"Fugir?!" disse o riquinho com uma cara assustada, mais do que a que estava antes. "Não! Nós vamos para a polícia.. eu confesso eu..."

"Escuta" me aproximo dele respirando fundo o mais profundo que consigo para manter uma falsa calma em meu corpo e na minha expressão. Eu não estou calmo, estou surtando. "O que vai acontecer é: vão prender nós dois. Você pode dizer adeus a faculdade, a não ser que seu papai pague uma claro." não consegui controlar o veneno na voz, mas era verdade. Esse garoto tinha a chance de nem ser preso so por ter dinheiro. "E eu vou apodrecer naquela
merda. E eu não vou abandonar minha família."

Pressão psicológica sempre ajuda, mas sendo honesto era um tanto que verdade. Minha mãe so tinha a mim, e eu só tinha ela e os meninos. Eles eram minha família e eu sinceramente não vou abrir mão de dar um futuro melhor pra minha mãe por causa de um garoto que decidiu matar o coleguinha para me salvar.

"Qual o plano?" disse o garoto ainda atordoado olhando o corpo.

"Deixa o corpo ai. Traz o canivete. Vamos falar com um amigo meu que sabe bem o que fazer nessas horas." puxo um cigarro do bolso e solto um grunido de raiva. Estão molhados. Merda. "Você tem carro?"

"Não, bom não aqui e agora mas..."

"Entendi." corto. "Vamos andando então, mas anda rápido. O lugar não fica longe." ordeno e já começo a andar. Esse garoto está em estado de choque, e eu realmente entendo. Mas ele precisa entender que nesse mundo ou você se deixa apanhar ou você se levanta e desvia dos socos. Ele está se deixando apanhar.

Payne tem cara de quem nunca fez nada errado, apesar dos amigos que tem. Ele olha para os lados como se estivéssemos sendo seguidos, mesmo sabendo perfeitamente bem que ninguém vai nos seguir para onde estamos indo, ao menos não alguém do mundo dele.

A rua é uma das mais perigosas da cidade, mas felizmente a casa é logo a primeira e eu percebo que o garoto ficou mais relaxado quando não tivemos que entrar pela rua escura e cheia de segredos e histórias ocultad que destruíram muitas vidas. Incluindo a pessoa que eu ja fui.

Bato na porta e não demora para Lauren abrir. Eu deveria ter me chocado, mas sinceramente já bati várias vezes nessa porta e ela abriu. Mas pelo estado que ela está parecia estar no meio de alguma coisa importante. Seus cabelos estavam bagunçados, e ela estava sem blusa e com a calça um tanto aberta. E não, ela não se importa que vejam ela assim. Ela diz que se colocasse um biquíni estariam vendo a mesma coisa.

"Zayn." ela suspira, não sei dizer se de alívio ou raiva. Provavelmente raiva, eu devo ter interrompido a noite de sexo deles.

"Zayn!" a voz do Niall soa ao longe e passos pesados se aproximando. Niall aparece, sem camisa e terminando de vestir a calça. "Mas o que porra você veio fazer aqui?! E quem é esse?!"

"Precisamos de ajuda."

"Vão arrumar outro lugar pra se pegarem." ele diz mau humorado.

"Niall." digo devagar. "Precisamos de ajuda" Eu repito esperando que ele tenha percebido a urgência na minha voz. Niall espera mais alguma explicação.

"Eu matei um dos meus." disse Payne. Sua voz soando bem mais máscula e forte do que minutos atrás. Niall ainda não havia entendido, não o culpo todo seu sangue estava indo para a direção oposta do seu cérebro. "Um Soc. Eles estavam afogando o... Zayn? E eu o defendi. "

Niall estava boquiaberto, não teve reação por uns dez segundos. Então finalmente se afastou da porta e nos deus passagem para entrar. Lauren fechou a porta atrás de mim e voltou para o sofá. Haviam peças de roupa espalhadas pelo chao, algumas eu aposto que nem da Lauren são.

"O que merda aconteceu?!" Berrou Niall fechando a poeta do quarto com tudo e se virando para mim. Expliquei o que pude e deixei o resto com o mauricinho. "Merda" disse Niall. "Merda, merda Malik! Que merda!" ele passou a mão nos cabelos loiros, chocado. "Ta feliz agora?! A gente vive falando pra você não sair sozinho! Olha a merda que você se meteu!" então ele virou para Payne. "Eu to com uma vontade de bater em você.."

"Oh!" falei empurrando o Niall. "Se acalma, deu merda e pronto. Bater não vai resolver nada."

"Imagino que tenha um plano." debochou ele.

"Tenho." rebati cruzando os braços. "Preciso fugir." olho para o garoto que veio comigo. "Precisamos na verdade. Ao menos por um tempo, esse vai ser nosso álibi."

"E o que espera que eu diga para os outros?"

"Pra eles você diz a verdade, pro resto você diz que eu fugi para ficar sozinho com meu amante."

"Como é?!" Payne se exalta e me olha chocado.

"Sem isso baby, eu sei que você me ama." provoco com um sorriso de canto acariciando a bochecha dele, e ele logo desvia do meu toque. "To salvando a sua pele da cadeia e a minha da cadeira elétrica. Me agradeça."

"Do que precisa?" perguntou Niall.

"Um lugar seguro para nos escondermos."

Ele pensa por um tempo, enquanto isso vai até o armário e tira de lá um embrulho, dentro do embrulho tem uma arma e ele me entrega avisando que está carregada.

"Tem uma igreja a duas horas de carro daqui, fui lá algumas vezes com umas pessoas.." ela pigarreia e sei que por pessoas ele quer dizer garotas. "Está abandonada faz décadas e fica literalmente no meio do nada. Fiquem lá, daqui a uma semana vou encontrar vocês, ajudar a fugir pro interior. Mas preciso que me esperem lá. E não saiam de lá."

"Entendido." assenti. Guardei a arma bem segura em um dos bolsos internos da minha jaqueta (que ainda está molhada)

"Vocês tem carro?"

"Eu tenho, mas está na minha casa." disse o garoto.

"Que lindo amor" debocho." Vou finalmente conhecer seus pais."

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Estarei tentanto att essa semana, pq próxima semana minha vovó chega e quer curtir um pouco com ela haha

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Leiam minha outra fic também, About Her.

XOXO,
Dede