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cinquantuno

Dean Bianchi

Pietro é como um maldito velocista, e quando vejo, ele já está arrancando com o carro do estacionamento do hospital.

— Porra por que você deixou as chaves no carro? – Pergunto para Dante que vê seu carro sumir junto com nosso primo, reviro os olhos e bato em seu peito, começando a correr em direção ao meu carro, Ettore e Dante atrás de mim.

Assim que as portas deles se fecham, acelero em direção a saída, torcendo para que alcance ele, o olhar de decepção de Bela na minha mente é um bom combustível para me fazer acelerar e Ettore xingar quando sua cabeça bate no teto do carro.

Mas ela entenderá, todos eles entenderão, repito para mim mesmo enquanto estaciono o carro no estacionamento ao lado da delegacia em tempo recorde.

— Merda ele chegou – Olho para Dante e então acompanho seu olhar pelo retrovisor, seu carro está parado na frente da delegacia, as portas ainda abertas e a seta piscando, Dante resmunga enquanto saímos do carro – E dirigiu mal pra caralho, juro que se ele tiver arranhado...

— Isso é realmente importante agora? – Ettore o interrompe enquanto atravessamos o estacionamento a passadas rápida.

— Senhor – Paramos de andar próximo ao guichê na entrada do estacionamento, onde um garoto acena na nossa direção, um papel na mão – Seu ticket.

— Foda – Dante bufa. Volto alguns passos e me aproximo do garoto, pegando o ticket.

— Se estiver indo na delegacia, temos um convenio, só preciso de uma assinatura e fica de graça – Ergo o olhar para ele.

— Assinatura?

— Assinatura.

Merda, eu sou um gênio.

— Anda logo Dean, a essa hora Pietro já está na sala do Luigi – Guardo o ticket dentro do bolso da jaqueta e me apresso atrás deles, atravessamos a rua correndo.

O edifício de cinco andares quase não abriga nenhum presidiário dentro, a maioria é transferido para a delegacia de Ammou, e isso sempre enfureceu meu tio. Seu trabalho basicamente era investigar roubos de lojas e prender universitários que andam pelados nas ruas.

Quando a primeira acusação de assassinato bateu em minha porta, e a levei para ele, pensei que ele ficaria deveras interessado em resolver, mas pelo contrário, ele tratou como um caso normal, tanto que hoje, dois anos depois da primeira morte, ele não achou o culpado. Solto um riso de raiva enquanto atravesso a porta de entrada da delegacia, havia tantas pistas na minha cara, mas preferi ignorar e confiar no meu tio, o único familiar que nos restou.

— Oi gatinha – Dante sorri para a secretária, que ergue tediosamente o olhar do computador – Viu um cara maluco por aqui?

— Vão querer invadir a sala do delegado também?

— Valeu pela informação – Dante acena com a cabeça em direção ao corredor, a secretária grita quando passamos por ela sem autorização, e um guarda tenta nos alcançar, para uma tarde de segunda feira, esse lugar está vazio.

Me apresso pelo grande corredor e consigo abrir a porta da sala do filho da puta, quando dois policiais me seguram pelos braços. Dentro da sala, vejo Pietro gritar e apontar o dedo para seu pai, e solto um palavrão quando ele diz o nome de Zach.

— O cara acabou de quase assassinar uma garota porra, faça alguma coisa. – De Luca se recosta contra sua cadeira, sua face tranquila, ele desvia o olhar para nós, então acena com a mão e os dois filhos da puta me soltam.

Balanço meus braços e ajeito a jaqueta, é irônico ter quatro traficantes, com jaqueta e tudo, dentro de uma sala da polícia. Olho para trás, vendo os policiais se afastarem então aceno para Ettore fechar a porta atrás dele. Troco um olhar com Dante, que olha receoso para nosso primo.

— Você o viu fazer isso? – A voz de De Luca é tão suave que faz minha adrenalina aumentar.

— Não, mas tem gente que o viu sair da cena do crime minutos antes.

— Isso são suposições.

— Suposições? – Pietro grita.

— Merda, não podemos simplesmente tampar a boca dele e o tirar daqui a força? – Ettore sussurra atrás de mim e Dante.

— Você é um corrupto, seja corrupto mais uma vez e prenda o maldito desgraçado – Fecho os olhos, buscando paciência, De Luca soca a mesa e se levanta com rapidez.

— Não ouse falar merdas como essa dentro da minha sala, na delegacia – Sua voz é baixa e cortante – Você não tem provas, eu não posso simplesmente o prender.

— Por que? Não quer prender o seu comparsa?

— Pietro – O chamo, finalmente chamando sua atenção, quando ele nos vê, arregala os olhos e engole em seco – Tá na hora de ir, agora.

— Porra – Ele resmunga e olha por sobre o ombro para seu pai – Nunca tive tanto nojo de você como agora.

— Parece que temos algo em comum – Pietro tenta dar um passo à frente, mas Dante e eu seguramos cada um de seus braços antes que prossiga.

— Ok cara, hora de ir – Ettore abre a porta e Dante arrasta Pietro por ela, Ettore me olha, aguardando.

— Eu já vou – Ele franze a testa – Pegue o carro de Dante e leva Pietro de volta para o hospital. Avise para Dante me esperar no estacionamento, por favor.

— Beleza chefe.

A porta atrás dele se fecha ao mesmo tempo que meu tio começa a rir atrás de mim. Respiro fundo e me viro, o olhando com raiva, enquanto ele se apoia na mesa, gargalhando.

— Chefe – Tenta tomar um ar – Um moleque de vinte anos é o chefe. – Mais gargalhadas – Me desculpe sobrinho, sente-se. – Reviro os olhos para ele, mas me sento em uma das cadeiras a sua frente, não porque ele pediu, mas porque eu quero. O lugar está como sempre foi, lotado, escuro e com cheiro de cigarro. – Seu primo andou bebendo de novo? Ele não parece sã – Fecho uma mão em punho, quero socar sua cara, socar com força e várias vezes, a cena me acalma um pouco. Ele se senta como se fosse um rei.

— Sabe – Apoio uma das pernas sobre o joelho, tentando aparentar calma – Sempre me perguntei porque nunca deixou esse cargo após assumir uma parte dos negócios – Ele ergue uma sobrancelha – Cuidar da parte que era do meu pai, agora, te dá bastante dinheiro, mas não é só isso que você quer, você quer poder, sempre gostou disso.

— Que papo é esse garoto? – Ele solta uma risada. Você nunca diria que ele é da família, ele é mais baixo que nós, seus cabelos são em um tom mais claro, os olhos são verdes e sua pele é mais escura. Agora, olhando para seu rosto risonho, fico feliz por ele não ser nosso tio de sangue, me deixa mais aliviado para espancar seu rosto sem remorso – O que você quer? Reclamar do tal assassino? Ou finalmente percebeu eu aquela garota não presta? – Aperto os dentes com força.

— Aquela garota se chama Anabela – Ele revira os olhos – E ela presta, bem mais que você.

— Ela não é certa para você, é... – Ele faz uma careta – Enxerida demais.

— Enxerida porque descobriu seu joguinho? – Ele faz uma cara confusa. Reviro os olhos e descruzo as pernas, sem paciência.

— Vamos jogar limpo Luigi – Me inclino em direção a sua mesa – Encontrei o seu contrato – Seu rosto se ilumina – E sei do seu planinho de querer me prender para ficar com tudo que é meu.

— Então você descobriu – Um sorriso se abre em seu rosto – E levou mais de dois anos para isso, seu pai ficaria decepcionado Dean – Bufo – Mas não é culpa dele, aquela sua mãe falsa te mimou demais. – Ergo da cadeira e bato ambas as mãos com força em cima da mesa.

— Não fale dela – Praticamente rosno.

— Se acalma garoto, não vai adiantar de nada isso agora – Ele cruza os braços, totalmente relaxado. Tento me acalmar, não posso perder a cabeça ainda, não sem antes saber o motivo disso tudo.

— Por que? – Pergunto – Por que essa merda toda? Porque não foi sincero comigo? Pra que precisar me prender? Você poderia acabar fodendo seus filhos também.

— É claro que não garoto – Ele bufa.

— Então me explique – Ordeno, me inclinando mais em sua direção – Seja homem pelo menos nisso – Todo o ar risonho e debochado que ele tinha, se vai. De Lucca se levanta e se afasta da mesa, passando a andar pelo pequeno espaço disponível.

— Eu não queria prender você, somos família Dean, eu me importo com você.

— Família não faz o que você fez. – Acompanho com o olhar o seu andar em círculos.

— Talvez – Ele dá de ombros – Quando seu pai morreu, eu pensei que tudo que era dele, viria para o meu nome, afinal, eu era o único que restou dentre eles. Mas imagine a minha surpresa quando descobri que ele deixou metade de tudo para um garotinho? – Ele solta um riso desacreditado – Você mal sabia lidar com os babacas do colégio, imagina com uma gangue? – Reviro os olhos – Então tive que dar um jeito, um jeito de tirar isso de você, se isso continuasse com você, os Ghostins iriam acabar e eu não podia deixar. Você não quis me dar quando pedi, então, eu iria conseguir de outra forma.

— Me incriminar.

— Eu não iria deixar te prenderem Dean – Ele afirma – Só iria continuar a te incriminar com o Luccichio até que você cedesse e desistisse, me permitindo que ficasse com tudo.

— E por que os Alphas? Por que matar as garotas? Tinha outros jeitos de você fazer isso.

— Realmente – Ele assente com a cabeça – Mas não daria certo, você é sentimental demais, iria se sentir culpado por essas garotas facilmente – Ele dá de ombros – E quanto a esses garotos... eles queriam dinheiro e eu queria que alguém fizesse o trabalho sujo por mim, eu só mandava e acobertava, eles que escolhiam as garotas e conseguiam a droga para deixar junto ao corpo.

— Você tem noção do que fez? – Pergunto me virando em direção à onde ele parou – Matou garotas inocentes apenas para conseguir minha parte dos negócios?

— Negócios são negócios Dean, você mais do que ninguém deveria saber que nos nossos negócios, não se pode ter um coração frágil, e é exatamente por isso que você não poderia continuar liderando. – Solto uma risada de raiva.

— Ótimo, parabéns – Bato palmas com raiva para ele – Você conseguiu o que queria, toda essa merda agora é sua – Abro os braços em demonstração – Irei assinar aquela merda de contrato, basta você assinar e tudo será seu, e então, deixe de me incriminar e de matar inocentes. – Ele ergue a sobrancelha e abre um sorriso.

— Você me acha tão idiota assim? – Ele nega com a cabeça em descrença – Assino o contrato para que você saia daqui e me denuncie como o chefe dos Ghostins? – Ele ri e dá a volta em sua mesa, abrindo uma gaveta e retirando um pen drive de dentro dela – Além do mais, eu tenho isso – Ele balança o pen drive, franzo o cenho, sem entender – Não conseguirão me foder.

— E então? Eu já sei do seu plano, você não quer assinar, como ficamos?

— Exatamente assim sobrinho – Ele se aproxima de mim – Você ficará com essa maldita boca calada, eu irei assumir todos os negócios e trocarei aqueles seus amigos fracos de merda da SMD pelos meus companheiros – Ele dá mais um passo – E se você resolver me foder, vem comigo, e acredite, irei fazer com que seu irmão e a sua namoradinha de merda, se fodam junto. Tenho tudo que é necessário para fazer você ser preso, e seus amiguinhos também – Seu rosto está a centímetros de distância do meu, o sorriso debochado nele me faz ficar com os dentes tão cerrados que não ficaria surpreso se quebrassem. Respiro com rapidez, tentando inutilmente exalar toda a minha raiva – Estamos entendidos?

— Você é um ganancioso de merda.

— Veja pelo lado positivo, pelo menos tudo continuará em família – Ele entende a minha resposta como um sim e se afasta – Agora sai fora daqui - Ele estala os dedos, que faz com que os dois policiais de antes voltem a entrar na sala – Revistem ele.

— O que? – Dou risada – Isso é ridículo. – Ele não me responde, apenas espera seus companheiros revistarem-me a preocupa de algo, mas nem o celular trouxe – Satisfeito? – Pergunto ao terminarem.

— E como.

— Pelo menos assine essa merda – Retiro o papel do estacionamento do meu bolso e jogo em sua direção – Delegado – Abro um sorriso falso.

— Não se preocupe, irei dar uma mesada mensal para vocês não morrerem de fome – Ele zomba, mas assina o papel.

Pego de volta o papel assim que ele me estica. Um dos policiais começa a me empurrar para fora, mas reluto. Olho para o filho da puta que um dia considerei como um segundo pai, e tento expressar com o olhar toda a raiva que sinto, enquanto minha mão coça para encontrar sua cara.

— Parabéns De Lucca. – Ele sorri orgulhoso.

— Graças a você Dean.

Cada passo meu em direção a saída da delegacia é dado com raiva, principalmente ao ver os outros policiais rirem da minha cara, reviro os olhos, como se eles fossem melhores do que eu.

— Finalmente cara – Dante exclama quando atravesso a rua, parado ao lado do guichê de entrada do estacionamento, pego a carteira e tiro duas notas de dentro dela, jogando para o garoto – Ele nem assinou o ticket? – Meu irmão zomba, me seguindo de perto em direção ao carro.

— Assinou.

— E então? Tá fazendo caridade? – Paro ao lado da porta do motorista, e o olho por cima do carro, um sorriso se abrindo lentamente em meu rosto – Você está chapado?

— Não, mas vou querer ficar quando tudo isso acabar – Destravo o carro e abro a porta.

— Vamos para o hospital?

— Não, vamos para um outro lugar – Dante me olha confuso – Preciso de sua ajuda, mas não pode contar para ninguém. – Ele suspira.

— Não acho uma boa ideia, mas você é meu irmão, confio em você com a minha vida – Abro um sorriso e dou um tapa no teto do carro.

— Vamos.

Anabela Coppola

Martedi

Me espreguiço e solto um bocejo antes de abrir os olhos. O quarto está escuro, parece que ainda está de madrugada, mas assim que olho o relógio em cima da mesa da cabeceira, vejo que já são sete horas da noite. Eu dormi o dia inteiro assim que cheguei do hospital ontem de madrugada.

A porta do banheiro se abre enquanto me sento, e Zoe vestida com uma calça jeans preta e um moletom azul, aparece.

— Eu já ia te acordar. – Bocejo mais uma vez.

— O que foi?

— Fran ligou, parece Kaori acordou. – Arregalo os olhos e chuto o edredom.

— Ok, vou me arrumar – Levanto da cama e já vou para o armário pegar uma muda de roupa – Você vai? – Pergunto por ela estar arrumada.

— Óbvio, não conheço Kaori, mas se ela é importante para você, é para mim também – Paro de procurar uma roupa e olho para Zoe, meu coração aperta em meu peito e me apresso em sua direção, a abraçando com força – Você está bem? Quer dizer, não é muito de abraços – Ela me aperta de volta.

— Estou – Solto um suspiro antes de me afastar – Só saiba que você é muito importante para mim – Zoe arregala os olhos e vejo quando ela fica emocionada – Obrigada por se arriscar e confiar em mim sem ao menos me conhecer. – Ela abre um sorriso.

— Alguma coisa me dizia que você valeria a pena – Ela encolhe os ombros – E fico feliz por ter ouvido minha intuição porque você... sabe, você é a primeira amiga de verdade que tenho em muito tempo – Agora sinto meus olhos se encherem de lagrimas – Ok, se arrume logo antes que comecemos a chorar.

Quarenta minutos depois, estaciono o carro em frente ao hospital. Voo para dentro do hospital feito um vento, Zoe me seguindo de perto. Assim que vejo Fran na sala de espera, corro em sua direção.

— Como ela está? Qual o quarto? – Pergunto apressada. Fran arregala os olhos com minha chegada repentina.

— Vinte e dois, mas o horário de visita...

Não o ouço terminar de responder, só corro corredor adentro. Me perco várias vezes e sou barrada umas três, até finalmente achar o quarto em que Kaori está. Bato na porta duas vezes antes de a abrir. Seguro o ar ao ver Kaori deitada na cama, fios ligados a ela e uma máquina checando seus batimentos cardíacos.

Kaori desvia o olhar da janela para mim, assim que nossos olhares se encontram, meus olhos se enchem de lagrimas e pela sua voz tremida, ela está tão emocionada quanto eu. Fecho a porta atrás de mim e me aproximo de sua cama.

— K... – Começo a falar, mas não termino. Fico aliviada por ver seu peito subindo e descendo em um ritmo normal e sua pele mais viva.

— Me desculpa – Ela me interrompe – Me desculpa Ana.

— Desculpar o que? – Aperto sua mão, feliz por ela estar em uma temperatura normal.

— Por me envolver com Zach, eu não fiz por mal, não fiz para te ofender ou...

— Não importa – Nego com a cabeça a interrompendo – Eu reagi muito mal eu...

— Não – Ela volta a me interromper – Me escuta, por favor – Assinto, vendo um brilho de desespero em seus olhos – Eu me envolvi com Zach porque descobri que ele está envolvido com as mortes das garotas.

— Eu sei, mas...

— Menina – Sou interrompida por uma enfermeira entrando no quarto – O que faz aqui? O horário de visitas acabou faz tempo.

— Eu já vou – Olho para Kaori – Eu volto amanhã ok?

— Não, espera – Ela segura minha mão, a mulher na porta bufa frustrada – Vá até nosso antigo quarto na Corvi, o azulejo falso no banheiro vai te explicar tudo. Não se preocupa comigo, resolve isso antes que ele e os amigos dele resolvam – Abro a boca, querendo perguntar mais, mas a enfermeira agarra meu braço – Só confie em mim, por favor, e seja rápida.

Saio do quarto com o pensamento a mil e temendo deixar Kaori para trás, mas com o olhar da enfermeira nervosa, acabo saindo dali e voltando para onde deixei os outros.  Assim que entro na sala de espera, vejo Zoe, Martina, Pietro e Fran encostados contra uma parede do outro lado da sala, o olhar fixo em um grupo de garotos.

— O que foi? – Pergunto, mas nenhum olhar é desviado para mim.

— Alphas – Martina responde com o olhar fixo no grupo – E policiais. – Ela desvia o olhar para a porta, onde dois guardas passam por elas.

— Merda – Resmungo, vendo os guardas se aproximarem do balcão da secretária, perto de onde o grupo de garotos Alphas estão, nos encarando. Um deles acena para o grupo de garotos e me lembro das palavras de Kaori.

— O que vocês acham que eles vieram fazer? – Zoe pergunta se referindo aos Alphas.

— Eliminar a prova – Martina cruza os braços e se vira para o irmão – E se impedirmos eles de entrarem no quarto?

— Como? – Ele balança a cabeça pensativo – Eles são da polícia, são a merda da lei. - Volto a olhar para os policiais – Merda, eles estão indo.

— Não! – Sem pensar, corro na direção deles e paro em sua frente, os impedindo de andar.

Todos me olham estranho, e uma das secretárias grita para eu me calar. Os dois policiais à minha frente me olham entediados. Eles se contrastam de várias formas, um é baixo, o outro alto, um loiro, o outro moreno, um com uma barriga rechonchuda que certamente é derivada de litros e litros de cerveja, e o outro sem nenhuma elevação visível.

— Algum problema garota? – O mais alto pergunta, e eu engulo em seco. Olho em direção a Zoe, que me olha com os olhos arregalados, depois para os Alphas, que parecem estar mais próximos agora, e então de volta para os dois.

— Eu...

— Minha filha – Outro grito soa pelo local e desviamos o olhar para a entrada. A mãe de Kaori passa pelas portas em desespero, suas roupas estão amassadas, o cabelo está apontando para todas as direções e ela chora compulsivamente – Cadê minha filha? – Ela pergunta de novo quando ninguém responde, apenas desviam o olhar dela parada no centro da sala.

— Tia – Chamo, ainda impedindo os policiais. A mãe de Kaori, olha para mim e parece chorar ainda mais enquanto vem em minha direção. Tia Hinata sempre me tratou como uma segunda filha, e eu, como uma segunda mãe, então, quando me abraça com força, soluçando sem parar, meu coração se despedaça um pouco.

— Como ela tá? Onde ela está? O que aconteceu com Kaori? Ela nunca usou drogas. – Quando ela diz o nome da filha, os policiais e os Alphas, que agora estão parados junto conosco, se entreolham.

— Ela está bem, o médico pode te explicar melhor, mas o horário de visitas acabou e...

— Foda-se o horário de visitas – Arregalo os olhos em surpresa, nunca a ouvi falar palavrão antes – Eu sou a mãe dela, e nem que eu tenha que ligar pro merda do pai dela para dar uma mãozinha, não vou ficar longe dela.

— Se acalme senhora, nós mesmos iremos vigiar o quarto de sua filha e... – Tia Hinata interrompe o policial mais baixo.

— Não quero saber, eu quero e vou ficar com a minha filha.

— Isso não será possível – Ele volta a argumentar.

— Sabe – Zoe se aproxima de nós – Nós conhecemos a filha do dono deste lugar, acho que podemos pedir diretamente para ele né? – Zoe pergunta, o olhar se desviando para Fran mais atrás. A ruiva sorri e acena, fazendo todos nós suspirarmos, alguns felizes e outros não.

— Vou falar com o médico – Fran anuncia e se afasta, os policiais e Alphas a seguindo, tentando a convencer do contrário.

— Tia, me escute bem – Seguro suas mãos, a fazendo focar o olhar em mim – Não deixe ninguém entrar naquele quarto, nem os policiais, ninguém, entendeu?

— Por que?

— Depois eu explico, mas confie em mim, por favor – Ela sorri fracamente, mas acena.

— Ninguém além de mim vai entrar naquele quarto, eu prometo.

Já é madrugada quando eu e Zoe chegamos a SMD, antes de deixarmos o hospital, avisei para Martina e Pietro sobre a fita e combinamos de nos encontrarmos na casa deles junto com os outros, na verdade, com outros, me refiro apenas a Ettore e Matteo, já que aparentemente, Dean e Dante sumiram depois da conversa com o delegado, tento não me preocupar ou ficar furiosa com isso, mas não anda adiantando muito.

— Como esse prédio pode parecer tão sombrio, sendo que é idêntico aos outros? – Zoe pergunta quando entramos no prédio Corvi, tento soltar um riso, mas sai mais com um resmungo enquanto mando outra mensagem para Dante, perguntando onde ele e seu irmão se enfiaram – Oh merda – Zoe sussurra e desvio o olhar para ela – Devemos nos virar e correr? – Sigo seu olhar e então congelo.

Dois lideres Alphas e um policial estão saindo do corredor que leva ao meu antigo quarto, e quando nos vê, começam a se aproximar.

— Não – Sussurro de volta enquanto os aguardo virem até nós – Isso deixaria obvio para ele que sabemos o que sabemos.

— E o que nós sabemos? – Olho para ela desacreditada – Ah sim.

— Fica calma, não de bobeira – Sussurro uma última vez antes de eles paparem a nossa frente – Oi – Falo com a maior calma que consigo, Zoe, ao meu lado, acena com a cabeça. O policial toma a frente, encarando nós duas de cima a baixo.

— Garotas, o que fazem aqui? – Ele desvia o olhar para mim.

— A gente... – Zoe me olha, perdida.

— Viemos procurar um amigo nosso.

— Amigo? Que amigo? – Tenho vontade de revirar os olhos.

— Ettore alguma coisa – Dou de ombros – Nunca decorei o nome dele. – O policial cruza os braços.

— Existe algum Ettore por aqui? – Pergunta para um dos Alphas, arqueio uma sobrancelha.

— Sim senhor.

— Certo – Ele volta a nos olhar – Então, soubemos que uma amiga de vocês está no hospital, vim investigar o quarto antigo dela antes de fechar o caso.

— Legal – Zoe murmura, piso discretamente em seu pé, até ela soltar um resmungo – Porra.

— Não encontrei nada no antigo quarto, mas talvez você saiba de algo?

— O que eu saberia? – Inclino a cabeça, fazendo o policial bufar.

— Eu sei o que você fez garota.

— E eu sei o que você e seus amigos fizeram – Abro um sorriso, e isso o enfurece ainda mais e ele dá um passo na minha direção – Calma senhor, eu não fiz e nem disse nada demais.

— Você está brincando com uma autoridade? Sabe que eu posso te prender?

— E me prenderia por que? Por responder com sinceridade? – Franzo o cenho – Sabe, os Corvis ali – Aceno em direção a um pequeno grupo parado no meio do hall, nos olhando – Não são muito fãs de policiais, e aposto que eles me apoiariam caso algo acontecesse aqui.

— Está me ameaçando?

— Não senhor – Nego com a cabeça – Estou apenas sendo sincera, novamente. – Ele bufa, mas desvia o olhar para o grupo e dá um passo para trás.

— Estou de olho em você – Ele acena para os dois idiotas ao seu lado, antes passar ao meu lado, seu ombro batendo com força contra o meu, e sair pela porta. Encaro os dois Alphas, esperando-os se moverem, mas eles apenas abrem um sorriso.

— Boa noite para vocês – Murmuro, agarro o braço de Zoe e a puxo para longe deles e do prédio Corvi.

— Que merda vamos fazer? Eles vão ficar cercando a área agora.

— Tenho uma ideia – Pego meu celular do bolso e procuro o número de Matteo, assim que ele atende, me apresso a falar – Temos um problema e precisarei de sua ajuda.

NOTAS FINAIS
Só tiro, porrada e bomba, e ainda não acabou. Eu falei que voces descobririam sobre a K nesse capítulo, mas ele ficaria muuuito grande, então, fica para o próximo ok?

Algo maluco aconteceu comigo, eu fui chamada para ser entrevista por um projeto incrivel aqui no wattpad, o Wttp_Projects !! A entrevista em breve irá ao ar e caso queiram me conhecer um pouquinho, fiquem de olho na atualização dele, aproveitem e conheçam outres incríveis autores que tem entrevistas lá também! Quando minha entrevista estiver disponível, avisarei no mural e na próxima atualização também ;) (obrigada novamente as organizadores desse projeto incrível por terem me chamado, foi uma honra)

Falando nisso, fiquei pensando, se eu criasse um grupo no wpp, você participaria? Eu considero todes vocês como amgs, e adoraria ter mais contato com cada! Além disso, quando Overdose acabar (ao mesmo tempo que meu outro livro), terá um breve momento sem atualizar nenhuma de minhas histórias e seria interessante ter um grupo enquanto isso, mas é apenas um pensamento amores, nada oficial por enquanto.

Obrigada por lerem Overdose, mil beijos e até sexta feira.

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