ventitre
Suvellié sempre foi normalmente fria, mas hoje, está incrivelmente quente. Acordo sentindo calor e tento empurrar o lençol, mas algo impede. Abro os olhos, dando de cara com um relógio, que não é meu marcando dez da manhã. Lembro-me então de ter encontrado Kaori e Zach juntos, ter chorado, pedido a ajuda de Dean, ido parar em sua casa e termos acabado dividindo a cama dele, com um amontoado de travesseiros entre nós, que pareceram ter sumido.
Olho para baixo e encontro a mão de Dean em minha cintura, o peso de sua perna está sobre a minha e seu corpo, o responsável pelo calor do quarto, todo colado atrás do meu, inclusive, sua ereção matinal. Dou um pulo, desviando de seu corpo e acabando por cair da cama. Resmungo de dor e me sento no chão, vendo Dean me olhar, sentado na cama, de olhos arregalados na minha direção.
— Eu... – Começamos a dizer, ao mesmo tempo. Dean solta uma tosse.
— Eu vou ao banheiro.
— É, acho que você precisa. – Seu olhar vai para baixo e se levanta da cama.
— Isso se chama ereção matinal.
— Que não deveria estar na minha bunda – Me levanto e tropeço para frente, acabando por cair na cama. Me viro de barriga para cima e levo uma mão a testa.
Minha cabeça está rodando, uma dor de cabeça forte me atinge, pior do que da última vez. Mas que merda? Quando foi que eu bebi?
— Você deveria tomar um remédio.
— E você ir ao banheiro – Não abro os olhos para o responder, mas pela sua voz, sei que está a minha frente. – Quando foi que eu bebi?
— Você não lembra? – Entreabro um olho, vendo Dean parado de braços cruzados a minha frente. Não desvio o olhar para baixo.
— Não – Resmungo e devagar, me apoio com os cotovelos. – Só lembro da barreira de travesseiros que fizemos na cama.
— E antes disso? – Inclino a cabeça, tentando lembrar.
— Te liguei pedindo ajuda – Engulo em seco e ergo o olhar para o seu – Obrigada por me buscar, eu não tinha para onde ir. – Dean acena com a cabeça e vai em direção ao banheiro.
— Melhor se apressar se quiser pegar alguma aula. – Arregalo os olhos e me levanto. Rápido demais.
Dean fecha a porta do banheiro atrás de si e eu fico parada no lugar, sem saber o que fazer. Passo os olhos pela mesa de cabeceira, onde me lembro de ter visto as fotos ontem, que agora estão viradas para a parede, ao lado deles, há um copo de água e algo que prefiro afirmar ser uma aspirina quando a engulo com o auxílio da água.
Minha mochila está próxima a escrivaninha e vou até ela. Me abaixo e pego os produtos de higiene que vou precisar, quando ouço Dean ligar o chuveiro. Reviro os olhos, não sei se há um banheiro no corredor, e não tô afim de dar de cara com alguém ao ir no banheiro lá embaixo.
Solto um suspiro e deixo as coisas em cima da cama. Dou outra olhada ao redor, mas meu olhar para nos papéis em cima da escrivaninha. Dou uma olhada para a porta do banheiro, confirmando que ele ainda está no chuveiro e me aproximo da mesa:
Os primeiros, por cima, são provas só com notas altas. Qual é, ele foi melhor que eu na prova de sociologia, remexo um pouco mais: algumas cartas e contas a pagar, nada incriminatório, mas no canto da mesa encontro uma foto entre as folhas de um caderno e pego-a na mão, vendo-a mais de perto.
Uma mulher de cabelos escuros e olhos azuis me encara, sorridente, ela parece ter em torno de trinta anos e na parte de baixo da foto, o nome Antonella está escrito. Meu olhar encara seus olhos, de novo não.
Largo a foto quando ouço ser o chuveiro desligado, e agarro as coisas que deixei sobre a cama, é o tempo que leva para Dean abrir a porta.
Ele tem só uma toalha pendurada no corpo, e outra sobre o pescoço, a qual usa uma das pontas para secar o cabelo. Desvio o olhar e passo por ele para entrar no banheiro. Fecho a porta atrás de mim e me encosto contra ela.
Olhos azuis são comuns, fiquei paranoica com os olhos de Matteo, e a sensação que eles me trouxeram, a mesma sensação dos olhos da foto. Talvez ela seja sua mãe, ele comentou sobre sua mãe ter tido um lance com o pai deles, talvez a mãe dele fosse como uma mãe para eles também.
Passo as mãos no rosto e respiro fundo, minha cabeça ainda dói e esse não é o melhor momento para dar uma de detetive.
Desço as escadas atrás de Dean, minha mochila balançando contra minhas costas. Troquei a roupa por um vestido azul claro até o meio das coxas e meia calça preta, nos pés, o vans que estava antes. Prendo o cabelo acima da cabeça em um coque enquanto vejo Dean entrar na cozinha.
Reviro os olhos, preciso ir embora o mais rápido possível para tentar botar minha cabeça em ordem com todos os últimos acontecimentos que ocorreram. Solto um suspiro quando penso em rever Kaori e entro na cozinha.
Dante, Martina, Pietro e Matteo estão sentados na mesa da cozinha, conversam animados sobre algo enquanto tomam café da manhã. Quando eu entro no campo de visão deles, seus olhos param em mim.
— Ah... bom dia? – Pergunto.
— Então era você o barulho da madrugada. – Pietro zomba e todos rirem, menos Matteo. Seu olhar está fixo no meu e quando o olho nos olhos, sinto um arrepio passar pelo meu corpo.
— Aconteceu alguma coisa? – Ele pergunta.
— Eu... – Desvio o olhar para Dean, encostado contra a ilha enquanto enfia colheradas de cereal na boca. Ele arqueia as sobrancelhas quando nota meu olhar, então engole em seco.
— Eu a chamei para me ajudar em um lance.
— De noite? – Martina pergunta – No seu quarto? – Reviro os olhos, que ótima desculpa.
— Calem a boca. – Ele resmunga e volta a comer.
Fico parada na entrada da cozinha, indecisa se peço o celular de alguém emprestado, já que o meu acabou a bateria, e peço algum carro privado, ou espero a boa vontade de Dean. De qualquer forma pelo visto não irei conseguir ir a nenhuma aula.
— Tá tentando se misturar com a decoração? – Dante pergunta para mim – Senta essa bunda aqui logo. – Ele puxa a cadeira vaga ao seu lado.
Reviro os olhos e me aproximo da cadeira, largo minha mochila no chão e me sento. Dean se aproxima da mesa com uma vasilha e uma colher e coloca a minha frente antes de se sentar à minha frente e ao lado de Martina, do outro lado da mesa.
— Matteo tava falando sobre como estava as coisas por aqui. – Martina comenta enquanto pego uma das caixas de cereal e a garrafa de leite em cima da mesa.
— Eai? – Dean pergunta entre colheradas.
— Filipo assinou um termo para se manter afastado da nossa área desde que a gente se mantenha afastado da dele também. – Matteo explica.
— E isso significa sem ir à praia ou aos pubs da zona sul. – Dante resmunga.
— Você nunca pisou na praia. – Pietro comenta.
— É, mas você vai ter que procurar outros bares pra encher a cara. – Dante retruca e um silêncio desconfortável paira sobre a mesa.
Ergo o olhar, vendo todos com o olhar fixo em suas respectivas tigelas. Dou uma colherada grande no cereal, pelo visto a qualquer momento serei obrigada a sair daqui rápido.
— Eu preciso ir. – Comento minutos depois. Dante, Matteo e Dean arrastam a cadeira com rapidez, ao mesmo tempo. Ao perceber o ato, eles se entreolham.
— Eu vou, preciso passar na biblioteca – Matteo se pronuncia e eu pego minha mochila e me levanto – Vou ir pegar as chaves. – Aceno com a cabeça e Matteo se afasta, Dante volta a se sentar, e Dean encara por onde Matteo saiu.
— Valeu pelo... – Encaro a tigela ainda cheia de cereal. – Cereal.
— Acredite, tem dias que só tem aveia em flocos. – Dante resmunga e pega a tigela que deixei.
Levo o olhar para Dean, mas não sei mais o que dizer, então apenas engulo em seco e saio da cozinha, decidindo esperar Matteo do lado de fora.
Quando Matteo para com o carro em frente a mim na calçada, entro no mesmo e ele sai com ele em direção a SMD.
— Então – Ele puxa assunto minutos depois. – Por que realmente veio passar a noite aqui?
— Briguei com minha amiga. – Resumo.
— E foi parar justo aqui? – Solto uma lufada de ar e encolho os olhos.
— Não tenho muitos amigos, e eu tenho o número de Dean.
— Pensei que eu e a galera fossemos seus amigos – Olho para ele, sem saber o que responder. Não quero dizer que nem fodendo, mas também não quero que ele ache que sim. Matteo solta um riso pelo nariz – Você tem vergonha de nós. – Arregalo os olhos.
— O que?
— Dá para perceber isso – Dá de ombros – Apesar de eu ter certeza que você gosta de mim e de alguns outros, prefere nos evitar o máximo possível, não confia completamente em nós. – Desvio o olhar, com vergonha pelo seu tom ressentido.
— Eu sou uma Sciame, tá lembrada?
— Que desculpa barata Ana – Ele revira os olhos. – Francesca é uma Alpha e senta até conosco no almoço.
— Francesca namora Ettore, ou namorava, sei lá – Abano com a mão. – E eu nem sou oficialmente uma Ghostin.
— Faz sentido – Ele para em um farol e volta o olhar para mim – Mas você e eu sabemos que isso é só uma desculpinha barata. – Respiro fundo e desvio o olhar, tentando pensar em algo.
— Não é vergonha, tá mais para... proteção. – Matteo suspira, e vira em uma esquina.
— Sei que a gente dá medo, que o que dizem por ai sobre nós não é nada positivo e animador, alguns realmente levam o que dizem ao pé da letra, mas a grande maioria não é assim – Ele da seta para a esquerda – Eu tive receio de fazer parte deles, apesar de tecnicamente já ser um deles pelo lance da minha mãe e tal – Ele abana com a mão – Mas Dean, Dante, Martina e Pietro são como irmãos para mim – Engole em seco – Eu conheço quem eles realmente são, e desde que minha mão morreu – Arregalo os olhos com a súbita revelação – Eu percebi que vivi grande parte da minha vida com medo, e esperando algo que nunca iria acontecer – Volta a me olhar – Então, eu decidi fazer o que eu tiver vontade, sem me importar com o que os outros podem dizer sobre mim, e eu acho que você deveria fazer o mesmo – Ele parece saber exatamente o que se passa em minha cabeça, e isso me assusta. - Só se vive uma vez Anabela, deixe de pensar um pouco se vai se arrepender ou não.
Fico em silêncio, sem saber exatamente o que falar. Meus pêsames? Você está certo? Você não entende?
— Minha mãe também morreu. – Matteo me encara com pesar.
— Sei que essa é a pior coisa a se dizer, mas... eu sinto muito.
— Digo o mesmo a você também. – Ambos desviamos o olhar e ficamos em silêncio por alguns minutos. Consigo ver a SMD ao longe enquanto nos aproximamos.
— Qual era o nome dela? – Ele pergunta.
— Isobel.
— De onde você é mesmo?
— Ammou, por quê? – Pergunto confusa por seu interesse.
— Só... não é um nome muito comum.
— Realmente – Abro um sorriso, o verdadeiro em dias – Assim como ela era. – De acordo com meu pai.
— É a minha também. – Mordo o lábio inferior, indecisa se realmente devo perguntar, mas não me aguento:
— Você tá bem? Quer dizer, andou sumido e distante nos últimos dias.
— Ah... – O vejo acelerar quando chegamos ao rochedo. – Eu tive alguns problemas, tive que me afastar para tentar deixar minha cabeça em ordem.
— E deu certo? – Ele me encara por alguns segundos antes de responder:
— Não, mas vai dar, em breve, eu espero.
Matteo estaciona em frente ao prédio principal e eu fico surpresa quando ele passa os braços ao meu redor, em um abraço. Sinto ele puxar meu cabelo e solto um resmungo de dor.
— Foi mal, meu anel prendeu.
— Tudo bem - Solto o cinto - Valeu pela carona e... até mais. - Tento abrir um sorriso.
Desço do carro quando Matteo e assim que ele se afasta, pergunto o horário para uma das garotas que me encara chocada por me ver descer do carro de Matteo, e descubro que se correr, consigo pegar as duas últimas aulas.
A chave de meu armário está no quarto, e eu prefiro evitar o local por enquanto, então entro no prédio principal, decidindo pedir uma folha e caneta emprestada para alguém.
Alguém com um perfume forte se senta ao meu lado na última aula. Solto um espirro e levo o olhar até a pessoa, encontrando um garoto loiro me encarando, seu rosto vermelho contrastando com sua pele pálida, denuncia sua vergonha, e pelo anel com uma pedra azul em sua mão, deduzi que é um Locuste. Os Locustes têm o costume de usar um anel com pedra azul no dedo, mostrando o orgulho a casa. Lembro que quando Luna me contou, me senti mal por fazer parte da única casa que não tem costume de usar algo para mostrar-se orgulhoso da causa. Eu acharia legal se tivéssemos, mas não sei se aturaria usar algo laranja todos os dias, laranja definitivamente não é minha cor.
— Foi o meu perfume? Desculpe-me. – Pede, ficando cada vez mais vermelho.
— Tudo bem – Coço meu nariz com a costa da mão. – Minha rinite atacou na última aula quando sentei na frente e recebi uma nuvem de giz.
— Entendo – Ele sorri, seu rosto voltando à cor normal – Asmático. – Aponta para o seu próprio peito.
— Que merda.
— Muita merda – Concorda com a cabeça, enquanto retira um livro e estojo da mochila. Quando ele começa a arrumar as coisas na mesa, olha para a folha que pedi emprestada na última aula – Quer uma caneta? – Olho agradecida para ele.
— Por favor, não tive tempo de ir até meu armário. – Ele abre um sorriso e procura uma caneta no estojo.
— Eu odeio o clima desse país, você pensa que já está frio o suficiente, então acorda no outro dia, e descobre que pode ser pior. – Comenta após me dar a caneta.
— Dá onde você é? – Pergunto, acompanhando os movimentos do garoto enquanto ele ajeita tudo milimetricamente em cima da mesa.
— Portugal. – Arqueio a sobrancelha.
— Isso explica o sotaque – Volto a atenção para o seu rosto. – Sem ofensas.
— Tudo bem, português é muito diferente de italiano.
—Capito – Sorri. – Italiano é muito difícil.
— Está brincando? – Ele para de arrumar as canetas ao lado do caderno e ergue o olhar para mim. – Português é uma das línguas mais difíceis no mundo.
— Se você diz – Dou de ombros e olho de novo para seu caderno – Letra bonita, estou envergonhada pelo meu garrancho. – Ele solta uma risada bonita, é estranho elogiar uma risada, mas a dele é realmente bonita, na verdade, ele é todo bonito.
Seu cabelo loiro em um tom de areia está preso em um pequeno rabo de cavalo na altura da nuca, nenhum fio fora do lugar. Sua boca é bem vermelha, o nariz é reto e os olhos verdes tem uma mistura de azul, não sendo de uma cor exata. Para completar, há algumas sardas bem claras espalhadas pelo seu rosto e quando ele sorri, exibe uma covinha na bochecha direita. Me sinto um patinho feio.
Quer dizer, não que eu me ache horrível, mas o único diferencial que eu tenho são meus olhos, de resto, me acho bem comum. Sempre quis ter covinhas, e sempre quis tocar em alguma. Seguro meu dedo e tento relembrar o que ele disse quando me responde:
— Que bom, é necessário ter uma letra legível para ser professor.
— Professor? – Arqueio a sobrancelha. – Quem é tão maluco para querer ser professor?
— Tentarei não me ofender.
— Sinto muito, mas, professor? – Ele ri.
— A gente não escolhe a profissão pela qual se apaixonar, só... Acontece – Ele desvia o olhar para frente da sala quando a professora de inglês, minha outra matéria optativa, entra. – Eu não tive a melhor das educações, então eu quero ensinar da forma que eu gostaria que eu e todos fossem ensinados.
— Isso é bem bonito – Sorrio sincera. A professora começa a ligar o refletor e eu percebo que nem sei o nome do garoto – Sou Anabela. – Estico a mão, ele aceita.
— Antônio.
Quando a aula acaba, Antônio se despede e sai para sua última aula do dia, ele fora totalmente agradável na aula, discutindo alguns assuntos da matéria comigo e até mesmo me tirando dúvidas.
Guardo minhas coisas e atravesso a metade do campus até o dormitório. Lembro que no começo do trimestre passado, alguns alunos estavam tentando fazer algum projeto para conseguir arrecadar dinheiro e contratar um serviço de motoristas para o campus. Eu sinceramente não sei como não havia um ainda, o campus todo é gigante, e nem os atletas gostam de cruzar ele todo a pé.
Entro no quarto e quase solto um suspiro de alivio quando o encontro vazio, mais algumas horas sem ver Kaori, ainda bem.
Sou surpreendida por Letitia quando saio do estoque com duas caixas de cervejas no RR às quatro da tarde.
— Olha isso – Ela empurra o celular na minha cara e eu afasto o rosto, tentando focar minha visão.
— Um celular.
— Não sua idiota – Ela revira os olhos. Arqueio a sobrancelha. – Foi mal, olha a foto.
— Hm... que isso? – Inclino a cabeça, tentando desvendar.
— Meu ultrassom. – Arregalo os olhos e aproximo o rosto do celular.
O fundo da imagem é preto, há uma mancha borrada branca no centro. Ergo o olhar para Letitia, seus olhos brilham e ela tem um sorriso lindo no rosto, e por isso seguro minha língua para não soltar um "que porra eu deveria ver aqui?".
— Ele é lindo. – Ela sorri ainda mais.
— É, não é? – Ela vira o celular para si e acaricia a tela.
— Espera – Deixo as caixas de cerveja no chão. – Isso quer dizer que você vai ter?
— Sim – Ela guarda o celular no bolso de trás da calça – Eu passei por um monte de merda sozinha, eu consigo passar por mais essa, eu quero ter, e se o pai não aceitar, é que nem você disse: foda-se. – Abro um sorriso e não resisto de abraçá-la apertado.
— Você vai ser incrível. – Sussurro em seu ouvido.
— E tem mais – Ela se afasta e me olha, seus olhos estão marejados e fico preocupada – Quero que você seja a madrinha.
Me afasto de Letitia, a boca aberta em choque e os olhos arregalados. Caralho. Eu não sei o que dizer, o que sentir só... caralho.
— Você tá falando sério? – Pergunto sentindo meu coração bater com rapidez.
— Sim, quer dizer – Ela revira os olhos enquanto passa as mãos por debaixo dos olhos. – A gente não é amiga, nem se gosta e tal, mas você foi a primeira a saber e a me apoiar não importando minha decisão e bem, eu não tenho outras amigas e... Enfim, aceita ou não?
— Eu... – Sinto meus olhos se encherem de lágrimas e abro um sorriso terno. – Eu não acho que mereça, mas se você quiser, eu aceitarei de coração.
Letitia me abraça com força, e eu a aperto de volta, sentindo meu peito se aquecer. Eu nem sei o que uma madrinha faz, mas serei a melhor que puder ser.
◤ NOTAS FINAIS ◥
Amores meus, eu quero agradecer de coração por todo o carinho que vocês dão pra mim e pra estória, as vezes o meu dia tá uma porcaria, aí eu entro aqui e leio os comentários de vocês e melhora meu dia 100%, então muito obrigada mesmo viu?
Esses últimos capítulos contém dicas importantes, então prestem atenção.
Até domingo.
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