Capítulo Bônus
Alice tentou focar nas páginas a sua frente, realmente tentou, mas o som baixo de tiros e xingamentos sussurrados gritados estavam tirando toda a sua paciência.
- Mas que merda.
Fechou os olhos, apertando com força o lápis em sua mão quando o escutou. Ela teria uma semana de provas pela frente e precisava muito daquele fim de semana para estudar. Mas não, suas amigas irresponsáveis a deixaram com um ogro como companhia. Ela não poderia mandá-lo de volta para casa, pois o apartamento em questão estava passando por uma intensiva dedetização, o que só restava a sua amada casa como refúgio.
- Porra, Henry, não vai por aí!
Pulou no lugar ao grito dele, apoiou as mãos na mesa e empurrou a cadeira para trás, o som dos pés de madeira arrastando no chão foi alto o bastante para chamar a atenção dele. Levantou-se rapidamente, a ponta afiada do lápis apontada na direção dele.
- Se você não calar a porcaria da sua boca eu te arrasto pra fora desse apartamento nesse minuto.
- Eu estou quieto. - se defendeu levemente indignado, retirando os fones, seus olhos saindo dela para a tela da televisão onde o jogo ainda acontecia. - Você que se incomoda com tudo, loirinha. Se eu respirar alto você me manda calar a boca, se...
- No momento estou com muita vontade de te fazer parar de respirar. - o cortou com um tom ácido. - Agora é sério, Nate, eu preciso muito tirar notas boas e se você for o culpado por isso não acontecer. - caminhou lentamente até ele, inclinando-se para ficar cara a cara com o jogador. - Eu juro por tudo o que é mais sagrado, que te esfolo vivo e jogo os seus restos no mar para que ninguém mais te encontre.
Nate piscou lentamente, se afastando para trás e para longe dela. Alice abriu um sorriso falsamente doce, o dando as costas e voltando para a mesa abarrotada de livros, porém, o grito que se seguiu a fez parar no meio do caminho.
- Caramba, Henry, é só virar pra esquerda!
- Parece que eu estou falando com a porra de uma parede!
- Por que você não vai pro seu quarto? - perguntou incomodado. - É só seguir reto e dobrar à esquerda.
Abriu a boca indignada, quem ele pensava que era para dar ordens em uma casa que não era dele?
- Porque eu quero estudar aqui e vou continuar aqui. Quem vai sair é você.
- Não vou, não. Fui convidado. - declarou com um sorriso prepotente.
- Mas não por mim. - assegurou ríspida, o puxando pelo braço para se levantar. - Agora eu estou te expulsando.
- Você sabe muito bem que não posso ir pra casa. - revirou os olhos para as tentativas dela de o tirar do sofá. - O Josh não vai me deixar entrar e morrer asfixiado antes do jogo de amanhã não é uma opção.
- Foda-se! - o estapeou no braço. - Não. Ligo. - o beliscou na barriga, obtendo finalmente uma reação que o fez levantar resmungando. - Vai procurar outro lugar. Tem cafeterias pra caramba lá fora, procura um dos seus outros amigos ou uma das suas Cinderelas.
- Cinderelas? - indagou confuso, a dando uma chance de empurra-lo em direção à porta.
- Aquelas pessoas que você ilude até meia-noite antes de sumir. - respondeu emburrada, abrindo a porta e o encarando com uma mão na cintura.
- Oi? O que foi isso que acabei de escutar? - indagou, levando uma mão ao coração. - Não acredito, isso foi... ciúmes? - inclinou a cabeça em direção à ela, sorrindo contente quando a viu ficar ainda mais vermelha.
- Nós seus sonhos e meus pesadelos.
- Você anda prestando muita atenção na minha vida, loirinha.
- Por que você não sai da minha! - gritou alto, batendo um pé no chão em frustração. - Agora sai daqui! Xo, xo, xo.
- Você está me expulsando igual um cachorro? - perguntou divertido enquanto ela se esforçava para empurrá-lo para fora.
- Qualquer semelhança com a realidade é... mera coincidência. - fez um esforço a mais quando ele se inclinou para trás contra as suas mãos. Finalmente, quando ele passou pela soleira da porta, pôde fechar a porta em sua cara após se despedir aliviada. - Adeus, baby.
- Alice! - a gritou indignado quando percebeu que ela o havia trancado do lado de fora. - Me entrega pelo menos meu celular!
- Algum tempo longe da tecnologia vai te fazer bem!
- Você só pode 'tá de brincadeira!
Riu alto quando o escutou, caminhando em direção ao sofá e pegando o fone que Nate estava usando para jogar.
- Ele não vai jogar agora, Hart. - falou no microfone. - Agora vê se dá atenção a sua namorada porque ela saiu daqui só pra ficar um tempo com você.
- Sim, senhora. - Henry concordou rapidamente, rindo antes de se desconectar.
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Alice sorriu assim que as portas do elevador se abriram. Nate se encontrava sentado no chão com as costas apoiadas na porta, suas pernas esticadas enquanto sua cabeça estava apoiada na parede ao lado. Ele estava provavelmente dormindo, torceu a boca quando seu sorriso sumiu, da forma que ele estava talvez acordasse com uma horrível dor nas costas.
Suspirou profundamente quando se viu tendo uma certa simpatia por ele, e talvez uma culpinha estivesse se formando bem no fundo, mas isso ela ignoraria. Colocou as sacolas de compras no chão ao lado dele, se ajoelhou para comprovar que Nate estava realmente dormindo. Inclinou a cabeça observando o rosto sereno desprovido do sorriso sempre provocativo, o semblante calmo quase a fez se arrepender do que faria a seguir, quase.
- Acorda! - gritou em seu rosto, dando um tapinha em sua bochecha direita.
Nate acordou em um sobressalto, segurando o pulso de Alice e a puxando contra ele. Ela se desequilibrou, apoiando a mão livre no ombro dele antes de cair quase sentada em seu colo.
- Desculpa. - Nate pediu, soltando o pulso dela. - Não, espera. - passou a mão no rosto. - Você não pode acordar as pessoas desse jeito. Que merda, Alice.
- Desculpa. - os lábios apertados para conter a risada não combinavam em nada com seu pedido de desculpa.
- Você me trancou do lado de fora e nem deixou a chave, precisa se desculpar mesmo. - praticamente sussurrou, sua voz cansada a fez se sentir um pouquinho mal.
- Você estava esperando por muito tempo? - torcia para que não.
- Já fazem duas horas. - respondeu emburrado, fechando novamente os olhos ao inclinar a cabeça para trás contra a porta.
Alice mordeu o interior da bochecha, arregalando os olhos quando ele aproximou seus rostos ainda mais. Podia sentir a respiração de Nate contra a sua, os olhos castanhos brilhando à luz suavemente amarelada do corredor. Sua respiração ficou levemente ofegante, bateu-se mentalmente por permitir sentir-se daquela maneira.
- A fila no mercado estava grande. Não era para ter demorado tanto.
Ele assentiu ao pedido implícito de desculpas. Alice soltou o ar devagar, a culpa se infiltrando em cada célula sua, detestava esse sentimento. Tinha a certeza de ser visível o quanto ela se sentia mal, por isso demorou a entender quando sentiu o corpo de Nate chacoalhar. Levantou o olhar para encontrá-lo rindo silenciosamente.
- Seu idiota! - o beliscou na cintura, sendo o bastante para ele irromper em uma alta gargalhada. - Você mentiu pra mim! Aposto que chegou agora.
- Só faz... uns cinco minutos. - ele conseguiu dizer em meio às risadas. - Mas a sua cara não teve preço.
- Idiota. - fez impulso para sair do colo dele, mas Nate a envolveu com seus braços a impedindo.
- Sinceramente, não achei que você pudesse sentir outra coisa além de raiva por mim. - balançou as sobrancelhas para cima e para baixo. - Está amolecendo, Allie?
- Para de falar besteiras e me deixa... ir. - tentou se soltar do abraço dele, mas Nate continuou impassível. Bufou irritada, se remexendo no colo dele.
- Assim não, Alice.
Sorriu brilhantemente quando sentiu os braços dele tensionarem em volta de sua cintura. Se remexeu com mais força, quase sendo empurrada para longe enquanto gargalhava alto.
- Você possui uma alma sombria, loirinha.
Negou com a cabeça, ainda rindo enquanto se levantava para destrar a porta.
- É você quem possui o controle de um adolescente de quinze anos.
- Você é linda e gosto...
- Melhor nem terminar isso. - o impediu, tampando sua boca para não escutar o resto da frase.
Nate riu e retirou a mão dela de sua boca, depositando um beijo no pulso de Alice antes dela balançar a cabeça em descrença e puxar sua mão da dele.
- O que você está querendo?
- Por que toda vez que sou minimamente carinhoso eu quero algo de você?
- Porque eu te conheço e sei que você não faz nada sem segundas intenções. - declarou simples, colocando as sacolas de compras em cima do balcão. Franziu a testa quando o sentiu se aproximar por trás.
- E se o que eu quero for você?
A voz grave sussurrada ao pé de seu ouvido a fez engolir em seco. Piscou lentamente quando sentiu seu corpo reagir à Nate. Não, não, não. Foi rápida em disfarçar e empurrar o cotovelo para trás a fim de acertá-lo. Sorriu satisfeita quando escutou o grunhido de dor.
- Agora faça algo para comermos. - instruiu, se afastando dele e virando-se para encará-lo.
- Você 'tá me agredindo há horas e quer que eu cozinhei pra você?
- Exatamente. - piscou um olho para ele, rindo ao ver uma expressão indignada tomar seu rosto. - Vamos, baby, não seja assim. - projetou o lábio inferior para frente em um bico manhoso, seus olhos brilhando em malícia quando percebeu a atenção de Nate voltada para os seus lábios.
- Você realmente possui uma alma sombria. - ele resmungou, balançando a cabeça antes de caminhar em direção à cozinha.
- Você gosta disso.
O tom prepotente em sua voz vacilou quando o viu girar no lugar e caminhar em direção à ela. Alice congelou, seu coração acelerando a medida que Nate se aproximava. Ele abriu um sorriso como se tivesse acabado de fazer uma grande descoberta, o que a fez sentir um frio se espalhar por seu estômago.
- Não é a única coisa que gosto em você. - imitou seu tom. Inclinando a cabeça para baixo em sua direção beijando levemente sua têmpora, se afastou com um sorriso carinhoso quando a viu de olhos fechados. - Agora me deixe fazer o nosso jantar.
Alice soltou o ar lentamente, abrindo os olhos quando o sentiu se afastar. Bateu o nó dos dedos fechados na lateral da cabeça falando baixo consigo mesma.
- Não, não, não, não, não.
Seguiu em direção ao seu quarto para tentar se concentrar no estudo das provas enquanto deixava para trás um Nate bastante contente.
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A TV se encontrava ligada em um filme desconhecido do qual nenhum dos dois sabia o enredo, o filme em questão já estava na metade, porém nem Nate ou Alice conseguiam lembrar ao menos o seu nome. O jantar havia sido regado de uma tensão que os dois fingiam não notar, bom, Alice tentava fingir ao passo que Nate parecia estar aproveitando o momento.
A mulher em questão bufou irritada consigo mesma, tinha prometido não deixar que o que quer que sentisse por Nate viesse a tona, mas parecia que seu corpo discordava completamente e já estava ficando exausta dessa queda de braço ridícula.
- O que foi, Allie?
Revirou os olhos para a voz melodiosa, cruzou os braços e se recusou a olhar na direção dele. O jogador riu suavemente, inclinando-se em direção à ela, uma risada saindo novamente de seus lábios quando Alice colocou mais uma almofada entre os dois.
- Não se aproxime.
- Por quê? - perguntou inocentemente. - Tem medo do que posso causar a você ou de como você vai reagir?
A loira inspirou profundamente, detestava quando Nate tinha razão. A batalha que ela estava travando era entre sua razão e emoção, não queria admitir o que sentia por ele, mas ao mesmo tempo sabia que era só questão de... tempo até as emoções tomarem o controle de tudo. Sua frustração deve ter aparecido em seu rosto já que Nate recuou e a encarou preocupado.
- Sinto muito, Alice.
Virou-se confusa para ele.
- Pelo o quê?
- Por ter empurrado mais do que devia. - respondeu, torcendo a boca meio sem jeito. - Pensei que era algo que partia dos dois, mas você está há horas sem me olhar e sem falar nada minimamente substancial. Só não queria ter te deixado assim, é fora do seu personagem. Então, me desculpe.
Piscou aturdida, descruzando lentamente os braços enquanto se voltava totalmente para ele.
- Você não me deixou desconfortável, na verdade foi o oposto disso. - confessou, retirando do caminho as almofadas que os separavam. - Se você tivesse ultrapassado a linha pode ter certeza de que eu já teria te expulsando daqui com uma marca do meu pé na sua bunda.
- Disso não tenho dúvidas. - declarou sorrindo aliviado.
- Eu só. - parou, suspirando resignada, mas resolveu ser sincera. - Eu... sinto algo por você. - franziu o rosto em uma careta com a confissão, o que o fez sorrir. - Não queria sentir, realmente não queria. Não porque você sai com muitas pessoas porque isso não tem nada a ver já que eu também saio com várias pessoas. O problema é que eu sei que quando eu te beijar, eu...
- Não vai querer parar. - Nate completou, aproximando-se um pouco. Alice mordeu o interior da bochecha, assentindo de forma derrotada. - Eu entendo. Olha, já que estamos sendo sinceros, eu só te provoco porque amo a forma como você reage.
- Você ama me enlouquecer, disso eu já tinha noção. - estreitou os olhos em uma falsa irritação, segurando o sorriso quando sentiu a mão dele sobre a sua.
- Isso e também amo as suas réplicas. Você é imbatível, loirinha, uma força da natureza que varre tudo o que toca quando quer. Sei o quanto é teimosa...
- Perseverante.
- E quando coloca algo na cabeça só você mesma para tirar. - complementou, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha dela, sua mão permanecendo no rosto levemente avermelhado. - Estamos andando em círculos há séculos, acho que já está na hora de parar, não acha?
Sim, ela achava e pela primeira vez desde que o conhecera, Alice não se incomodava nenhum pouco em concordar com Nate. Um sorriso crescente tomou seus lábios enquanto assentia em afirmação à pergunta dele. Em sincronia começaram a se inclinar em direção ao outro, seus lábios se encontrando no meio do caminho e fazendo o mundo ao redor deles desfocar.
O toque firme logo se transformou em um beijo surpreendentemente calmo, beijavam-se em uma sincronia e familiaridade que fazia com que tudo, cada sentimento, toque, sensações parecesse certo. As mãos de Alice deslizaram dos ombros de Nate para se entrelaçarem em sua nuca, ela se aproximou quando foi puxada pela cintura para sentar-se em seu colo. Nate suspirou em meio ao beijo quando a sentiu pressionar o corpo contra o dele, o que a fez sorrir satisfeita.
- Rupi... vem para casa hoje?
Alice negou com a cabeça à pergunta, não conseguia verbalizar nada quando os lábios de Nate trilhavam um caminho de beijos por seu pescoço e ombro.
- Allie.
Ignorou o chamado, suas mãos rápidas em começar a levantar a barra da blusa dele.
- Alice.
Ela não queria conversar, demorou muito para eles estarem naquela situação e tudo o que ela menos queria era ter que conversar agora. Mas parecia que Nate discordava já que ele segurou suas mãos e a encarou com um brilho divertido no olhar.
- Também estou ansioso, loirinha, mas acho que devemos conversar sobre nós.
- Concordo com você. - o calou com um beijo quando previu que ele falaria algo para provoca-la. - Mas nesse momento estamos com o apartamento só para nós dois, amanhã provavelmente esse lugar vai estar cheio de gente pro pré-aniversário da Rupi e não teremos muito tempo a sós. Então. - suas mãos circularam a cintura dele sob a blusa, um sorriso malicioso adornou seu rosto enquanto o sentia arrepiar sob sua pele. - Podemos falar sobre nós depois?
- Quem sou eu para discordar quando você está certa.
Riu quando foi girada para deitar de costas no sofá, Nate pairando acima dela com uma expressão de adoração tão sincera que a surpreendeu. O beijo que se seguiu foi ainda mais apaixonado e profundo que o anterior, Alice parecia derreter abaixo de Nate, circundou as pernas ao redor do quadril dele, o puxando para baixo e para mais perto. Seus peitos colados ao ponto de seus corações sincronizarem as batidas.
- Alice, mulher!
O grito seguido pelo som da porta sendo fechada os assustou. Nate se ajoelhou e encarou Rupi que guardava o casaco, ela sorriu para ele completamente alheia ao que tinha interrompido.
- Oi, Rupi.
- E aí, Capitão. Você viu a Alice?
Nate riu, olhando para baixo onde Alice revirava os olhos irritada pela intromissão. Rupi o encarou confusa, caminhando em sua direção e parando atrás do sofá, inclinou a cabeça curiosa e viu a amiga de braços cruzados e um olhar afiado.
- Eu. Não. Acredito. - olhou de Nate para Alice e de volta para Nate, um dedo apontando de um para o outro enquanto começava a dar pulinhos de animação. - Charlotte perdeu a aposta! Isso!
- Que aposta? - Alice empurrou Nate para que pudesse sentar. - Que aposta, Rupi? - perguntou novamente, seus olhos se estreitando quando viu a amiga dar dois passos para trás.
- Nada não. - respondeu, soltando um risinho forçado. - Só coisa que sai da nossa boca sem a gente saber. Sabe como é o ser humano, né, nós falamos umas coisas e depois ficamos: "que coisa, não é? Por que foi que eu falei aquilo?", aí vai ver e não fazia o menor sentido ter falado, mas já falou e não tem como desfalar então fica falado. - continuou caminhando para trás, correndo para pegar seu casaco quando a viu querer pular do sofá, aproveitou que Nate segurou Alice pela cintura e correu para fora do apartamento.
- Aquela raposa traiçoeira. - resmungou quando a mais nova praticamente evaporou da sua frente. - Me deixa ir, Nate, que eu quero a minha parte desse dinheiro.
- Sem chance, loirinha. É capaz de você aparecer nos casos criminais se eu deixar você sair daqui. - declarou rindo, a abraçando mais forte pela cintura.
- Você está exagerando. - reclamou, parando de se debater e mesmo a contragosto se acalmando nos braços de Nate.
- E você adora ter algo pra brigar. - abaixou a cabeça para beijar o pescoço dela, a sentindo se inclinar para o dar melhor acesso. - Agora. - subiu os beijos em direção à nuca. - Vamos voltar.
Alice segurou um gemido quando sentiu as unhas dele arranharem sua barriga por baixo da blusa.
- Certo... Você tem razão.
Nate parou, a girando para ficar parcialmente de frente para ele a fim de ver seu rosto. A analisou abismado, segurando seu queixo e inclinando a própria cabeça como se estivesse tentando descobrir a resposta para um enigma.
- O que foi? - perguntou confusa e impaciente, todo aquele silêncio a estava deixando desconfortável.
- Você disse que eu tenho razão pela segunda vez hoje. - falou como se explicasse tudo. - Você, Alice Harris, disse que eu, Nate Elliott, tenho razão.
A risada contente dele a fez beliscá-lo na perna, o que só aumentou a gargalhada que saía de Nate.
- Você é um idiota. - sentiu seu rosto esquentar quando ele a puxou para um abraço, mas não conseguiu conter o sorriso quando sentia seu corpo chacoalhar à risada dele. - Mas até que gosto disso.
- Hum?
- Eu gosto de você. - afirmou, observando as risadas diminuírem e o calor que emanava de seus olhos esquentarem seu coração. Levou uma mão ao rosto de Nate, traçando seu lábio inferior com o polegar.
- Também gosto de você. - praticamente sussurrou, apoiando a testa na dela, um sorriso apaixonado sendo espelhado por Alice. - Muito, loirinha.
- Isso é bom, jogador. - juntou seus lábios suavemente. - Muito bom. - murmurou contra a sua boca.
- Uhum. - concordou, encaixando seus lábios nos dela, a beijando sem pressa. O mundo era deles e poderia esperar.
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