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Ainda jovens

Jungkook

Talvez eu tenha sonhado com ele naquela noite, enquanto dormia num pequeno colchão ouvindo os roncos do patriarca da família, mas nem aquilo conseguiu tirar minha animação e ansiedade pelo dia seguinte, rever Jimin havia virado a prioridade, sendo que aquela viagem apenas tinha acontecido para que eu fosse ao festival.

Na tarde seguinte, eu voltei para o portão principal e ali fiquei esperando por Jimin, felizmente nesse dia ele decidiu sair mais cedo e pareceu surpreso ao me encontrar fora do local dos shows, porém novamente ele não desconfiou de nada, ou talvez apenas tenha fingido acreditar quando falei que havia saído mais cedo também apenas para lhe esperar.

Ganhei um sorriso de Jimin por isso mas me senti mal por estar mentindo, precisava contar logo para ele que eu havia omitido as coisas no início, porém também não queria perder sua confiança, então decidi que deixaria para o quinto e último dia de festival.

Tiramos aquela noite para nos divertir, bebemos coisas que eu nem sabia o nome e conhecemos pessoas interessantemente excêntricas por todas aquelas ruas da cidade que nunca dorme, no fim eu nem me lembro muito bem como acabamos num tatuador de fundo de quintal, mas tenho um pequeno cupido tatuado na bunda para não poder negar que aquilo aconteceu, e em contrapartida, Jimin tinha uma bailarininha em sua nádega esquerda para nunca mais se esquecer da nossa aventura idiota.

Quando o último dia de festival chegou, eu me despedi da família que me acolheu por alguns dias com muitos agradecimentos, por fim segui até o local do show torcendo que tivesse coragem o suficiente para contar sobre minha mentirinha à Jimin, estava certo que eu sequer o conhecia e não devia nada a ele, mas me sentia errado por esconder algo.

Acabei chegando cedo e me sentei na guia da calçada, sabendo que a espera seria longa, já que normalmente no último dia todos querem estender seu tempo ali.

— Não vai para a fila, Kookie? — A voz do Park entrou pelos meus ouvidos me causando um grande susto, não pensei que ele chegaria tão cedo também.

— Jimin? — Indaguei me levantando de supetão, completamente sem graça. — Ah... eu-

— Por que essa cara? Até parece que estava aprontando alguma. — Arqueou uma das sobrancelhas e desceu seus olhos por todo o meu corpo, fingindo estar desconfiado — Vamos entrar ou não?

— Não posso entrar, não tenho ingresso — Respondi suspirando frustrado.

— Você só tinha para quatro dias? Tudo bem, eu tenho um sobrando. — Falou tirando dois ingressos de seu bolso. — Era para o meu irmão ter vindo comigo, a gente tinha ingressos para três dias, mas ele ficou doente e preferiu não vir, então acabou que eu fiquei com seis entradas.

— Na verdade eu só tinha para o primeiro dia. — Afirmei o deixando confuso — Marquei de nos encontrarmos todos os dias no festival por impulso, sequer tinha pensado no detalhe de que eu nem iria poder entrar. — A forma como Jimin me encarava naquele instante estava me deixando ainda mais constrangido. — Acabei conseguindo um ingresso com a família que me acolheu esses dias, porque eu também não estava num hotel, só tive dinheiro para um dia de hospedagem.

— Por que não falou a verdade? Eu te ofereci meu quarto mais de uma vez — Perguntou cruzando os braços em frente ao corpo.

— Eu não sei, primeiro fiquei com vergonha de admitir que havia me embananado todo nas coisas que te falava e depois não quis que me achasse um idiota — Admiti enquanto levava a mão até a nuca, numa tentativa de disfarçar a timidez que me atingiu.

— Então correu o risco de ter que dormir na rua apenas porque queria me ver novamente? — Questionou fazendo eu me sentir ainda mais imbecil, porém após sua pergunta, um sorriso surgiu nos seus lábios — Você é muito doido, garoto! Mas também é um fofo.

— Agora não sei se ganhei ou perdi pontos contigo — Brinquei e Jimin apenas manteve seu sorriso, se aproximando mais e segurando minha mão.

— Que tal descobrir isso lá dentro? — Indagou apertando nossos dedos juntos e logo me puxando para a fila de entrada.

E mais uma vez eu me via ao lado dele em uma plateia lotada, porém daquela vez estava diferente, Jimin não parecia querer conversar, ele apenas me olhava enquanto balançava seu corpo no ritmo das músicas que tanto ele como eu amávamos, ele parecia esperar alguma atitude minha, porém me hipnotizei por aquela visão sua e não consegui fazer nada além de o assistir.

Mas obviamente o Park não era o tipo de cara que ficava esperando sempre o primeiro passo alheio, e assim ele veio para mais perto de mim. Naquela bagunça de pessoas Jimin colou seu tronco no meu, me lembro que estávamos transpirando tanto que eu poderia sentir seu suor escorrer pelos meus dedos quando lhe segurei pela nuca, acho que o mais clichê disso tudo foi que exatamente na estrofe do refrão daquela música que os lábios dele se juntaram aos meus.

That kinda lovin'
Turns a man to a slave
That kinda lovin'
Sends a man right to his grave

Esse tipo de amor
Transforma um homem em um escravo
Esse tipo de amor
Envia um homem direito para o seu túmulo

Sim, tocava Crazy do Aerosmith quando eu beijei Jimin pela primeira vez, e mesmo depois de tantos anos, eu ainda consigo descrever em minha mente perfeitamente a sensação de ter aqueles lábios grossos e quentes contra os meus, o gosto de um beijo que me viciou desde o primeiro.

Jimin não parecia ter medo algum da repressão daquela época, ele apenas queria fazer algo e ia até o fim, não se importando com qualquer olhar que estivesse sobre ele, e pra ser sincero se alguém estava nos observando eu não percebi, também não tive medo de coisa alguma, apenas importava a forma safada como aquele tatuado envolvia minha língua na sua, querendo me enlouquecer com a forma como seus quadris se jogavam contra os meus.

Park e eu sequer nos conhecíamos, mas tínhamos uma sincronia difícil de encontrar, ele guiava aquele ósculo da sua maneira, mas me dava toda a liberdade para ousar, morder seus lábios, sugar sua língua e lhe fazer gemer contido pela forma que minhas mão tocavam seu corpo, cada som que saiu de sua boca e estalo do beijo ainda são tão nítidos em minha mente quanto os vocais de Steven Tyler naquela noite.

I go crazy, crazy, baby, I go crazy
You turn it on, then you're gone
Yeah, you drive me
Crazy, crazy, crazy, for you, baby

Eu vou enlouquecer, enlouquecer, baby, eu vou enlouquecer
Você provoca, depois vai embora
Sim, você me deixa
Louco, louco, louco, por você, baby

Porém antes que continuássemos, Jimin quebrou o nosso beijo para me puxar para fora daquela plateia, me levando para o lado onde havia várias barracas de lanches. Nós nos colocamos atrás de uma, escondidos ali voltamos a nos beijar avidamente, porque aquele moreno não tinha limites, e logo eu já podia perceber isso pela forma como sua mão estava começando a descer pelo meu abdômen, chegando sobre meu membro excitado pelo roçar de nossos corpos, o apertando por cima do tecido grosso, quase me desestabilizando, ele riu de forma sádica nesse instante e eu realmente me via caidinho por cada peculiaridade que descobria dele.

Não posso dizer também que eu era o cara mais centrado, e tomei um pouco de liberdade ao descer minhas mãos pelas suas calças, aproveitando aquela peça folgada para adentrar minha destra pelo cós, não poupando vontade quando tomei sua ereção em minha palma. Jimin quebrou o beijo sorrindo maliciosamente contra minha boca antes de me empurrar contra uma pilastra qualquer, fazendo os plástico da barraca tremerem, voltando a atacar meus lábios com fervor.

Minhas costas estavam impressas e meu corpo encurralado pelo de Jimin, o beijo molhado e ansioso me fazia ficar extasiado, o calor que emanava dele seria capaz de me incendiar, e posso apostar que quase conseguiu isso pelo jeito que seu joelho subia entre minhas pernas, e estimulava meu pênis sem o menor pudor. O mais velho estava jogando comigo e eu queria muito receber aquele xeque-mate.

I'm losin' my mind
'Cause I'm goin' crazy
I need your love, honey
I need your love

Eu estou perdendo a cabeça
Porque estou ficando louco
Eu preciso do seu amor, meu bem
Eu preciso do seu amor

Quando a canção chegou ao fim, todo aquele amasso quente também teve sua pausa, me lembro de olhar diretamente nos olhos de Jimin nesse segundo, e pude ver muita luxúria, porém era nítido que havia mais do que isso, eu não sabia se ele podia sentir o mesmo que eu, mas tive certeza que havia encontrado alguém que mudaria tudo a partir dali, que bagunçaria apenas para colocar em ordem em seguida. Um grande amor, talvez.

Nós saímos daquele festival de mãos dadas e fomos para o hotel em que ele estava hospedado, porém ao contrário do que até nós mesmos estávamos esperando, nós não transamos. A noite foi simples, e penso que pela primeira vez eu não senti que a paquera havia sido um fracasso apenas porque não tínhamos ido até o fim, a gente apenas assistiu tevê até a madrugada chegar e dormimos no tapete que havia no chão mesmo, abraçados e confusos com todas aquelas sensações.

Na manhã seguinte houve nossa despedida, e parte de mim sabia que talvez eu nunca mais fosse ver aquele lindo mauricinho tatuado que havia mexido tanto com meus sentimentos.

Porém um ano depois encontrei novamente Jimin naquela mesma fila do festival anual, o Park fez questão de demonstrar que queria ter tudo o que aconteceu no ano anterior novamente, entretanto dessa vez eu não queria ter que esperar mais um ano para revê-lo, e assim decidimos manter contato, trocando nossos números de telefone residencial.

Nos anos 80 não tínhamos a facilidade de hoje em dia, não era todo mundo com um celular na mão e muito menos todos com acesso a internet para mandar mensagens rápidas, por isso nosso contato era limitado e demorado, porém não deixávamos de nos falar. Até um dia Jimin vir com a notícia que parecia resolver tudo, ele estava se mudando para a minha cidade.

O Park e eu namoramos por cerca de seis anos, porém assim como tudo na vida, as vezes não acontece exatamente como você deseja, Jimin tinha planos muito diferentes dos meus e com quase trinta anos ele queria muito mais do que apenas viver uma vida pacata e sem evoluções ao meu lado, nosso término foi doloroso, porque ainda nos amávamos, mas sabíamos que teríamos que seguir caminhos diferentes.

Caminhos estes que acabaram se cruzando novamente na virada do século, quando o ano 2001 chegou e por coincidência estávamos na mesma praia comemorando o ano novo, foi estranho o ver depois de tanto tempo, mas mesmo com quase quarenta anos, Jimin ainda carregava aquela áurea juvenil de quando nos conhecemos.

Realmente tínhamos tido destinos bem diferentes, eu havia me tornado o dono de um estúdio de tatuagens e ele era administrador da empresa de seus pais, Jimin usava ternos enquanto eu ainda vestia uma jaqueta jeans qualquer, ele havia se casado e se divorciado, eu ainda era um solteirão com muitos casos no histórico, porém foi apenas ver aquele seu sorriso doce direcionado a mim, que percebi que entre a gente nada teria mudado.

E mesmo vivendo situações tão diferentes, conseguimos reviver as conversas antigas e os gostos pessoais ainda eram quase os mesmos, bastou algumas horas juntos para eu ter vontade de ter tudo aquilo novamente com ele, e para minha sorte, a vontade de Jimin era mútua.

Nós retornamos nossa relação tantos anos depois, porém agora maduros o suficiente para saber como fazer durar, e mesmo que eu vá poder responder se tudo teria sido diferente se eu nunca tivesse ido a aquele festival, afinal ainda penso que Jimin entraria em minha vida de uma forma ou de outra.

Conheci o amor da minha vida naqueles tempos dourados, mas ele permaneceu trazendo um brilho de ouro aos meus dias até hoje.


~♥~

até uma próxima ^^

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