Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Casamento Perfeito

Depois de almoçarem, Júlio levou Rodrigo ao escritório, montado ao lado da sala, justificando terem assuntos da empresa para resolver. Sara e Laura retornaram a sala de estar, observando os gêmeos brincarem enquanto conversavam animadas.

Sara ouviu fascinada tudo que se passou na vida de Laura desde que se formou no colegial. A amiga contou que casou com Júlio há sete anos, trabalhava como decoradora de interiores e não via a hora de segurar o filho que crescia em seu ventre, um menino que aumentaria a alegria do casal. Riu quando a Laura narrou todas as loucuras que Júlio cometeu nos últimos meses, para atender os desejos que ela tinha no meio da noite, e os ataques de choro que, às vezes, incomodavam a própria Laura.

Em certo momento, quando a conversa era em tom de total descontração, Sara fez a pergunta que povoava sua mente.

— Porque não me visitou no hospital? Ou no apartamento do Rodrigo?

Sem graça, Laura desviou os olhos para os filhos, que brincavam alheios a conversa dos adultos, antes de responder com voz triste:

— Um ano atrás discutimos e você me pediu para nunca mais cruzar seu caminho — Laura secou as lágrimas que começavam a embaçar sua visão. — Desculpe, ando muito sensível nessa gravidez. A dos gêmeos foi bem mais tranquila.

— Entendo que esteja sensível, mas poderia me dizer por que brigamos? — perguntou Sara notando a tentativa de que Laura em mudar o foco da conversa.

— É complicado explicar...

— Lau, por favor, me ajude — suplicou a ruiva segurando as mãos da amiga entre as suas, seus olhos fixando-se nos dela. — Desde que acordei no hospital, sem lembrar os últimos dez anos, vivo cercada de dúvidas, sobre meu estranho casamento, o rumo que tomei na vida, até mesmo sobre quem eu fui. Por favor, me ajude!

— Você me acusou de ser amante do Rodrigo — Laura despejou em um só fôlego. — Mas não sou, juro. Amo o Júlio, jamais faria isso com ele... Com você... — explicou desesperada, a voz falhando, tentando controlar a imensa vontade de chorar.

As crianças viraram confusas para as adultas, ao que Sara sorriu para acalmá-las. Pareceu surtir efeito no menino, que voltou a se concentrar no carrinho, mas a pequena Ana continuava a observá-las com curiosidade.

— Tudo bem! Acredito em você! Não fique nervosa — disse para acalmar a amiga, que a encarou surpresa.

— A-acredita?

— Lógico — confirmou com um sorriso. — Sei que ama o Júlio e que não o trairia. Mesmo que fosse pelo Rodrigo que, vamos combinar, é lindo, mesmo sendo tão chato às vezes. — Sara piscou travessa e Laura riu, como a ruiva havia esperado. Tinha de aliviar a tensão da amiga, e afastar a curiosidade de Ana, antes de continuar. A pequena, sorriu diante da risada da mãe e voltou-se para brincar com o irmão. — Lau, quais motivos eu usei para acusá-la de se amante do Rodrigo?

Laura mordeu o lábio. Querendo ajudar Sara, e recuperar sua amizade, decidiu ser sincera.

— Estávamos os quatro na sala do Júlio. Você elogiou a decoração que eu fiz na sala dele, e disse ser melhor que a do seu marido. Foi quando me ofereci para decorar a do Rodrigo. Nessa hora você se jogou sobre mim, começou a me bater, xingar e acusar de coisas horríveis, como querer me aproveitar para fazer coisas com o seu marido. Rodrigo e Júlio te seguraram, mas você não se controlava e tive de ir embora — relembrou Laura com tristeza. — Esperei uma semana antes de te procurar, na esperança de que tivesse se acalmado. Fui visitá-la, junto de Júlio, para me explicar, dizer que só queria ajudar. Mas, assim que nos viu, você se descontrolou e jogou vários objetos na nossa direção. Nos expulsou e gritou que se me visse outra vez perto do Rodrigo me mataria. Depois disso não nos falamos mais — Laura finalizou, deixando Sara chocada com seu relato.

— Houve algo que explicasse minha atitude?

— Antes da nossa briga, você discutiu com a Isabel e se distanciou da sua madrinha. Disse que eram falsas e queriam ver o fracasso do seu casamento. — Laura apertou as mãos sobre o colo. — Acontece que, tanto eu quanto Júlio, a aconselhamos a recusar o pedido de casamento do Rodrigo. Durante a discussão, você disse que eu era pior que elas, que sempre desejei o Rodrigo e que por isso pedi para não casarem.

— Briguei com a Isabel também? — Viu Laura confirmar com um movimento de cabeça. — E porque me aconselhou a não casar?

Laura fixou o olhar temeroso em direção à porta do escritório ao responder.

— Você o amava demais. Nunca a vi tão louca de amor por um homem, mas o Rodrigo...

A porta do escritório abriu-se, Rodrigo e Júlio saíram conversando e Laura se calou, deixando óbvio que não diria mais nenhuma palavra dali em diante.

Sara segurou a vontade de gritar tamanha a sua desesperança. Estivera tão perto de montar o quebra cabeça que era seu casamento, agora só tinha mais perguntas sem respostas.

~*~

No caminho de volta para o apartamento, Rodrigo relembrava a conversa com Júlio. O sócio apontou um nome para a pessoa que encheu a mente de Sara de mentiras: Karen.

Também cogitou o nome de Karen a princípio. No entanto, logo o descartou, sua secretária e Sara viviam se estranhando. Além disso, o que Karen ganharia? Mesmo que se separasse de Sara, jamais teria nada com ela e por diversas vezes - mas do que gostaria - deixou isso bem claro.

Respirou fundo com frustração, de tudo que falaram o que ficou nítido era que precisava ter uma conversa séria com Sara. O que diria e como diria ainda não estava muito claro em sua mente. Essas dúvidas foram tiradas de suas mãos quando, ao entrar no apartamento e trancar a porta, teve a passagem bloqueada pela própria.

— Júlio e Laura tem sorte, a felicidade deles é visível, um casamento perfeito — Sara comentou o encarando concentrada. — O nosso nunca foi assim, não é? — questionou de braços cruzados e expressão determinada.

— Não — confirmou simplesmente.

Decidiu que era hora de deixar de fugir do assunto, até porque Sara não parecia disposta a deixar que o fizesse.

— Ah, agora decidiu ser direto. — Riu sem humor. — Sabe o que é pior? Enquanto me via cercada por uma família de verdade, me dei conta de que não formei uma. Porque não temos sequer um filho? Temos algum problema por acaso?

Mesmo desejando responder que o único problema tinha sido ela, Rodrigo se controlou e retrucou sem querer entrar em maiores detalhes:

— É complicado explicar.

— Complicado por quê? Você parece adorar crianças e eu sempre quis uma família enorme.

— Verdade?

Percebendo que ele se surpreendeu com suas palavras, Sara deixou o desanimo domina-la.

— Tenho a impressão que fui outra nos dez anos que esqueci — reclamou nervosa, uma bola se formando em sua garganta devido a crescente vontade de chorar. — Casei com um homem que é o oposto de tudo que sonhei; afastei minhas amigas; todos acham que vivo por você; não tenho nem os filhos que desejei após casar — pontuou em meio às lágrimas. — Que tipo de vida eu tinha?

Sem conseguir se conter, Rodrigo a abraçou forte contra o peito e depositou um beijo leve na bochecha salgada.

— Nosso casamento não era perfeito e, confesso, sou o maior culpado. — Acariciou a face dela com carinho. — Não sei o que a fez gostar de mim, mas estou disposto a reconquista-la, merecer o seu amor. Só preciso que aceite dar uma chance a nós dois e, a partir de hoje, deixar o passado onde ele está, recomeçarmos do zero — propôs deslizando as mãos pelas costas dela de leve.

Sara o encarou pensativa. Podia ser só impressão, mas achava que ele só fez aquela proposta para acabar com suas perguntas a respeito da relação que tinham.

— Tudo bem — concordou por fim, e, para a surpresa de Rodrigo, se desvencilhou de seus braços. — Vou descansar, foi um dia carregado de emoções, algumas boas e outras nem tanto.

Enquanto falava deu as costas para o Montenegro e marchou para seu quarto sem olhar para trás.

Estava cansada de buscar soluções em seu passado e não via problema em tentar recomeçar. Só que isso não significava que correria ansiosa para os braços dele, mesmo sendo seu marido, beijasse muito bem e fosse extremamente bonito.

Se Rodrigo queria reconquista-la: boa sorte. Ela começaria do zero - como ele pediu - tomando decisões que beneficiasse sua própria felicidade, e obteria isso com ou sem o Montenegro do seu lado.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro