Capítulo - Final
Notas: Olá meus amores, mais uma att e infelizmente a última dessa história. Queria agradecer de coração quem acompanhou e deixou seu carinho em estrelinhas ou comentários, foi ótimo ler suas reações e saber que curtiram tanto quanto eu. Muito obrigada mesmo!
E é isso, fiquem com o capítulo final e não esqueçam de me dizer o que acharam, sempre leio todos os comentários com muito carinho <3. Até a próxima.
⧪⧪⧪
A chuva parou, mas não havia sol, piscando lentamente noto o clima nublado e pouco convidativo. Não quero sair da cama, não quero deixar o cheiro do lençol que me embriaga ou o corpo quente que me embala. Encaro as veias do seu braço, os dedos longos envolta de um dos meus seios, é ridiculamente erótico. Sei que não há uma peça sequer cobrindo meu corpo e quando me viro, noto que não é diferente com ele.
Dedilho seu peitoral, aproveitando a bolha de satisfação e encantamento em que estou. Não quero pensar na realidade e deixar minha mente vencer aquele momento.
— Dormiu bem? — sua voz matinal é tão baixa e grave que todo meu corpo se arrepia. Naquele tom de voz, Chang Kyun conseguiria me convencer a realizar as maiores barbaridades do mundo. E eu as farias com um sorriso no rosto.
Engulo em seco tentando não parecer tão rendida.
— Sim, muito. — admito repentinamente me envergonhando, escondo o rosto no ombro inalando seu cheiro.
— Ótimo, vou preparar algo para tomarmos café. — diz sutilmente beijando a lateral do meu rosto.
— Boa ideia, estou faminta.
A cozinha cheira a pão de forma, margarina e leite com caramelo. Fico surpresa e um pouco preocupada com o fato de saber meu café da manhã preferido. Não me lembrava de ter contado alguma vez. Me sento na cadeira de frente para a ilha. Ele parece cansado, mas faz tudo sem me deixar colocar um pé na cozinha insistindo com a sua ideia de que eu acabaria tirando tudo do lugar.
— É estranho ficar aqui só te olhando fazer tudo. — murmuro com a cabeça apoiada na palma da mão, sem tirar os olhos do ombros largos e nus. — Posso pegar a louça.
— Toda a minha louça esta nos armários altos. — comenta misturando caramelo nos copos de leite quente. — Não vai alcançar.
— Somos praticamente da mesma altura. — reclamei estreitando os olhos.
— Não interessa.
Salto da cadeira me sentindo ultrajada. Até que demorou até que começássemos a discutir por algo trivial. Dou a volta na ilha indo em direção aos armários em busca de pratos e mais xícaras, por pura implicância. Alcancei o primeiro prato e fui arrastada para trás. Levantei o rosto, seu braço me envolveu levantando meus pés do chão.
— Chang Kyun! — ele aperta o braço em volta da minha cintura.
— Talita Moreira! — estremeço com o tom da sua voz.
— Me coloque no chão imediatamente seu idiota.
— Vai me obedecer?
— Claro que não. — olho para o prato em minha mão pensando se vale ou não arrebenta-lo em sua cabeça.
— Argh, é claro que não. — seu outro braço envolve a cintura, seu queixo repousa no meu ombro. — Só fica quietinha, ok? Tô fazendo o café porque quero cuidar de você, na próxima você me ajuda.
— Não vai ter próxima. — resmungo, mais em um gemido do que um reprovação.
A realidade é que com seus braços envolta do meu corpo, seu nariz roçando a pele do meu pescoço, fico mentalmente, fisicamente doente por ele. Minha boca diz que não, mas meu corpo está arrepiado, meu coração acelera. É ladeira abaixo.
— Como assim? — sua língua passa pela minha orelha. — Tem certeza que não quer repetir o que fizemos? — meus pés tocam o chão e meu corpo é girado batendo contra seu peito. — Te desafio a me disser que não quer.
— As torradas estão queimando. — meu olhos passam dos lábios vermelhos subindo até suas orbes. Me sinto fraca, extasiada.
— A casa toda pode queimar, o que me importa é você.
— Não diga essas coisas. — me sinto um disco velho, mas as minhas barreiras sempre estão ali, prestes a soar alarme.
— O que eu devo dizer, então? — seus lábios se chocaram contra os meus roçando a cada palavra.
— A verdade, assim eu não fantasio com o que não posso ter. — meu tom sai quase que como uma súplica.
— Que verdade você quer ouvir?
— A que só quer me foder, simples e direta.
Talvez essa tenha sido a minha maior vigarice comigo mesma. Queimar a mão para descobrir a temperatura do fogo não é algo inteligente de se fazer. Então me preparei, levando as mãos aos seus ombros.
— Certo, é isso. Eu quero te foder. — diz olhando intensamente no fundo dos meus olhos. — Quero te foder hoje até esquecer todas as suas defesas, quero transar o resto da semana até que isso não seja mais casual. — seus dedos entrelaçam os fios da minha nuca trazendo meu rosto para perto do seu. — E quando você finalmente entender que eu te quero de verdade, por completo, nós vamos fazer amor gostoso como dois idiotas apaixonados.
Aperto os dedos contra a pele do seu ombro.
— Tá falando sério? — suspiro roçando os lábios ao seus.
— Acha mesmo que eu aguentaria suas chatices se não fosse louco por você? — ele sorri, de um jeito idiota que faz minha barriga se revirar. — Só me da a porra de uma chance e nunca mais vai ter que duvidar.
Minhas barreiras caem por terra, não há nada mais que me impeça de acreditar, preciso me permitir, meu coração chama por aquela possibilidade e se desmancha com aquelas ditas verdades sendo despejadas em meus ouvidos. É claro que ainda sou louca por ele, é claro que ainda o quero como sempre quis.
Os vestígios se transformaram em provas concretas e meu desejo em realidade.
Ali mesmo na bancada da cozinha entre as minhas pernas. Quando nosso beijo singelo se transformou em algo selvagem e elétrico, suas mãos caminhavam por todo o meu corpo, descobrindo novos espaços e tocando onde já sabia que me arrancava gemidos. Beijo sua pele salgada, agarro seus fios gemendo com sua boca fazendo estragos nos meus peitos, chupadas e mordidas que deixariam marcas.
Uma bagunça no balcão da cozinha, é assim que me deixa, resmungando palavrões enquanto me chupa até minhas pernas tremerem.
— Banho, devíamos tomar banho. — sussurro entrelaçando as pernas na sua cintura.
Nem me importo se estou nua, menos ainda se seus dedos traçam linhas e espelham tapas curiosos na minha bunda no caminho para o banheiro. Meus pés tocam o chão gelado por pouco tempo, a água quente molha nossos corpos. Não consigo tirar os olhos dele, é como a minha maior fantasia se realizando. Sinto que posso chorar de tesão quando o assisto se tocar. Meus dedos formigam a fim de tocá-lo também, as veias palpáveis o comprimento que prometia muito mais do que poderia imaginar.
— Quero tocar você. — apoio a mão em seu peito o colocando contra a parede de azulejos. — Quero te sentir em mim, seu gostoso do caralho.
O sorriso cafajeste estampa seu rosto atiçando as borboletas que descem pela minha barriga e beliscam meu ventre molhando minha boceta imediatamente.
Ajoelhei a sua frente tomando seu pau entre os dedos, meu toque provou um gemido que nunca imaginei que poderia ouvir da sua boca. Deslizo os dedos de cima para baixo massageando suas bolas com a mão livre. Toda a marra some com sua cabeça sendo jogada para trás. Há uma sensação deliciosa em vê-lo gemer por mim. Não penso duas vezes antes de coloca-lo na boca. Sugando da cabecinha até engolir a maior parte.
A mão grande agarra meus cachos forçando meu rosto contra sua virilha.
— Hm...tão boa bebê. — ele balbucia com a calmaria de quem não está fodendo a minha boca enquanto me equilibro segurando suas coxas. — Minha Tali chupa tão gostoso. Isso porra, chupa tudo amorzinho.
Esfrego as pernas. Diabos, ele estava disposto a me enlouquecer. O engulo até meu limite, com um reflexo deplorável troco a boca pela mão segurando sua base.
— Faço algo melhor ainda. — esbarro seu pau nos meus lábios antes de levantar, trazendo sua boca até a minha. O sinto buscar espaço entre as minhas pernas as afastando com a mão, seu toque por pouco não me leva até lá. Seu pau encaixou entre as minhas dobras e se esfrega ali misturando nossos líquidos. — Não Chang... — resmungo frustrada e derramando de tesão. — Dentro, eu quero dentro.
— Caralho não...aqui.
Ele olha para os lados desnorteado antes de abrir o box e me empurrar para fora. Ergue meu corpo contra a pia de granito e tira um pacote de camisinhas da gaveta, joga o pacote vazio na lixeira e se encaixa. Arrasto o corpo para frente o sentindo mais perto, entrando lentamente e indo fundo. Se enterrando dentro de mim. Abraço seu corpo suspirando fundo, me acostumando com o tamanho dentro de mim, expandindo, e me fazendo derramar ainda mais.
— Eu sou louca por você, louca. — seguro seu rosto sugando seu lábio inferior. — Apaixonada, merda. — o senti se mover mais fundo, murmurou um palavrão. — Não me tortura assim, me fode logo.
— Apaixonada. Porra é apaixonada por mim. — apesar de soar como uma pergunta é uma afirmação, uma confirmação que vem da sua própria boca. — Não diz isso quando já estou dentro de você pensando em foder até seu último fio de sanidade. — se choca contra a minha virilha soa como um tapa. — Eu vou te deixar ainda mais louca Tali, hoje e sempre. — suas estocadas ganham ritmo prazeroso, a cada choque atingia algo que formava dentro de mim, me fazendo querer choramingar. — Cada vez que eu foder essa bocetinha apertada vai ser pra te deixar ainda mais apaixonada.
Suas palavras condizem com suas ações, com o desejo que seus olhos espelhavam nos meus. Beijos molhados, corpos mais molhados de suor que água do chuveiro. É intenso e gostoso. Meu corpo em cima da pia, contra o mármore, empinado levando suas estocadas por trás. Sua língua em mim. Meus joelhos contra o chão frio rebolando em seu pau enquanto me puxa os cabelos e sussurra as coisa mais sujas e apaixonadas que já ouvi em toda a minha vida.
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É noite e estamos deitados em sua cama, tranquilos, como se não tivéssemos passado as últimas horas como dois coelhos. Minha cabeça ainda se confunde, como o homem que me fez chorar em um orgasmo e agora massageava meus pés é o mesmo cara que quebrou meu coração anos antes. Seguro a minha vontade de perguntar o que mudou, não quero quebrar o clima ou voltar a soar como um rádio quebrado. Estou genuinamente curiosa.
Ele se levanta carregando a bandeja com copos e pratos de volta para a cozinha. Abraço um dos seus travesseiros sentindo o perfume do seu sabonete. Queria não ser tão rendida, tão, completamente, mentalmente, fisicamente fraca por ele.
— O que tá fazendo? — abro os olhos e ergo o olhar descobrindo que fui pega no flagra.
— Nada? — estreito os olhos sabendo que não vai colar.
— Um travesseiro não pode ter mais de você que eu. — desliza o corpo por baixo das cobertas me abraçando contra seu peito. É bem melhor do que o travesseiro.
— Você venceu. — encaixo o rosto na curva do seu ombro.
— Finalmente, depois de perder tanto tempo. — resmunga para si mesmo e eu interpretei aquilo como uma deixa.
— Todas as coisas que me disse hoje, estão vagando na minha cabeça. — puxo ar aos pulmões. — Disse que sou seu tipo, que sempre fui. Quando isso mudou?
— Nunca mudou, sempre foi. Desde a primeira vez que te vi, te achei linda.
— Então por que me fez acreditar o contrário? Sempre foi legal comigo, sei que era muito nova pra você, mas nós nos dávamos bem. — aliso seu peito com o indicador. — Sempre que buscava Suzy na escola fazia questão de me deixar em casa também, nas festas de família sempre estava por perto, perguntava sobre mim, os meus gostos. — as lembranças boas vagam na minha mente agora. — Uma vez até me levou para ver o sol nascer, dormi na casa da Suzy quando os tios estavam viajando, me chamou no meio da noite e nós ficamos sentados na sacada falando sobre bobagens. — um longo suspiro escapa da minha boca. — Até que você descobriu que eu estava apaixonada e zombou de mim na frente de todos. Eu não era seu tipo. Nunca se envolveria com uma pirralha carente.
— Não descobri que gostava de mim naquela época, eu já sabia, mas você era menor de idade e melhor amiga da minha prima. Te mantinha por perto porque eu gostava, sempre gostei da sua companhia. Você sempre foi incrível aos meus olhos, e eu aproveitava toda migalha da sua companhia. — não consigo ver seu rosto, mas suas palavras me deixam ainda mais balançada. — Eu queria me confessar, ia esperar seu aniversário, mas a Suzy descobriu antes e me impediu.
— O que? — ergo o corpo abruptamente ficando sob meus cotovelos. — Suzy sempre soube o quanto eu te amava, ela não pode ter feito nada contra isso. — suas orbes brilham ao chocar o olhar ao meu, a palavra em questão saiu sem pensar, não que fosse mentira.
— Não fique brava com ela, hoje eu entendo que foi o melhor a ser feito.
— Eu realmente não estou seguindo sua linha de raciocínio aqui. — sua mão busca a minha entrelaçando nossos dedos.
— Quando Suzy descobriu ela confirmou que você também gostava de mim, e pediu que eu me afastasse. A minha prima bem sabia o tipo de filho da puta que eu era na época e me alertou disso, eu só ia te machucar. Eu não estava pronto pra ter um relacionamento, e não podia te prender na minha bola de neve pro capricho, por muito tempo fiquei puto por ela ter jogado isso na minha cara, aquela pestinha. — seu polegar alisa a minha mão. — Depois que a raiva passou eu me liguei que não podia fazer aquilo contigo, te arrastar para a zona que era a minha vida, você merecia algo melhor.
— E não pode pensar em nada melhor a não ser me dar um fora?
— Te conheço, você é irritantemente persistente. Se tivesse dito a verdade teria me convencido a ficar com você e eu te teria ficado sem pensar duas vezes. Eu só não podia me permitir te machucar quando eu já estava tão fodido com meus próprios problemas.
Deixo meu corpo cair batendo as costas na cama, digerindo cada palavra dirigida a mim. A relação pesada como indigestão no meu peito. Um pouco machucado. Um pouco aliviado.
— Então por que ficou a minha volta todo esse tempo?
— Pelo mesmo motivo que você, mesmo com ódio de mim, ainda guardava meu lugar na fila da cafeteria. Aquela paixão nunca deixou meu peito, só precisava do momento certo para te trazer de volta à minha vida.
— Nunca te odiei de fato, eu estava magoada por muito tempo. E envergonha. — solto um suspiro de frustração vencendo as lágrimas estranhas que queriam escapar dos meus olhos. — Muito envergonhada mesmo.
— Eu que deveria me envergonhar por ter sido um babaca covarde. — sua respiração fica pesada e ele volta se aproximar, encostando o queixo no meu ombro. — Vou te compensar por isso, com umas flores, uns jantares clichês, muito sexo gostoso, peço sua mão em namoro para os seus pais até se quiser.
Rolo as orbes sentindo seu tom de voz cafajeste mudar nada sutilmente o clima do quarto. balanço a cabeça em negação, ele sorri e em instantes estou espelhando seu ato em uma risada alta. Nós somos patéticos mesmo.
— Já tem tudo planejado, garotão?
— Quase tudo, mas sou bom agindo no improviso. — seus lábios tocam a pele do meu ombro em um beijo calmo. — Precisa que eu pegue um violão e toque Ed Sheeran agora?
— Por favor não, tocando violão você é ótimo beijando a minha boca.
— Isso é um pedido? — inclinei o rosto sentindo sua respiração bater contra a minha.
— Entenda como quiser.
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Uma semana após o festival as coisas ainda estavam frescas, melhor dizendo: quentes. Apesar de todas as minhas dúvidas, Chang não havia se afastado depois das duas noites que ficamos juntos, eu estava acreditando que, ultrapassamos os caminhos sinuosos do passado, deixando tudo que nos impossibilita de ficar juntos em alguma curva vazia.
O espero na fila da cafeteria, esta um pouco cheia, mas nada fora do normal. Olho no relógio impaciente, só tem duas pessoas na minha frente e não estou disposta a deixar mais alguém passar só para espera-lo. Uma pessoa. Olho para o cardápio nos painéis mesmo sabendo que vou pedir o mesmo de sempre. Talvez eu pudesse pegar o favorito dele também, não é como se eu não soubesse.
— Bom dia, o que vai querer ? — João Garcia, o rapaz que sempre me atende, esboça um sorriso largo ao me ver.
— Um caramelo macchiato e um café duplo gelado.
— O macchiato também é gelado?
— Sim, com caramelo extra, por favor.
— Sempre, não me esqueço do seu pedido. — ouço o sino da loja soar anunciando a entrada de algum cliente. — É a minha cliente favorita, sabia? — sorrio de volta acenando.
— Esse é o meu café favorito, temos algo em comum aqui.
— Pediu meu café? — sinto o braço pesado rodear meu ombro tomando um susto. Ergo o rosto fitando o rapaz com as sobrancelhas unidas fitando o atendente. — Aposto que sim, a minha namorada jamais deixaria de pedir o café favorito do namorado dela no local favorito dela, pelo menos no campus.
Namorada? pressiono as pálpebras sendo pega de surpresa com suas palavras.
— Claro, tudo anotado. Qual nome devo colocar no café gelado?
— Coloque Chang no meu e Namorada do Chang no dela.
Sei que minha boca está aberta em um enorme "O", processando a cena ridícula que está acontecendo na frente dos meus olhos. João Garcia me encara sem graça, tentando entender se é brincadeira ou não.
— Ultimamente meu amigo aqui tem treinado suas piadas com muita seriedade. — Dou uma cotovelada no meu tal namorado que solta um murmúrio de dor.
— Tali no meu e Chang no café gelado, tá ótimo.
— Amigo? — ele resmunga entre dentes tirando o cartão do bolso e passando na máquina.
— Fique satisfeito por eu não ter pedido o café quente. — me viro depois de um sorriso de desculpas para João levando Chang comigo para o outro lado do balcão. — Pois a minha vontade é jogar em você. Que história é essa da namorado?
— Você é minha namorada, eu sou seu namorado. — ditou simplesmente passando os dedos pelos fios para cortar. — Tá surpresa porquê?
— Não me lembro de nenhum pedido formal, anel, nadinha. — cruzo os braços á frente do peito, minha bolsa escorre até o cotovelo e ele ergue a mão pegando, não noto quando a entrego e automaticamente cai no seu ombro.
— Essa burocracia eu resolvo depois, o que não dá são esses caras dando em cima de você descaradamente. — inclino o rosto para o lado lentamente, deduzindo algo.
— Ciúmes? — levo a mão à boca suprimindo uma risada. — Fala sério!
— Tô, e daí? — responde despreocupado demais, como se aquela revelação não acabasse com toda a sua pose de badboy inabalável.
Aproveito o momento para analisar a cena, depois de todos esses anos imaginando como seria ao menos ser notada por ele, o tinha ali a minha frente fazendo bico por ter — talvez — flertado com o atendente. A minha bolsa enroscada no seu ombro, o braço erguido buscando por contato como se não pudesse se manter longe por tempo demais. Toda a sua atenção e energia voltada para mim. Ele nem sequer se move quando os copos são postos no balcão e chamam nossos nomes.
— Nada de sair por aí dizendo que é meu namorado antes de colocar um anel no meu dedo. — seguro o riso que esquenta minhas bochechas, não há nada de errado em tomar proveito da situação e fazê-lo trabalhar um pouco demais, mesmo sendo óbvio que me tem em suas mãos. — Na próxima digo que é meu stalker e peço para chamarem a polícia do campus.
— Qual é Tali, a gente dormiu junto a semana toda. — puxou a aos pulmões ofendido e pontuou — Nós estamos juntos!
— É diferente. — Pego o meu copo e empurro o dele em seu peito. — Não é oficial. Você ainda está em período de teste.
— E quanto vai durar esse teste? — giro o calcanhares seguindo para a saída da loja.
— Não sei, o quanto você está disposto a investir?
Viro o rosto o fitando por cima do ombro, sei que está se irritando com a minha provocação, mas o seu rosto está iluminado com um sorriso que faz todo meu corpo estremecer.
— Tudo.
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