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Capítulo 06 - Zander

Confiro o relógio em meu celular para ter certeza de que a caminhada da minha casa até aqui não demorou muito.

Quase oito e meia.

Estou parado debaixo do poste de luz em frente ao prédio de Barbara, fingindo que passei casualmente por aqui em um horário conveniente para encontrar com ela e seu acompanhante. O problema é que ela não apareceu e não há nenhum sinal de que alguém virá buscá-la para sair.

De repente, a porta abre, porém não é quem eu esperava. Reconheço Abby enrolada em uma manta grossa e meu coração afunda. Ela olha diretamente para mim e, antes de se aproximar, ajeita os óculos com uma mão enquanto tenta manter a manta no lugar com a outra.

Vejo em sua expressão o que ela está prestes a dizer, então me forço a sair da luz e ir até ela.

— Você veio me mandar embora, — deduzo.

Ela dá de ombros, mas força um sorriso amigável.

— Eu só vim te avisar que ela não está aqui. Ela passou o dia na rua. — Ela respira fundo antes de continuar: — Com o Connor.

Engulo em seco.

— Zander, — Abby parece ponderar as palavras. — Eu sei que não tenho direito de me meter na relação de vocês, mas você acha que ficar em frente ao nosso prédio vai fazer alguma diferença?

Não exatamente, penso. Abby está certa, estou parecendo um louco parado aqui fora no frio, mas eu precisava ver com meus próprios olhos que Barbara seguiu em frente, porque dentro de mim não consigo aceitar.

— Você tem seguido ela por meses... estou começando a ficar preocupada. Isso não é saudável nem para você e nem para a Barbara. Ou você faz alguma coisa ou se afasta de vez.

— Eu sei.

— Não parece, — ela fecha os olhos e suspira. — Eu não sei direito o que aconteceu entre vocês, mas vocês precisam conversar.

— Eu tentei, mas ela não quis me ouvir.

— E então você pensou que ficar se esgueirando por aí seria uma boa ideia?

Ouvindo Abby falar assim, eu pareço um idiota.

— Eu só queria ter certeza de que ela está bem.

— Ela está. E mesmo que não estivesse, não seria certo você ficar observando-a de longe.

Ela soa incomodada e só então eu noto o que Abby está, de fato, dizendo. Antes de começar a namorar com Rock, ela teve problemas com o ex-namorado que não aceitou sua decisão e passou a persegui-la dentro do campus da faculdade. É óbvio que Abby iria comparar minha atitude com a dele e se preocupar com o meu caráter, afinal, nos conhecemos há pouco tempo.

— Você está certa, — concordo.

— Vocês dois precisam conversar.

— Ela não vai me ouvir, — engulo em seco. — Ela terminou comigo e no dia seguinte passou a me ignorar.

— Ela te disse por que decidiu terminar?

Contra a vontade, faço que sim. Ainda posso ouvir a voz dela nítida na minha cabeça enquanto dizia que não queria ser o meu segredo. Eu sei que sou o único culpado pelo término, porque apesar de nunca ter considerado Barbara apenas um caso secreto, não me esforcei para explicar o motivo de não contar sobre nós para meus pais. Eu não deveria ter assumido que Barbara aceitaria nossa situação sem ter conversado com ela.

— Ela não quis explicar para mim o que houve entre vocês, mas eu conheço minha amiga há anos e sei quando ela está sendo teimosa. Eu tenho certeza de que houve algum mal entendido entre vocês.

— Foi mais que isso, — interrompo. — Eu errei.

— Mais um motivo para vocês conversarem.

— Você acha que ela vai me ouvir? — Eu tento soar firme, mas Abby reconhece o sopro de esperança em minha voz.

— Eu acho que você conhece a Barbara tão bem quanto eu, então você sabe que ela vai te ouvir se você tentar falar com ela.

Estou prestes a concordar, mas o barulho de um carro se aproximando chama nossa atenção. O motorista para perto de onde estamos, nos cegando com os faróis. Ele nem chega a desligar o motor quando a porta do carona se abre e Barbara desce. Observo-a com atenção, torcendo para que tenha odiado o encontro, e no mesmo instante me arrependo por meus pensamentos porque isso significaria que Barbara teria passado por algo ruim quando tudo que eu quero é garantir que ela seja feliz.

Sabendo que eu e Abby estamos com os olhos fixos nela, Barbara dá a volta no carro e para ao lado da janela do motorista. Ele leva alguns segundos para abaixar o vidro e eu o xingo mentalmente pela demora.

De onde estou, só consigo ver as costas de Barbara, mas suas palavras chegam até mim com clareza quando ela agradece o dia maravilhoso que teve e se despede. Para meu alívio, eles não se beijam, porque eu não sei o que faria se visse os dois juntos assim.

Ao se virar para nós, a expressão suave de Barbara se torna rígida e ela praticamente marcha até a entrada do prédio, se esforçando ao máximo para mostrar que está nos ignorando. Abby solta um pequeno gemido e eu não sei se ela está chateada com a reação de Barbara ou com remorso por ter sido vista ao meu lado.

— Eu deveria entrar... — ela diz enquanto se afasta.

Abby está quase na porta quando eu reajo. Não paro para pensar no que estou fazendo, eu simplesmente corro até o prédio e entro junto com ela. Também tento não reparar a expressão assustada em seu rosto quando passo direto por ela e subo as escadas com pressa. Quando alcanço o último degrau, vejo Barbara destrancando o apartamento.

— Espera! — Grito, sabendo que é minha única oportunidade de conversar com ela antes que seja tarde demais.

Para minha surpresa, ela entra no apartamento e deixa a porta aberta para que eu a siga. Caminho em silêncio, sentindo meus pés mais pesados conforme me aproximo.

Ao entrar, olho para o corredor, mas não há sinal de que Abby nos seguiu, então fecho a porta e me viro para encontrar Barbara parada no meio da sala com o olhar fixo no tapete. Apesar dos braços cruzados, ela parece mais desconfiada do que incomodada com minha presença, o que eu decido enxergar como um bom sinal.

— Oi, — é tudo que consigo falar. Depois de tantos meses imaginando que eu faria se ela me desse a chance de me explicar, de repente me faltam palavras.

Sem dizer nada, ela levanta os olhos para os meus e eu sinto os primeiros sintomas de ansiedade quando uma gota de escorre por minha têmpora.

Sei que essa é minha única chance de mostrar o quanto eu me arrependo pelo modo como as coisas aconteceram entre nós, mas se eu não conseguir me expressar nos próximos segundos, ela vai me dar as costas e nunca mais vai olhar para trás.

Sendo sincero, eu não poderia culpá-la se fizesse isso.

Engulo em seco, pensando em como começar a falar. De frente para Barbara, sinto minha língua pesada e a garganta arranhar como se eu tivesse engolido areia.

— Oi, — ela diz timidamente e descruza os braços.

Permaneço parado, a encarando enquanto ela faz o mesmo comigo. Seu cabelo laranja vibrante é como um farol aceso no meio da decoração refinada da sala de estar e, por mais que eu tente, não consigo desviar meu olhar.

Observo como seu corpo fica imóvel conforme meus olhos descem por ele e retornam para seu rosto. Suas bochechas estão um pouco coradas pelo frio e a respiração ofegante, mas ela logo deve recuperar o ar quando o calor do aquecedor nos envolver. Como sempre, seus olhos enormes brilham feito as estrelas e eu sinto um vazio no peito ao pensar que Barbara não me olha mais assim por causa dos meus próprios erros.

Por fim, estudo o jeito como seus lábios tremem nos cantos, como se ela estivesse achando graça da situação e tentando se manter séria.

— Oi, — repito, lançando um sorriso largo para ela.

E como se um raio me atingisse, sinto meu estômago revirar porque reparo que seu rosto está ainda mais corado e sua respiração acelerou. Seus olhos descem para minha boca e permanecem fixos enquanto ela passa a língua pelos próprios lábios de forma inconsciente.

Sinto como se eu estivesse morrendo, porque preciso de todo o meu autocontrole para não atravessar a sala e beijá-la. Mas eu sei que esse não seria o momento certo e se eu cedesse, enviaria Barbara correndo para longe de mim.

— Eu queria conversar com você, — forço as palavras enquanto desvio um olhar para as almofadas.

— Você já tentou isso uma vez e não deu certo, — ela suspira e eu tenho a impressão de que passa uma mão pelo rosto, mas não tiro os olhos do sofá. Enquanto eu conseguir mantê-la fora do meu campo de visão, vou ser capaz de falar.

— Eu não vim pedir para você explicar mais uma vez o que houve. Eu entendi e sei que errei.

Respiro fundo, aproveitando para colocar meus pensamentos em ordem. O que estou prestes a falar vai mudar nossa situação mais uma vez e eu preciso de coragem, porque ou eu perco Barbara de vez ou vou ter minha última oportunidade de provar que ela é importante para mim.

— Eu vim pedir outra chance para ser seu amigo.

— Só amigo? — Ela soa divertida e eu acabo virando o rosto. Como eu suspeitava, ela está sorrindo descrente para mim.

— Na verdade, eu quero te reconquistar, mas não posso abusar da sorte hoje. Você já concordou em me ouvir, o que é um milagre. — Ironizo e seu sorriso se alarga, se tornando sincero.

— Eu acho que a Nicky não vai gostar de saber que estamos tendo essa conversa. — Ela cruza os braços e aperta os olhos em minha direção.

Todo o meu corpo vibra ao ouvi-la e eu preciso respirar fundo para não sorrir com sua reação.

— Está com ciúmes?

— Claro que não! — Ela responde rapidamente, contrariando a postura desinteressada.

— Você não precisa se preocupar... não teve mais ninguém depois de você. — Dou de ombros, tentando deixar as palavras mais leves e torcendo para que ela compreenda que eu não estou brincando.

Ela abre a boca para retrucar, porém respira fundo e descruza os braços. Ao invés de continuar o assunto, ela balança a cabeça e volta a me olhar com malícia quando pergunta:

Você está com ciúmes?

— Morrendo.

— Amigos não devem sentir ciúmes uns dos outros, — ela brinca.

— Barbara, nós dois sabemos que eu não quero ser só seu amigo.

Com isso eu vou embora, deixando uma Barbara chocadapara trás.



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