Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

3- John e o choro do chicote.


Pouco antes de Jack e Lewis anunciarem a recolha dos fundos, relativos ao dia, John e Sammy estão a um quarteirão dali.

 O semblante de Sammy denúncia uma tristeza profunda, como se sentisse a própria vida retroceder passo a passo.

— O que te aflige? — questiona John, observando atentamente a expressão agonizante do rapaz.

— Levaram-me o dinheiro — confessa Sammy, com um suspiro carregado de desespero.

John absorve a informação, sentindo uma nuvem de preocupação a instalar-se. A situação prometia tempos difíceis para Sammy.

A indiferença foi o primeiro pensamento de John, uma tentação poderosa de deixar Sammy desamparado na tempestade da sua própria infelicidade. No entanto, após uma reflexão meticulosa, viu que a responsabilidade pelo ocorrido iria também cair nos seus ombros. Ele era o mais velho e teria obrigação de proteger Sammy, seria o que Jack diria. "Sem dúvida que vou acabar por apanhar umas chicotadas também", pensou.. "Feitas as contas, ou apanhamos os dois, ou apenas eu", pensou John.

"Quem escolhe fugir do problema apenas adia a inevitável confrontação consigo mesmo", uma frase que certamente Ana diria, nesta situação. John sabia que era uma questão de dias até o chicote de Jack cair nos seus ombros. Com esta convicção, concluiu que a melhor linha de ação seria ajudar Sammy. Uma boa ação que, sem dúvida, acalmaria a Escuridão. A presença da doutora Ana dissipar-se-ia por alguns dias que era o mais importante. Antes que a Escuridão fingisse, que era uma criança a chorar e lhe desse cabo da cabeça.

O saque do dia rendeu 140 dólares, dividindo, daria 70 para cada um. No entanto, as avaliações de Jack e Lewis eram sempre por excesso, nunca por defeito. Então, deveriam entregar 80 dólares cada, exatamente a quantia que John tinha em mãos.

— Sammy, sabes como é a vida aqui. — diz John, com um tom quase paternal — Há sempre alguém à espreita para nos derrubar. Temos de ser espertos, estar sempre um passo à frente.

Sammy concorda com uma lágrima escorrendo pelo rosto. Ele está claramente abalado. Tenta esconder a sua vulnerabilidade, não consegue, baixa a guarda e chora desesperadamente.

— Eu sei, John. Não quero que me batam. Tenho de fugir.

John olha para o rapaz, uma pitada de simpatia brilhando nos seus olhos. .. Não valia a pena adiar. Hoje sacrificar-se-ia, um primeiro passo para seguir o seu sonho, dominar o bairro. Sabia que ainda demoraria alguns anos. "Quanto mais cedo se começa, mais cedo se chega ao topo", pensou.

— Eu sei, Sammy. Sei que é difícil. Fugir não adiantará... Eles têm olhos em todo o lado.

Sammy parece ponderar sobre as palavras de John. Ele acena silenciosamente, as palavras aparentemente encontrando o seu alvo.

— Vou-te dar 80 dólares, Sammy — anuncia John, tentando parecer altruísta.

— E tu? Como te vais virar? — pergunta, Sammy, preocupado.

John encolhe os ombros, tentando passar uma tranquilidade que não sente.

— Vou levar cinco, talvez seis, chicotadas, não há crise. Estou aqui para cuidar de ti, foi isso que te prometi. É isso que cumprirei. Só tens de me fazer um favor.

— Qual? Pede o que quiseres? — disse Sammy emocionado, "Vou ter sempre John no peito", pensou.

— Quando eu estiver a levar com o chicote, não saias da frente do prédio. Lewis vai-te perguntar se deste algum dinheiro a Jack. Respondes que sim, que ele pediu 20 dólares que era o que tinhas de dar sempre que fosse ele a mandar.

Sammy assente, as palavras de John ficariam coladas na sua mente. Agradece silenciosamente, embora as dúvidas subsistam

— Obrigado, John. Farei tal e qual.

Com aproximadamente 600 dólares no seu poder, espalhados pelos diversos esconderijos, John estava decidido a não perder mais dinheiro. Preferia arriscar um castigo físico. 'Nada que não se recuperaria em dois ou três dias', pensou.

Geralmente os castigos físicos eram compostos por 4 chibatadas, uma por mentir ou enganar, a segunda para não voltar a repetir, a terceira para aprender e a quarta pelo sim, pelo não. Por vezes havia uma quinta, mas raramente passava disso. Seria, contudo, um erro de cálculo. O que o aguardava era bem pior. Haver algo para além das chicotadas não estava nos planos...

De fato, nos planos de Jack, as chicotadas seriam a entrada. O prato principal seria muito mais negro. "Quem me conhece sabe que sou um homem bom, mas se me pisam os calos, estão fodidos", uma frase comum na boca de Jack. Gostava de se retratar como alguém amigo do seu amigo, mas com um sentido de justiça implacável. Segundo Jack, "a ratazana vai aprender com quantos paus se faz uma canoa". É claramente sabido que neste meio, aprende-se pela dor. Uma tarefa complexa, como construir uma canoa, só se aprende mediante experiências difíceis, por vezes dolorosas, mas extremamente valiosas.

Jack e Lewis estavam sentados no beco escuro, onde a luz do sol já não chegava. Jack, com uma carranca sádica, quebrava o silêncio ocasionalmente com uma risada sarcástica.

— Lewis — começou Jack, a voz tão afiada como um cutelo — Tu conheces o John, é um chico-esperto. Esperto demais para o meu gosto. O garoto anda a enganar-nos. Não deixarei isto passar.

Lewis, cuja presença era marcada por um porte intimidante, lançou um olhar para Jack. Havia uma leve repulsa no seu olhar, mas ele manteve a sua compostura. Para Lewis, John era o melhor assaltante, o que lhe dava mais dinheiro.

— Eu confio em ti, mas ele é o melhor dos assaltantes. Como John no ativo é sempre mais dinheiro ao fim do dia... Mas conta lá o que o garoto fez desta vez? — perguntou Lewis.

Jack deu uma risada sinistra, a maldade brilhando nos seus olhos. Pela manhã, prometera a si mesmo que apanharia o miúdo a esconder o dinheiro. "Com um olho, vejo mais longe do que muitos com dois",

No entanto, não apanhou o garoto, e o ego transformou-se em frustração. Nem sempre se consegue o que se deseja. Há quem consiga lidar com isso, outros nem tanto. Quem não consegue, ou amua, ou culpa outro. Jack não é do tipo de amuar. O ódio corre-lhe nas veias, a raiva sai-lhe pelos olhos, quando não tem o que quer. "A culpa é daquele filho da puta maligno. Comigo não brinca". Neste estado, apesar de ser o garoto que mais dinheiro lhe dá, o ego ferido fala mais alto. Jack não olha ao que pode ganhar, olha para os trocos que o miúdo tira.

— Aquele rato andou a esconder dinheiro, Lewis. Dinheiro que devia ser nosso. Tenho a certeza disso, e não são só uns trocados.

— Tens a certeza?

— Não tenho dúvidas. Além disso, anda a induzir o miúdo novo, Sammy a roubar o nosso dinheiro — A voz de Jack estava carregada de desprezo.

Lewis levantou uma sobrancelha, a sua curiosidade picada. Apesar da sua natureza mais equilibrada, a menção de John andar a treinar alguém, para lhe roubar os bolsos, fez o seu sangue ferver.

— E onde é que o ladrão foi escondeu a pilhagem?

— Não sei, não confio nele, provavelmente deu a algum polícia corrupto — Jack cuspiu as palavras, a raiva a borbulhar na superfície. — E sabes que isso é perigoso.

Lewis assentiu, compreendendo a fúria de Jack. Eles tinham um pacto, uma aliança que nunca deveria ser quebrada. Para ele a confiança entre sócios tinha de ser inabalável. Poderiam discordar em alguns pontos, mas a confiança deveria estar presente. "Não ter confiança no sócio seria pior que a mulher me pôr os cornos...", pensou Lewis.

— Então, qual é o plano, Jack? — perguntou Lewis, com um toque de resignação. Ele sabia que a retaliação de Jack seria brutal.

— Bem, Lewis — Jack inclinou-se para trás, os olhos fixos no fim do beco — vamos ter de o fazer confessar, e servirá como exemplo. Já preparei a 'salinha'.

Jack havia colocado uma corda a passar por uma viga de madeira no teto da cave. Um barril cheio de água turva, pousava abaixo da corda. Um chicote repousava em cima de uma mesa improvisada. A hora aproximava-se. Eles estavam à entrada, esperando as crianças para recolher as verbas do dia. John e Sammy, ficariam para último; primeiro os negócios, depois o prazer.

A chuva tinha parado, mas as suas marcas persistiam no chão. A lama à entrada do beco, parecia querer prender os pés de Sammy. Estava com medo, por si  e principalmente pelo amigo, ao seu lado. Olhava para John, caminhando calmo como se flutuasse por cima da lama. "Um dia caminharei assim, como o meu amigo", pensou.

John, olhava também para Sammy, queria acalmá-lo. "Um tipo nervoso pode deitar tudo a perder".

— Aconteça o que acontecer, eu sou teu amigo, isso não vai mudar. Agora, silêncio, não fale nada. Apenas o combinado quando Lewis estiver contigo a sós. — disse John, tentando serenar Sammy para que não desse com a língua nos dentes.

A primeira parte do plano tinha resultado, a doutora Ana, não era mais visível. A boa ação de John tranquilizara a Escuridão. Faltava a segunda parte.

"Merda, já não está a correr bem", pensou John ao ver a alucinação do Mascarado à sua frente. "Que raio, este tipo só devia aparecer daqui a dois ou três dias. Onde vou arranjar uma má ação agora?"

Os pensamentos de John foram brutalmente interrompidos.

— O teu dinheiro? — perguntou Jack a Sammy.

— Está aqui, 80 dólares, foi o que conseguimos — disse o garoto tremendo, olhando para Jack e Lewis.

Jack ficou surpreendido, mas isso só mostrava que tinha razão. Desta vez iria deixar passar Sammy, mas a ratazana não se ia safar. Lewis contou o dinheiro, batia certo.

— O teu dinheiro, John? — questionou Jack.

— Está escondido. — disse o miúdo, olhando apenas para Lewis. "Porra, estou fodido, Lewis não riu".

John sabia que Lewis tinha alguma admiração por ele. Encontrava graça às piadas dele. Agora só significava uma coisa, Jack tinha feito a cabeça a Lewis.

— Onde está o dinheiro? — perguntou 'Lewis Três Dedos', com voz forte e agressiva.

— Já disse, está escondido!

Um chapadão ajustou-se repentinamente à cara de John. Este cai no chão, enquanto Sammy assiste em pânico. Sammy talvez devido ao stress da situação, não vê John a chorar, pelo contrário. Parece estar tudo bem.

Verdade seja dita, John não sabe se algum dia chorou. Que se recorde nunca verteu lágrima. Hoje John vai chorar, e muito.

Lewis com as suas mãos pesadas carrega John, leva-o para a cave. O garoto não esperneja, tenta poupar o máximo de forças. As coisas não corriam bem para John, contava criar dúvidas em Lewis sobre a honestidade do seu sócio. Não contou com a manipulação de 'Jack Olho de Vidro', um erro que lhe pode custar caro. Pior que isso foi  o que viu a seguir. Em vez de lhe prepararem as costas para o chicote, amarraram-lhe os pés com uma corda. Penduraram-no como um porco no talho.

Por baixo da cabeça de John está um barril com água. Lewis segura na corda, que segura o garoto. Jack tem o chicote na mão, pronto a começar o interrogatório. John pensa que o seu plano ainda pode resultar, só precisa de aguentar.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro