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Capítulo 3

— Não posso acreditar nisso! — Disse Luci, de queixo caído. Eu tinha passado uns bons minutos lhe contando toda a história sobre o misterioso noivo da mamãe e o seu filho, meu novo 'irmão' e ela ainda parecia não crer que eu estava falando a verdade. — Você e o aluno novo vão morar na mesma casa?

— É, mas isso não foi a única coisa que eu disse. — Franzi o cenho. Luci estava bastante apegada à essa informação em específico, como se fosse algo muito importante.

Bem, até era, mas eu estava preferindo ignorar pelo momento. Poderia lidar com aquilo quando chegasse a hora. Típico esconda seus problemas debaixo do tapete até que eles te encontrem.

— Mas você e ele vão morar na mesma casa! — Ela gesticulou freneticamente.

— Por que não fala mais alto? Assim o colégio todo fica sabendo de uma vez. Quem sabe até não saio em uma matéria no grupo da escola, até teria meus 15 minutos de fama. — Revirei os olhos. Ela se encolheu, mas não parou de falar.

"Bem, se o foco for o gatinho do aluno novo, talvez até queiram ler a matéria," ouvi ela pensando. A minha expressão era indignada. — Ei!

Luci sorriu amarelo.

— Você não pode sair por aí ouvindo os meus pensamentos, não, garota. — Falou ela, uma oitava mais baixo.

Suspirei, não conseguindo evitar um riso, mas fingindo-me de desentendida.

— E aí, irmã? — Ouvi. A frase veio acompanhada de um braço sobre meus ombros. Prendi a respiração, desejando que não fosse quem eu pensava que fosse. Primeiro porque Luci não estava sendo exatamente discreta sobre minhas habilidades e segundo... Porque eu não queria ter que lidar com ele.

Por via das dúvidas, chequei a sua mente para me assegurar de que ele não tinha escutado a nossa conversa. Dean tinha ouvido tudo, mas parecia não acreditar. O mais surpreendente foi o modo como ele simplesmente parecia não ter percebido nada diferente. Aquele cara era um perigo, eu precisaria ficar de olho nele. Talvez morar juntos até facilitasse essa tarefa.

— Não somos irmãos. — Graças a Deus. — Não pense que gostei da notícia de anteontem. — Tirei o braço dele de cima de mim com agressividade.

— Ah, eu também não — disse ele, demonstrando nenhum sentimento que não desprezo. — Acredito que já esteja sabendo, Lucinda.

— A Samantha acabou de me contar — respondeu, sorrindo amigável. Para que inimigos, com amigas assim? Como ela ousava compartilhar um sorriso com a ameaça? Revirei os olhos.

— Eu vou na frente. — Falei, já me afastando. Acelerei o passo, esperando que nenhum dos dois conseguisse me alcançar.

— E aí, Samantha. — Disse Carl. Me aproximei dele, sentando na mesa ao seu lado. Luci e Tim, o namorado, ainda não tinham voltado da aula. Nós quatro costumávamos almoçar juntos todos os dias. Antes de existir Carl e Tim, porém, éramos só eu e Luci. — Luci contou que sua mãe vai se casar novamente.

Minha resposta foi mais um revirar de olhos. Estava virando um hábito. Enfiei um pedaço de pão na boca, assim ela estaria ocupada demais para falar.

— Não é bom? — perguntou. Carl era uma daquelas pessoas que sempre via o copo metade cheio. A vida parecia sempre sorrir para ele, talvez porque ele sorria para ela. Carl normalmente tinha a habilidade de me deixar tranquila, mas naquele dia... Eu só conseguia sentir raiva.

— Depende do ponto de vista. — Do de minha mãe, era ótimo. Do meu, nem tanto.

Me ocupei com meu almoço depois disso. Ele não me fez mais nenhuma pergunta a respeito. E quando acabei e saí do refeitório, Luci e Tim ainda nem haviam chegado.

O resto do dia foi assim, fugindo dos outros. Não queria ver ninguém, falar com ninguém. E nem isso me ajudou a resolver o meu problema. Não o problema do casório, porque ele ia acontecer eu querendo ou não. O problema da minha relação com meu futuro irmão postiço — ou a falta dela.

A casa estava vazia. Mamãe no trabalho e os gêmeos na natação. Aproveitei o momento em paz para colocar a minha mente em ordem. Essa coisa de ouvir os pensamentos dos outros, às vezes me impedia de ouvir os meus próprios.

Mas a campanhia tocou, para acabar com a minha paz. Eu estava deitada no sofá, encarando o teto. Me forcei a levantar e fui até a porta, abrindo-a logo em seguida.

Engoli em seco.

Era Dean. Na minha porta. O que? Como? Por que? Só consegui encará-lo, sem reação, por alguns minutos. A boca abrindo e fechando diversas vezes, mas nenhum som foi feito.

— Posso entrar...? — ele perguntou, erguendo uma sobrancelha. — Queria falar com você.

Sua voz pareceu me fazer voltar ao eixo. Balancei a cabeça e me afastei, lhe dando espaço para entrar na casa.

— O que você...? Como...? — Perguntei meio desorientada. — O que podemos ter para conversar? — Essa parecia ser a pergunta mais importante. Fechei a porta atrás de mim e apontei para o sofá, mais adiante.

Dean seguiu até lá e se sentou.

"Desde a primeira vez que te vi..." pensou ele. Me assegurei de estar encarando os seus lábios, apenas para ter certeza e não porque eles eram, talvez, carnudos e bonitos. Mas sim, desde a primeira vez que me viu o que?

Puxei uma cadeira e me sentei ao lado do sofá.

— Eu achei que podíamos conversar sobre a nova situação da nossa família — disse. Disse mesmo. — Afinal, vamos passar a morar juntos e nos ver com frequência. Acho que nem sua mãe, nem meu pai gostariam que não nos déssemos bem.

"Eu senti uma coisa."

Espera, ele pensou isso mesmo? Ou disse?

Desde o primeiro momento, eu soube que esse menino era cilada. E agora, eu estava caindo nela. Me concentrei ainda mais em seus lábios, sentindo um sorriso amarelo nascer nos meus. Mas minha mente estava em euforia com algo que ele podia estar pensando. Não era o momento para isso. Balancei a cabeça, incentivando-o a continuar.

— E eu acho que eu não tenho sido muito legal, também. Eu gostaria de começar de novo — Dean estendeu a mão.

"Por você... Que eu nunca senti antes por qualquer outra mulher."

Engasguei. Tossi algumas vezes. Vi a mão dele parada no ar. Estendi a minha e a apertei, rindo descontroladamente.

— Não se preocupe — falei. Por que diabos eu estava rindo? De nervoso, talvez. — Tenho certeza de que podemos trabalhar as nossas diferenças.

"Você é uma menina linda."

Ele sorriu. Senti minhas bochechas queimarem. Eu estava caindo feito um patinho. Me ergui de repente e me virei na direção da cozinha. — Você aceita água? Suco? Alguma coisa? — Qualquer coisa que me tire daqui. Por favor.

"Se eu apenas soubesse como te falar isso."

Ele se ergueu do sofá e me seguiu. Segurou meu braço e me fez virar para ele. Não consegui esconder o meu constrangimento.

— Você não precisa dizer mais nada, eu entendo. Nós só precisamos... — Sorri, nervosa, tentando puxar o meu braço.

"E você escuta pensamentos."

Congelei. Meu corpo esfriou no mesmo instante. Até o constrangimento de antes havia sumido.

Maldito garoto bonito.

— Nós só precisamos nos conhecer melhor. — Falei, juntando o último pingo de coragem que eu tinha.

"Você é difícil, não é?" Ele pensou.

— Não vai falar nada, Dean? — Minha voz soou fora do eixo, minha expressão séria.

— Não. Já disse o que tinha a dizer. — Ele falou. Com a boca, dessa vez. — Acho até que já nos entendemos bastante.

Dean não esperou que eu abrisse a porta, e simplesmente saiu. Continuei parada no lugar por alguns bons minutos, sem acreditar no que tinha acontecido. Meu corpo tremeu por inteiro. Algumas lágrimas escorreram dos meus olhos. Ele sabia. E eu sabia que ele não era flor que se cheirasse, eu devia ter ficado mais atenta. Até me belisquei. — Ouch. — Não, aquilo não era um sonho, tampouco um pesadelo.

Eu ainda estava surpresa, até no dia seguinte. Tinha noção de que eu devia estar parecendo uma drogada, com os olhos vidrados — não, eu não tinha dormido — e a boca aberta, encarando o nada.

— Hey, Samantha. — Era ele. Respirei fundo e vesti-me do meu melhor sorriso. Dean passou o braço pelos meus ombros, não tive forças nem para movê-lo. — Você parece péssima? Dormiu mal?

Revirei os olhos, mas não respondi. Eu não sou obrigada.

— Eu queria te perguntar uma coisa... — começou. Lá vem. — Ta vendo aquela menina ali? — Dean apontou para ninguém menos do que Marizza. Aquela que pensava que eu era louca. E que provavelmente tinha razão.

— O que você acha que eu poderia fazer para surpreendê-la? Para que ela goste de mim. — perguntou. Eu me virei para ele e o encarei indignada. Não podia estar falando sério.

— Ela me detesta e o sentimento é mútuo, de onde você tirou que eu poderia te ajudar nisso? — Se eu quisesse, o que não era nem o caso também.

— Ora, você tem um jeitinho especial com as pessoas. É quase como se você soubesse o que elas estão pensando. — Ele sorriu malicioso. Bufei. Puxei sua mão do meu ombro com violência.

— Você só precisa desfilar perto dela e ela já estará arrastando asa pro seu tipo — falei e saí pisando forte.

— Obrigado, Sam. — Sam. Sam. Quem te deu essa liberdade? Quis arrancar meus cabelos, me esconder num buraco no chão, gritar, me abafar com um travesseiro.

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