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XXIII.

Amedrontada. Sinto-me dominada pelo medo em uma intensidade que não sentia desde o dia que meus pais me jogaram neste lugar. Mais do que quando estive frente a frente com Heloise e suas discípulas prestes a me colocar a sete palmos do chão. O medo que me corrói dessa vez não esta ligado somente ao temor de ser machucada, meu medo se estendia a possibilidade de perder Justin, o meu fantasma com os olhos cor de mel mais bonitos que já devem ter sido vistos em todas as dimensões desse planeta. O dono de um amor que floresceu no campo seco que era o meu peito, amargurado, senhor dos desejos que me faziam esfregar as coxas só de pensar em casa pecado que cometemos onde os olhos dos outros não podiam nos pegar. 

Como poderia desistir disso. Dele. De nós. Como eu poderia nos quebrar a fim de libertar criaturas tão infames. Talvez fosse finalmente meu carma batendo a porta e pondo-me para encarar a realidade, o mundo que me esperava, um mundo em que as paredes de Chermont teriam ruído em labaredas e ele desaparecido.

Era sim o mais correto a se fazer, o que o senhor Mills havia dito em sua carta fazia todo o sentido, mas e se houvesse outra forma de resolver isso? Precisava haver outra forma de consertar o que Heloise havia começado. 

Os dedos magrelos e rosados de George estralam a frente do meu rosto chamando minha atenção, ergo o olhar ele tentando entender o que balbuciava a minha frente. Estava dispersa e sonolenta, após a aparição de Leslie no quarto, não consegui voltar a adormecer. Por medo, e por que cada vez que fechava os olhos via as orbes cintilantes daquela diaba. Como ainda não tinha conseguido me matar, ela estava disposta a me enlouquecer de uma vez por todas, Tadeu Cross certamente a agradeceria por isso.

—O que disse sobre a carta? — sibilou vagarosamente. 

— Que o zelador disse que o único jeito de resolver isso é ateando fogo no casarão. — respondi acanhando-me com a naturalidade que aquilo saiu da minha boca. 

O ruivo crispou os lábios e balançou a cabeça de um lado para o outro fazendo seus fios cor de cobre se moverem. George parecia levar qualquer coisa que o contasse muito naturalmente. Transo com um fantasma da casa. Ele: uau, e a foda é boa? . Tem um espírito vingativo querendo acabar comigo. Ele: e como ela é? Me conte mais. Nos estamos fodidos, uma das nossas amigas pode estar possuída. Ele: Leslie nunca foi nossa amiga, tem mais é que ser levada para as profundezes do inferno. 

— Isso é um pouco radical, não acha? Tudo bem, entendo que tem uma alma penada e outra andando por aqui. Mas se queimar o casarão, como todo mundo vai ficar? — me encolhi na mesa apoiando a cabeça na madeira. 

— Eu realmente não sei, olha pra mim George, eu não posso tomar uma decisão dessas. — choraminguei, teria corrido de volta par meu quarto se não tivesse a chance de dar de cara com Leslie, Heloise ou sei lá. — Se eu não fizer alguma coisa e mais alguém se machucar? 

— E se você fizer e nunca mais ver o fantasma bonitão. — apoio o queixo na mesa o olhando, queria chorar. — Sinto muito.

— Eu também. — estava prestes a dizer algo mais quando senti um sopro na nunca, quente como uma brisa do inferno. Sigo o olhar de ferrugem encontrando a cabelo de água de salsicha atravessando o saguão como se não tivesse ameaçado acabar com todas as minhas gerações na noite passada. — Promete que vai tomar cuidado enquanto não decido o que fazer, fique longe dela o máximo que puder. — encaro meu amigo engolindo em seco, o ar ficava pegajoso com ela por perto. 

—Não é comigo que deveria se preocupar. — volto a fitar a direção que tomava sua atenção. Ela falava com Tim, passa os dedos longos em seu pescoço e arranca um sorriso dele. 

Meu estômago se revira. Não é ciúmes, meu coração pertencia a outro. Contudo, podia jurar que a energia dela sobre ele era palpavelmente maligna. 

Meu café da manhã fica a mesa, dessa vez estou tão atordoada que nem mesmo sinto fome. Espero o horário do café da manhã se findar e aproveito que Leslie deixa Tim a sós para tentar me aproximar. Caminho em passos rápidos o alcançando antes que deixe a cantina e sou automaticamente fuzilada pelo par de olhos azuis. 

— O que quer Sabine? — ríspido, ele evita me encarar. 

— Preciso falar com você, será que pode me ouvir?

— Não. — disse simplesmente me dando um sorriso amarelado. — Já deixou bem claro que me quer longe e não me suporta, então me da um tempo do seu drama.

— Tim, é sério. 

— Isso é sério também. Eu entendi o que disse aquele dia e agora quem quer ficar em paz sou eu. 

E sem dizer mais nenhuma palavra ele se virou e saiu pisando forte para longe de mim. Tim não iria me ouvir, ele nem mesmo tinha motivos para me dar atenção, todavia, a nossa briga não podia o colocar em perigo. 


[...]


Pela primeira vez desde que tinha colocado os pés em Chermont estava satisfeita por er minhas unhas cobertas por terra úmida. De volta a horta, me sentia mais calma, como se as paredes de folhas fossem o suficiente para me proteger de tudo que estava acontecendo. Jogo um punhado de cenouras na cesta e volto a em ajoelhar para pegar tomates, a terra estava fofa graças as chuvas dos últimos dias, facilitava o meu trabalho, apesar de deixar-me cinco vezes mais suja que o normal. Limpo as mãos no jeans surrado mesmo. 

Respiro fundo, o suficiente para sentir que ele estava em algum lugar ali, me observando. Olhos para os lados a procura da sua figura, e ali no canto a alguns metros de mim, perto de uma figueira que não dava mais que galhos secos estava ele. 

Beijo seus lábios esquecendo completamente que poderiam me ver atracada com o ar, estava exausta demais para me preocupar com isso. De louca a assassina, do que mais poderiam me chamar? Aspiro seu cheiro outra vez apoiando a cabeça em seu peito antes de nos sentarmos. 

— Aquece meu coração quando demonstra tanto afeto ao me ver minha menina. — diz acariciando meu rosto. 

— Parece que só consigo respirar de verdade quando esta por perto. — admito cruzando nossos dedos, sua mão estava menos gelada do que me lembrava, talvez fosse impressão minha. — Posso te pedir uma coisa? 

— De certo que sim, o mundo, o que quiser. — o par de olhos cor de mel me encararam, daquela forma cheia de carinho e adoração. 

— Fique de olho nos meus amigos, acho que Leslie ou Heloise...algo ruim pode acontecer. — senti um nós se formar em meu estômago. — Eu posso sentir que ela esta planejando algo, por favor Justin. 

— Se acalme milady, tenha certeza que vou fazer isso. — beijou-me a testa e apertou meu tronco contra o seu — Heloise vai nos deixar em paz, nem que eu tenha que me atirar na escuridão com ela.

— Não diga isso, quero que fique aqui comigo. Para sempre. 

— Se me permitirem em ficarei, e um pouco depois disso. 

Quis o beijar outra vez, mas passos afoitos zanzavam pela horta nos ponto em alerta. O jovem rapaz desapareceu da minha vista e o rosto de Catalina surgiu por cima da parede de plantas me encarando. Os olhos cerrados e uma ruga no meio da testa, como se soubesse de algo que eu não podia a dizer em voz alta. 

— Termine seu trabalho e vá para dentro, logo vai chover. 

— Sim, senhora. — respondi levantando do chão, dez vezes suja de lama agora. 


[...]


A tormenta que o céu revolto anunciava não veio, as nuvens cinzentas e densas faziam a noite se aproximar mais rapidamente, no entanto, uma chuva fraca e birrenta caía por todo o terreno e floresta a dentro. Poderia ser uma daquelas chuvas que indicavam o final de uma temporada, torcia para que fosse isso, precisava ver o sol logo, ou iria sucumbir aquele clima. 

Prendo o cabelo com um elástico velho, ainda que esconder minha terrível aparência fosse uma bela opção estava sem a menor paciência para brigar com a escova. Ajeito o casaco puído nos ombros, não conseguia encontrar meu único moletom em lugar algum, ótimo dia. Após um bom banho, quente e frio pois aparentemente a água quente decidiu acabar no instante em que me cobri de sabonete, estava desperta, ainda cansada, mas definitivamente sem sono. 

Encaro a gaveta, meus dedos formigam com o desejo de abrir aquela gaveta e pegar o diário. Já havia lido tantas páginas que podia jurar que ainda faltava algo para descobrir, ou apenas voltava  a pensar em uma saída, como se Heloise tivesse deixado alguma pista de como dar fim na sua existência abominável. 

É quando tenho um lampejo e vejo quase a frente dos meus olhos o que poderia ser uma solução. Salto da cama calçando o par de tênis desajeitada enquanto atravesso o corredor disfarçando minha corrida cada vez que esbarro em alguém. Queimar a casa até virar as cinzas parecia radical demais, no entanto, eu poderia me livrar de outras coisas. Desço as escadas sem muito cuidado para quem já havia rolado degraus abaixo algumas vezes, mas dessa vez estou tão determinada que faço o caminho como se não houvesse perigo. 

Sigo pelo longo corredor até alcançar a porta que levava a mais um lance de escadas, onde poderia encontrar o porão, logo o local que havia jurado que não iria outra vez sozinha. Estava escuro. Volto duas portas do corredor anterior surrupiando a vela de um altar, provavelmente da sala de alguma das freiras, era melhor do que nada afinal. Os desenhos das paredes parecem ainda mais horripilantes á luz da vela, tenha a impressão de que as marcas de garras eram novas, como se fato alguém tivesse sido arrastado pelas paredes bolorentas. 

Prendo a respiração apressando o passo. Empurro a porta com dificuldade e ela arranha o chão ao ser aberta. O local continuava tal como da última vez, pelo jeito, só eu era estúpida mesmo pra ir a lugares como aqueles sozinha. Deixo a vela em um candelabro enferrujado e me aproximo das caixas puxando os lençóis que as cobriam. Evito olhar o espelho dessa vez, pela minha própria segurança arremesso o lençol amarelado sobre ele. Sigo para a mesa onde George havia encontrado os recortes na primeira vez que estivemos ali, pistas. 

Recolho tudo que encontro sobre as garotas, além de manchetes de jornais haviam peças de roupas em caixas, objetos e acessórios, escovas de cabelo e até mesmo um anel com uma pedra quebrada, não fazia ideia de quem era, mas iria tentar a sorte. E por fim, o baú com as iniciais HC. Tento empilhar tudo dentro de caixas de madeira que estavam no canto com algumas latas, dessa vez ignorando completamente o barulho. 

É pesado, céus, parece que estou levando o corpo de um adulto quando começo a arrastar tudo para fora do porão, a vela ameaça apagar, pendurava pelo candelabro, só com um milagre conseguiria subir com aquilo pelas escadas. 

Grunhi sentindo meus dedos sendo esmagados pelo madeira do caixote, faço força tentado chegar na metade do corredor sinistro, quando ouço passos. Ótimo, estava prestes a ser pega. Dou a volta na tentativa falha de esconder, a caixa dá um solavanco e caio com tudo no chão de madeira coberto com um camada nojenta de sujeira e sabe-se lá mais o que. 

— O que em nome de todos os fantasmas que andam nesse casarão você esta fazendo maluca? 

É George, para o meu alívio. 

— Caramba, quase me matou de susto! — me levantei sem sua ajuda e o encarei. — O que esta fazendo aqui?

— Fui te procurar e me disseram que veio correndo para essas bandas, então eu pensei: ela foi se meter em confusão e resolvi vir ajudar. 

— Obrigada. — fiz uma careta querendo rir da situação, deveria mesmo dar mais valor a amizade do cabelo cor de cobre do que apenas achar um safado sem pudor. — Preciso levar isso lá para fora.

— E o que pretender fazer com isso?

— Queimar. 

Ele não fez mais perguntas, se havia uma coisa que Kutchinsky sempre fora é engenhoso, diante de tudo que havíamos discutido durante o café da manhã, era bastante notável o que pretendia com aquilo. 

Com sua ajuda, foi possível subir os lances de escada e arrastar a caixa pesada pra fora, ainda nos tomava bons suspiros pelo pesa, por outro lado chegamos a parte dos fundos do casarão sem nenhum contra tempo. Dessa vez invés do caminho para a casa do zelador tomavamos rumo da floresta. Não chovia mais, nem mesmo garoava e em meio as nuvens escuras a aurora ameaçava com seus tons alaranjados. 

— Vai anoitecer logo, não é melhor fazermos isso amanhã? — indagou mordendo o lábio já mahucado.

— Não vamos entrar na floresta, tem uma clareira lá na frente, só não quero chamar atenção. — digo em uma careta, meus braço estavam começando a doer. 

— Tarde demais para isso. — ele diz me fazendo olhar para trás, por cima do meu ombro. 

Timothy caminha em nossa direção em passos rápidos, seus olhos azuis estão mais escuros do me recordava, sua áurea parecia enfurecida, apesar da boca crispada em confusão. 

— O que vocês estão fazendo? 

Pergunta nos seguindo ao passo que avançamos em direção a clareira. 

— Agora não Tim, volta para dentro. 

Ele não me escuta e continua no seguindo, parece ter tanta dificuldade em caminhar no lamaçal quanto nós que carregamos provavelmente duas vezes o peso de seu corpo. 

— Não vou a lugar nenhum, tem alguma coisa estranha acontecendo e ninguém me fala. — troquei olhares com George, ele engoliu em seco e negou. — Sasha me disse que Leslie esta possuída e vocês sabem pelo que. 

Até aquele momento eu realmente não tinha motivos para reclamar de Sasha, contudo, que boca grande ela tem. Decido não falar nada até que meus braços não estivessem mais dormentes. Soltamos a caixa no chão ao mesmo tempo, lama espirra para todos os lados. 

Me curvo apoiando as mãos no joelho, recuperando o fôlego e pensando em uma boa desculpa para dar um perdido em Tim que continuava a fazer perguntas, agora a frente do meu amigo que gesticulava exageradamente sem dar uma reposta concreta. 

Meus olhos ardem e os pelos da minha nuca se arrepiam. Agora não. Eu choramingo internamente sentindo o ar ser tomado por uma massa densa e incomoda, parece que só eu sinto isso. 

"Justin, por favor" choramingo mentalmente e algo pesa no meu peito, é quase como se ouvisse sussurrar no meu ouvido que ele não iria me escutar. 

— Timothy! — chamei erguendo o corpo e encarando o rapaz. — Você tem um isqueiro?

Ele inclina a cabeça para o lado como se me perguntasse para que eu precisava de um isqueiro naquele momento. 

— Agora! — me aproximo da pilha e o objeto é arremessado em minha direção. 

Pressiono o polegar contra a pequena engrenagem riscando o isqueiro. Uma, duas, três vezes. Não pega. Praguejo aflita com a energia pegajosa a minha nuca. Tento outra vez, a faísca sobe e uma pequena chama surge na ponta do objeto. Atiro o isqueiro a pilha vendo uma labareda alta se forma, a onda de calor me faz andar para trás tentando proteger o rosto, parece que coisa velha queima mais rápido. 

Um vácuo suga toda a carga enérgica que nos sondava. Os meninos me encaram em silêncio, creio que eles também sentiam aquilo. 

— Funcionou? — indagou George com os olhos fixos nas chamas, eram estranhamente atraentes. 

— O que isso deveria fazer? 

Timothy caminha até ficar ao meu lado.  

— Banir o que possuiu Leslie. 

— Acho que não funcionou. 

Entre as chamas, vislumbrei a figura do outro lado da clareira, nos observando com um sorriso vitorioso, atemorizante



Notas Finais:

Como prometido um capítulo postado antes do ano acabar rs, não revisado, sinto muito pelos erros e frases ou parágrafos confusos. Nos vemos em breve.

Aproveitando o clima de final de ano, desejo a todas (os/es) uma ótima virada de ano, que suas energias sejam revigoradas e possam começar e continuar o ano com o pé direito. E por favor se cuidem e cuidem daqueles que estão a sua volta.

Beijos, Gaby! 


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