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27-Jantar dos deuses: Expetativas defraudadas


Dr. John, caminhou em direção ao "Helios Atenas" com uma confiança gelada que escondia um alerta constante. Do outro lado da rua, Xavier Cruz, um jovem mexicano de olhos penetrantes e energia nervosa, observava da sombra projetada pela coluna de um edifício antigo. Um breve contacto visual entre eles, um silencioso aceno de cumplicidade, marcou o início da noite.

O "Helios Atenas" era uma joia escondida, uma fachada discreta que escondia um interior luxuoso e acolhedor. As paredes eram adornadas com murais delicadamente pintados, retratando cenas de mitologias gregas, os tons ricos de ouro e azul complementados pela iluminação suave que banhava o espaço com um brilho dourado. A melodia sutil de conversas sussurradas, risos contidos e talheres contra porcelana criava uma sinfonia de sofisticação.

O celular de John vibrou no bolso, cortando a sinfonia. Pauline havia chegado. O carro, com um motorista ao volante, já havia partido. Xavier tinha cumprido a primeira parte da sua missão. Uma onda de adrenalina percorreu o seu corpo, ele sabia que o jogo havia começado. Pauline hoje não seria Pauline, nesta noite o seu nome seria Samantha, como o nome de John seria Sebastian.

Envolto em escuridão, Xavier espreitava do seu abrigo nas sombras, os olhos fixaram-se em cada movimento de Samantha. O jeito como ela se movia, leve e resoluto, era algo que em qualquer outra noite teria inflamado o coração de Xavier observava, o ardor usual nos seus olhos substituído por um alerta sombrio. Esta noite, sob o luar gélido, a figura esguia de Samantha lançava uma sombra alongada e sinistra que se arrastava até os pés de Xavier, como um presságio macabro. A cada passo sinuoso que ela dava em direção ao restaurante, o gosto amargo do perigo crescia na boca de Xavier, um sinal de uma ameaça iminente. O coração, normalmente firme, agora pulsava como o bater de asas de um pássaro enjaulado. Ele temia pelo seu amigo, Dr. John. Mais que um amigo, John era um irmão para ele. Nesta noite, cada sombra parecia esconder um segredo venenoso, cada ruído noturno sussurrava um enigma sinistro. Xavier, agora uma figura fantasmagórica na escuridão, aguardava, pronto para entrar em cena quando a hora chegasse.

Pauline deu um suspiro pesado, pesado com decisões e destinos, antes de atravessar a entrada do restaurante. Sabia que Maggie não iria apreciar que ela apressasse o fim de John. No entanto, amanhã, com a frieza do hospital envolvendo-a, iria enfrentar Pellegrini. Ela imaginou Maggie, triste, mas entendendo, quando lhe apresentasse a morte do mafioso como um presente necessário. Depois disso, poderiam ficar juntas, Pauline até acalentava a ideia de abandonar o mundo do crime. Sem John, sem o fantasma da vingança de Maggie contra Pellegrini, poderiam viver num amor tranquilo. Sonhava com um para sempre, protegido dos gritos ensurdecedores do passado.


Assim que Pauline estava prestes a abrir a porta do restaurante, um zumbido súbito fez o coração dela saltar. Ela abriu a sua bolsa branca com pressa, revelando o brilho do celular em seu interior. "Tudo confirmado para amanhã." O remetente era Dima, que naquele exato momento, deslizava silenciosamente pelas ruas residenciais de "Larchmont Lane". Eram ruas repletas de vivendas imponentes, a iluminação das ruas fazendo sombras dançarem nas fachadas das casas, entre elas, a residência de Robert Walles, o influente advogado de Pellegrini.

No interior do veículo, Dima e Maggie estavam no banco traseiro, absorvidos em sua própria antecipação, enquanto Yuri se sentava rigidamente no banco da frente, ao lado de Sergei, o motorista. O carro de Sergei se movia com a leveza de uma sombra, deslizando por entre as ruas adormecidas. Eles estavam tão seguros de si que a ideia de estarem a ser seguidos era impensável.

Contudo, na realidade, eram seguidos de perto por Joaquim Santos, que guiava um carro silencioso, e alternadamente por Miguel Cruz, que seguia a bordo de uma moto discreta. Miguel Cruz conhecia John intimamente - foi ele quem apresentou John à sua extensa família mexicana, um clã forte e unido com mais de 40 membros só em Chicago. Nesta operação, Miguel era o comandante, seguindo fielmente as instruções meticulosamente planejadas por Dr. John.

No momento exato em que o celular de Pauline vibrou, Miguel já havia enviado uma mensagem de alerta: "o carro com Maggie a bordo tinha rondado um edifício em construção a uns escassos 340 metros da casa de Robert Walles". A operação estava em pleno andamento, o destino dos envolvidos oscilava no fio da navalha, e a noite prometia ainda mais surpresas.

A porta do restaurante abriu, e Pauline entrou, uma tempestade disfarçada num casaco comprido. Sob o casaco, um vislumbre de um vestido vermelho chamativo. Sebastian acenou, os olhares encontraram-se. Ela retornou o gesto com um sorriso radiante, prometendo uma noite repleta de mistérios e revelações.

Eles abraçaram-se, um gesto cordial, mas os fios loiros de Samantha enroscaram-se no relógio de Sebastian, como tentáculos procurando por um ponto fraco. Ele, com a mão direita no bolso do casaco, puxou apenas um pacote de lenços de papel. Nenhuma arma, ainda. Sem desfazer o abraço, o pacote de lenços, adornados pelo plástico envolvente, acabaram no bolso de Sebastian.

Quando Samantha retirou o casaco, o deslumbrante vestido vermelho cortou o ar. Sebastian quase tropeçou nas próprias palavras.

— Esse vestido... é de tirar o fôlego! Você está deslumbrante. — Mencionou John com ar de admiração.

Ela agradeceu, uma centelha perigosa dançando nos seus olhos azuis. Uma verdade não dita pairava entre eles, um fantasma não reconhecido ainda.

— Você também não está nada mal, Sebastian! — Samantha respondeu ao elogio, pausando por um instante antes de prosseguir. — Desculpe-me pelo atraso, vim de táxi, e parece que o taxista decidiu dar uma volta maior para chegar aqui.

— Não tem problema, eu mesmo acabei de chegar. — Sebastian garantiu, puxando a cadeira para que Samantha se acomodasse.

John despiu as suas luvas enquanto a conversa fluía entre eles, navegando pelas memórias de como se conheceram, o amor compartilhado pelos cães, a queda de John.

— Como está a sua perna, Sebastian? Está se recuperando bem?

— Sim, está como nova, melhorando a cada dia. No momento, a minha perna é o menor dos meus problemas. — A resposta de John veio com um tom triste e preocupado.

Sebastian pegou um breve sorriso e um brilho momentâneo nos olhos de Samantha após a sua fala. Foi um instante quase impercetível, mas Sebastian capturou esse breve relance. No entanto, rapidamente esse momento foi substituído por um compartilhamento de tristeza palpável.

Mesmo com o peso do dia, as memórias recentes de um incidente no seu trabalho que feriu várias pessoas, Sebastian manteve a aparência calma. Samantha exalava um magnetismo mortal, e ele permitiu-se ser atraído por ela. Um misto de mistério e perigo eram visíveis no olhar deslumbrante dela. Um olhar que vestia a capa fingida da timidez a espaços.

As conversas suaves e os olhares intensos se misturavam com os sabores únicos dos pratos gregos que eram servidos. Cada garfada era um momento de alívio, uma pequena distração da tensão que se intensificava. A noite estava apenas começando....

O prato principal estava servido, Moussaka, um prato icónico e tradicional da culinária grega. Cada garfada de Moussaka oferece uma sinfonia de sabores e texturas, desde a beringela suculenta e as batatas crocantes, até a carne saborosa e o molho bechamel cremoso.

— É um prato ótimo, captura o coração de qualquer um. — Disse John sorrindo e olhando para Samantha.

— E o seu coração John, já foi capturado?

— Meu coração já não aguenta ser ferido, pela lâmina do amor — disse John, algo triste. — Mas hoje não estamos aqui para falar do passado e sim para saborear o presente.

— Ao presente e ao que a noite tem para nos oferecer! — disse sensualmente Samantha, erguendo o copo de vinho propondo um brinde.

O vinho um "Xinomavro Reserve", tinto, uma das joias da vitivinicultura grega, tem uma cor profunda de rubi, quase granada, prenunciando a riqueza de sabores que se avizinham.

— Ao presente! – Disse Sebastian, enquanto levava o copo aos lábios— Este vinho eleva a imaginação e seduz o paladar, onde quer que nos leve a noite, já tudo valeu a pena!

— É um sabor divinal, o vinho é uma tentação...— disse Samantha, com um sorriso sensual, parecendo arrepender-se logo a seguir pela frase ousada. Ela sabe, ou tem a ideia, que não convém ser demasiado direta para não afastar a presa.

Sebastian, observou a reação de Samantha, sabia bem onde ela queria chegar, um predador sútil, alguma euforia provocadora, logo seguida de uma timidez forjada escondendo as garras. — O vinho pode nos levar ao céu e ao inferno...— Sebastian fez uma breve pausa, e continuou — o inferno é a ressaca.

O sabor marcante do vinho parecia estar a desabotoar Samantha, tornando-a cada vez mais autêntica e perigosamente sedutora. — Talvez amanhã a única lembrança que eu tenha seja o deleite que os néctares dos deuses proporcionam — comentou Samantha, com um olhar lânguido e enigmático direcionado às figuras mitológicas que adoravam as paredes.

(...)

No "Helios Atenas", a sobremesa havia acabado de ser servida. A baklava, feita de finas camadas de massa folhada, recheadas com nozes trituradas e mel, era delicadamente degustada pelos lábios sedutores de Samantha. Samantha esperava o momento em que Sebastian voltasse o seu olhar. Ele parecia maravilhado com a sobremesa e, assim que John desviou o olhar, Samantha aproveitou a oportunidade para comentar:

— A noite está maravilhosa! — afirmou, logo após retirar a colher lentamente da boca. — A única coisa que lamento é a situação com o taxista. Imaginar que terei que enfrentar isso novamente...

— Vamos saborear a noite, hoje não mais terão lugar os taxistas! — insinuou Sebastian — Eu mesmo a levarei a casa.

— Adoraria, mas não é possível! — afirmou Samantha com convicção, esclarecendo a seguir ­­— a minha casa está em obras, um problema com a canalização. Estes dias estou a dormir num motel.


— Então, conduzi-la-ei ao motel — proferiu Sebastian com uma delicadeza encantadora. — Perfeito! Adquirirei uma garrafa deste excecional vinho, como forma de gratidão, para celebrarmos quando lá chegarmos! — Samantha, neste exato instante, já tinha Sebastian como uma presa inconsciente nas suas garras. Procurou por seu batom na bolsa. Enquanto esquadrinhava o interior, os dedos roçaram levemente na tesoura de jardinagem que, por sua vez, repousava na bolsa. Um suspiro de prazer mórbido emergiu-lhe nos lábios, um sorriso maligno surgiu, antecipando o prazer que ela sentiria ao assassinar Sebastian. Uma luxúria vibrante percorria as suas veias.

— Está tudo bem? — indagou Sebastian, surpreso.

— Ótimo, apenas um pouco tonta devido ao efeito do vinho. Espero que não se incomode? — desviou ela.

Subitamente, o celular de Sebastian vibrou. Era uma ligação do trabalho. A expressão de Sebastian mudou drasticamente, assumindo um semblante de preocupação. Deu um soco leve na mesa, — Não é possível! Ele não pode estar morto! — um silêncio mórbido invadiu o ambiente.

— Já estou a caminho! — falou Sebastian com uma voz carregada de angústia e fúria.

— Como posso ajudar, Sebastian? — Samantha perguntou, totalmente confusa, sem saber se Sebastian atuava ou falando a verdade. Ela precisava reavê-lo, não podia deixá-lo escapar.

— Desculpe, Samantha, aquele desmoronamento... — a voz embargada de Sebastian era aflitiva — um amigo meu acabou de falecer. Preciso ir. — disse Sebastian, deixando dinheiro suficiente na mesa para pagar a conta, e saiu às pressas.

— John... — gritou Pauline, incapaz de manter a fachada, furiosa, o ódio materializou-se num aperto violento na colher, dobrando-a completamente.

Sebastian, sem olhar para trás, partiu. Não valia a pena. O seu trabalho com Pauline estava concluído. Agora, ela estava frustrada, perdida, pronta para a intervenção de Xavier.

Pauline, atordoada, vestiu rapidamente o casaco, agarrou a bolsa e, no frenesi, esbarrou numa cadeira. Os olhares de outros clientes, que antes apreciavam a comida, agora se fixavam nela. Certamente, era um caso de amor não correspondido, pensaram alguns.

Samantha correu para a rua, mas não encontrou John. Abriu a bolsa, pretendia ligar para o motorista, tirou o celular. No entanto, não teve tempo. Como um raio, um estranho surgiu do nada, arrancou-lhe a bolsa das mãos. Um roubo por esticão. Era Xavier, que rapidamente desapareceu na sombra da rua à direita.

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