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Catorze horas antes.

Olivia

"Estou?" Murmurei, para o meu telemóvel, que se encontrava entre o meu ombro e a minha orelha direita, enquanto tentava carregar os dois sacos enormes cheios de comida para dentro de casa e fechar a porta da entrada com o meu pé.

O meu chefe respondeu-me, do outro lado da linha, e eu prossegui:

"Acha que posso faltar ao meu turno de hoje? Não me sinto muito bem." O facto de ter de estar a segurar sacos que pesavam, provavelmente, dez quilos cada um ajudava na minha farsa. "Eu posso compensá-lo para a semana...?"

O senhor Jacobson concordou e desejou-me as melhoras, acrescentando que se podia ouvir na minha voz o quão doente eu estava.

Para ser sincera, não me sentia mesmo muito bem. Depois de tantos anos, Niall parecia afetar-me ainda mais do que me afetava quando nos conhecemos.

No entanto, a verdadeira razão pela qual eu tinha de faltar ao trabalho era uma estúpida festa que o meu pai decidiu dar para celebrar ter ficado com a custódia da minha irmã. Foi a minha mãe que me encorajou a ir, depois de aceitar que não tinha hipóteses absolutamente nenhumas de ter a sua filha mais nova a viver com ela de novo, pelo menos, durante um ano. O respeito que tinha pelo meu pai foi a razão pela qual concordei em visitá-lo.

Apressei-me a ir até à bancada da minha cozinha e pousei todas as compras em cima da mesma. A primeira coisa que alcancei foi a comida de peixe destinada ao meu animal de estimação e dirigi-me ao seu aquário.

"Aqui tens." Sorri, deitando o que eu não fazia a mínima do que era dentro da água. "Desculpa não te ter alimentado de manhã."

Flounder nadou rapidamente até à superfície e tentou apanhar toda a comida que lhe era possível. Bati no vidro, de forma brincalhona, e o meu peixinho dourado dirigiu-se até ao meu dedo, como que a agradecer-me, antes de voltar a ir atrás do seu alimento.

Voltei-me para a minha sala. As minhas mãos descansaram nas minhas ancas e eu parei um pouco para inspirar o ar que parecia já cheirar a Natal. As decorações que tinha para o mesmo eram bastante humildes, pois ainda não tinha possibilidades de ter um pinheiro grandioso ou grinaldas por todos os lados, apesar de trabalhar em dois locais distintos, contudo, o meu pequeno apartamento era bastante acolhedor e todas as pessoas que me visitavam concordavam com isso.

O meu olhar comutou entre os sacos de compras na zona da divisão que era a minha cozinha e os livros espalhados por um dos sofás, pela mesa de centro e até pelo chão. Acabei por me decidir com nenhum dos dois e alcancei o meu telemóvel. Mandei uma mensagem à minha antiga supervisora.

Eu: Por acaso sabes se estou em coma?

Recebi uma resposta quase imediatamente.

Melanie: O quê, rapariga?

Eu: Acho que estou a sonhar, mas não sei se é um sonho bom ou um pesadelo.

Melanie: Explica-te.

Eu: Estive com o Niall, hoje.

Melanie: :O

Eu: ?

Melanie: :OOOOOO

Eu: Podes parar?

Melanie: :OOOOOOOOOOO

Eu: Adeus.

Melanie: Espera! Falaram?

Eu: Eu falei. Ele ignorou-me.

Eu: Eu quero explicar-lhe tudo, mesmo que fiquemos apenas como conhecidos. Mas ele não parece estar interessado.

Melanie: Não o censuro e tu também não o devias fazer. Foste estúpida.

Eu: Eu sei e estou arrependida. Por isso é que lhe quero explicar as coisas.

Eu: Agora já perdi a minha oportunidade. Provavelmente nunca mais o vou voltar a ver.

Melanie: Deixa lá. Estás bem sem ele.

Melanie: O que tens andado a ler agora?

Eu: Instrumentos Mortais. E é tão bom!

Melanie: Boa leitura, então.

Melanie: E boa sorte para logo à noite!

Eu: Obrigada, vou precisar.

Voltei a deslizar o meu telemóvel para o bolso traseiro das minhas calças e suspirei, observando as minhas compras.

Decidi ignorá-las por mais um pouco e dirigi-me à minha estante de livros. O meu olhar correu todas as prateleiras, até encontrar o título que desejava: "O Monte dos Vendavais." Tal como tinha dito a Melanie, estava a ler a saga d'Os Instrumentos Mortais, mas rever o Niall fez-me querer ler o livro do qual me privava há doze anos.

A minha melhor amiga contou-me que, depois de ter saído da prisão, o meu ex-companheiro de cela insistiu em pagar-lhe por este livro.

Respirei fundo, retirei o clássico da prateleira e dirigi-me ao meu cadeirão vermelho sangue. Sentei-me no mesmo, depois de me descalçar, com as pernas cruzadas ao chinês. Deslizei os meus dedos pela capa – era extremamente simples e algo nisso fazia com que eu a adorasse. Abri o livro numa página ao acaso e aproximei-o do meu rosto. Inspirei. No entanto, o cheiro a livro novo já o tinha abandonado há muito tempo e isso deixou-me um pouco desiludida.

Pousei o romance no meu colo e encostei a minha cabeça para trás, por uns momentos. Quando voltei a pegar no mesmo, apercebi-me de uma folha a querer escapar da beira das outras, no fim do livro. Puxei a mesma para fora. Ela não pertencia ao livro... Há quanto tempo é que isto está aqui?

Sempre me recusei a ver as páginas depois da página que marcava o fim da história. Na maior parte das vezes, estavam em branco e isso fazia-me pensar que a vida dos personagens acabava ali mesmo. Provavelmente por isso, nunca reparei naquele papelinho.

A primeira coisa a chamar-me à atenção foi a caligrafia – era bastante cuidada, mas, ao mesmo tempo, notava-se que estava ligeiramente tremida.

Para quando não tiveres nada para fazer.

Ou para quando tiveres tudo para fazer, mas quiseres escapar de tudo por uns momentos.

Apenas espero que este livro não seja o motivo das nossas discussões por não me dares atenção, quando estivermos fora desta espelunca.

Não consegui evitar um sorriso. Niall sabia perfeitamente bem que fora condenado a prisão perpétua e, mesmo assim, tinha esperanças de sair – e saiu mesmo, bem antes de mim!

Talvez fora isso que me faltara para ter a oportunidade sair mais cedo – esperança. Desde que fora presa que já nem me lembrava da existência dessa palavra, contudo, ver esta pequena carta enchia o meu coração com a mesma.

Não faço a mínima ideia do que se trata, no entanto, espero que seja o melhor presente que alguma vez tiveste e que me agradeças com, pelo menos, um aperto de mão (contudo, não recuso abraços e/ou beijos).

Imagina que ambos temos um copo de champanhe e vamos fazer um brinde.

A nós e a um futuro juntos, fora daqui. O mais brevemente possível.

Do teu melhor companheiro de cela de sempre,

Niall.

P.S.: Ah, e parabéns!

Quando acabei de ler a pequena mensagem, já tinha lágrimas a cobrirem as minhas bochechas. Se tivesse lido isto quando estava com ele, provavelmente apenas o tinha abraçado fortemente (e, se tivesse de bom humor, talvez lhe beijasse os lábios), mas eu não estava com ele. Estava sozinha, num apartamento onde vivo completamente sozinha.

Niall tinha planos para nós os dois. Ele achava realmente que iríamos ter futuro fora da prisão.

E, com umas simples palavras, eu estraguei tudo.


***

okay, eu adorei escrever isto, não fazem ideia. eu sinto que a nova olivia é tão acolhedora e ugh espero que gostem tanto dela como eu gosto

desculpem não ter publicado ontem, como tinha dito que ia publicar D: esqueci-me completamente e, quando me lembrei, já estava na cama para dormir e ainda tinha de escrever a nota e mudar umas coisas no capítulo :(

acho que já estão a perceber o que vai acontecer... ;) e eu estou super entusiasmada para isso!!!!!

a melanie está de volta! ^-^

  amo-vos e até ao próximo capítulo   

ps: muito obrigada à @Forget_They por me lembrar do nome do pai da olivia (que é travis, btw xp)

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