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Nine

𝗦𝗢𝗣𝗛𝗜𝗘

A terceira lei de Newton. É um dos princípios mais básicos que aprendemos em física.

Toda ação tem uma reação.

Espete seu dedo e sinta a dor em seguida, brinque com o fogo e se queime, para toda força de ação que é aplicada a um corpo, surge uma força de reação em um corpo diferente. E agora eu presenciava a lei como uma maldição.

Sophie, isso é ridículo. Quanto tempo vai ficar aí? Como pode simplesmente..., simplesmente largar sua carreira, me deixar pra trás?

Inspirei com raiva, às vezes Lucas conseguia esgotar qualquer partícula de energia em meu corpo. Eu estava novamente na casa de Quartararo, acomodada em um de seus quartos de hóspedes que seguiam a linha do restante da casa, as paredes brancas, o pé direito alto e as janelas infinitas iluminando tudo.

Mas nem a vista para as montanhas geladas pareciam páreo para o esforço que Lucas fazia para me tirar do eixo.

Olha, me desculpa, mas o meu irmão é minha prioridade agora, muito mais do que minha carreira, e... — me interrompi, rodopiando entre os lençóis e sentindo meu rosto inchado pelo horário em que estava acordada, o alemão arfou irônico do outro lado.

Mais do que eu. — completou, curto e grosso.

Sim, mais do que você. — confirmei, assertiva.

Ficamos em silêncio, um incômodo, intenso e sufocante silêncio. As palavras não eram fáceis de serem ditas mas eram a verdade, Tom era praticamente tudo o que eu tinha na cabeça agora, e por mais imbecis que suas decisões fossem, eu estaria ali para apoiá-lo e garantir que estivesse bem. Ninguém poderia me convencer o contrário.

Luc? — chamei, com a esperança de que ainda houvesse ali o homem doce que me levava à jantares feitos em casa para meu plantão, que me dizia todos os dias que eu era especial e que me fez acreditar que sim, talvez eu pudesse ser amada.

Mas toda ação tem sua reação. E se mudar para viver uma vida nômade com meu irmão e ex namorado talvez não fosse o ideal de vida para o prodígio de um dos maiores hospitais escola europeus, e quem poderia culpá-lo?

Depois nos falamos Sophie, tenho que terminar as rondas.

E sem a chance de dizer mais nada a chamada foi encerrada, felizmente o silêncio por muitas vezes dizia mais do que qualquer palavra. Eu e Lucas éramos mais parte do meu passado que de meu futuro, e todos os últimos acontecimentos fomentaram a ruína inevitável de nosso relacionamento.

Era apenas questão de tempo.

— Soph, você precisa urgentemente sair dessa cama, nós já fomos pra uma caminhada e agora estamos vendo de ir pra pista de cross... ei, espera. — meu irmão se interrompeu e sentou ao meu lado na cama ainda bagunçada. — Você está bem?

— Bem é uma palavra forte. — respondi, encarando meus dedos da mão que pareciam mais fáceis de encarar no momento.

Tom puxou meu corpo para mais próximo do seu, sentia seu coração retumbando meu ouvido e o conforto e segurança dentro de seus braços. Era o mesmo lugar onde busquei refúgio na infância, mesmo quando brigávamos eu sabia que sempre o teria.

— Foi aquele cara de novo, não foi? Babaca. — sua voz debochou com escárnio, e mesmo de longe, percebi o incômodo crescendo em seu corpo, estava rígido como um soldado apoiado no batente do quarto.

— Fabio. — Tom esbravejou.

— O quê? Estou dizendo a verdade. — ignorou, entrando no cômodo, seus olhos varreram todo o espaço e em seguida se jogou nos lençóis, seus cabelos loiros imploravam por um corte e se espalhavam por meu colo.

— Você é extremamente folgado. — notei e sorriu ardiloso se aninhando ainda mais em minhas pernas. — E não fale como se você se importasse.

— Eu não me importo. — deu de ombros, mas não parecia seguro do que dizia.

— Então o que está dizendo? É um babaca também. — pontuei, empurrando sua testa.

— Então você tem um péssimo gosto para namorados. — provoca, se revirando em minhas coxas, apenas para me encarar, reviro os olhos sabendo que seu objetivo ali é me irritar. — Eu gosto do seu colo, é tão... confortável. — adiciona e quero gargalhar com a forma que ele varia de humor em segundos.

— Eca, vocês são nojentos. Preferia quando se odiavam. — Tom fez uma careta incomodada para a cena, queria imaginar que eu reagia da mesma forma, mas percebi que na realidade tinha um sorriso idiota entre meus lábios.

— Relaxa, Tomzinho, a gente se odeia. — afirmou, soltando uma piscada para meu irmão, que fingiu sons de náusea que me fizeram gargalhar. Era bom apenas tê-los ali.

— Eu apenas sei que vocês dois são insuportáveis e invadiram meu quarto. — resmunguei, me remexendo para me soltar dos dois.

Ambos lançaram olhares ofendidos.

— Você é a mais insuportável aqui. — o francês argumentou.

— Nos seus sonhos, Quartararo, nos seus sonhos. — repliquei, o ar se tornou espesso com as provocações com um fundo cômico, Fabio me encarava sem escrúpulos e meu irmão tentava disfarçar o que estava vendo.

— Vamos logo. — Tom finalmente encerrou o assunto, meio enfezado, e os dois passaram pela porta de madeira escura me deixando completamente sozinha.

Me revirei na cama, os lençóis e edredons estavam emaranhados, uma verdadeira bagunça, como eu. Enrolei para me levantar e viver aquele dia, era difícil seguir em frente quando nem sequer se sabe para onde está indo.

Quando chegamos à pista de motocross, percebi que eu pertencia a qualquer lugar do mundo, menos àquele em que estava. O chão se resumia a uma mistura de argila e areia, e o som do motor me dava calafrios, a única vista possível era a dos pilotos dando saltos perigosos com as motos.

Já, Fabio e Tom, pareciam estar em seu paraíso na Terra, seguiam pelo local apelido de "La Farm" e cumprimentavam a todos, evidenciando o quanto realmente frequentavam o lugar, eu era introduzida uma vez ou outro para caras suados com roupas de proteção.

— Sophie, eu amo suas expressões, você deveria ser atriz. — o espanhol decidiu me irritar, passando o braço pelo meus ombros enquanto esperávamos Fabio voltar com sua moto.

— Não me enche Tom, você quem quis me trazer. — resmunguei.

— Pode ser divertido se você quiser.

— Esse é o ponto, eu não quero. Queria ter ficado em casa comendo sorvete e assistindo a série.

Ele me lançou um olhar indignado, como se não acreditasse no que tivesse ouvido.

— Maninha, pelo amor de Deus, não vai me dizer que você ia ficar assim por causa do seu namoradinho?

— E qual o problema se fosse? — resmunguei.

— Nenhuma..., só não combina com você, e você nem gosta tanto assim dele. — alfinetou, com um sorriso amarelo.

— Tom? Isso não é verdade. — respondi na defensiva, definitivamente gostar ou não de Lucas não era o problema do nosso relacionamento.

— Eu já te vi apaixonada maninha, só não quero que se engane. — afirmou, agora sério e encarando meus olhos enquanto o sol baixava atrás de nós.

— Não se preocupe com isso. — sussurrei e recebi um sorriso fino como resposta.

Nunca fiquei tão aliviada de ver Fabio. Ele apareceu carregando duas motocicletas, que eram infinitamente diferentes das que usava nos dia de corrida, e com um brilho diferente nos olhos, estava obviamente empolgado e pôs fim ao assunto mais do que desconfortável.

— Pronto? — questionou, sorrindo como uma criança na manhã de natal.

Tom e eu nos entreolhamos.

— Por favor..., eu nasci pronto. — convencido, se dirigiu a máquina nas mãos do francês, que eu julgava mortal. Imediatamente mudei minha expressão, Tom realmente queria subir em uma daquelas tendo seu equilíbrio afetado pelo tumor que carregava por aí, como um brinde?

Nem por cima do meu cadáver.

— Mas onde você pensa que vai, Tom Hasster? — cruzei meus braços, já irritada com a falta de noção da dupla maravilha.

Os dois trocaram olhares confusos. Fabio fez questão de manter a expressão " lá vem" em seu rosto estúpido.

— Qual o problema, Sophie? — resmungou.

— O problema é que o senhor não consegue andar dois passos em linha reta sem desequilibrar, e agora quer dirigir esse negócio por aí? — argumentei, estava cansada de ceder as ideias malucas dele.

— Você não é a mamãe.

— Sim, tem razão, isso é uma ordem médica. — sorri com ironia e ele soltou o guidão da moto frustrado.

Parecíamos ter voltado à infância, bufando e discordando um do outro. O francês não ousou argumentar mostrando que, talvez, algum juízo morasse na sua cabeça.

— Foi mal, cara. — Fabio disse, obviamente constrangido, seu melhor amigo deu uma risada, claro que estava tudo bem entre os dois bobões.

— Ei, Sophie, então você deveria ir no meu lugar. — meu irmão sem noção sugeriu.

— O quê? — o francês e eu dissemos em uníssono.

— Qual é? Vai ser divertido, a gente não precisa ir na pista, podemos fazer a trilha vocês na moto e eu a pé... — explicou, relaxado e gesticulando com as mãos. Fabio prendeu uma risada na garganta, pressionando um lábio contra o outro.

— Eu odeio motos. — argumentei, totalmente contrariada.

— Minhas lembranças do ensino médio me dizem o contrário, na verdade isso parece um dejavú de quando ganhei a primeira. — Fabio provocou, se escorando na motocicleta tilintando sob o sol, o que fazia com que seus cabelos brilhassem como ouro.

— Mas não estamos mais no ensino médio.

— Verdade, mas ainda é divertido. — contra
argumentou de um jeito irritante.

— Vamos maninha, você me deve essa depois de estragar nosso passeio.

Eu odiava acabar com a diversão das pessoas, isso porque, muitas vezes, assumi aquele papel me prendendo apenas a expectativas que terceiros tinham sobre mim.

— Tudo bem, mas não vou dirigir essa coisa. — me rendi, tirando um dos capacetes das mãos de Fabio, que sorriu satisfeito subindo na moto, xinguei mentalmente minhas calças skinnys quando subi em sua garupa — era realmente como o ensino médio —, toda minha pele arrepiou quando transpassei meus braços envolta de sua cintura e senti seu corpo totalmente tenso com meu toque.

— Pronta? — sua voz saiu rouca e afetada.

— Sim.

Fabio deu partida naquela coisa e meu estômago explodiu ansioso, não estávamos indo rápido — por motivos óbvios, Tom nunca nos acompanharia daquela forma —, mas, do mesmo modo, eu sentia a queimação subir pelo meu esôfago. Talvez pela demasiada nostalgia da cena, eu agarrada a cintura do francês que dirigia com toda a confiança que existe no mundo.

Uma brisa fresca, mas calma, batia em nossa pele quando entramos no caminho da pequena trilha, Tom vinha logo atrás de nós, caminhando sem nenhuma pressa e acompanhando a natureza que nos cercava. Por aqueles minutos, nada parecia mais tão ruim, apoiei minha cabeça nas costas de Fabio, que se virou e sorriu quando observou a cena, a vista era incrível e tranquila.

Ao fim chegamos a uma clareira da pequena área florestal que desembocava em uma cachoeira tímida. Nos sentamos nas pedras vendo o sol baixo tornando o céu uma mistura de laranja, amarelo e rosa. Fabio estava quieto, como se estivesse incomodado com algo mas que não quis dizer.

— Soph, eu vou totalmente roubar seu lugar e voltar na garupa do Fabio. — Tom, ofegante, se sentou ao nosso lado, soltei uma risada para confortá-lo, mas senti meu coração apertar com o óbvio desconforto que sentiu por uma breve caminhada.

— A ideia toda foi sua, engraçadinho. — brinquei e ele revirou os olhos.

— Isso é tão estranho, parece que nada mudou. Nós três juntos. — meu irmão comentou, com os olhos perdidos no horizonte, sua afirmação me fez engolir em seco. — Quer dizer..., mudou um pouco. — soltou uma risada nervosa quando percebeu o que tinha sugerido.

Quartararo se tornou ainda mais tenso, remexendo o corpo de forma desconfortável. Me perguntei o que realmente o deixara daquela forma esquisita.

Em geral Tom não estava errado. De alguma forma e qual seja a razão, estávamos lá, vivendo momentos que costumávamos ter juntos.


Boa noite leitorass

Queria dizer que esse capítulo é a definição de calma antes da tempestade 👀 espero muito que tenham gostado!

Não esqueçam de dizer o que acharam e deixar uma estrelinha pra alimentar a autora 🥰 beijos até a próxima.

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