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6- Escala da Escuridão: O vigilante oculto


1 ano para o dia da luz

Já decorreram 18 anos desde o último suspiro de 'Lewis Três Dedos' e 'Jack Olho de Vidro'. A Escuridão contínua dentro de John. Hoje, ele, conhece-a melhor, sabe que a Escuridão mostra a sua cara, disfarçada de uma criança quando ele faz apneia.

Em Chicago, um dia esplendoroso se descortina: o sol brilha intensamente, pessoas transitam com alegria nas ruas. No entanto, a luz radiante parece não penetrar certas áreas do hospital, onde dor, sofrimento e injustiça estão quase tatuadas no silêncio das paredes.

Num quarto destinado às crianças, encontra-se Mary, uma pequena de 6 anos, vítima de uma severa hemorragia interna. A versão oficial diz que a menina caiu das escadas. John, ao visitá-la, percebe que ela parece estar se recuperando bem, mas o seu instinto diz-lhe que não foram as escadas que a colocaram naquele leito hospitalar. Sabe que aquilo tem mão de maus-tratos, tem a mão do padrasto.

John saí do hospital, ao seu lado, vai o Mascarado que só se mostra ao próprio. Ele já tem um plano para o Mascarado desaparecer durante uns dias. Nada de grande mestria, apenas algo usual e normal na vida de John.

Passa por casa, veste uma roupa mais adequada ao que vai fazer. Uns Jeans largos, uma camisola de gola alta, um gorro, que só colocará quando chegar a hora. Uma mochila, e está pronta. Sai de casa.

Trinta minutos depois, pode-se ver John, num banco de jardim, aguardando algo. Não se mostra impaciente, lê o jornal. Do outro lado da rua, um homem, de braços fortes, barba por fazer, entra num bar. John dobra o jornal, coloca debaixo do braço. E dirige-se ao bar.

O homem é o padrasto de Mary, Henry Carlton, está sentado ao balcão, um copo de Whiskey na mão faz-lhe companhia. Não será o último, um vai e outro vem, que a sede é muita e as amarguras da vida mais ainda. John está numa mesa, pede uma água, não bebe bebidas alcoólicas nestas situações. Espera pacientemente que Henry, vá ao WC, mas não foi... Henry saí do bar, John segue atrás, pode ser que o apanhe num sítio isolado.

Henry entra num shopping, não é um bom lugar, tem câmaras. Entra no WC, John segue atrás, lá dentro não há câmaras. John tira da mochila uma placa, dizendo "Fora de Serviço. Não Entrar", e coloca-a na maçaneta.

Quando John entra já o homem está junto ao urinol. John verifica se há mais alguém, não há. Coloca o gorro preto, é comprido, afinal, não é apenas um gorro, é uma máscara de esqui. Assim até parece o Mascarado.

John se aproxima de Henry, que está ocupado eliminando o excesso de whiskey consumido. Os cabelos compridos de Henry, desgrenhados e desalinhados, são convenientes para John. Henry tem a mão esquerda apoiada na cintura, enquanto a direita auxilia na tarefa que o trouxe até ali.

Com um movimento preciso e resoluto, John agarra o braço esquerdo de Henry, imobilizando-o. Com a outra mão, agarra-lhe pelos cabelos e puxa a cabeça de Henry para trás, como um jogador de râguebi se preparando para um lance. Num movimento abrupto, empurra Henry contra a parede fria e despiedada do banheiro. A testa de Henry se rasga com o impacto, pintando de vermelho a parede cinza.

Henry tenta resistir, mas John é implacável. O nariz de Henry encontra a parede com um baque doloroso, e o sangue flui ainda mais livremente, tingindo a sua barba desfeita de vermelho. Ele murmura, tenta gritar, mas as palavras se perdem em grunhidos abafados. John, por sua vez, mantém-se silencioso, os seus olhos frios fixavam-se em Henry. O silêncio entre eles é mais ameaçador do que qualquer palavra que possa ser proferida.

John retorce o braço de Henry para cima, forçando-o a se curvar numa tentativa de aliviar a dor. Arrasta-o até o espelho e, ao se ver refletido ali, coberto de sangue, o desespero de Henry aumenta.

— Quem és tu?... — Henry consegue perguntar, mas sua pergunta é interrompida por uma dor aguda no braço. Ele sente que o seu ombro está prestes a deslocar.

— Leva o dinheiro, está no bolso! — grita Henry entre gemidos.

— Quero que ouças bem, estás a ouvir? — questiona John.

— O dinheiro está no bolso, largue-me, por favor! — implora Henry, a voz carregada de pânico.

— Ouve, quero que ouças! Consegues ouvir? — John repete, a voz terrivelmente calma em total contraste com a suas ações violentas. Ele torce o braço de Henry ainda mais, a dor é excruciante.

— Fala, mas solta-me! — Henry, geme.

— O espelho reflete as nossas ações! Entendes? — John declara, sem desviar os olhos de Henry.

— Que merda é essa, não entendo! — Henry balbucia, a confusão é clara na sua voz.

Antes que Henry possa dizer mais alguma coisa, John atira a sua cabeça contra o espelho com força brutal. O espelho se estilhaça, e o reflexo de Henry se perde entre os cacos espalhados. Agora, Henry não pode mais se ver.

— Pergunta ao espelho, o que fizeste?

— O quê? Não entendo, larga-me. Por favor!

— A próxima vez, parto-te o braço? Ouviste?

— Sim, por favor largue-me, eu tenho dinheiro! — disse Henry, sentindo o seu ombro a ceder a qualquer momento.

— Pergunta, ao espelho que fizeste?

— O que fiz espelho?

— Ele não responde, partiste-o, bateste nele... A Mary também não responde, bateste nela. Entendes agora?

— Entendo, eu não volto a tocar-lhe por favor larga!

John leva Henry, que anda curvado, até uma sanita.

— Eu ando por aí, se algo mais acontecer à Mary, desfaço-te. Enfio os pedaços pela sanita abaixo. Entendes? — disse John infligindo dor.

— Entendo.

— Agora ficas aqui 5 minutos a refletir, eu vou estar à espreita.

— Sim, deixa-me em paz...

Após um último golpe brutal contra o sanitário, Henry cai, atordoado e sem resistência. De forma rápida, John remove a camisola de gola alta, apresentando outra branca por baixo. Descarta as luvas e jeans largos, revelando um par de calças cinza que vestia sob a roupa anterior. Coloca um chapéu branco que acabara de retirar da mochila. Todo o disfarce é prontamente enfiado na sua mochila, seguido da retirada da placa de aviso. Naquele momento, o Mascarado que o acompanhava desapareceu.

Quarenta minutos após a sua partida, o WC torna-se palco de um crime hediondo - um assalto com duas vítimas fatais. John não se encontrava mais ali, mas quando as gravações de segurança foram analisadas pela polícia, uma pessoa notou a troca de roupas de John - o fato de ele ter entrado com uma roupa e saído com outra. Este detalhe despertou a curiosidade dessa pessoa, a única a reparar em segredo, o seu nome: Maggie.

Numa viagem a Nova Iorque, por conta das suas obrigações profissionais, Maggie acabou tendo acesso aos arquivos, policiais, de John. As notas da doutora Ana, onde o nome de John estava mencionado, chamaram especialmente a sua atenção. Esta foi a última vez que as notas de Ana foram vistas. Duas semanas após essa descoberta, Maggie encontrou-se com John. Uma festa casual para John, mas não para Maggie.

O peso da consciência, não parece obedecer à lei da gravidade, quando se trata de John. A sua bússola moral é guiada pelo delicado equilíbrio da sua Escuridão interior. Nos últimos anos, ele até estabeleceu uma escala, de 0 a 100, para quantificar essa Escuridão. Uma espécie de barómetro, cuja precisão, segundo o próprio John, é milimétrica. A Escuridão está em equilíbrio, ao se situar entre os índices 40 e 60, sendo 50 o centro.

Quatorze dias após o confronto com Henry, o padrasto abusivo de Mary, John se encontra num evento de arrecadação de fundos. A festa é organizada pelo candidato a Senador, Willis Macguire. Quem o conhece pelos jornais, entende que ele é um filantropo cujas ações humanitárias são o principal motor da sua vida. No entanto, a realidade financeira por trás da generosidade de Macguire é mais complexa. Hoje, 40% do dinheiro arrecadado irá engordar diretamente o bolso de Macguire, enquanto 20% serão destinados ao chefe da máfia italiana, Salvatore Pellegrini, para cobrir os custos relacionados à segurança. O remanescente é dividido entre as instituições de caridade. Essas instituições, por sua vez, possuem inúmeros funcionários e voluntários que também têm de ganhar o seu. Depois de tudo, o que realmente chega às mãos dos necessitados é uma quantia bastante irrisória. Entretanto, isso não é problema para Macguire. Ele tem a habilidade de multiplicar essa ninharia por inúmeras páginas de jornais, repletas de boas ações. Macguire, numa entrevista, até disse: "A caridade não deve ser um manto para encobrir a ganância, mas uma luz que ilumine a bondade do coração humano."

Embora a bondade pareça estranha ao coração de Maggie, a sedução é intrínseca à sua existência. Maggie antes de entrar, na festa, já tinha preparado o perfume da sedução, o alvo, é só um, John. Maggie e John, unidos por conexões profissionais, já estavam familiarizados antes da celebração festiva, embora os seus caminhos se cruzassem apenas ocasionalmente. Até então, as suas interações se limitavam a uma cortesia superficial em ambiente de trabalho.

Contudo, o evento festivo provocaria uma mudança na sua relação, introduzindo um elemento inesperado de intimidade. No meio de uma conversa casual, Maggie, com um brilho cativante nos olhos que parecia iluminar a sala, propõe um brinde com Champanhe.

— Acompanha-me numa taça de Champanhe? — propõe Maggie, com um charme tão arrebatador que poderia derreter qualquer coração.

— Certamente, será um prazer! — respondeu John.

Enquanto o evento se desenrolava, numa conversa que parecia ser puramente fruto do acaso, Maggie lançou uma frase que havia lido nas notas da Doutora Ana. A frase interrogativa- "Estás comigo, John?". A subtileza do seu jogo de palavras era evidente.

— Estás comigo, John? — fez uma pausa delicada, brindando-o com um sorriso cativante — Para mais uma taça?

— Sempre!

Nesse momento, uma faísca de atração acendeu-se entre os dois. A partir daquela noite, a sucessão de surpresas e revelações tornou-se uma constante na vida de John. A Escuridão não parava de aumentar, desde aquele momento.

John, tal como na infância, permanece um vazio de emoções. Esse espaço, onde normalmente habitam as emoções, é ocupado inteiramente pela Escuridão. Embora seus conhecimentos apontem para a Escuridão como uma manifestação do inconsciente, John não consegue vê-la dessa maneira. Não é que ele creia em fenômenos sobrenaturais, mas é evidente que a Escuridão não é uma parte dele. Ele compreende que a Escuridão é capaz de sentir emoções, e percebe que ela parece sintonizada com as emoções dos outros.

John tem a nítida consciência de que a Escuridão busca usurpar sua identidade. No entanto, ele também abriga um desejo profundo de ser uma pessoa comum. Uma pessoa capaz de sentir emoções. Este embate entre John e a Escuridão é uma luta pela posse das emoções que ele tanto anseia, da mesma forma que a Escuridão quer apoderar-se da sua identidade. Esta não será uma batalha fácil... No entanto, agora com a Escuridão a aumentar a cada dia, John não têm muito tempo para planear uma forma de a vencer.

John, não se esquece de uma frase que a doutora Ana lhe disse: "A escuridão em nós é apenas um convite para encontrar a luz que esquecemos." Ele pode ter-se esquecido dos seus primeiros quatro anos de existência, no entanto, jamais abandonará a luta para encontrar a luz que lhe é devida.

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