15-Separados
As coisas não estão nada boas amorehs, e acreditem, só vão piorar pra geral nessa Fanfic. Todo mundo vai tomar no cu e se fuder, ninguém está a salvo, nem as kids 🤡
Não me matem nós próximos, (alerta: teremos mais mortes, e dessa vez, bem mais pesado.)
-NÃO PODEM FAZER ISSO!- Bakugou gritou olhando para a cara da assistência social que estava na porta da casa de Kirishima.
-Aquilo não foi culpa dele!- Denki ponderou. Ele também estava na casa do amigo. Pronto para defendê-lo, mesmo que isso significasse deixar as coisas pendentes em casa e ir com os filhos pra casa do amigo. -Ele estava na minha casa me ajudando! E deixou ela com dois adultos!
-E o fato dele ter deixado ela pegar uma doença de um cachorro de rua? De ela já ter sido expulsa da escola? De ter explodido um coleguinha? E de ter ficado com bronquite em pleno verão? Está claro que ele não está cuidado devidamente dela. Ela ficará melhor com um pai e uma mãe, em um lar... normal. -- A assistente disse.
-Você quer dizer normal ou hetero, sua filha da puta? - Bakugou respondeu. - Sabemos que estão no pé dele por ele ser gay! Existem crianças que são mil vezes mais mal tratadas em famílias hétero e vocês cagam alegando que não é o suficiente! E o Eijirou cuida muito bem dela! Vocês puderam perceber isso quando viram aqui!-
-Escolas boas, viram que ela tem roupas boas! Que ele nunca nem se quer bateu nela!- Denki também foi defender o amigo. - E que mesmo sendo um herói ele está presente na vida dela! Ela mesma disse isso! Não podem arrancar uma filha de um pai!- Disse passando a mão pelas costas de Aika, essa que estava no sling, bem grudada nele, e dormindo pacificamente, os sons não a atrapalhavam nisso.
-Ele não é pai dela. É só o cara gay que esteve cuidando dela. E que claramente não soube dar limites.
-É LÓGICO QUE ELE É PAI DELA! ELE CUIDA DESSA MENINA DESDE QUE ELA NASCEU, DE CORPO E ALMA. ELE A AMA MAIS QUE TUDO, CARALHO! - Bakugou gritou irritado.
Enquanto a confusão se fazia na porta, dentro do quarto de Sakura estava rolando uma verdadeira cachoeira, de tantas lágrimas. Duas semanas após o sumiço dela, Eijirou estava tendo que se despedir.
Eijirou foi na intimação, levou Sakura e enquanto ela era interrogada por uma mulher ele viu os fatos que estavam levando o governo a querer tirar ela dele. A primeira sessão seria em um mês, diante do juiz. E a assistência pediu uma retirada provisória, alegando que Eijirou não podia continuar com ela. Infelizmente o pedido foi aceito 10 dias depois, e deram 3 dias para Eijirou arrumar as coisas dela. E agora 14 dias após tudo aquilo ele estava lá, agarrado com ela chorando.
-E-eu... nã-não vou sumir mais..- Ela se esfregou no colo de Eijirou. -Na-não de-deixa papai..eu nã-não quero ter outro pai...- Eijirou a abraçou mais forte.
-Não vai ter outro pai...eu te prometo. E-eu vou te buscar. - Beijou o topo da cabeça dela.
Mina olhou com dó enquanto guardava a última peça de roupa na mochila dela. Ela jurava que iria tacar seu ácido no cú do juiz que aprovou aquilo.
A contragosto, Eijirou se levantou com ela no colo para entregá-la à assistência social. O coração estava doendo de uma forma tão intensa que nem podia descrever. Pegou a mochila que Mina o entregou e chorando ele deu passos para fora do quarto. Porque justo com ele? Porque? Aquela criança era basicamente sua única família. Não podia perdê-la assim como perdeu os pais e os irmãos.
Porque todos que ele amava saiam de perto de si? Primeiro foram os pais que o rejeitaram assim que se assumiu. Os irmãos foram se afastando aos poucos até sumirem. Bakugou em seguida e agora a filha dele também estava indo embora.
Quando menos se deu conta já estava na porta, com a assistente o olhando seria. Percebeu que Bakugou estava segurando as lágrimas enquanto o olhava e olhava a menina. Denki estava claramente revoltado com toda a situação. E Sakura tratou de segurar mais forte o pescoço do pai enquanto encarava a assistente.
-Mo-moça, e-eu vó-vou ser obediente, m-me me deixa com o me-meu pai. - Pediu.
-Tá vendo! Ela não quer ir caralho! -Bakugou disse.
-Por favor..- Eijirou pediu olhando para a assistente.
-O senhor Kirishima vai poder ir te ver 3 vezes por semana. - Ela disse olhando a criança. - E lá vai ter muitos brinquedos pra você brincar, hein?-
-Não quero. Que-quero meu pai. - Agarrou mais ainda Kirishima e virou o rosto o escondendo no torso do pai. -E-eu não sa-saio mais so-sozinha. Fala pra ela papai, fa-fala que eu jurei de dedinho qu-que vou comportar. - A mulher suspirou, já ficando irritada com a situação.
-Senhor Kirishima, me entregue ela. - Pediu. Ele sabia que se não fizesse o motorista que estava no carro da assistência iria arrancar Sakura dele à força. E sentindo uma dor cada vez mais profunda ele se abaixou e colocou ela no chão. Porém ela continuou agarrada ao pescoço dele.
-Não papai, de-de-culpa. - Era perceptível o desespero na voz dela, enquanto tentava voltar pro colo dele.
Denki não aguentou e virou o rosto chorando. Aquilo era tão injusto com Kirishima.
-Vem, vamos. - A mulher tentou puxar a menina pelo braço, mas o que quase conseguiu foi um chute que Sakura direcionou a ela assim que sentiu a mulher encostar em si. -Sakura..precisa vir.
-Não! Papai..fo-foge do país co-comigo papai.- Eijirou fungou a ouvindo.
-Sakura, eu vou te buscar, ok? Por favor, seja obediente e vai com a moça. - Pediu enquanto tirava o braço dele do pescoço dele.
-Puta merda..-Bakugiu resmungou chorando ao ver a cena.
A mulher então aproveitou a oportunidade e segurou o braço de Sakura a puxando para trás. Eijirou se levantou e a entregou as duas mochilas da menina. Uma com roupa e alguns brinquedos e a outra com material escolar e sapatos. Eijirou não sabia dizer o quanto aquilo estava doendo. Sentiu a mão de Katsuki segurar a sua mão. Ele sabia que o loiro estava chorando com toda a situação, porém estava se contendo por não se achar no direito de se expressar.
-Bom, vamos. - A mulher disse tentando levar Sakura, essa que tentava se soltar da mão da mulher. Mas como o outro braço estava fudido ela não conseguia grandes coisas. A única coisa que pensou em fazer foi explodir o rabo daquela mulher. Juntando a ideia, a indignação, o desespero e o sangue Bakugou, não demorou muito pra ela empurrar a mão pra bunda da mulher e soltar uma mini explosão lá. -AÍ!- A mulher exclamou soltando o braço dela e sentindo a bunda arder.
-NÃO QUERO IR PAPAI!- voltou pra Kirishima se agarrando a roupa dele. - SE CHEGAR PERTO DE MIM DE NOVO EU VOU EXPLODIR A SUA CARA FEIOSA!- Ameaçou olhando de modo desafiador para mulher. Essa que tentava se recompor e tampar as nádegas, já que a explosão queimou a roupa, até a íntima.
-Sakura..- Eijirou chamou a pegando novamente no colo. Pra completar ele iria ter que colocá-la no carro. Ela não ia ir assim de bom grado, e tentassem levar a força ela ia revidar na força também. Sem dizer nada ele começou a andar em direção ao carro com ela.
-Não papai! Não! A-a gente foge pro-pro México! Não me entrega pra eles! De-de-culpa! - ela balançava as pernas e tentava impedir o ruivo, esse que chorava ao ponto de soluçar. Era tão dolorido ter que a levar ouvindo ela berrar e espernear.
-Vai ficar tudo bem...vai ser só um tempinho, tá? - Acariciou os cabelos dela. -Agora eu preciso que se comporte, ok? Se não, aí que eles não me deixam ficar perto de você mesmo.
-Se eu não bri-brigar com ninguém, eles me deixam voltar?- Perguntou chorosa.
-Vai ajudar..- Ela fungou o nariz chegando perto do carro. A mulher tratou de ir até ele e abrir a porta pra ele colocar a menina.
Sakura olhou pro banco do carro e em seguida para Eijirou, com os olhos implorando para que ele não fizesse aquilo. Ele a olhou e apenas beijou o topo da cabeça dela, se abaixou e a colocou no banco do carro. Ela não protestou, apenas se encolheu chorando.
-Sakura..- Chamou e ela o olhou. Ele levou a mão até às bochechas dela alisando com o dedão e limpando as lágrimas. - Eu te amo, tá?
-Tambem..- Ela resmungou.
[...]
O caminho de carro se deu com a menina chorando alto e soluçando. Sakura queria fazer os tímpanos daqueles filhos da mãe doerem.
Ao chegarem no local ela permaneceu calada. Não foi levada a um orfanato, e sim a uma sede da assistência social. Só iria pra um orfanato se sua guarda realmente fosse tirada de Eijirou.
Quando chegou lá não conversou com ninguém, só ficou com uma bela cara de brava, o que fez as crianças que estavam ali nem mesmo chegarem perto dela. Era como se ela estivesse planejando um homicídio a todos ali.
-É aqui que vai dormir. - A mulher disse mostrando um quarto com 6 camas, todo branco e com as camas amarelas e laranjas. -Gostou?
-....- Sakura a olhou torto e basicamente marchou até uma das camas se jogando em cima dela.
-Pode colocar suas coisas no armário..- Novamente um olhar torto e psicopata na direção da mulher, a fazendo até mesmo engolir o seco. Aquela criança parecia estar pronta para matá-la estrangulada. -Olha...sei que está brava por ter vindo pra cá, mas vai ver que é legal..- Se aproximou e se sentou na cama, próximo a garota. - Não pode ser tão ruim assim..
-Já te tiraram do seu pai por algum acaso?-. A pergunta foi seca e repleta de ódio. Era capaz uma criança de 4 anos ter todo aquele ódio dentro de si? Acenou um não com a cabeça. -Então você não pode falar que não é ruim, sua ridícula. Você não tem noção de como é ruim! E quer saber? Tomara que você morra queimada viva, pra depois eu rir em cima do seu caixão. - Aquela criança deveria ter o capeta dentro do corpo, só podia. Todas as palavras foram ditas com seriedade e ódio, como um verdadeiro psicopata.
-Eu vou deixar... você descansar. - Sorriu forçado e saiu do local. E foi só ela sair pra menina desfazer a cara de raiva e começar a chorar e se encolher na cama. De uma coisa ela tinha certeza, sua mãozinha estava formigando pra bater naquelas ridículas. Nem ela sabia de onde vinha aquela raiva e pensamentos. Seu pai nunca lhe ensinou isso. O que importa?
Se não a devolvessem pro pai ela iria tacar fogo naquele prédio, isso sim.
[....]
Estavam deitados juntos na mesma cama. Eijirou chorando no peitoral de Bakugou.
-Precisa se acalmar Eijirou..eu já disse que te dou o meu advogado, ele é o melhor. -
-E se não adiantar? Eu-eu sou um cara gay... puta merda! Se eu tivesse casado com uma mulher isso nunca estaria acontecendo!-
- Não é você que tinha que ser diferente! São eles! E outra, você é um herói, e tem o Deku que é o herói número um que já disse que vai falar a seu favor no tribunal, eu também e todos os nossos amigos. Puta merda! Vão ficar sem provas pra tirar ela de você. Além do mais, a merda da bronquite foi por conta minha, as explosões e consequentemente a expulsão da escola. -
-Mas eles não sabem que você é o pai dela..- Resmungou e Bakugou engoliu o seco. -Bakugou..posso te pedir uma coisa?
-Claro.
-Se... se não devolverem ela pra mim... adota ela? E-eu nã-não quero ela com alguém desconhecido e..e...poha! Tu passou no meu teste nesses meses...e..- A voz voltou a se embaralhar com o choro.
-Eiji, ela vai voltar pra você. Eu tô dizendo poha. Confia em mim... isso não vai ser necessário. -
Eijirou ficou quieto, apenas se acomodando no calor do abraço alheio. Não ia acontecer nada extraordinário né? Seu advogado iria trazer sua filha de volta. E se não trouxesse algum dos amigos iria adotá-la, né? O casal Tododeku se dispôs, visto que eles quase a adotaram inicialmente. Ia dar tudo certo, né? Tinha que dar.
Se acomodou ainda mais no abraço da Bakugou. E...por falar nisso o que estava acontecendo entre os dois? Amizade?
Ele tinha começado a pensar nisso antes de Sakura desaparecer. Toda vez que ele pensava em relacionamento ele pensava em Bakugou. Chegou a pensar que podia ser porque foi a última pessoa com quem ele se envolveu sério.
Mas agora ele não tinha cabeça pra pensar nisso direito. Ele respirou fundo olhando o loiro.
Não queria pensar nisso, nem queria chegar a conclusão que podia voltar a gostar dele. Ele confiava em deixar o loiro com Sakura, e voltaram a ser amigos, mas só. Ele se negava a se permitir sentir algo pra alguém que me tou por meses pra ele e não foi honesto.
-Tudo bem?-Bakugou o perguntou alisando os cabelos dele. -Confia, vai dar tudo certo.- O ruivo apenas acenou um sim com a cabeça.
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