiam se aproveitar dela.
- Iiiiiih, empaca foda! - Ela fechou a cara. - Três rolas é aceitável, uma na boca, outra na buceta e outra no cu. - Ela Murmurou.
Ia ser uma longa noite.
[...]
- Agora, Sakura Kirishima representando o Havaí. - A professora disse, antes da pequena subir no palco, os olhinhos vermelhos olhando na plateia, à procura da família. Ela encontrou Bakugou, Mitsuki, Masaru e até mesmo o Tio Denki com os filhos.
Hiroshi sorriu pra ela, e acenou um oi com a mão, ela retribuiu timidamente. A música começou a tocar e ela se ajeitou, passando as mãozinhas na saia e se arrumando. Bakugou ensinou ela direitinho a coreografia. Estufou o peito antes de começar a dança, decidida a não errar e ser a melhor.
Bakugou sorriu olhando para ela, aquele olhar de confiança e superioridade tão típicos do Bakugou. Não é só porque ele era pai, mas ela era a melhor de todas ali, de todas que vieram antes pelo menos. As outras eram travadas e tímidas, já Sakura? Tava rebolando aquele bumbum pra lá e pra cá igual a uma dançarina de Ula, sem a menor vergonha e timidez.
Ela era perfeita, de verdade, ela era a típica criança prodígio e qualquer um percebia isso. Ela era excelente na escola, em esportes e até na dança.
A música acabou e ela parou e fez a reverência e desceu do palco, correndo pra onde as outras crianças, indo ficar com elas.
A apresentação continuou, e sinceramente, Sakura deixou todos no chinelo. Tudo seguiu normal, e a premiação começou, qual a surpresa ao ver a filha pegar a medalha de primeiro lugar com um sorrisinho no rosto toda contente e pimposa.
Ela correu na direção dele depois que terminou e surpreendentemente, pulou no colo dele o abraçando.
- Eu ganhei, viu? Eu sou boa agora pra você ficar? -
Ok, aquilo quebrou Bakugou, e ele a abraçou.
- Eu preciso ir... - Resmungou. - Mas eu tô orgulhoso de você, aprendeu a rebolar bonitinho.
- Idiota! - Ela saiu do abraço dele, fazendo bico e cara feia. - Eu não deixo você ir! - Bateu o pé. Bakugou sorriu, e passou o cabelo dela para trás da orelha dela.
- Desculpa, mas eu já arrumei tudo e eu não posso ficar aqui e deixar o seu papai mais magoado, né? E eu vou voltar pra te ver. - Ele disse.
- Ta... - Ela resmungou dando ombrinhos, fingindo não ligar.
- Hey, gosta tanto de mim assim? -
- Não, só não odeio você. - Ela resmungou. - Vamo embora? Eu tô com fome, quero sushi de esteira e assistir Avatar com o vovô! - resmungou, sendo pega no colo por Bakugou. Ele ia passar na casa dos pais e depois Masaru o levaria ao aeroporto.
Eles saíram, elogiando a menina pelo prêmio, nisso, Bakugou nem percebeu o celular vibrando na cadeira onde ele estava antes.
[....]
- Merda! - Eijirou disse, olhando a hora. - O Bakugou vai embarcar! - Resmungou, colocando Mina na cama, ela estava capotada bebendo. Sobrou pra Eijirou impedir que ela fosse pro quarto e desmaiasse com os homens.
Ele pegou celular ligando pra Bakugou e ligou, se sentando na cama, pelo horário ele já deveria ter saído da apresentação da filha.
Chamou... chamou... chamou e caixa postal
[...]
"Uma chamada perdida." A voz feminina soou do aparelho, e em seguida a luz se apagou.
- Merda, quase esqueço. - Bakugou voltou, pegando o celular, o pegando e colocando no bolso rapidamente.
[...]
- Não! Não! - Eijirou Resmungou, se levantando e andando em círculos. - Liga de novo Eijirou. - Pegou e ligou, porém, o sinal caiu, causado pelo começo de chuva que Eijirou percebeu está acontecendo só agora.
- INFERNO! - Gritou.
- Psiu! Xiuuu, a bela adormecida... quer durrmir. - Mina resmungou, olhando pro dedo.- Cadê minha agulha, precisa fura o dedo pra vir no sono profundo, né?
- Mina... agora não. - Resmungou. - Eu vou sair desse quarto, pra achar sinal, fica aqui e não dá bola pra nenhum homem, fecha essa periquita! - Ele disse.
Precisava falar com Bakugou. Mina, mesmo em sua locura estava certa, Bakugou não ia sair dos Estados Unidos e voltar por um "tenho quase certeza que amo você." Precisava dizer isso antes.
- Nem se for do FBI? - Mina perguntou.
- Não - Ele disse, saindo do quarto e indo para varandas tentando achar sinal.
Ele se esticou, tentando achar sinal, procurando de todo jeito. - Porque eu vim pra uma ilha? Eu não podia ter ido para Nova York? - Resmungou, se esticando o máximo possível.
Ele ficou ali cerca de 20 minutos, até achar sinal e conseguir ligar novamente.
[....]
- Me dá? - Sakura pediu, olhando o sushi de Bakugou. Ele pegou e levou até a boca dela. Ele tinha pego uns sushi leves pra ela, um de milho, um e ovo e um de cogumelo, já que Eijirou estava tentando diminuir o consumo de carne dela.
Bakugou pegou o salmão com creme e deu pra ela. Eijirou disse que não tinha problema dar caso ela pedisse na rua, a intensão não era forçar ela a isso, era só ela não comer dentro de casa pra se acostumar a viver sem carne.
- Você quer algum com salmão? Eu peço pra você. - Masaru disse, já que a neta estava no colo dele.
- Eu vou no banheiro. - O loiro anunciou, colocando o celular no dentro da mochila e saindo. Ele não quis muito mexer no celular, queria aproveitar o tempo com Sakura, ele teria tempo de sobra pra mexer no celular no vôo.
[....]
"... E estará sujeita a cobrança após o sinal" a moça disse, pela terceira vez.
Eijirou resmungou insatisfeito, era melhor voltar pro quarto antes de Mina fazer alguma coisa.
Bom, era isso, acabou.
Ele voltou pra dentro, vendo mina esparramada na cama roncando alto. Resmungou, se deitando na outra cama e suspirando.
[...]
Sakura olhou o mais velho caminhar com as malas para longe de si. O queixo tremeu, querendo chorar. Ela gostava dele, só não queria admitir, e gostava dele com Eijirou, fazia o ruivo feliz, fora que ela gostava de dormir na casa dele.
Bakugou respirou fundo, pegando o celular e levando ao bolso, olhando a hora e ignorando as notificações. Ele queria ficar com a filha, de verdade, mas do que adianta fazer isso e prejudicar a saúde mental de Eijirou?
Se ele ficar e impedir o ruivo de seguir adiante, isso afetaria Sakura. Ela merecia viver com uma pessoa feliz e bem, não pulando de casa em casa de dois solteirões.
Se pelo menos tivesse uma chance de Eijirou amar ele, ele ficaria, ficaria pra começar tudo direito, começando pelos encontros e indo lentamente com tudo, mas não tinha, Eijirou deixou claro que não gostava dele, e ele não podia ficar num país, por causa de uma pessoa que não o amava e ainda prejudicar essa pessoa.
[...]
- Liga mais uma vez, porra. - Mina resmungou, vendo o amigo
- Ele já deve ter embarcado. -
- Liga e deixa mensagem de voz pra ele, pelo menos você disse. - Resmungou, ainda bêbada e brincando com os dedos.
Deu ombros, é, que se dane, ia aceitar o conselho de uma bêbada. A chuva tinha passado, e o sinal voltado, não custava tentar mais uma vez.
Apertou em ligar novamente, esperançoso.
[...]
Bakugou escutou o celular tocar e vibrar no bolso de sua calça, soltou a mala de rodinhas, levando a mão para pegar o mesmo.
- Baku! - A voz infantil soou, e ele olhou pra trás vendo Sakura correr em sua direção e pular pro colo dele em seguida, fazendo ele largar a ideia de atender o telefone e pegar ela no colo.
- Oi...
- Eu te desculpo, viu? Eu gosto de dormir na sua casa e você me dá brinquedo bom, não quero que você vá embora, eu desculpo você! - Ela Exclamou, se lembrando que aquele dia na prisão ele pediu pra ela o desculpar e ela deu um belo não na cara dele.
Bakugou sorriu, abraçando ela, ele tinha conseguido o perdão dela, finalmente ela desculpou ele, sem a interferência de Eijirou, por pura vontade.
- Obrigado. - Ele disse, passando a mão no cabelo dela. - Mas... eu não posso ficar pirralha, eu vou fazer mal pro seu papai. -
- Ele é másculo, ele aguenta. - Ela resmungou, ela não estava brava com Bakugou pro ir, se ele tava fazendo isso pensando em Eijirou, ela não sentia raiva, mas ainda sim, ela não queria.
- Ele é másculo, mas tenho que facilitar as coisas pra ele, né? - Desceu ela.
- Volta pra me ver?
- Volto sim. - Beijou a testa dela, antes de Mitsuki a pegar no colo novamente, pro filho poder ir embora e embarcar.
Bakugou então, caminhou com o coração na mão para poder embarcar, se esquecendo de verificar quem havia lhe ligado e deixado uma mensagem de voz.
Passou a mala, subiu os corredores até perder a família de vista e entrou no avião, se acomodando na cadeira da primeira classe, olhando o local de decolagem, retirou o celular do bolso, ignorando as notificações e colocando no modo avião, antes que se esquecesse.
A imagem se Sakura correndo até ele lhe voltou a cabeça, fazendo ele querer chorar. Se pelo menos tivesse uma mísera chance de Eijirou o amar..
Acabou então.
•••••••••••••
"Vish kk"
(Perdão se a leitura de alguém foi atrapalhada, eu tive que tirar a pública pra arrumar uma coisinha)
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