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A atmosfera na grande sala de jantar de meu lar estava carregada de um ar de expectativa, uma tensão que não conseguia passar despercebido. O lustre de cristal brilhava intensamente, lançando reflexos por toda parte, mas sua beleza só acentuava a frieza que sentia em meu coração. As vozes dos convidados, um zumbido de risos e conversas, ressoavam como ecos distantes em minha mente, enquanto lutava contra os próprios pensamentos que se amontoavam em um vendaval de desespero.

O motivo daquelas festividades, o arranjo de um casamento que nunca desejei, estava prestes a ser oficializado. A mesa, repleta de iguarias e adornos requintados, parecia um banquete para a dor que eu escondia. As conversas giravam em torno de possíveis uniões, promessas de alianças que não correspondiam ao que verdadeiramente desejava. Meu olhar frequentemente se desviava para a janela, como se pudesse encontrar no céu estrelado um sinal de esperança, uma maneira de escapar daquela prisão dourada.

Convidados da mais alta estirpe, sussurrando sobre famílias e posses, falavam sobre o brilho das joias e a importância do casamento como uma forma de união. Porém, em meio a toda aquela ostentação, havia um abismo dentro de mim. Era como se cada palavra que trocavam estivesse impregnada de veneno, cada sorriso uma máscara que encobria a verdade. Não era apenas o futuro que me afligia, mas a certeza de que estava prestes a perder Lanchlan, meu melhor amigo, o amor da minha vida.

As conversas polidas e risadas ao meu redor pareciam se intensificar, e me perdi em pensamentos sobre nosso tempo juntos. Lembrei-me dos primeiros dias em que nos conhecemos, quando éramos apenas crianças, correndo pelos jardins de nossas famílias. Nesses momentos, o amor que sentíamos era puro e livre, sem os grilhões da sociedade que agora nos aprisionavam. Com o passar dos anos, essa amizade se transformou em algo mais profundo, uma conexão que desafiava as normas e os costumes. Mas agora, com a pressão do matrimônio, sentia que tudo estava prestes a ser desfeito.

Enquanto observava o brilho das velas refletindo nas faces dos convidados, meu olhar se perdeu em memórias. O rosto de Lanchlan, com seus cabelos loiros e olhos azuis como o céu, invadia minha mente. Como eu poderia continuar a viver se ele não estivesse ao meu lado? O pensamento de tê-lo longe, preso em um casamento sem amor, era um fardo que eu não conseguia suportar.

Um dos meus primos, percebendo meu silêncio, dirigiu-se a mim com um sorriso. “Caspian, tu não pareces tão animado quanto o resto de nós. O que há com você?” Ele perguntava, mas a indagação se perdeu entre os sorrisos que a sociedade esperava de mim. Respondi com um gesto casual, mas a verdade permanecia oculta, enterrada sob as camadas de expectativas e obrigações.

O jantar avançou, e  me vi encurralado entre as conversas vazias e os olhares expectantes. Minhas mãos tremiam ligeiramente sob a mesa, e o peso da responsabilidade sobre meus ombros era quase insuportável. Cada prato que passava, cada brinde, era como um lembrete de que meu amor por Lanchlan era uma fraqueza, uma indulgência que não poderia ser permitida.

Ao final do jantar, os convidados se dispersaram, e eu fiquei sozinho, observando as sobras do banquete. A tristeza era palpável, uma sombra que se estendia por toda a sala. Em meio a tudo isso, tomei a decisão de escrever. A necessidade de expressar o que sentia tornou-se urgente. Corri para meu quarto, onde a quietude ofereceu um alívio temporário, e a caneta rapidamente começou a dançar sobre o papel.

Oh, a dor de um amor escondido,
que arde como fogo na calada da noite,
não posso gritar, nem confessar,
pois a sociedade condena meu desejo com um golpe.

Teus olhos, profundos como esmeraldas,
são luzes que me guiam na escuridão,
mas o mundo quer nos separar,
transformando a paixão em desilusão.

Como posso aceitar este destino amargo,
quando meu coração clama por teu calor?
A cada dia que passa, o temor cresce,
e a distância nos transforma em meras sombras.

Que o tempo me dê coragem para agir,
antes que o silêncio se torne eterno,
e que a noite nos envolva em seus braços,
nos permitindo viver, mesmo que em segredo.


Essas palavras, carregadas de dor e anseio, expressavam o que meu coração não ousava dizer em voz alta. Mas mesmo assim, eu sabia que eram apenas letras no papel. A realidade que me cercava era intransigente, e a única saída parecia ser a fuga.

Naquela noite, eu me deitei sem conseguir dormir. O pensamento de Lanchlan pairava sobre mim como um espectro, e, ao fechar os olhos, sua imagem aparecia com clareza. Eu desejava que ele estivesse ali, naquele instante, para que pudesse sentir o que eu sentia, para que soubesse que não estava sozinho nessa batalha interna.

O jantar havia terminado, mas a luta apenas começava. Eu precisava de um plano, uma maneira de escapar do que a vida esperava de mim. O amor que sentíamos era verdadeiro, e não poderia me permitir perder Lanchlan sem lutar por ele. As estrelas que brilhavam lá fora pareciam sussurrar promessas de esperança, e, em meio à escuridão, eu fiz uma promessa silenciosa a mim mesmo: não deixaria o destino decidir meu futuro.

A noite do meu jantar de apresentação chegou com a mesma opressão que uma tempestade prestes a eclodir. No magnífico palacete de minha família, o salão estava decorado com esplendor, mas cada ornamento parecia um símbolo dos grilhões que estavam prestes a me aprisionar. As conversas, as risadas e os sorrisos forçados eram uma cortina de fumaça que encobria a verdade que ardia em meu coração.

A inevitabilidade do arranjo de meu casamento se aproximava como um maremoto, prestes a devastar tudo o que conhecíamos. Não conseguia deixar de pensar em Caspian, que estava em algum lugar sob as mesmas estrelas, enfrentando o mesmo destino cruel. Como eu poderia me unir a alguém que não fosse ele? A ideia era uma afronta ao amor que sempre nutri por ele, um amor que nos últimos anos se intensificou em cada olhar furtivo, cada toque acidental.

Os convidados, elegantes em seus trajes, se movimentavam ao meu redor, mas eu me sentia mais isolado do que nunca. A palidez da minha pele parecia refletir a angústia que consumia meu espírito. O salão vibrava com o entusiasmo dos presentes, mas para mim, tudo era um eco distante. Em cada risada, em cada brinde, havia um lembrete sombrio de que meu amor estava prestes a ser perdido para sempre.

Enquanto as horas se arrastavam, eu não conseguia evitar de relembrar as memórias que compartilhamos. Cada momento com Caspian era uma chama que queimava em meu coração. Desde nossa infância, quando éramos apenas garotos travessos explorando os jardins de nossas famílias, até a adolescência, quando nossos olhares se tornaram mais carregados de significado, cada instante era um tesouro. Agora, com o peso do futuro nas minhas costas, essas memórias pareciam um punhal que se cravava ainda mais fundo em minha alma.

A mesa, decorada com um esplendor digno de realeza, servia como um convite para um futuro que eu não queria. Meu olhar se desviava para a porta, como se esperasse ver Caspian entrar, mas a realidade me mantinha cativo. Uma música suave tocava ao fundo, mas sua melodia parecia uma canção de lamento, ecoando as dores de um amor perdido.

Após o jantar, enquanto os convidados se dispersavam em conversas animadas, me retirei para o jardim, buscando um refúgio da agitação. As flores que floresciam ao meu redor, com suas cores vibrantes, pareciam zombar de minha dor. Sentei-me em um banco à sombra de uma árvore, e, em meio à quietude, a solidão tomou conta de mim.

Foi ali que decidi escrever, deixando que a dor se transformasse em palavras. Como poderia viver com a ideia de perder Caspian? A caneta deslizou pelo papel, e as letras formaram-se como um lamento.

Em um mundo onde o amor é um crime,
sinto-me acorrentado à dor do que não pode ser.
Teus olhos, como estrelas em uma noite de verão,
brilham para mim, mas não podem ser vistos.

Oh, como eu anseio por um toque, um sussurro,
mas a sociedade nos condena, e o destino se opõe.
Cada momento com você é um tesouro escondido,
mas, em breve, a vida me forçará a esquecer.

Como posso aceitar esta vida sem você,
quando cada batida do meu coração ecoa seu nome?
A dor de um amor oculto é um fardo pesado,
um peso que não consigo suportar, um clamor sem resposta.

Os laços que a sociedade nos impõe são cruéis,
e o desejo ardente que carrego se transforma em cinzas.
Sonhos de um futuro juntos se desvanecem na bruma,
e o amanhã se apresenta como um abismo sem fim.

Se ao menos o tempo pudesse ser revertido,
se ao menos pudéssemos desafiar o destino insensato.
Mas o mundo não ouve o clamor do meu coração,
e o silêncio se torna um grito ensurdecedor.

Então, em meio a esta noite que se arrasta,
escrevo palavras que nunca serão ditas.
Porque o amor, embora puro, é um segredo,
um eco perdido nas sombras da nossa vida.

Essas palavras, escritas sob a luz trêmula das estrelas, se tornaram meu refúgio, uma maneira de processar a dor que me consumia. Eu sabia que cada letra representava um pedaço de meu ser, um desejo que nunca poderia ser expresso em voz alta. O que eu mais temia era que, ao compartilhar essas emoções, eu revelasse a fraqueza de um coração apaixonado em uma sociedade que não aceitava tal amor.

Com a caneta ainda na mão, em silêncio, permiti que a brisa suave da noite acariciasse meu rosto, tentando encontrar consolo nas sombras. A esperança de que, de alguma forma, Caspian soubesse de meus sentimentos me acompanhava. Poderia ele sentir a mesma dor? Seria ele capaz de perceber o quanto eu desejava estar ao seu lado, mesmo que as circunstâncias fossem implacáveis?

Assim que voltei para o salão, a festa continuava, mas eu estava distante. As vozes dos convidados pareciam um ruído branco, e o brilho dos candelabros só acentuava a escuridão em meu coração. A alegria que os outros compartilhavam era um contraste agudo com minha tristeza, e eu me sentia mais só do que nunca. Eu precisava de Caspian, precisava de seu calor e seu apoio, e a ideia de que poderíamos estar separados por casamentos arranjados era insuportável.

Os olhares das damas e dos nobres me sondavam, cheios de expectativas. Eu sabia que todos esperavam que eu sorrisse, que participasse das conversas sobre um futuro brilhante, mas, dentro de mim, uma torrente de emoções se agitava. Cada pergunta sobre minhas intenções, cada comentário sobre a nova noiva, era como uma faca cortando profundamente em minha alma.

No fundo de meu ser, sabia que não poderia permitir que esse futuro me aprisionasse. As memórias que compartilhamos, os momentos em que nossos olhares se cruzaram e o mundo ao nosso redor desapareceu, eram as únicas verdades que eu poderia abraçar. Em cada toque, em cada risada trocada, havia uma promessa de amor que era mais forte do que qualquer arranjo. A presença de Caspian era como uma âncora em meio ao caos, e eu precisava encontrar uma maneira de nos manter juntos, mesmo que o mundo estivesse contra nós.

E assim, naquele palacete adornado, cercado por todos que esperavam uma apresentação brilhante, meu coração estava repleto de desespero. A noite não terminaria com a simples troca de cumprimentos, mas com a firme determinação de que eu lutaria por nosso amor, não importando o quão difícil fosse. O futuro poderia tentar nos separar, mas enquanto houvesse uma centelha de esperança, eu me recusaria a desistir.

Essa era a essência do meu ser, e, enquanto a música se elevava e os convidados brindavam a um futuro incerto, eu carregava dentro de mim a certeza de que, não importava onde a vida nos levasse, meu amor por Caspian permaneceria eterno, escondido nas páginas de cartas nunca enviadas e nos versos de poemas que jamais seriam lidos, mas sempre sentir-se-iam em cada batida do meu coração.

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