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33- O Aquecedor e a Mão de Maggie

Numa dessas encantadoras e recônditas ruas residenciais de Chicago, encontramos a Maplewood Lane. Um verdadeiro refúgio de tranquilidade em meio à exuberante paisagem urbana, onde calçadas arborizadas se entrelaçam com jardins cuidadosamente cultivados. Cada casa, uma vivenda espaçosa e única, exala o seu próprio estilo e charme característico.

A arquitetura que se desdobra ao longo dessa rua harmoniza o clássico e o contemporâneo, criando uma atmosfera acolhedora e convidativa. Fachadas adornadas com tijolos aparentes, amplas janelas e alpendres encantadores, parecem sussurrar aos moradores que a vida ao ar livre em dias ensolarados é um convite irrecusável.

Entrelaçados numa comunidade calorosa e unida, os habitantes da Maplewood Lane frequentemente se reúnem em churrascos, festas de rua e eventos comunitários. A sensação de segurança e harmonia permeia a vizinhança, tornando-a o lar perfeito para famílias e almas que buscam paz e serenidade.

Ao fim da rua, um pequeno parque acolhe os risos das crianças, oferecendo um espaço de lazer onde os mais jovens se entretêm. E nas ruas adjacentes, generosas árvores se erguem, proporcionando um ambiente convidativo para caminhadas e agradáveis passeios, inclusive em companhia dos animais de estimação.

Nesse sábado à tarde, quando John entrou em Maplewood Lane, os seus olhos atentos voltavam-se para o parque, enquanto pensava consigo mesmo: "Amanhã à tarde, vou trazer os gémeos para brincarem aqui." No entanto, os seus devaneios foram bruscamente interrompidos quando, ao lado da sua casa, avistou um carro estacionado. O carro não lhe era desconhecido; tinha-o visto em frente à mansão de Pellegrini durante a manhã.

John aproximou-se cautelosamente e pode ver, dentro do veículo, o capanga que o acompanhara no quarto de Pellegrini mais cedo. "Pellegrini é mais rápido a vigiar-me do que eu pensava". Bateu, com as pontas dos dedos, no vidro do carro.

— Jeremy, tudo tranquilo? O que o traz por estas paragens?

— Doutor, sigo ordens, vai ver-me por aqui muitas vezes, se precisar de algo diga por favor. Estou ao seu serviço, são ordens. Já tenho o seu número, vou dar-lhe um toque para ficar com o meu.

— O que preciso, é mesmo, verificar se há alguém suspeito a rondar a minha casa.

— É isso que farei, pode ficar descansado, preciso apenas que me vá comunicando os seus horários.

— Correto, assim farei, muito obrigado. — disse John, mais aliviado, por enquanto não teria ninguém a persegui-lo só vigiariam a casa, o que lhe dava margem de manobra.

John sabia que precisava avisar Maggie sobre a vigilância. "Certamente, por esta altura, ela deve estar extremamente dececionada e raivosa, por descobrir que não foi Pellegrini que lhe matou os pais. Deve ser terrível para Maggie, descobrir que afinal o alvo de sua vingança, planeada a vida toda, não é quem lhe matou os pais. Pelo contrário, foram os seus aliados nesta batalha, os homicidas.", refletiu John.

Contudo, John sabia que precisava informar Maggie sobre a vigilância. Imaginava como ela devia estar se sentindo ao descobrir que o seu alvo de vingança, planeado por toda a vida, não era o verdadeiro responsável pela morte dos seus pais. "Terrível, deve ser o fardo de descobrir que são os próprios aliados que detêm o papel de culpados.", considerou ele.

"Talvez ainda consiga falar com Maggie hoje", refletiu John enquanto digitava uma mensagem para ela, alertando sobre o capanga e pedindo que não se assustasse. "Azar que estou escalado no hospital esta noite. Provavelmente, só estarei em casa por volta da meia-noite. Com um pouco de sorte, Maggie ainda estará acordada."

Antes desse dia, a vida de Maggie repousava sobre um pilar sólido: a vingança pela morte dos seus pais, o pagamento que Pellegrini deveria fazer por seus atos. No entanto, nesse sábado fatídico, tudo desmoronou, o pilar se partiu, e nada do que havia feito parecia ter sentido. Mas como poderia ela saber? O véu do engano foi cruelmente descoberto, e a mentira já não encontrava morada.

Assim é o caminho de todos nós, nesta vida, navegamos em busca de um significado, e há os que afirmam sermos os obreiros das nossas escolhas e mestres do nosso próprio destino. À medida que desvendamos os véus do desconhecido, tornámo-nos responsáveis pela transformação das nossas vidas, pela moldagem do destino, pelo forjar do caminho que nos leve além do horizonte conhecido.

Enquanto o mundo de Maggie, entrava num horizonte desconhecido e desdobrava-se num turbilhão emocional, após descobrir a terrível verdade: Yuri, fora uma das engrenagens por trás da morte dos seus pais. Preparava-se para realizar a autópsia nele, mas seus pensamentos eram uma montanha-russa, oscilando entre o desejo intenso de vingança e a necessidade crucial de manter a calma, de redefinir os seus objetivos. Sua vida estava virada do avesso, e tudo parecia desprovido de sentido. Toda a sua existência, dedicada a uma vingança mal direcionada, a um alvo erróneo. Agora, um novo alvo se descortinava diante dela, sem sombra de dúvida, Aleksander. Mas o que fazer com o passado que a assombrava? Como lidar com as sombras e os fantasmas que a atormentavam?

Antes da autopsia, todo o procedimento forense foi feito, a descoberta de um cabelo alheio a Yuri, foi o ponto alto. Maggie ainda não tem a certeza, se o cabelo é de Pauline, desconfia que sim, embora tenha a convicção que não foi ela quem o matou. Quem quer que tenha sido, prestou-lhe um favor.

Maggie enfrentava na sua mente duas opções: elaborar um plano para eliminar Aleksander e continuar a sua missão de destruição a Pellegrini, a fim de não perder tudo que havia almejado, ou focar apenas em Aleksander e tudo que o cercava. A ideia de desistir da vingança não sequer passava por sua mente, pois, provavelmente, se um dia conseguir vingar a morte dos seus pais, logo encontrará outro motivo para perseguir a vingança. Ela nasceu na morte e vive para matar. Ainda hoje vai ligar ao filho de Aleksander, Dima, vai beber uma garrafa de vodka com ele, está com sede.

Após jantar, na penumbra do seu gabinete, envolta pela misteriosa cortina da noite, Maggie contemplava a sua coleção de elementos tóxicos. Um leque de escolhas letais, cada qual com a sua promessa mortal. O labirinto das dúvidas estende-se perante ela, como uma trilha sombria em meio ao desconhecido. Qual destes venenos sussurrará a sua canção de embalar?

Remonta a dois anos atrás, em meio a uma operação policial, quando russos foram capturados em posse de uma série de minúsculas cápsulas, portadoras da condenação em forma líquida. Algumas dessas cápsulas ela mencionou-as no seu relatório oficial, entretanto, outras encontraram o seu esconderijo furtivo no santuário do seu gabinete. A escolha recaí, sobre uma dessas cápsulas, revestidas por uma resina que derrete com o calor corporal. O conteúdo, dessa cápsula, reage com o suor, infiltra-se pela pele e dentro do organismo empreende a sua sinistra tarefa, desencadeando a decadência de maneira invisível.

Saí do seu gabinete, pouco passa das dez da noite. Entra no carro, Dima está à sua espera, num dos hotéis mais luxuosos da cidade. Pelo caminho pensa na justiça que será feita.

A justiça, na maioria das conceções, está relacionada à imparcialidade, ao equilíbrio e à restauração do equilíbrio. A justiça, na conceção de Maggie, nasceu com base no desejo de vingança do homem. Para alguns, a vingança é o fermento primordial dessa busca, uma força que pavimenta os primeiros passos em direção a um senso de justiça. Em contrapartida, os privilegiados, que podem se permitir ao luxo de obter os mais habilidosos juristas, enxergam a justiça como uma arte refinada, um ideal que transcende os limites da mera retaliação.

A cólera que trespassara Maggie, mal soube que Yuri figurava entre os assassinos, apesar de ser Aleksander o indubitável culpado, dissipara-se. A ira, frequentemente, brota do cerne de uma injustiça, podendo ou não ser deturpada. A vingança pode ser incitada pela fúria. "A vingança é um prato que se serve frio", assim como a justiça nos tribunais deve ser imune a paixões, fiel à lei, igualmente fria. Esta consonância entre vingança e justiça, para Maggie, confunde-se numa só entidade. Seu desígnio: retalhar Aleksander, onde lhe dói com maior fervor, primeiramente no próprio sangue, o filho, e, em seguida, no dinheiro. Depois de o fazer sofrer, dar-lhe uma morte agonizante já se vislumbra nos seus pensamentos.

Eram 10 horas e 35 minutos, quando Dima abriu a porta, da sua suíte, a Maggie. Um abraço efusivo, ele passou-lhe ligeiramente as mãos pelas nádegas para ver a sua reação. Um sorriso saiu dos lábios dela, a noite prometia. Dima parecia não estar minimamente abalado pela morte de Yuri e Alenitchev, "quem anda nesta vida sujeita-se. Não ter Yuri à perna sempre a tentar resfriar-lhe o divertimento como um velho rabugento que ainda por cima fazia queixas ao pai, era até um alívio uma sensação de liberdade. Mais que liberdade, era uma oportunidade de finalmente mostrar ao pai que conseguia singrar na vida sem ajuda, que era merecedor de confiança.

— Bebemos uma vodka? — Dima perguntou, já com a garrafa em mãos.

— Bebemos, brindaremos ao Yuri.

— Brindaremos a uma noite inesquecível.

— Assim o espero, tenho a certeza que mais tarde ou mais cedo vais recordar — disse Maggie, um sorriso sedutor adornando os seus lábios, enquanto retirava discretamente a cápsula venenosa da sua bolsa.

— Não tiras as luvas, se estás com frio, tenho aqui um bom aquecedor. — disse Dima, fletindo ligeiramente o pescoço e olhando para a virilha.

Maggie, pousou a bolsa, aproximou-se sinuosamente de Dima, com a mão esquerda abraçou-o, a direita entrou-lhe nas calças à procura de algo, até que encontrou. Retirou a mão e deixou lá a cápsula.

— Não gostas de luvas? Devias gostar, as minhas mãos podem ser venenosas.

Dima pousou o copo, enquanto pensava: "Esta gaja vai ver o que é um homem a sério." Por sua vez, os pensamentos de Maggie eram bem diferentes, "Com um pouco de sorte, ele terá apenas três meses de vida, tempo suficiente para sofrer e fazer o seu pai sofrer também." Quando Dima se aproximou novamente, Maggie recebeu um telefonema, pega na bolsa e atende, enquanto com a mão esquerda para Dima aguardar. A expressão em Maggie, torna-se dura de preocupação, Dima observa, "algo se passa".

— Não pode ser, não acredito — disse Maggie com uma voz soluçante, enquanto suavemente se encaminhava para a porta.

Dima estava paralisado, não sabia o que dizer, não podia perder a oportunidade de pôr aquela 'gaja' no lugar dela e dar-lhe uma experiência de intensidade que jamais esqueceria. No entanto, a paralisia momentânea foi, o suficiente para Maggie chegar à porta, que a abriu repentinamente e saiu.

— Aonde vais, volta aqui!

— Dima um colega meu está às portas da morte, preciso de ir. Não me vou esquecer de ti. — disse Maggie, enquanto caminhava.

A última palavra que Dima ouviu antes que ela desaparecesse no elevador foi um inequívoco "Merda!". Dima nunca soube e jamais saberá que Maggie não tinha recebido nenhuma chamada; ela havia programado o despertador para tocar naquele momento, como uma desculpa para partir.

"Pauline deve estar incontactável, talvez também soubesse quem de facto matara os meus pais. Seja como for, vai pagar também.", pensou Maggie, já à saída do hotel.

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