Three
Em uma escala de um a dez qual a minha chance de sair daqui so com algumas costelas quebradas e o rosto desfigurado? Provavelmente pouca, por que o jeito que esses caras estão vindo pra cima de mim indica que não vem coisa boa, na verdade sempre que eles aparecem nada nunca vai bem.
"Greaser!" Berrou o que aparentava ser o "líder". O mesmo que queria cortar meu cabelo, e o que machucou meu pescoço. Aquele puto. "Então seu amiguinho estava com a minha namorada hein?" Ele me empurrou para trás com força e eu cai na grama do parque que estava logo atrás de mim.
"Quem?" Perguntei sem deixar minha carranca desaparecer, mas ninguém tinha medo de mim como tinha do Louis. Aquele ali bastava aparecer que esses merdas saiam correndo com o rabinho entre as pernas. Então desejei que esses Socs me matassem, doeria menos pelas mãos deles do que pelas de Louis, garanto.
"Garota dos cabelos azuis? Naquela espelunca?!" ele chutou minha barriga e eu me encolhi. Aquele dali não estava bêbado, já tinha passado disso.
"Ta falando da que tava se pegando com uma menina? Acho que vi." digo com desdém e em recompensas recebo um chute na cara. Sinto meu nariz sangrando e o liquido vermelho entrando na minha boca, mas por algum milagre nada na minha cara está quebrado. Eu espero.
"Não quero suas mãos nojentas em cima dela!" ele berrou e cuspiu em mim. " Nem a dos seus amiguinhos! Eles são os próximos."
"Se não quer que ninguém toque nela, deveria manter ela com você. A garota tava num bar que você deixou ela. Não venha nos culpar se você é um merda e ela prefere um greaser ou até outra garota a você." cuspi as palavras junto com meu sangue.
Sabe aquele momento que você fala alguma coisa por impulso? E dois segundos depois se arrepende. Foi exatamente o que aconteceu. O cara me acertou no minimo cinco vezes com aquele bastão de baseball enquanto seus amiguinhos revesavam entre torcer por ele e ajudá-lo a me quebrar inteiro.
Mas o único que não estava fazendo absolutamente nada, de novo, era aquele tal de Payne. Ele segurava o canivete travada nos dedos e observava, mas pelo que consegui ver as vezes ele virava o rosto e olhava para o lado.
"Sabe nada greaser?" perguntou o cara me erguendo pela camisa depois de finalmente pararam de me espancar. Meu corpo doi, por inteiro. Não tem uma única parte que não esteja latejando ou doendo pra caralho. Devo ter feito uma expressão de pânico, não sei nadar, nunca aprendi e tenho medo. Ele sorriu, um sorriso tão cruel que podia ser comparado ao do meu bom e velho amigo Louis, que a essa hora devia estar trancado no quarto com Harry ao invés de procurando por mim.
Mas o que porra você foi fazer andando sozinho?! Meu subconsciente berrou comigo.
Eles me arrastaram para o grande lago que tinha ali, me arrastaram para onde a água batia na minha barriga e começaram a empurrar minha cabeça para baixo. Eu podia ouvir suas risadas abafadas pela água, eu lutava tão violentamente que meus músculos tremiam pela dor, tudo doia e a cada vez que eu respirava meus pulmões ardiam.
Então uma calmaria estava vindo, uma sensação de paz e tranquilidade. Eu já não lutava, não me movia, e estava perdendo os sentidos. Talvez estivesse mesmo por que não sentia mais as mãos deles em mim, e a água na minha frente estava vermelha, um tom de vermelho escuro que chegava a lembrar sangue.
Quando abri meus olhos vi o rosto daquele menino quietinho, Payne, bem em cima do meu. Seus cabelos e roupas estavam molhados e suas mãos entrelaçadas no meu peito. Ele tinha feito aquelas técnicas de primeiros socorros pra me acordar. E antes mesmo que eu percebesse no mesmo segundo que abri os olhos eu comecei a cuspir água, e então vomitei tudo que havia no meu estômago naquele dia. Até o momento que senti um líquido ardendo passar pela minha garganta, puta merda fazia muito tempo que eu não vomitava a bile.
"Você está bem?" perguntou o menino. Olha, eu achava que tinha o sotaque forte, mas esse dai conseguiu superar.
"Eu fui espancado e quase morri afogado." virei o rosto para ele erguendo a sobrancelha. "O que você acha?" era impossível controlar o tom de desdém com ele, era impulso. Ele é Um Soc.
"Desculpa." ele murmurra e joga alguma coisa na grama, consigo enxergar bem um canivete destravado, o mesmo que ele segurava a pouco tempo atrás.
Então meus olhos se focaram em um corpo caído próximo a beira do lago. Estava virado pra cima, e não tinha nenhum movimento. Nem de respiração nem de nada, o cara está completamente imóvel. Puta merda, esse cara ta morto!
Me levanto se um salto e corro para o corpo, é aquele cara que estava reclamando comigo por ter uma namorada que gosta da mesma coisa que ele. Me viro para Payne , sem tocar no corpo claro não sou idiota de deixar minhas digitais no corpo dele vai que dão um jeito de me achar, ja vi fazerem isso em alguma notícia no rádio ou televisão, não lembro bem.
Meus olhos encaram os do garoto, ele está assustado, suas mãos tremem e eu gatanto que não é de frio, a noite até que está mais quente.
"O que aconteceu?" eu pergunto mas ele fica calado, apenas abaixa o rosto e começa a soluçar. Eu sou um cara que respeita os sentimentos dos outros, mas existem casos que isso não acontece e um assassinato é um desses casos. Não tenho tempo para deixar ele se acalmar, a qualquer momento a policia pode chegar eu vou ser preso, ele vai estar livre, ele tem dinheiro e pode pagar a saída da cadeia. Seguro a gola da camisa dele e com toda a força que me resta no corpo eu ergo ele e falo bem próximo ao seu rosto, tipo próximo mesmo pra que ele possa sentir medo. "O que merda aconteceu?!"
Ele me empura e eu acabo soltando ele.
"Eu matei ele!" o Payne se revoltou. "Eles estavam te afogando, eles iam matar você sem motivo... Eu não sabia o que fazer. Não era pra matar eu so queria dar um susto."
"Bom, você assustou ele até a morte." digo ironicamente apontando para o corpo caido.
" O que fazemos?" ele pergunta desesperado.
Infelizmente existe o "nós" na história e isso me deixa ainda com mais raiva e várias outras emoções. Ele devia ter deixado me matar, ao menos haveria justiça uma vez na vida pra cima desses riquinhos de merda. Tento pensar em alguma coisa, qualquer coisa...
"Você tem dinheirp na carteira?"
"Sim."
"Quanto?"
Ele puxa a carteira e tira várias notas molhadas.
"Quase 100..." ele diz voltando a guardar a carteira. Então me encara com medo, talvez achando que eu vá roubá-lo. Eu quero rir da expressão dele, mas não posso. "Por que?"
"Por que, Payne, nós vamos fugir daqui."
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opaa olha eu aqui de novo!!
decidi att logo pq essa fic é mais "simples" de escrever do que About Her
não esqueçam de votar bem muito e comentar pq eu AMO ler comentários (por favooor kkkk)
e quem quiser me segue no tt: @larrycrux
podem falar comigo la sobre a fic ou qualquer coisa
leiam minha outra fic About Her, essa é Larry.
PS: MAIS ALGUÉM ESTUPRANDO O REPLAY DE HISTORY??? KKKK
Xoxo
Dede
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