meia-noite me perturba
perdi o ônibus,
ou apenas desci
na parada errada?
desmaio de sede e fome,
acordo, infelizmente,
renovada.
por que tanto tentamos
ser felizes na hora entristecida?
por que exigir qualquer essência
de uma filosofia de esquina?
então me refugio na arte,
das portas da tua retina.
me tortura;
essa possível cura
para a vida dura.
do outro lado da rua,
o escuro da Lua,
a arte na loucura,
medo de sutura
e breve ruptura.
engordo de remorso
na fissura que perdura;
então me envolvo
de luxúria e gula,
entre o manto do frio
que faz espuma,
me corrompo
em outras dúvidas,
mortalmente corrupta;
entre doces e travessuras.
*
*
*
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro