No sussurro da noite, guardo o indizível,
Um nome que flutua nas sombras, sem voz,
Tua ausência é um verso infindo, inaudível,
E cada estrela te sussurra em algoz.

Oh, se ao menos a lua te entregasse meu anseio,
Se cada suspiro no vento fosse confessado,
Eu não carregaria este silêncio em meu seio,
Que é fogo oculto, de pranto, silente e calado.

Nas noites, estendo a mão ao vácuo, a te buscar,
Imaginando que, em sonho, me tomes por amante,
E no vazio te sinto, em silêncio a me guiar,
Num amor que é segredo, eterno, mas distante.