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Atualmente ...
"Hora de acordar, querida!" Uma voz ecoou na minha cabeça fazendo doer ainda mais.
- Onde estou? - Mesmo de olhos fechados, eu sabia que não estava em casa, podia sentir o cheiro, a brisa na minha pele, tudo estava diferente do normal, principalmente a cama.
- Tudo está bem agora. Você está na ilha dourada agora. Não se preocupe. - ao ouvir que estava em outro país e em outra cidade, abri os olhos em desespero.
—O que estou fazendo aqui?— Eu perguntei, assustada com a informação que recebi. Eu estava longe de casa agora. Como pude acabar aqui? Como? — Perguntas e mais perguntas ecoaram em minha cabeça, procurando por respostas.
—Calma, depois você saberá tudo e por que está aqui. - Agora vista-se e saia para tomar seu café e conhecer os outros. — A loira ficava olhando pela janela, ela tinha olhos azuis, o cabelo loiro ondulado, o nariz empinado, a boquinha que combinava com seu rosto angelical.
— O que você olha tanto aí?— Levantei-me para ver o que ela estava olhando.
—"Pare aí!" — Ela disse, me empurrando para a cama. O que me deixou com raiva e ainda mais curiosa para saber o que ela estava olhando tão atentamente.
— "O que você pensa que está fazendo?" — Eu perguntei, empurrando-a de volta, gerando uma briga, o que chamou a atenção de outras pessoas lá fora por causa do barulho causado.
...
— Bem bem. A novata mal chegou e já está se metendo em problemas. —A voz grossa do homem parado nos fez parar. Ele parecia ser rude, sua postura era firme, seus cabelos eram castanhos-escuro, seus olhos da cor do mel, seu sorriso era malditamente contagioso e lindo. Ele estava acompanhado por dois seguranças, um loiro e um moreno, todos eles de uma beleza impressionante. - Pare com isso, Jully. — belisquei-me para não perder o foco no que estava sendo dito.
— Senhor perdoa-me! Estávamos apenas conversando e fingindo ser irmãs, por isso toda a gritaria. Nem isso, Jully? — Perguntou a loira que estava brigando comigo a poucos segundos.
— Sim é isso. — gaguejei.
— Não me obrigue e nem pense que sou burro o suficiente para pensar que vou acreditar nessa conversa fiada. — Agora me diga, o que estava acontecendo aqui? — gritou ele fazendo as outras garotas se assustarem, o que também me deixou tonta.
"Ele fica mais bonito quando está calmo."— pensei enquanto ele falava.
— Ela já disse que não estávamos fazendo nada demais. O que você quer que digamos? Droga! — Eu solto o que estava preso na minha língua afiada e não me controlo de forma alguma. Acabei de ver as garotas me olhando com aquele olhar "fodido" por que você teve que abrir essa boca? — foi quando percebi que ia ser uma merda.
— Nossa novata é rebelde, mmm muito respondona. — Agora veremos até onde isso vai. — Rapazes, mostrem-na o nosso quarto luxuoso.— Ele estalou os dedos e os meninos obedeceram sem questionar.
—O que eu fiz? —nada Jully, você apenas usou a liberdade de expressão. O que há de errado nisso? — tento me justificar pelo que está acontecendo agora.
Em poucos segundos eu estava me vendo em uma cena de filme, onde a jovem estava sendo arrastada para um sótão, onde há muitos ratos imundos correndo por toda parte. Os homens me empurraram quando me recusei a andar.
—Não torne isso mais difícil, menina— disse o moreno. — Eu só olhei para ele e continuei andando, o lugar era nojento, havia teias por toda parte, ouviam-se ruídos ali, o chão estava todo empoeirado, enfim: tudo sujo.
— É aqui que você vai passar o dia todo, sem comida e sem nada. Veja se você pensa melhor antes de agir. — A loira sorriu ao dizer isso. Fingi não me importar em ficar horrorizada neste lugar imundo.
...
— Sim, é a menina nova senhor, ela já chegou causando problemas. — Foi a voz daquele homem que me mandou aqui, neste lugar com pouca luz.
—Quero que você castigue todo mundo que não obedece, adoraria entrar para ver sua cara mas não, esse lugar é uma porcaria. — respondeu o outro homem, sua voz era a mesma que do meu pai, para não ter dúvidas, levantei-me e fui até a porta que estava entre-aberta.
— Onde você vai? — Disse o homem que falava com meu suposto pai, não me importava do que ele falava, só procurei aquele homem enquanto era parado por outro. Eu o vi andando pelo corredor, ele era meu pai. Sim ele era.
Aqueles homens foram embora e agora eu estava sozinha, sentada em uma velha cama com uma lâmpada que mal conseguia iluminar alguma coisa. Meus pensamentos me levaram ao passado onde minha mãe estava viva, a chuva começou a chover e os trovões me assustaram tanto ou mais do que quando eu era criança. Só minha mãe poderia me fazer bem agora. De volta ao presente, eu não entendia como meu pai poderia estar conectado com o que eles estão fazendo comigo, eu nem sabia o que estava fazendo aqui ou como cheguei a este país, confesso que tinha um sonho de conhecer este lugar, mas não desistia.
Meu pai, aquele maldito homem me deixou por causa de uma mulher. Aposto que um dia vou ficar cara a cara com ela, nesse dia, prometo mais uma vez me vingar do que ela me fez passar. Vou crescer aqui neste país e voltarei para atormentar a vida daqueles que tanto me fizeram mal. A começar pelo meu pai, que não sei para onde correu, talvez não seja o homem que ouvi com a mesma voz e o mesmo estilo. Talvez seja apenas minha ilusão. Ele nunca faria isso comigo. Ou faria? — Mais uma pergunta que só posso responder com o tempo. Quer ele quisesse ou não, eu não me importo mais, ele me deixou frustrada e com o coração partido quando me deixou sozinha em nosso país.
— Ei, Jully!— A garota loira, era sua voz. Eu me levantei e fui até a porta.
—O que você quer?— Eu perguntei arrogante.
— Só vim trazer comida e este papel para responder a algumas de suas perguntas. — Finalmente algo bom. — Eu suspeitei.
— Obrigada. — ela foi e eu voltei para a minha cama e comecei a comer, antes de ler coisas indesejadas. Assim que terminei, peguei o papel e a lâmpada para ver melhor o que estava escrito.
"Primeiro você precisa saber que vim a este lugar do nada e que meu nome é Ariadne. Eu não queria que você parasse aí, nesse lugar nojento. Sim, já parei aí mais de três vezes.
O dono desse negócio, ele é um homem muito nojento, ele sempre tenta todas as garotas que vêm aqui. Sim, é uma rede de prostituição. Fomos drogadas, sequestradas e trazidas aqui para nos prostituir. Normalmente trabalhamos em um cassino não muito longe daqui.
Não tenha medo, sugiro que se deixe levar, para não se machucar.
— O quê? Eu vim parar aqui para me prostituirem? Não, não pode ser. Isso só pode ser um pesadelo.
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