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memoria

Luglio (Julho)
Dean Bianchi

Eu odeio os Alphas.

Desde que entrei na SMD há quase dois anos meu nojo por essa casa aumentava cada vez mais, todos diziam que os Corvis eram os mais traiçoeiros, mentirosos, filhos da puta e até drogados, mas quando as garotas chegavam em nós para se vingarem deles, eram exatamente as mesmas coisas que ouvíamos, afinal, o time vinha sendo uma merda no último ano, e só depois de usarem certos tipos de drogas começaram a melhorar, mas eles nunca passariam para alguma competição superior, não com o antidopping.

Reviro os olhos quando vejo o mais babaca do time, Zach Ricci, acertar um passe e tirar a camisa em comemoração. O cara vinha, desde que chegou, pegando todas as garotas do campus como se fosse o último dia da terra, e jogava fora como se fossem pedaços de merda, então fiquei surpreso pra caralho quando descobri que o filho da puta tinha namorada, depois eu ri, dele e da coitada, até descobrir que eu a conhecia, quer dizer, mais ou menos.

Desvio o olhar com tedio até uma dupla de garotas a minha frente na diagonal que grita com força após o lance, eu costumava vir a alguns treinos para minha seção diária de serotonina, mas hoje, fico surpreso com o que meus olhos enxergam.

Pego meu celular do bolso da jaqueta, que vem me fazendo soar pra caralho, mas tenho uma reputação a zelar, e vasculho a galeria de fotos até encontrar o print que tirei da tela da rede social da garota que vem assombrando meus pensamentos a anos. Engulo em seco e ergo o olhar do celular para uma das garotas que gritava: Anabela Coppola. Porra ela é mais bonita do que na foto de perfil.

Seus cabelos parecem pretos, mas quando a luz do sol do verão de Piena vinda das poucas janelas do ginásio, refletem neles, mostram que na verdade são castanhos claros, eles são lisos e batem abaixo de seus ombros em evidencia pela regata verde que usa. O sorriso que abre ao dar risada da amiga é contagiante e parece iluminar seus olhos que sei, mesmo ao longe, que são azuis como o céu dessa estação do ano.

A amiga asiática ao seu lado olha para mim por sobre o ombro de Coppola e diz algo. Quando a morena faz menção de virar e me olhar, não penso duas vezes antes de me jogar para trás deitando nos bancos livres ao meu lado, me escondendo feito um garotinho assustado, e talvez eu seja.

— Cara que merda é essa? – Fecho os olhos com força e quando abro os olhos, dou de cara com meu irmão. Que ótima situação.

O ginásio da SMD é grande, já que ocupa o último andar inteiro do prédio principal, e é rodeado por bancos de plástico sustentados pela estrutura de metal da arquibancada. Estou sentado na ponta do meio, mais próximo à saída/entrada do local, ficando na altura dos olhos de Dante que entrava no local para ridicularizar os jogadores comigo.

Ele cruza os braços e abre um sorriso arrogante para mim.

— Pare de me olhar assim porra. – Resmungo e após verificar nenhum olhar mais sobre mim, levanto dos bancos e salto da arquibancada, parando ao lado do meu irmão.

— Se escondendo da Coppola? – Olha por sobre meu ombro para a morena. – Caralho já faz um mês que ela chegou na cidade, quando finalmente vai falar com ela?

— Não agora e não aqui. – Encosto o ombro contra o metal, ficando de frente para o jogo.

— Qual a desculpa da vez? A "ela não mora na cidade ", "ela nunca nos viu antes" e "Antonella acabou de morrer" já foram usadas. – A cada desculpa, ele enumera com um dedo, se referindo as desculpas que dei desde que a carta de Antonella chegou as minhas mãos há quase três anos.

— Me arrependo amargamente por ter te contado sobre a carta.

— Dean agora sério – Olho para seu rosto sério – Você precisa falar com ela, precisa contar a verdade, essa é a primeira vez em um mês que você a ver de perto, e não foi algo planejado. – Reviro os olhos, sabendo que assim que soubemos que ela chegou na cidade, ele e meus primos a secaram no discurso de boas-vindas.

— E como quer que eu faça isso? – Me viro para ele já sem paciência – "Eai, sua mãe era minha madrasta e mandou a gente se conhecer" – Dante revira os olhos – Além disso, o namorado dela é um Alpha, já deve ter alertado sobre nós. - Ele abre a boca para falar mais alguma merda, mas é interrompido por uma discussão próxima de nós.

Ambos levamos o olhar para o casal a poucos metros de distância de nós, que discutem calorosamente. Anabela empurra o dedo contra o peito de Zach, questionando porque ele deu liberdade para uma garota loira ficar dando em cima dele. Seu rosto está franzido e zangado, e apenas pelo seu tom de voz, sinto um arrepio.

— Ok, ela realmente parece uma versão feminina de você – Ergo as sobrancelhas para ele – Só que gostosa.

— Cale a boca – Soco seu ombro e o empurro para a saída do ginásio. – Eu vou falar com ela, no momento certo.

— Até lá já estaremos velhos e enrugados.

Settembre
(Setembro)

Desço do carro e após fechar a porta, ajeito a gola da jaqueta, sentindo todos os olhares sobre mim, não impeço que o sorriso debochado que toma conta de meu rosto. Eu já fui muito ignorado na minha vida, afastado e linchado, e apesar de saber que nenhum deles gostaria de passar mais de alguns minutos perto de mim, receber tanta atenção assim aumenta meu ego pra caralho.

— Ainda não acho que essa foi uma boa ideia. – Levo o olhar para Matteo que desceu do carro parado ao meu lado.

— Atormentar os Alphas sempre é uma boa ideia. – Ele revira os olhos.

A primeira festa do ano está rolando a todo vapor e foi organizada pelos Alphas, como sempre, e como sempre, nenhum Corvi foi convidado, mas também como sempre, nos auto convidamos para a festa com o único objetivo de foder com tudo. Não sou um merda por isso, os caras fariam muito pior com nossas festas se soubessem a localização delas, se tornou algum tipo de tradição fodermos as coisas um dos outros, inclusive garotas.

— Podem esperar eu encher a cara primeiro antes de saírem na porrada? – Martina pergunta se apoiando no capô do meu carro do outro lado.

— Não. – Afirmo.

Ficamos mais alguns minutos no estacionamento, esperando os outros Ghostins chegarem ao estacionamento Alpha e não invadirmos a festa em desvantagem. Levo o olhar dos gêmeos que discutem sobre alguma merda para meu celular que toca no bolso detrás da calça. Franzo a testa ao ver o nome de Dante na tela.

— Onde você tá? – Pergunto assim que atendo. Ouço um barulho alto no fundo, parecido com uma festa.

Aqui dentro. – Reviro os olhos, Matteo a minha frente ergue as sobrancelhas em confusão.

— Eu mandei você esperar todo mundo chegar. – Gostaria de dar um longo sermão nele, mas fico aliviado que ele finalmente esteja voltando ao seu normal, ou quase isso, além disso, sou interrompido pelo mesmo:

Cale a boca e foca no que acabou de me acontecer - Ele grita e me seguro para não afastar meu celular do ouvido – Estava eu gostoso como sempre tomando minha bebida – Reviro os olhos – Quando esbarro na maior gostosa, e quando me viro para ver, ao subir o olhar dos peitos dela, quem eu encontro?

— Alguma garota com cérebro o suficiente para socar sua cara?

Anabela Coppola. – Me desencosto do carro, ficando com as costas ereta, em total alerta. Matteo me olha com a maior atenção, mas desvio o olhar dele.

— Você está zoando? – Sussurro.

Não, inclusive, estou acompanhando a gata até o banheiro para limpar a blusa dela e- opa, tenho que desligar.

— Dante? Dante! – Ouço o barulho da ligação sendo finalizada e bufo – Vamos entrar. – Guardo o celular e começo a andar com pressa, atravessando o estacionamento e sendo seguido de perto pelo resto dos Ghostins confusos.

Subo as escadas com pressa, mas tentando parecer relaxado, não quero que desconfiem de como meu coração bate acelerado em ansiedade.

Assim que passo pelas portas de entrada, o som da música eletrônica incomoda meus ouvidos e faço uma careta. A estrutura de todos os prédios é parecida, apesar do prédio Alpha ser bem maior, então enfrento a multidão da pista de dança, tentando chegar ao outro lado onde sei que está o banheiro onde provavelmente os dois estão.

Empurro corpos pelo caminho sem o menor cuidado. Na minha pressa temendo que Dante diga alguma merda, acabo empurrando um dos jogadores do time que se vira para mim furioso. Reviro os olhos e paro de andar, sabendo que acabei de começar uma briga. Respiro fundo e assim que vejo seu braço erguendo, desvio do possível soco e desfiro um em seu maxilar.

A multidão se fecha ao meu redor e um empurra-empurra começa, com pessoas querendo sair correndo após verem Ettore erguer algo, provavelmente pensando que era uma arma, como da última vez onde Michel estourou uma bexiga e todos pensaram que era um tiro.

Não sei de quem recebi um soco na costela e nem em quem eu chutei o joelho, só sei que em algum momento, todos começam a se dispersar junto com a multidão que tentava fugir da festa, ignoro todos e tento continuar seguindo contra o fluxo, até eu ouvir um alarme de carro soando alto lá fora após a música ser pausada logo quando a confusão teve início. Desisto de ir até o banheiro e volto meu caminho para a porta, sendo parado no meio do caminho por Gean:

— Cara, algum idiota fodeu com o seu carro. – Ergo as sobrancelhas e me apresso em descer as escadas.

Um grupo de pessoas está reunido próximo ao meu carro e quando abro espaço, consigo ver o para-brisa todo fodido. A cacos de vidro pelo capô, nos bancos e também pelo chão, perto do câmbio, consigo ver a arma do crime. Filho da puta.

— Quem fez essa merda? – Ninguém me responde, e volto a perguntar, agora em um grito – Quem foi porra? – Braços se erguem e mãos apontam para um carro que estava saindo do estacionamento.

O carro é ridículo: um mini cooper rosa com linhas brancas pelo capo, mas quando ele passa ao meu lado e olho pela janela, consigo ver Anabela Coppola tentando se fundir ao banco.

Algumas pessoas me olham surpresos e assustados quando abro um sorriso e destranco o carro.

— Você vai dirigir assim? – Pietro aponta para os cacos de vidro no meu banco. Retiro a jaqueta e enrolo no punho, usando-a para afastar os cacos de vidro.

— A oportunidade perfeita acabou de surgir.

— Que oportunidade cara? – Pietro pergunta. Atrás dele, vejo Dante se aproximar ofegante.

— Cara...

— Não queria que eu falasse com ela? – Pergunto e bato a jaqueta para me livrar de algum caco de vidro e depois de limpa, a visto. – É isso que vou fazer.

— Você deveria estar puto. – Dante cruza os braços. Dou de ombros.

— Eu estou sempre puto. – Entro no carro e me sento com cuidado.

Assim que ligo o motor, os dois e as outras pessoas que acompanhavam a cena ao redor, se afastam do meu carro e eu saio com ele.

Tento pensar no que dizer para a garota, ela acharia estranho se eu chegasse tranquilo após o acidente, mas não posso ser um tremendo filho da puta e afasta-la. Eu preciso de algo que a faça ficar ligada conosco, pelo menos por um tempo. Franzo o cenho, ameaça seria ruim? Sim, pra caralho, mas é a única coisa que consigo pensar após levar o dobro do tempo usual para atravessar o campus por causa dos cacos de vidro, eu deveria ter ido para casa ou pegado o carro de algum dos caras emprestado.

Desço do carro e respiro fundo antes de caminhar para dentro do prédio Corvi. Odeio como minhas mãos soam de ansiedade, odeio como meu coração está acelerado, mas farei o que for preciso para cumprir o último pedido de Antonella.

Parece que subi vinte lances de escadas quando foram só dois, e quando paro em frente a sua porta, apoio uma mão no batente e ergo a outra, dando batidas na madeira, e continuo batendo, mesmo após ouvir alguém resmungar do outro lado. Há um pequeno caco de vidro perto da manga, e é ele quem me dá uma ideia.

Distraído, não percebo quando a porta é aberta e dou um pequeno tropeço para frente, mas recupero o equilíbrio logo em seguida. Olho zangado para a culpada e fico surpreso ao dar de cara com os mesmos olhos de Antonella e Matteo, mas ainda mais hipnotizantes. Trinco o maxilar e apuro os ombros, tentando me recuperar.

— Quem é você? – Ela pergunta e solto um riso de escarnio. Fala sério, ela não faz ideia de quem sou?

— Tá de zoação comigo? – Ela me olha realmente confusa. – Dean Bianchi, e temos assuntos a tratar Coppola.

NOTAS FINAIS
Hey amores, a memoria saiu maior que o esperado, por isso vou publicar o outro capítulo as dez e meia ok? Falo mais por lá.

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