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17- A enfermeira, o médico e o mafioso.


O som da respiração de Michael tornou-se mais fraco até que finalmente cessou. Samantha, agora novamente Pauline, olhou para o corpo sem vida deitado na cama. Com cuidado, retirou a faca, limpou-a e a colocou de volta na bolsa. Caminhou até à casa de banho para lavar o sangue das mãos. Depois colocou umas luvas de látex e limpou os sítios onde antes havia tocado.

No espelho, encarou a sua imagem, os olhos vazios de remorso. Retirou a peruca e os olhos voltaram a ser os de Pauline, a enfermeira. Deixou os cabelos loiros caírem, cobrindo a pele suada. Ela já tinha feito isso antes e sabia como não deixar rastros.

No seu dedo mindinho, havia um pequeno corte, que agora parecia inflamado. Ao se lembrar de como havia se cortado com a tesoura mais cedo naquele dia, um sorriso cru mostrou o seu lado predador.

Vestiu-se e deixou o apartamento de Michael, certificando-se de deixar a porta entreaberta, como se ele esperasse alguém. No bolso da bolsa, guardou o mindinho cortado de Michael, uma lembrança do encontro fatal.

O próximo passo foi mais cuidadoso. Ela dirigiu até uma parte afastada da cidade e jogou o mindinho no lixo de um beco escuro, bem perto de um bar conhecido por ser frequentado pelos membros da máfia de Chicago.

(...)


Fazia pouco tempo que Maggie e John tinha chegado a Nova Iorque. A cidade estava iluminada pela noite. Num elegante hotel no coração da cidade, o salão de jantar ecoava com a animada conversa de médicos que haviam se reunido para uma conferência. Maggie e John, sentados à mesa, observavam a cena. A noite prometia mais do que apenas um jantar.

O telefone de John vibrou e ele olhou para baixo, vendo a foto que lhe foi enviada. Era uma foto da enfermeira Pauline. Ao ver a imagem, John sentiu um choque percorrendo o corpo. A semelhança entre Pauline e Samantha era inconfundível. "São a mesma pessoa", refletiu. Ele agora entendia o jogo que Maggie arquitetara, um duelo mortal entre ele e Samantha. Uma vibração percorreu o seu corpo trazendo o brilho de adrenalina para os olhos castanhos. Ele perguntava-se quantas mais surpresas, Maggie, ainda tinha para revelar.

Maggie olhou para John, uma sobrancelha ligeiramente arqueada. — Está tudo bem? — perguntou com uma ponta de preocupação na voz.

John piscou e ergueu a cabeça, um sorriso brincalhão decorou-lhe o rosto.

— Ah, é só o detetive Rodrigo, — ele disse casualmente —, ele tem dupla personalidade. Sabias?

— Aquele polícia? — Maggie fez uma pausa, uma expressão de surpresa invadiu-lhe o rosto.

— Sim, exatamente, —John respondeu com uma risada —, parece que agora ele virou detetive. E, aparentemente, ele também é um pouco pervertido, sempre a mandar-me fotos obscenas.

Maggie riu, o seu riso parecia o som de sinos, delicado e alegre.

— Bem, pelo menos não é chato, certo? — ela disse, pegando o copo de vinho e fazendo um brinde com ele —, às personalidades múltiplas e às fotos obscenas.

John riu, —Sim, à dupla personalidade e às fotos obscenas. — "E ao nosso jogo mortal," ele pensou, mas não disse. Os olhos dele encontraram os de Maggie por um momento, ambos cúmplices de um segredo mortal impenetrável.

Yuri Karkov era um homem imponente, vestido com um blazer preto bem cortado e uma camisa branca por baixo. Ele tinha olhos azuis penetrantes e cabelos loiros que caíam ligeiramente sobre a testa. Exalava uma confiança indomável, típica de um veterano da máfia russa, que conseguia disfarçar com a personagem de um médico humilde que estava na conferência. Devia ter uns 50 anos, aparentava menos, notava-se que trabalhava o corpo.

Ele dirigiu-se à mesa onde Maggie e John estavam sentados, com um sorriso frio no rosto. John, por outro lado, estava alerta. Observou atentamente cada movimento de Yuri, cada detalhe, desde a forma como ele andava até a pequena protuberância no lado direito do seu blazer. Parecia uma arma.

Yuri chegou à mesa e cumprimentou Maggie com uma proximidade que indicava uma relação passada entre os dois. Ele passou a mão em volta da cintura de Maggie, ignorando completamente a presença de John. A sua atenção estava toda voltada para Maggie, a mulher que conhecia do passado.

John, contudo, manteve a sua compostura. Sorriu de forma amigável e levantou-se, fingindo grande naturalidade. Apesar de John, não se sentir melindrado, ser assim colocado de parte não lhe agradava.

— Amigo de Maggie é meu amigo —, disse ele, dando um abraço em Yuri. Enquanto abraçava Yuri, as suas mãos percorreram a área abaixo do blazer de Yuri, confirmando as suas suspeitas: ele estava armado. Naturalmente uma das mãos de John, entrou também dentro do bolso do casaco de Yuri.

— Sente-se por favor—, convidou John, quebrando o abraço e indicando a cadeira vaga ao lado de Maggie, com a mão direita, a mão esquerda tinha o 'cartão-chave' que John havia tirado do bolso do russo. Yuri o olhou por um momento, com o sorriso frio que ainda estava presente. Depois sentou-se, ignorando mais uma vez John. As peças do jogo moviam-se, e o confronto entre John e Yuri apenas começara.

John olhou para Yuri com interesse antes de lhe perguntar o que fazia para viver.

— Sou médico forense—, respondeu Yuri, os olhos ainda fixos em Maggie. — Trato dos mortos, assim como a doutora Maggie.

John sorriu, descontraído. — Também sou médico, mas eu cuido da saúde das pessoas para evitar que acabem nas suas mãos.

Maggie, vendo o clima tenso entre os dois homens, decidiu intervir. Com um sorriso irónico, disse: —John, nós ganhamos. A morte é certa e a vida é passageira.

— Cada um, luta com as armas que tem—, respondeu John, virando-se para Yuri. O russo parecia desconcertado com a calma e o sarcasmo de John, então decidiu convidar Maggie para umas palavras em privado. Maggie aceitou o convite, deixando John sozinho na mesa, a observar a conversa dos dois a uma certa distância.

Depois de alguns minutos, Maggie voltou à mesa sem Yuri, com uma expressão satisfeita.

— Está tudo bem? —, perguntou John, os olhos ainda focados no lugar onde Yuri estava. Maggie respondeu que sim, que era apenas um ex-colega.

John inclinou-se para trás na cadeira e cruzou os braços.

— O passado por vezes inquieta o presente, Maggie. É importante que não percas o controlo sobre ele. O passado pode ser perigoso, tem armas que o presente pode não controlar.

Maggie sorriu, os olhos dela brilhavam como se tudo fosse apenas uma diversão.

— John, conheces alguém mais perigoso do que eu?

John encarou-a intensamente por um momento, sentindo o peso do segredo que ele guardava no seu âmago. Ele sabia que, em meio a essa trama sinistra, era ele quem possuía a chave para desvendar os enigmas que envolviam Maggie e a busca por vingança contra a Máfia. Sabia, também, que enquanto ela precisa-se dele, para combater a Máfia, não correria perigo. No entanto, tudo com Maggie é incerto.

— Existem muitas formas de perigo, mas o jogo que nos envolve pode-se tornar o mais perigoso de todos — sussurrou John, deixando as palavras pairarem no ar.

O silêncio permeou a mesa, enquanto eles mergulhavam na profundidade dos seus próprios dilemas. A verdade sinistra que os cercava alimentava a dúvida e a tensão crescente. Eles sabiam que estavam num território perigoso, onde as regras do jogo eram obscuras e o resultado incerto.

A noite adiantava-se, e o destino deles permanecia em equilíbrio precário, como uma corda esticada sobre um abismo.

John teve a sensação de que o Mascarado que o acompanha como uma sombra inquietante, tinha desaparecido com o russo. Foi mera impressão, pois contínua bem visível. Ele não gosta do Mascarado, prefere a doutora. Ambos são espetros da sua mente, e ele tem essa consciência. A questão não se centra no bem contra o mal, mas sim na interação entre memórias positivas e negativas." A vida é um mosaico de memórias positivas e negativas", ponderou John.

Os pensamentos de John, foram rasgados pela voz afiada de Maggie.

— A pensar no passado, quando podes viver o presente? — questiona Maggie.

— É como digo, se invocas os demónios do passado tens de lidar com eles.

— E, eu? Sou um demónio ou um anjo?

— Diz-me com quem andas e eu te direi quem és.

— Ando contigo, John.

— Escuta, esse tipo não vai trazer coisas boas.

— Eu sei lidar com os meus demónios, não te preocupes.

— Os demónios afastam os anjos.

— Estas comigo, John?

— Estou.

Uma sensação estranha percorreu a mente de John, um breve apagão, uma branca. Um pensamento inundou-lhe a mente: "Os demónios de Maggie são os meus demónios." John nunca fugiu dos demónios, mas por alguma razão insondável eles acabavam por vir ter sempre consigo. Talvez seja a Escuridão que os atrai. Yuri era mais um, mas este tinha cara de ter uma legião atrás dele. "Parece que a Escuridão vai ter bastante alimento", pensou John.

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