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13-O Presente Sinistro


11 dias para o dia da luz

Rodrigo, que até recentemente fora um polícia detetive, estacionou o seu modesto carro a uma distância meticulosamente calculada da mansão imponente do Dr.º Smith. A lua cheia repousava no manto noturno, derramando um halo de luz prateada sobre a imponente arquitetura vitoriana. Rodrigo sentia-se pulsar de nervosismo e excitação.

A sua nova profissão de investigador privado trouxera uma adrenalina renovada à sua rotina de perigo. Um movimento repentino na entrada da mansão prendeu a sua atenção. Uma silhueta emergiu da sombra, uma figura feminina envolta num casaco longo e esvoaçante, com um charme misterioso. Rodrigo prendeu a respiração, o coração pulsava-lhe no peito como um tambor na noite. Era Maggie. A bela e inacessível Maggie, que estava, naquele momento, entrando na mansão do Dr.º Smith. Maggie, a esposa do seu querido amigo, o Dr. John.

O relógio do painel do carro marcava o tempo, tic-tac, tic-tac, como se cada segundo se alongasse num minuto, e cada minuto numa hora. Duas longas e torturantes horas se passaram, em que o tempo parecia uma serpente arrastando-se lenta e meticulosamente. O silêncio da noite era quebrado apenas pelo vento que sussurrava histórias perdidas e segredos não revelados.

Por fim, a porta da mansão abriu-se. O Dr. Smith, um homem de figura esguia, acompanhava Maggie à porta. A luz que emanava da casa pintava a cena em tons de âmbar, desenhando os contornos das suas figuras em contraste com a escuridão da noite. E, eles beijaram-se. Um beijo carregado de promessas e segredos, um beijo que parecia durar uma eternidade.

Maggie afastou-se por fim, caminhando na direção do carro que a aguardava. Rodrigo observava, paralisado pela surpresa e pelo choque. Sabia que aquela informação iria dilacerar o coração do Dr. John, seu amigo de longa data. Porém, no momento, tudo o que podia fazer era esperar, encolhido nas sombras, enquanto a verdade se desenrolava diante dos seus olhos.

Com uma prudência astuta e uma habilidade nascida da prática, Rodrigo colocou o carro em marcha assim que a silhueta do Dr. Smith apareceu na entrada da mansão. O médico trajava um fato de treino antigo e desgastado, um capuz cobria a maioria do rosto e, para aumentar o disfarce, ostentava um bigode falso que parecia uma tira de pelo de animal descolorido. Na mão, uma caixa de sapatos envolta em papel pardo.

Rodrigo manteve uma distância segura, evitando acender os faróis para não chamar atenção. O seu coração batia ao ritmo dos solavancos na estrada de paralelepípedos. As sombras que dançavam nas paredes dos edifícios e o ar gelado da noite conspiravam para criar um ambiente eletrizante de tensão.

Depois de alguns quilómetros de trajeto, o Dr. Smith parou o seu veículo próximo a um beco escuro numa rua deserta, apenas pontuada por um ocasional poste de luz titubeante. Com a rapidez de um gato, o médico deslizou para o beco, a caixa de sapatos debaixo do braço.

Rodrigo observou à distância enquanto o médico cuidadosamente escondia o pacote atrás de um grande caixote de lixo, os seus movimentos meticulosos sugerindo a importância do objeto. O médico deu uma última olhada ao redor antes de sacar o celular do bolso do fato de treino e discar um número.

Rodrigo sentiu uma pitada de curiosidade que atingiu a sua mente com a intensidade de um raio. Quem estaria do outro lado daquela ligação? O que estaria dentro daquela caixa? Os mistérios pareciam crescer à medida que a noite se dissipava, cada sombra escondendo uma pista, cada sussurro do vento contendo uma resposta. Seja o que for, ele estava pronto para descobrir, para desvendar cada camada desse mistério, um passo de cada vez.

A mente experiente de Rodrigo implorava-lhe para esperar quando observou o Dr. Smith arrancar no seu carro. De repente, os faróis de uma moto romperam o silêncio noturno, um estafeta com o rosto coberto chegou ao beco. Ele pegou a caixa escondida atrás do caixote do lixo, montou na sua moto e partiu. Os instintos de Rodrigo dispararam e, sem hesitar, ele começou a seguir o estafeta.

A moto ziguezagueava pela cidade, criando um rastro de fumaça contra o céu que amanhecia, até sair dos limites urbanos. Parou na berma da estrada, provavelmente a fazer tempo. Ou talvez a verificar se era seguido. Rodrigo passou por ele e parou mais adiante escondido, na esperança que a moto arranca-se. Colocou-se numa posição em que de longe podia observar a moto camuflada. Não havia dúvidas, o estafeta fazia horas.

Quando o estafeta retirou o capacete, Rodrigo verificou que se enganara, não era um estafeta, era uma estafeta. Ao longe podia observar que o cabelo era parecido ao de Maggie, mas não era Maggie.

Após duas longas horas o estafeta arrancou. Depois de alguns quilómetros de estradas vazias, o estafeta parou diante de uma mansão majestosa, escondida por trás de um muro alto e cedros imponentes. O portão de ferro, um gigante adormecido, estava equipado com câmaras de vigilância.

A estafeta depositou a encomenda junto ao portão. Ele não perdeu tempo, rapidamente montou na sua moto sem matrícula e acelerou para a invisibilidade, deixando apenas uma nuvem de poeira para trás.

Rodrigo, escondido na penumbra distante, observou tudo com o coração batendo no peito. O mistério acabara de se tornar mais profundo, os segredos do Dr. Smith cada vez mais enigmáticos. Ele contemplou a mansão à distância, sentindo que estava prestes a mergulhar numa trama complexa, onde cada nova descoberta prometia revelar mais perguntas do que respostas.

Na mansão, as sombras dançavam nos corredores silenciosos, ocultando segredos no seu abraço escuro. Joe Pellegrini, o sobrinho de rosto duro e olhos frios, e braço direito de Salvatore Pellegrini, olhava para a caixa que lhe fora dada por um dos capangas.

Numa sala à prova de som, com paredes cobertas de veludo, Joe colocou a caixa numa mesa de mogno maciço. A luz dourada do abajur iluminava a caixa, criando um contraste dramático com a escuridão. Um bilhete descansava na superfície da caixa, com uma caligrafia austera que dizia: "Um presente de um amigo. Sigam as impressões digitais e encontrarão o assassino de Salvatore Pellegrini."

O coração de Joe gelou. Dois capangas usaram luvas cirúrgicas, e um detetor de metais antes de abrir a caixa, garantindo que não havia surpresas perigosas. Um suspiro escapou dos seus lábios quando revelou o conteúdo. Na caixa, uma imagem macabra — um dedo mindinho cortado e uma tesoura de jardinagem.

Um grito de horror preso na garganta de Joe. Ele sentiu o mundo girar ao redor dele, o peso do medo e da incerteza pressionando o peito. O seu tio, Salvatore, poderia estar morto. Ou, na melhor das hipóteses, em perigo.

Aflito, Joe pegou no telefone e discou rapidamente o número de Robert Walles, o advogado da família. Sabia que Walles estava no hospital a garantir os procedimentos legais para o tio que, nesta altura, deveria estar a ser operado. A urgência na voz de Joe era palpável quando ele começou a explicar a situação. A verdade estava se revelando em partes, o dia prometendo mais mistérios e surpresas.

(...)

Duas horas antes da caixa chegar às mãos de Joe, a luz artificial do quarto do hospital banhava Salvatore Pellegrini, o chefe da máfia de Chicago. Escoltado por dois homens da lei, leais não apenas à justiça, mas a ele, Salvatore mantinha o semblante fechado. Precisava de manter um ar preocupado, pelas recentes ameaças de morte fabricadas para garantir a escolta da polícia. Escolta essa escolhida a dedo pelo candidato a Senador, Macguire, que escolheu os melhores polícias.

Ao seu lado, Dr. John, cuja presença irradiava uma serenidade quase surreal, se preparava para a difícil conversa. Ele sabia das expectativas de Salvatore. Sabia que o mafioso esperava ser operado pelo melhor, o Dr. Smith. E sabia do luto de Smith, uma verdade que Salvatore questionava.

— Entendo as suas preocupações, Sr. Pellegrini, — disse John, a voz calma e segura. — O Dr. Smith é um dos melhores, sem dúvida. Mas acredite em mim, a tia dele realmente faleceu. Ele precisa desse tempo para o luto.

Salvatore, com um movimento do pescoço, sinalizou para seu advogado. A desconfiança nos seus olhos intensificou-se.

— E por que eu deveria acreditar em você, doutor? Por que eu deveria deixar que você, um estranho, opere o meu coração?

John olhou para Salvatore, os olhos transbordando de compreensão.

— Porque, Sr. Pellegrini, a medicina não se trata apenas de habilidade. Trata-se de humanidade. A humanidade de cuidar de um paciente, e a humanidade de respeitar o luto de um colega. E eu prometo, nas minhas mãos estará seguro.

O silêncio preencheu o quarto enquanto Salvatore considerava as palavras de John. A calma do médico, a lealdade que mostrava ao colega, tudo isso deixava uma impressão duradoura no mafioso.

— O senhor fala bem, doutor, — disse Salvatore, finalmente. — E eu respeito um homem que defende os seus colegas. Tem a minha permissão.

— Pois faremos o seguinte, quando recuperar da operação, vamos jantar para comemorar, eu faço questão de pagar! — disse John com uma calma impressionante e um sorriso que desanuviou todas as dúvidas de Salvatore.

— Oh, doutor, o senhor está é convidado para minha casa, sou eu que ofereço! — disse o mafioso agora num tom mais paternal e afável.

A tensão no quarto se dissipou, mas a tensão da cirurgia que se aproximava era inegável. John sabia do risco, da complexidade de operar um mixoma atrial, da delicadeza necessária para remover um tumor do coração. Mas ele estava pronto. E, naquele momento, sua amabilidade, sua coragem, e o seu amor pela profissão nunca estiveram mais evidentes para quem assistia.

Não era apenas o pessoal médico que assistiria à operação. Lá, no fundo da sala, estavam o Mascarado e a doutora Ana, impávidos e serenos. Um à espera de uma má ação e a outra à espera de uma boa ação. John medira a sua Escuridão em casa, hoje não houvera tempo de passar na piscina. Foi mesmo na banheira, um banho de imersão, afundou-se em apneia e cronometrou. Escuridão com índice de 75, a subir assim em breve atingirá o máximo. "A Escuridão não é a ausência de luz, é apenas o manto negro que a envolve.", refletiu John. Ele aspira trazer a luz para os seus dias, para o seu interior, não deixará que a Escuridão o cubra completamente.

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