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sedici

Sabatto

Levou mais de uma semana para meu pai finalmente retornar minha ligação.

Uma música pop chiclete soa pelo ambiente me fazendo acordar de meu sonho com Harry Styles. Abro meus olhos com dificuldade, e então estico a mão até a mesa da cabeceira onde lembro-me de ter deixado o celular, olho as horas antes de aceitar a chamada e levar o celular ao ouvido.

Buongiorno. – Saúdo, ouvindo um suspiro em resposta.

— Oi cucciolo. – Solto um riso ao ouvir o apelido antigo.

— Oi pai, como você está?

— Como sempre fico nesta data. – Apoio a outra mão na cama e me sento.

— Você demorou mais desta vez .– Meu pai nunca falava comigo na data em que minha mãe se foi, ele preferia passar o dia isolado, na maior parte bebendo ou trancado em seu quarto, mas ele nunca demorou dez dias para se recuperar.

— Esse ano faríamos vinte anos de casado.

— Ah. – Solto um murmuro, sem saber o que responder, nós não éramos do tipo que diz sinto muito, raramente dizíamos eu te amo para o outro.

— Como estão as aulas?

— Legal. – Olho ao redor do quarto, reparando pela primeira vez, que Kaori não está no quarto, como durante toda a semana passada.

A semana passou voando, felizmente não tive nenhum compromisso ou visita de Ghostins e consegui passar a semana focada nos estudos. Ainda assim consegui notar que Kaori saia antes de eu acordar, almoçava com seus novos amigos do jornal, e quando eu chegava do RR já estava dormindo. Ela está me evitando, e não posso a julgar por isso, na verdade, acho que não a ver como antes faz a culpa de estar escondendo coisas dela, diminuir.

— Tive alguns testes essa semana.

— Alguma nota ruim? – Solto uma risada.

— Não.

— Algum garoto? – Dessa vez, gargalho, ele parece estar de bom humor, o que me deixa aliviada.

— Garoto? Você nunca me perguntou de garotos, o que está acontecendo?

— Nada, só... – Ele tosse – Você está ficando mais velha, eu estou ficando mais velho, estive pensando em netos e...

— Netos? Velha? Eu dezenove anos.

— Dezenove anos – Ele suspira – Esqueça, ainda é muito nova, mas me diga... nenhum número desconhecido tentou entrar em contato contigo?

— Número? – Ajeito a postura, para meu pai perguntar isto, algo deve ter acontecido – Minha tia entrou em contato? – Algo parece cair do outro lado da linha.

— Sim – Solta um palavrão. – Ela está cada vez mais insistente.

— Ela não me vê há quatorze anos pai! – Falo com calma, sabendo que ele irá começar a se estressar. – E eu gostaria de vê-la, nunca entendi...

— Não. – Ele afirma, me interrompendo. Sinto raiva tomar conta de mim.

— Como o senhor bem sabe, estamos perto do natal, está mais que na hora de reunir nossa família pelo menos mais uma vez e... – Ele me interrompe:

— Ela não é da nossa família.

— Ela é a irmã da minha mãe, eu sempre tentei entender o seu lado, mas já estou sendo paciente a muitos anos - O ouço bufar – Eu não vejo ninguém da família dela há quatorze anos, quatorze – Ele se cala. – Não podemos ser só nós dois para sempre.

— Está ótimo para mim. – Soco o colchão, nossa relação conturbada voltando a dar as caras.

— Mas não para mim, está mais do que na hora de o senhor superar a morte de mamãe e deixar de culpar a família dela por algo que não faz sentido. – Exclamo, sentindo um alivio inundar meu peito por finalmente dizer o que sempre quis.

— Vou desligar, te vejo em dezembro. – A ligação cai e eu jogo o celular no colchão com raiva.

Desde que minha mãe se foi, meu pai se fechou para tudo e todos, seu jeito já era naturalmente fechado, talvez por ser policial, mas após isso, se tornou ainda pior.

Nossos natais e aniversários passaram a ser só nós dois, porque ele decidiu me proibir de ver minha família por parte de mãe, dizendo que eles têm culpa por sua morte, o que é totalmente ridículo, mas eu respeitei, respeitei porque sempre soube que minha mãe era o amor da vida de meu pai, porque no começo, tudo iria doer, mas eu sempre acreditei que depois iria diminuir a dor. A dor diminuiu, mas a raiva parece aumentar a cada ano.

Um dos motivos de ter pedido transferência para cá, apesar de o amar muito, era o fato de não aguentar mais aquela situação. Por ser um ex delegado respeitado em Ammou, ele tem contatos, então toda vez que eu tentava me aproximar da minha família por parte de mãe, ele intercedia, como um garoto mimado e rancoroso.

Respiro fundo e decido empurrar essa raiva para depois, as aulas deste trimestre acabam em menos de dois meses, depois virá o recesso de natal, eu terei um mês inteiro para discutir com ele e sua cabeça dura. Eu tive a quem puxar neste quesito.

Jogo o cobertor para o lado, sentindo o frio já me atingir. Calço meus chinelos e vou para o banheiro para escovar os dentes e fazer minhas necessidades. Kaori não costuma acordar cedo em finais de semana, pelo menos não antes do meio dia, agora, as onze, pela sua cama arrumada, ela deve ter saído a um bom tempo.

Visto uma calça jeans clara, uma blusa branca e por cima uma blusa de lã cinza. Nos pés, calço minhas botas cano curto e passo base, corretivo e um batom para esconder minha cara de morta. Quando vejo, o relógio já marca meio dia, o almoço começou a ser servido e meu estômago ronca com força. Pego meu celular e saio do quarto, tranco a porta e coloca a chave no bolso de trás da calça.

Ao sair do prédio Corvi, me assusto ao ver duas barracas de comida bloqueando a entrada ao estacionamento. Alguns estudantes passam por mim segurando pelúcias, bandeiras e coisas de decoração.

Quando me aproximo do prédio principal, encontro o gramado lotado, há várias pessoas de fora da universidade espalhadas pelo gramado do campus, por entre stands de tiro, barracas de comida e outras atrações que preenchem todo o lugar, me lembro então de que dia é hoje:

O dia da feira de arrecadações para o baile de outono que ocorre no final de novembro, marcando o fim das aulas e de outro trimestre. Kaori disse que o baile é uma graça, e que definitivamente precisamos ir nesse ano. Também disse que eles costumam pegar calouros para ajudar a arrumar, tanto que ela fora vítima e participou da barraca do beijo ano passado, não que ela tenha reclamado de todo, mas conseguiu me ajudar a não aceitar uma oferta estranha de ajuda a alguns meses atrás

Passo por entre as pessoas, esbarrando em alguns e murmurando desculpas a todo momento, até conseguir chegar à área do prédio principal. Entro no prédio e caminho até o grande refeitório. Assim que entro, vejo Kaori sentada com algumas garotas do jornal. Vou até a fila de comida, pego uma badeja e me sirvo de peixe assado com batatas, salada, uma garrafa de suco de uva e algum tipo de mousse. Assim que sento em uma mesa vazia, Kaori se despede das meninas e vem até mim segurando um pote de gelatina, ela veste um macacão amarelo de mangas longas com uma meia calça preta, nos pés, um salto rosa. Fico surpresa por ela finalmente sentar comigo.

— Boa tarde.

— Boa tarde – Respondo enquanto dou uma garfada na batata. – Acordou cedo, tá tudo bem?

— Sim – Ela assente, abrindo o pote de gelatina. – O pessoal do jornal marcou uma reunião.

— Tá indo tudo bem? – Passo para o peixe.

— Mais ou menos – Ela suspira – Como não finalizei minha matéria ainda, vou ficar nos arquivos. – Engulo a comida antes de dar um sorriso encorajador.

— Veja pelo lado bom, pelo menos você já está dentro.

— É – Ela então sorri – Sobre aquela madrugada... – Agora eu que suspiro. Com toda a correria e seus sumiços, não tivemos tempo de comentar sobre semana passada, o que me deixou aliviada, até agora.

— Lá vamos nós. – Murmuro.

— Não acredito que você ia beijar o Dean Bianchi – Sussurra o nome dele. - Ele é gato, eu sei, mas você não pode se envolver com ele.

— Eu sei. – Concordo, por isso mesmo decidi apagar da minha mente sua confissão sobre querer me beijar, porque, obviamente, ele não estava sóbrio.

— Nem com os amigos dele. – Desvio o olhar do prato, para ela.

— Por quê?

— Porque eles são quem são – Desvio o olhar para as batatas. Eu sei e entendo o que ela quis dizer, mas me senti um pouco... ofendida? – Oh, merda, você está se envolvendo.

— O quê?

— Você já está envolvida – Ela suspira, deixando a gelatina de lado – Você pretende e se der certo, vai entregar o líder deles, acha que eles vão ficar felizes com você? – Abro a boca, sem saber o que dizer. Pensar em Francesca e Matteo me odiando me deixa para baixo, mesmo que eu não goste de admitir – Sem contar que todos eles podem estar envolvidos com essas mortes – Ela fala tudo sussurrando. – Afinal, eles fazem o que Dean manda.

Penso em discordar, lembrando que Martina havia dito que apesar de Dean ser líder, eles também tomam suas próprias decisões, então talvez não sejam todos culpados. Oh merda, eu estou envolvida, mas seria impossível não ficar, Dante, apesar de irritante, me faz rir nas aulas de química forense e após o dia do racha, se tornou mais fácil aturá-lo.

Sinto como se conhecesse Matteo há séculos, fico completamente à vontade com ele. Francesca, apesar de não ser GG, seu namorado é, ela poderia sair prejudicada de alguma forma, e ela é uma das pessoas mais legais que conheci ali, e Dean... Eu espero que seja o único culpado, mas seria impossível organizar tudo sozinho.

— Vou ficar bem. – Afirmo, dando um gole no suco.

— Você não poderia adiantar as coisas de alguma forma?

— Como? Eu não descobri quase nada, acho que isso vai demorar mais do que eu gostaria.

— Algo que você descobriu não pode te ajudar? – Penso sobre Dean e Dante serem irmãos, não ajuda muito, só se eu descobrisse o porquê essa informação afetaria os negócios dele.

— Hm... talvez eu saiba por onde começar...

— Sabe? – Ergue a sobrancelha – Como? – Ocupo a boca com peixe, fugindo do assunto – Tá – Ela revira os olhos - Ana – Sua voz soa cuidadosa. – Quanto tempo você pretende ficar nessa investigação?

— Até descobrir a verdade? – Pergunto o óbvio, o que a faz respirar fundo.

— E se isso demorar muito? E se você perder mais de um ano nisso?

— Eu não quero ficar um ano nisso – Nego com a cabeça. – Eu mal consigo estudar direito agora ou me focar nas aulas sem minha cabeça se desviar para eles.

— E então? – Termino de comer. Eu já havia pensado sobre isso.

Meu pai sempre me disse que não se deve ficar fissurada por um caso, deixar de viver para tentar o solucionar. Ele já fechou vários casos sem respostas, ele, um ex-delegado renomado em Ammou.

— Se eu me ver sem mais nenhuma novidade, ou me ferrando na universidade, eu desisto. – Anuncio.

— Até o fim desse trimestre? – Dou de ombros.

— Seria quatro meses após a morte de Luna – Olho para ela. – Ok, se eu não conseguir nada que possa me ajudar contra Dean, eu desisto, mesmo que me doa pra caralho.

— Sinto muito.

— Tudo bem, acho que Luna não iria querer que eu vivesse para provar o culpado, deixando de estudar e me envolvendo com eles – Solto uma risada – Luna surtaria. – K sorri.

— Vamos melhorar esse astral – Ela levanta da mesa – A feira começou, vamos nos divertir. – Faço careta, mas me levanto.

Lá fora, o lugar se encontra ainda mais lotado do que antes. Tem alguns jogos comuns como tiro ao alvo, pescaria e acerte a boca do palhaço – nesse caso, de uma abelha, uma zoação aos Sciames -, além disso, há alguns novos como um mini palco para um show de talentos, uma competição de raps, um de piadas e na mini arena, estão realizando competições entre as casas.

K me puxa em direção a uma cabine de fotos, tudo ali custa apenas uma nota para participar, menos a arena, que é livre. O flash atinge meu rosto quando faço uma careta para a foto ao mesmo tempo em que gritos soam do lado de fora incentivando uma briga. Olho para o lado, mas Kaori já está lá fora vendo a possível briga. Reviro os olhos, pego as quatro fotos que saiu e separo as duas primeiras para mim. Saio da cabine, esticando as outras fotos para ela e então, vendo o motivo da briga:

Fico surpresa ao ver Pietro discutindo com um dos jogadores do time, acho que seu nome é Wesley. A veia no pescoço do primeiro parece que vai explodir a qualquer momento, enquanto ele grita e aponta na direção do outro. Quando Pietro empurra o peito dele, Wesley pula em sua direção, sendo impedido por Dante que agarra a sua jaqueta do time. Mal o vi chegar.

— O que tá rolando? – Pergunto a ninguém em específico. A minha direita, uma garota de cabelos roxos é quem responde:

— O babaca ali chamou o Pietro de viadinho. – Ergo a sobrancelha na direção dela.

— Quem é Pietro? – Uma menina atrás da gente pergunta, já emendando outra pergunta: – Ele é gay?

— É. – A garota dá de ombros.

Dante começa a falar com outro cara e pelo canto do olho, vejo Zach e outros caras do time se aproximarem. Encolho meus ombros já prevendo a merda quando vejo alguns Ghostins se aproximando, incluindo Dean e Ettore. Zach chega tirando a mão de Dante da jaqueta de Wesley e tomando a frente. A coisa parece esquentar mais ainda quando Ettore ri de algo que Zach diz.

— A qual é – Um grito feminino soa, vem de uma garota vestindo um colete laranja e que estava no amistoso improvisado na arena ao lado de nós – Não briguem como mariquinhas, decidam isso no campo. – Gritos apoiadores soam de outras pessoas.

— E tirem a camisa. – Mais gritos.

Pensei que veria Dante e o restante recuarem, afinal, uma partida contra o time da faculdade seria loucura, mas me surpreendo ao ver eles acenarem em concordância, fazendo os gritos explodirem. Quando todos começam a ir em direção a arena, sinto uma mão me puxar na mesma direção. Olho da mão para a pessoa e encontro uma Francesca enfurecida, atrás dela, Kaori a olha em descrença.

— Ridículos, totalmente ridículos. – Fran bufa.

— É, eles vão perder feio. – Concordo, mas Fran me olha estranho.

— Quê? Tô falando desses babacas do time, insultaram Pietro e ainda se acham no direito de reclamar de algo, mas meu namorado e os outros vão chutar a bunda deles.

— Do time oficial da faculdade? – Ergo a sobrancelha, finalmente paramos de andar ao chegar perto da grade que rodeia o gramado – Que jogam a sei lá quantos anos futebol e são realmente bons? – Zach e seus amigos podem ser grandes babacas, mas eles sabem jogar bem, só não tão bem para vencer jogos com facilidade, mas vencem, de qualquer forma. Francesca me dá um sorriso estranho. Kaori finalmente nos alcança.

— Eles não sabem jogar como nós. – Se refere aos Ghostins e eu sinto que esse jogo não será limpo.

— É estranho ver uma Alpha defendendo um Corvi, ainda mais Ghostin – Kaori comenta – Como é esse lance de namorar o inimigo e ser da casa inimiga deles? – Fico confusa com a frase, mas Fran parece entender.

— Muita gente me odeia – Ela dá de ombros – Mas muitas são duas caras, a maioria das garotas Alphas sonha em pegar algum Corvi, mas fingi os odiar, vai saber – Os garotos se reúnem no campo, Dean e Zach começam a conversar. Olho ao redor e fico surpresa ao ver as arquibancadas se encherem com rapidez. – E os GG's, me tratam como se fosse um deles, desde que eu não seja realmente uma Alpha.

— Parece difícil. – Fran a olha.

— Não quando se escolhe só um lado. – Pareceu soar como uma indireta, mas não há motivos para isso.

— Por favor, que eles não sejam do time sem camisa – Dou um pulo de susto quando Martina fala surgindo atrás da gente. Ela solta uma risada. – Não tô a fim de ver esses caras sem camisa.

— Ou qualquer cara – Letitia aparece ao lado dela e todas a olhamos confusa. – Que é? Isso aqui é a porra de um lugar público.

— Calma lá garota – Fran pede. – Ninguém falou nada.

— Como se precisasse – Letitia murmura e em seguida abre um sorriso. – É, eles são do time sem camisa.

Volta a olhar para frente e entro em choque quando vejo todos os GG's, e alguns Corvis que se juntaram para completar o time, começarem a tirar a parte de cima da roupa.

— Qual é, nem ta calor para isso – Martina reclama. – Como se usar essas jaquetas de couro já não os diferenciasse, fala sério, tem coletes!

— Cala a boca. – Uma garota reclama, na primeira fileira de assentos da arquibancada atrás de nós.

Os caras do time só tiram as jaquetas com que estavam antes, ficando com a blusa de baixo, reconheço quase todos, enquanto no outro time, Dante, Ettore, Pietro e Dean são os únicos que eu reconheço.

Meus olhos me traem quando Dean puxa a camisa branca que vestia por debaixo da jaqueta de couro, pela cabeça, os músculos do seu braço flexionam, deixando-os bem marcados, seu peitoral parece ser bem definido e porra, ele tem até um tanquinho, tudo isso escondido por uma jaqueta, é uma maldição. Seu braço esquerdo é preenchido por tatuagens até a altura do cotovelo e tem algo riscado na altura do quadril do lado direito. Solto um suspiro e arregalo os olhos, olhando ao redor para ver se alguém havia percebido, mas todas parecem focadas na mesma direção, menos Martina que sorri para mim com deboche.

Porcaria.

— Retiro o que eu disse – Kaori murmura no meu ouvido – Você tem que pegar esse cara. Acho que por ser perigoso, ele parece ainda mais gostoso. – Solto um riso tentando disfarçar.

Uma das garotas que jogavam antes, será a juíza e os faz tirar cara ou coroa para ver quem começa, Fran xinga quando os Alphas vencem.

O jogo de futebol tradicional começa bem e normal, com passes e dribles, até se passar cerca de dez minutos e um GG levar o cotovelo "sem querer"' ao estômago do adversário.

— Isso é permitido? – Pergunto quando nenhum tipo de falta é cobrada.

— Você quer argumentar com eles? – Letitia pergunta. Não respondo.

Com mais dez minutos, os Alphas marcam um gol, o que fez, no próximo passe, Pietro chutar o tornozelo do cara que marcou o gol. Como vingança, Zach chuta a bola em direção as partes intimas de Ettore.

— FILHO DA PUTA – Francesca grita se agarrando na grade, as pessoas ao redor da gente se afastam, assustadas – Eu vou ai chutar seu pau seu arrombado – os caras da quadra olham em nossa direção e eu seguro uma risada – Tá olhando o que? Em? Acerte as bolas do meu homem de novo e você perde as suas. – Zach desvia o olhar dela para mim e franze a testa em confusão. Martina gargalha quando conseguimos ver o rosto de Ettore claramente vermelho. O jogo volta ao normal quando Ettore se recupera, não quero nem ver o que ele fará em seguida, isso irá longe. Olho para o lado procurando Kaori, mas ela sumiu.

— Isso é melhor que briga, eles se torturam aos poucos – Nossos olhares vão para Martina – Sabe, nós quatro deveríamos sair para beber. – Levo meus olhos para Letitia, que me olha tão em choque quanto eu.

— Acho que a tintura tá danificando seu cérebro. – Fran se pronuncia, mas Martina apenas dá de ombros.

— Não sabem o que estão perdendo.

— Eu vou indo – Me afasto da grade após Dante marcar um gol. – Tenho que estudar.

— Ninguém te perguntou. – Olha com raiva para Letitia.

— E é por isso que nunca vai rolar. – Falo para Martina e em seguida, me afasto do aglomerado de pessoas.

A feira está praticamente abandonada já que todos acompanham o jogo, eu prefiro ir estudar e voltar à noite, quando tudo se acalmasse. Ando em direção para o prédio Corvi, sabendo que o caminho será longo, quando ouço meu nome ser chamado. Viro-me em direção a voz, encontrando Vincenzzo vindo na minha direção.

— Finalmente te achei. – Sorri assim que se aproxima.

— Estava me procurando?

— Desde o dia na máquina – Ele coça a nuca – Então, eu não sou muito bom nisso, mas... – Suas bochechas adquirem uma cor avermelhada. – Quer sair comigo? Amanhã?

— Sair? Amanhã? – Repito, em dúvida se entendi direito.

— É – Ele passa a mão no cabelo. – A gente pode ir ao cinema, ou comer uma pizza, ou ir ao boliche.

— Ah. – abro a boca tentando achar uma desculpa, mas outra voz me impede:

— Ela aceita. – Kaori surge do nada, passando a mão pelo meu ombro.

— Aceito? – Pergunto, brava por ela responder por mim.

— É aceita. – Semicerro os olhos em sua direção.

— Ótimo – Vincenzzo exclama, parecendo bem mais relaxado – Te pego as seis? – Pergunta. Viro meu rosto para ele, não sei o que me faz decidir, mas quando percebo, já estou aceitando:

— Nos encontramos no hall Sciame, as sete – Afirmo, tentando dar um sorriso animado. Ele assente e ainda vermelho de vergonha, acena e se afasta. Quando ele já está longe o bastante, retiro o braço de Kaori do meu ombro e a encaro. – Por que fez isso? Sabe que não gosto quando faz isso.

— Eu sei – Ela cruza os braços – Mas você precisa relaxar e esquecer um pouco todo esse lance de drogas, Ghostins e jaquetas de couro – Respiro fundo, tentando manter a calma. – Qual é, ele parece ser legal, pode ser divertido, além disso, você acabou de sair de uma semana fodida de testes.

— Tudo bem, mas só porque ele realmente parece ser legal

— E bonito.

— E bonito – Completo. – Mas se alguma coisa der errado, você será a culpada.

— Credo, vira essa boca para lá. – Ela revira os olhos. Gritos soam da arena a poucos metros de nós.

— Falando nisso, onde você se meteu? - Ela dá de ombros. - Tá adquirindo a habilidade de sumir do nada.

— Apesar de ser ótimo ver aqueles caras sem camisa, eu tenho mais o que fazer – Continuo a encarando, sem respostas – Eu só fui comprar um algodão doce Anabela. – Ela bate as mãos ao lado do corpo.

— Certo, desculpe – Eu estou ficando paranoica, preciso realmente sair e me divertir. – Vou estudar.

— Te vejo depois. – Ela se vira caminhando na direção oposta à minha.

Quando me afasto alguns metros, olho por sobre o ombro, bem a tempo de ver um pontinho amarelo entrando no prédio Alpha.

NOTAS FINAIS
Aos que leram a antiga versão: grande parte do próximo capítulo é nova!
Aos que não leram: se preparem para mais uma revelação!
Obrigada por todo o apoio e feedback com a história, vocês são incríveis.
Até sexta feira.

Buongiorno - Bom dia
Cucciolo - Filhote

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