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No dia do sábado, Enid pode dizer que acordou com uma ressacada de pensamentos, quase não conseguiu dormir com os devaneios que alugaram sua mente durante boa parte da noite.

A luz do sol atravessava as cortinas floridas da cozinha da Toca, iluminando a mesa repleta de pratos e travessas. O cheiro de torradas, ovos e bacon tomava conta do ambiente, enquanto sons de risos e conversas animadas ecoavam pelo espaço. Enid estava sentada ao lado de Gina, em corpo ela estava em meio a bagunça que sua família fazia logo na primeira refeição, mas em mente a garota está distante. Suas mãos seguraram um garfo enquanto os acontecimentos dos últimos dias vagam por sua mente conturbada.

Se sentia mal pela discussão que teve com o Malfoy, sabia que aquilo não era tudo que ele queria falar e o que lhe foi dito era apenas por pressão de seu pai, ela entendia que o homem não era fácil e também não era simples para o garoto bater de frente com o próprio pai.

── O que aconteceu, mana? - Ron perguntou vendo a gêmea remexer na comida sem comer e sem dar atenção ao redor ── Porque não está comendo? Você sempre acorda com uma fome de 100 dementadores.

── Está se sentindo bem, meu amor? - O pai dos jovens olhou para a filha com preocupação

── Nada, papai. - Sorriu para o mais velho passando tranquilidade, ela não queria dividir o que martelava em sua mente. ── Estou bem.

── E porque meu pequeno monstrinho morto de fome não quer comer? - Fred apontou o garfo na direção da irmã

── Ela deve estar sentindo falta da Hermione. - Ron comentou, Enid olhou sem saber se o gêmeo estava tentando safar ela de perguntas ou pensando demais na Granger.

── É isso! - Enid concordou, ela mesma querendo se livrar de todo o interrogatório.

── Então coma bem, depois você vai encontrar a mione. - Molly colocou mais uma panqueca no prato da filha  e depois no de Ginny vendo Ronald erguer o dele ── Você já comeu uns cinco desses, pra onde foi tudo?

A garota sorriu alegremente com a forma que sua família tentava alegra-la, pegou um pouco de geleia e passou na panqueca cortando um pedaço e mastigando lentamente um pedaço - deleitando do sabor enquanto seus olhos observavam a confusão calorosa ao seu redor.

Fred e George, como de praxe, fazendo suas brincadeiras. Um deles fazia levitar pedaços de pão, enquanto o outro fingia que eram passes de Quadribol, até que uma fatia pousasse no prato de Percy, que bufava irritado toda vez que algo cai em seu prato por acidente - ou não.

── Vocês dois vão conseguir envergonhar a família inteira um dia desses! ── Percy reclamou, ajeitando os óculos.

── O que foi, Percy? Não seja tão ranzinza, bunda mole. ── respondeu Fred, enquanto George soltava um riso alto.

── Não me chame assim, seu merdinha. - O mais velho reclamou

Enid sorriu com a cena de provocação, escondendo-se atrás do copo de suco. Gostava de observar as brincadeiras dos gêmeos, embora raramente participasse. A melhor parte era ser uma espectadora.

── Você devia rir mais alto, Enid. Vai ver eles inventam mais idiotices por serem incentivados a serem bobões. - provocou Percy

── Deixa de ser amargurado, Percy. - Rebateu - a garota, revirando os olhos

── O dia que ele deixar de ser assim, Hogwarts inteiro vai entrar em guerra. - George implicou dando de ombros com o olhar que o mais velho lançou diante as palavras

Enid balançou a cabeça, pensando em implicar mais um pouco com Percy. Em vez disso, terminou o café silenciosamente e se levantou com um leve aceno para a mãe.

── Já acabou, querida? Não quer comer mais nada? - perguntou Molly, sorrindo, mas ainda preocupada com a quietude da mais nova.

── Sim, vou subir para escrever uma carta e depois ir até Hogsmeade. - Deu um breve abraço na mão e se afastou deixando um beijo na bochecha dela

── Eu tenho alguns galeões. - Vasculhou seus bolsos ── Você pode passar na dedos de mel e comprar seu doce favorito.

── Obrigado, mamãe. - Abriu um sorriso para a mulher

Subindo as escadas de madeira rangente, Enid entrou no quarto que dividia com Gina e sentou-se à escrivaninha, onde um pedaço de pergaminho e uma pena a esperavam. Após alguns instantes de reflexão, começou a escrever:

“ Hermione, meu amor.

Espero que você esteja bem e aproveitando o seu final de semana com seus pais! Aqui na Toca tudo está tão animado quanto sempre. Fred e george têm feito suas piadas bobas de sempre, e Gina não para de rir delas, muito menos eu. Ron está comendo demais igual ontem. Quando você vier nos visitar, tenho certeza de que também vai se divertir. Estou planejando dar uma volta em Dedosdemel hoje à tarde. Quero refletir um pouco em um local onde não sou interrompida pelos meus irmãos, então pretendo passear pelas montanhas antes que chova. Me escreva assim que puder!

Com carinho,
Sua melhor amiga, Enid"

Enid enrolou o pergaminho, amarrou-o com um pequeno pedaço de barbante e abriu a janela. A coruja da família, Errol, estava empoleirada ali, meio sonolenta.

── Vamos, Errol. Só mais uma entrega — murmurou Enid, amarrando a carta em sua perna.

Errol levantou voo, meio desajeitada como de praxe, mas logo desapareceu no céu azul. Enid suspirou, fechando a janela e se virando para arrumar-se. Colocou um vestido preto simples, meia calça e bota da mesma cor que o vestido, pegou uma bolsa pequena onde guardaria os galeões. Mal podia esperar para ir a Dedosdemel e explorar os doces que tanto adorava.

Antes de sair, lançou um último olhar pela janela, imaginando a reação de Hermione ao receber sua carta. Um sorriso discreto surgiu em seu rosto, e, animada, ela desceu as escadas, pronta para o passeio.

🦁🐍

── Não vou permitir que você deixe o meu filho sem comer por estar apaixonado! - Narcisa gritava com Lucius, mesmo que está sentado na cadeira do outro lado da enorme mesa, a mulher se virou para a elfa parada ao lado ── Monitora, por favor vá chamá-lo.

── Sim, senhora. - Tentou se afastar, mas a voz de Lucius a impediu de prosseguir.

── Não! Não se atreva! - O Grito de Lucius fizera Monitora se encolher amedrontada, desviando o olhar para a esposa, a olhou incrédulo ── Chama isso de paixão? Age como se fosse algo normal o seu filho se "apaixonar" por uma.. Não consigo pensar nas piores palavras para me referir a aquela garota e a família dela.

── Ela é só uma jovem assim como nosso filho. - Narcisa insistiu

── Uma jovem de família miserável! - Esbravejou batendo a mão na mesa, mas a mulher ao menos piscou, não sentia nenhum tipo de intimidação com o comportamento exagerado do marido.

── Não precisa tratar o nosso filho como leproso por estar sentindo algo por uma garota. - Sua voz saiu calma, movendo suas mãos até a colher, sorriu com o que pensou ── Uma moça muito bonita, meu garoto tem bom gosto.

Narcisa estava feliz por descobrir que seu filho estava sentindo algo por alguém, carregava um medo pelo garoto não ser capaz de se apaixonar e ser tão infeliz quanto ela se sentia com o seu próprio casamento.

── Você pode ir para a cozinha, não vai chamar o garoto. - Lucius encarou a elfa que assentiu dando meia volta

No cômodo de cima, era possível ouvir os gritos de seu progenitor. Draco Malfoy encarava o céu nublado daquele dia chuvoso. Os dias estavam sempre assim ultimamente: pesados, sufocantes, refletindo o turbilhão em sua mente. Ele tentava se concentrar no livro em suas mãos, mas as palavras dançavam sem sentido. Sua cabeça estava presa a um único pensamento: Enid Weasley.

Seu peito ardia em arrependimento por todas as palavras que disse a ela, como deixou o medo pela punição que sabia que receberia de seu pai por mostrar desobediência diante de sua ordens.

Sua mente martela em todos os motivos que seu pai jogou na cara dele - pelo qual não vai dar certo com ela. Enid não era como ele. Vinda de uma família que ele fora ensinado a desprezar, Enid era o oposto de tudo o que os Malfoy eram. E, ainda assim, Draco não conseguia ficar longe dela. Não conseguia esquecê-la, mesmo depois de tudo. Mesmo depois da última briga.

Draco pagou com a própria língua quando julgou tudo sobre a família e agora não conseguia parar de pensar em uma Weasley.

O som de sua voz ainda ecoava em sua mente.

Ele pensou que afastá-la seria o certo. Que seria mais seguro para ela e para ele. As ameaças de Lucius não eram vazias, Draco sentiu o que o pai é capaz de fazer na própria pele, e o simples fato de se aproximar de uma Weasley já era um ato de desafio.

Draco realmente achou que sua paixão pela Weasley não era tão intensa, mas o vazio que a ausência de Enid e saber que estavam brigados deixara era insuportável.

E agora, ele estava ali, remoendo o que poderia ter sido.

── O que eu fiz pra merecer isso? - Draco perguntou a si mesmo

Uma batida nada discreta na porta do armário o tirou de seus pensamentos, se apressou em olhar para trás de cenho franzido e viu a porta sendo aberta. Era Dobby.

── Dobby, sabe que o senhor não gosta dele. - Caminhou com cautela até chegar na frente da poltrona onde o loiro estava sentado ── Mas Dobby sente o que o senhor sente.

── Como sente o que eu sinto? Não sabe o que estou sentindo, Elfo cabeça de vento. - Revirou os olhos se acomodando na poltrona e jogando suas pernas na janela aberta para apoiar elas ali

── Dobby sabe que o senhor sente dor no coração e no corpo porque o mestre bateu no senhor desde a hora que chegou. - A inocência do elfo não fez ele medir suas palavras

O garoto desviou seus lumes carregados de frustração, dor e raiva para o outro, seus pés foram para o chão com grosseria e um movimento rápido, seu corpo se inclinou para a frente e Draco levantou sua mão direita ameaçando atingir o elfo que se encolheu com medo do que ele faria.

Mas Draco não teve coragem.

O Malfoy mais novo não tinha sangue frio para fazer o que o seu pai faria, então suas mãos continuam paradas no ar enquanto encara o pobre ser amedrontado em sua frente, com as pequenas mãos em frente ao seu rosto.

── Dobby, quero que você aparate e descubra onde a Enid está agora. - Abaixou a mão acalmando-se

── A garota ruiva de olhos bonitos se arrumou para ir a Hogsmeade hoje depois do café.

── Porque sabe? Estava seguindo a minha namorada sem meu consentimento? - Franziu as sobrancelhas

── Não, Dobby nunca faria isso com a senhorita Weasley. - Se justificou inocentemente ── Mas Dobby sempre visita a senhorita, ela dá comida e carinho pra Dobby.

── Preciso ir ver ela. - Ignorou as palavras do elfo pulando da cadeira para ir até o banheiro

Tomou um banho - que não tomou desde que chegou, se trocou, colocando uma calça social preta, camiseta do mesmo tecido - também preta e uma de lã de gola alta por baixo de uma jaqueta de couro.

Passou uma grande quantidade de perfume, e saiu do closet passando as mãos pelo cabelo ainda um pouco úmido.

Viu o elfo parado no mesmo lugar em que estava, e agradeceu mentalmente pela pequena ajuda do mesmo, mas não iria ser tão gentil e agradecer em voz alta.

── Se quiser, pode comer os doces que deixei no closet, mas não tem permissão de mexer em mais nada. - avisou terminando de ajeitar suas vestes

── Dobby agradece pela sua bondade. - Um sorriso cresceu no rosto dele que deu um passo para a frente

── Agora me ajuda a sair daqui porque você sabe que as magias de proteção não deixam que ninguém aparate nessa maldita mansão.

── Sim senhor. - Dobby estendeu a mão para o loiro que segurou sem hesitar, assustando um pouco o elfo com sua atitude e sua mão firme segurando a dele.

Bastou Dobby estralar um dedo que os dois estariam na frente da lojinha dedos de mel, Draco deu um passo a frente vendo a cabeleira ruiva que era inconfundível e sorriu.

Seus olhos doloridos brilharam e seu sorriso aumentou a observando, fazendo com que o elfo sorria também.

── Pode voltar e comer os doces, mas volte se desconfiar que meu pai entrará no quarto para ver o que estou fazendo. - Avisou finalmente desviando seu olhar de dentro da loja

──Sim, senhor. - Mais uma vez os dedos foram estrelados e o elfo sumiu.

Dedos de Mel. O ambiente está cheio de estudantes de Hogwarts, rindo e conversando enquanto escolhem doces das prateleiras abarrotadas. Enid está perto do balcão, examinando distraidamente um pote de sapos de chocolate. Por isso não ouviu o sino ecoar pelo ambiente,e nem notou alguém entrar na loja e parando atrás de si.

── Enid... Podemos conversar? - Pergunta parando a poucos passos de Enid, a voz baixa

Enid levanta os olhos lentamente, segurando o pote de sapos de chocolate. O rosto dela é impassível, mas os olhos revelam uma mistura de mágoa e cansaço.

── Achei que já dissemos tudo o que tínhamos para dizer, Malfoy.

── Não, não dissemos. Eu preciso que você me escute. - dá um passo mais perto, a voz firme, mas carregada de medo.

── Escutar o quê? - Coloca o pote de volta na prateleira, cruzando os braços ── Mais desculpas? Mais promessas vazias? Eu já ouvi tudo que você me disse ontem.

── Enid, por favor. - Suspira, passando a mão pelos cabelos. ── Eu sei que estraguei tudo. Sei que fui um covarde. Mas... eu não consigo parar de pensar em você. Não consigo fingir que a nossa briga não me afeta.

── Ah, claro. - arqueia uma sobrancelha, o tom sarcástico ── E você decidiu que aquele velho chinfrim não vai nos interferir mais?

Draco se encolhe levemente com as palavras dela, mas não recua. Ele olha ao redor, notando os olhares curiosos de alguns estudantes, e baixa a voz.

── Eu só... eu só quero uma chance de explicar. Por favor. Vamos sair daqui, só nós dois.

Ela quer ir. Enid quer estar perto do Malfoy em um lugar aconchegante e abraçar ele, afundar o rosto no peitoral do loiro e sentir aquele perfume forte e maravilhoso mais de perto.

── Você quer que eu saia com você? - Indagou com medo ── Draco, eu não sou uma peça que você pode mover quando é conveniente.

Draco dá um passo mais perto, agora visivelmente frustrado. A voz dele treme, mas há sinceridade em cada palavra.

── Eu sei disso, Enid! Eu sei! E é por isso que estou aqui. Porque percebi o quanto fui idiota. Percebi que, se eu deixar você escapar, nunca vou me perdoar. Meu pai pode pensar o que quiser, mas eu... eu quero você.

Por um momento, o silêncio paira entre os dois. Os olhos de Enid suavizam, mas ela rapidamente se recompõe, desviando o olhar.

── E quanto tempo vai durar isso, Draco? Até a próxima vez que ele fizer uma ameaça? Até você começar a duvidar de novo? Eu não posso passar minha vida vivendo das suas migalhas.

── Eu já decidi, Enid. - com a voz baixa e cheia de esperança  ── Eu só preciso que você me dê uma chance de provar isso.

A garota não queria ceder tão fácil assim e parecer que estava nas mãos do loiro, mas ele estava ali na sua frente implorando por uma nova chance e não é como se Enid não queira.

── Tem um lugar onde podemos ir. - Enid murmurou olhando ao redor ── Mas fica do lado da minha casa e sei que você nunca iria até lá.

── Eu vou. - O loiro queria sorrir grandemente, mas a expressão séria da ruiva fez ele conter.

── Então tá bom. - Juntou os lábios em uma linha ── Mas antes vou comprar o doce que eu estava escolhendo.

Draco seguiu a garota pelos corredores e ela pegou dias varinhas de Alcaçuz, se virando sorridente e erguendo as duas para mostrar ao loiro que sorriu junto.

Os dois voltaram para o balcão e ela pagou, em piscar de olhos estavam no quintal da toca. Os olhos azuis do Malfoy correram pelo ambiente notando um lago logo à frente, nunca esteve na residência dos Weasley e não pensou que algum dia iria ao lugar.

── Vamos até a Toca invisível. - Avisou Enid apontou onde havia uma grande quantidade de árvores

A toca invisível. É um local tranquilo, escondido por árvores e protegido magicamente para encontros secretos ou como refúgio seguro próximo à casa dos Weasley.

Adentrando na floresta, o loiro seguiu Enid pelo local de chão úmido pela chuva de mais cedo. Chegaram em frente a uma

Escondido entre as árvores da floresta pouco explorada, o esconderijo é uma pequena cabana de pedra, com uma estrutura que parece se fundir perfeitamente ao ambiente ao redor. Suas paredes são cobertas por musgos e heras que crescem livremente, dando-lhe um ar de mistério e antiguidade. O telhado é de telhas de ardósia desgastadas pelo tempo, e de suas janelas, pequenas, de vidro embaçado, escapam apenas os raios da luz suave da tarde, criando uma atmosfera acolhedora.

Dentro, o ar é perfumado com a madeira velha que aquece o espaço, onde um grande fogo crepita na lareira, iluminando suavemente o ambiente. O chão é coberto por tapetes de lã grossa, feitos à mão, e em frente à lareira, cadeiras de couro gastas oferecem conforto. Estantes de madeira com livros antigos e pergaminhos espalham-se pelas paredes, e uma mesa redonda de carvalho, com velas acesas, é o centro de atividades, seja para ler ou planejar os próximos passos.

Do lado esquerdo, uma pequena cozinha está montada com utensílios simples, mas cheios de encanto, como canecas de cerâmica que parecem ter vida própria. À direita, uma porta leva a um corredor que dá acesso a um quarto discreto, com uma cama de dossel feita de madeira envelhecida, coberta com cobertores e almofadas em tons de verde e dourado. A janela desse quarto oferece uma vista silenciosa da floresta, e as cortinas de veludo verde são sempre puxadas, deixando apenas uma leve brisa entrar.

Ao longo do teto, pequenas luzes flutuantes — feitiços encantados — iluminam suavemente os cantos mais escuros, enquanto o som distante de uma coruja passando, ou o farfalhar das folhas, tornam o lugar ainda mais mágico e seguro. É um refúgio ideal para quem busca a paz e a proteção de uma alma cansada, longe dos olhos curiosos.

── Uau, esse lugar é.. - Draco abriu a boca para dizer, mas suas palavras param no caminho.

── Sensacional e aconchegante. - Enid se sentou na cama e tirou um doce da sacola estendendo para o loiro

── Obrigado, minha ruiva. - Pegou indo se juntar a garota na cama, acomodando-se ao lado dela

── Não deixei você me chamar assim. - Disse provocativa

── Mas você nunca deixará de ser ruiva, e nem de ser minha. - Draco sorriu ladino

Enid suspirou encarando a varinha de alcaçuz em sua mão e ergueu o olhar vendo o loiro dar uma mordida com dificuldade na dele, ela voltou a guardar o doce da sacola e deixou na ponta da cama indo se deitar.

── O que foi? - O Malfoy guardou a dele depois da segunda mordida e se deitou também, ele está de busto para cima enquanto a garota vira em sua direção.

── Eu só queria fazer isso. - Se arrastou para a frente deitando a cabeça no peitoral do loiro e fechou os olhos puxando seu ar e inalando o perfume dele como tanto queria.

Draco se virou ficando frente a frente com seu olhar fixo em Enid, que parecia mais reluzente do que a própria lua. Ele respirou fundo, lutando contra o nó que parecia prender suas palavras no fundo de sua garganta. Por anos, ele foi ensinado a esconder os sentimentos, a nunca demonstrar fraqueza, mas com Enid... se tornou impossível.

── Enid.. - ele chamou, sua voz baixa. ── Eu sempre preferi usar as minhas palavras como se fossem lâminas afiadas, afastar as pessoas porque era mais fácil do que deixar alguém chegar perto. Mas com você… é diferente, eu não consigo.

Ela o encarava com seus olhos brilhantes e curiosos, os lábios ligeiramente entreabertos, como se não soubesse se deveria interrompê-lo. Ele deu um impulso mais perto, e sua mão tremeu levemente enquanto ele tentava alcançá-la.

── Não pedi por isso, não pedi para ser tão fraco quando se trata de você. Mas agora eu sei… você é a única coisa que faz esse caos dentro de mim valer a pena. Quando estou com você, eu não me importo com mais nada. Com você, eu sou apenas… Draco sem o peso do sobrenome Malfoy.

Ele segurou a mão dela delicadamente, seus olhos fixos nos dela, um oceano de sinceridade. Ergueu as mãos da garota e deixou um beijo delicado nas costas de cada uma.

── Eu não consigo mais fingir, Enid. Eu te amo. - Disse, por mais que as palavras fossem intensas, não se vê dizendo a outra pessoa que não fosse ela ── Não de um jeito simples ou leve, mas de um jeito que consome cada parte de mim. E eu sei que não sou o seu cara perfeito, mas se você me der uma chance, eu quero ser alguém digno de você.

Por um momento, o silêncio caiu entre eles. Draco segurou a respiração, esperando pela reação dela, enquanto a brisa fria da noite fazia as folhas sussurrar ao redor.

── Me ama? - Enid se sentou na cama zonza com o que ouviu, seu coração quase saltando para fora do peito ── Disse que me ama?

── Disse. - Sorriu, no instante seguinte, Ela subiu no colo do loiro não lhe dando de dizer mais nada quando se inclinou juntando seus lábios.

O loiro viu os olhos esverdeados da ruiva se encher de brilho, iluminando os dele. Enid estava se aproximando lentamente, seus olhos fixos em Draco, que também se aproximava com uma expressão de desejo intenso, como se estivesse prestes a ceder a algo inevitável. O silêncio entre eles era pesado, carregado de uma tensão que parecia consumi-los.

Draco parou quando a ponta de seu nariz encostou no dela, observando Enid com os olhos escuros e profundos, como se quisesse devorar cada pedaço dela. A respiração dela estava acelerada, os lábios tremendo levemente, e ele sabia que ela sentia o mesmo desejo arrebatador que ele. Quando ele se inclinou, o cheiro de seu perfume misturou-se ao ar, e ela não teve forças para resistir.

Seus lábios se encontraram com uma ferocidade inesperada, a princípio suaves, mas logo se tornando mais exigentes. A boca de Draco se movia com urgência, como se quisesse marcar cada centímetro da pele dela. Enid correspondia com a mesma intensidade, suas mãos correndo pela camisa dele, puxando-o para mais perto, enquanto seu corpo se inclinava na direção dele. A sensação de estar tão perto de Draco, de sentir a pressão de seu corpo contra o dela, a fazia perder qualquer senso de tempo ou espaço.

Ele a puxou para cima dele, suas pernas de cada lado na cintura do Malfoy, o calor de seu corpo irradiando sobre o dele. A língua afundou na boca dela para esmagar a língua da garota que suspirou com o ato, e Enid sentiu um arrepio percorre-la por inteiro enquanto seus quadris parecia se mover por conta própria. Cada toque, cada movimento, parecia uma descarga elétrica que a fazia se perder por completo. Ela soltou um suspiro abafado contra os lábios alheios, sentindo o desejo se intensificar a cada segundo.

As mãos de Draco começaram a explorar seu corpo com urgência, deslizando sob sua blusa, sentindo a suavidade de sua pele. Enid gemeu baixinho, a resposta de seu corpo sendo imediata. Ela sentiu os dedos dele se movendo pela linha de sua cintura, subindo lentamente, até que ele a puxou mais perto, afastando qualquer distância que ainda existia entre eles.

A respiração deles se entrelaçava, ofegante e quente, e, por um momento, o mundo ao redor desapareceu. Só existiam Draco e Enid, seus corpos, seus suspiros, e o desejo que queimava entre eles, incontrolável e impossível de resistir.

Enid tombou a cabeça por falta de ar, trazendo junto entre seus dentes o lábio inferior do loiro, voltou a mordiscar e chupar o lábio sentindo a mão do outro subir até seus seios cobertos por um tecido rendado do sutiã para apertar o local.

── Enid, não faz ideia do que eu quero fazer com você, - ele murmurou, a voz rouca. Seus dedos estavam a um milímetro da pele dela, mas ele não tocava e isso era como uma tortura para a Ruiva. ── Não como eu quero tirar toda essa sua roupa, e te foder gostoso durante horas. - A garota mordeu o lábio inferior descontando a vibração que as palavras do outro lhe causavam ── E eu preciso tanto fazer isso.. mais do que qualquer coisa.

O calor entre eles aumentava, e ele se ergueu rapidamente invertendo as posições e se metendo entre as pernas da garota, agora tão perto que ela podia sentir a ereção pulsando em sua própria intimidade sensível. Enid remexeu seus quadris por impulso, entre abrindo a boca e sentindo-o se empurrar contra sua virilha.

── O que você quer fazer? Diz. - Pediu arqueando sua coluna, se sentia ainda mais entregue as palavras sujas e a voz do loiro as dizendo naquela entonação.

── Você sabe o que eu quero. -  continuou, a respiração quente no pescoço dela, depositando um beijo no local. ── O meu rosto entre as suas pernas, estapeando sua pele até ficar vermelha enquanto a minha língua conhece cada parte sensível seu, cada ponto que te da prazer. - Suas mãos descem agarrando as coxas da ruiva.

── Draco.. - Escapou de sua garganta, seus olhos apertados e o lábio inferior voltando a ser maltratado ao senti-lo empurrar o quadril mais uma vez na direção da intimidade dela.

── Você quer isso, minha ruiva? - Provocou fazendo-a abrir os olhos, sua mão segurou a mão de Enid e a guiou até seu membro coberto pela calça social, duro feito pedra. ── Quero colocá-la na sua boca e ir fundo. Porra. - Interrompeu sua frase, frazindo a sobrancelha ao sentir a mão dela apertando com força.

Ela sentiu a tensão crescer, os olhos de Draco profundos e famintos, e naquele momento, ela sabia que nada mais importava. Eles estavam imersos em algo que não podiam controlar, um desejo avassalador que os consumia por inteiro. O mundo se reduzia a esse único momento, a esse único desejo.

── Eu quero, Draco. - Tentou sair de baixo do mesmo, mas seu peso acabou a impedindo de conseguir ── Tira a minha roupa.

Draco se inclinou para obedecer, mas antes que fizesse, ouviram o barulho de algo caindo. Os dois pensaram em tirar suas varinhas para se prepararem para o que estava por vir.

── É o Dobby. - Draco revirou os olhos vendo as orelhinhas abanando atrás do sofá, uma visão da sala, e logo em seguida o mesmo caminhando até a porta do quarto de um jeito desajeitado.

── Dobby não queria atrapalhar. - Anunciou entrando e o Malfoy foi rápido em se virar para ajeitar sua calça e tentar esconder o que os momentos de minutos atrás lhe causou

── Oi, Dobby. - Enid sorriu para o mesmo, sentada na cama com as pernas cruzadas.

── Senhorita Enid, é uma honra vê-la novamente. - Se curvou diante da garota, mas direcionou seu olhar o loiro que continua de costas ── Dobby veio avisar ao mestre que o mestre pai está ameaçando a mestre mãe de ir para o quarto do senhor.

── Merda. - Draco apertou os olhos indo em direção da ruiva e lhe dando um selinho rápido que estalou alto ── Preciso ir agora.

── Nos vemos depois. - Enid sorriu para o Malfoy que se afastava - chegando até Dobby, retribuindo o sorriso. ── Vou sentir saudade.

── Eu também vou, esse feriado vai ser um inferno sem você por perto, minha ruiva.

── Dobby está pronto para ir. - Avisou e o Malfoy assentiu, em um estalar de dedos os dois já não estavam mais na frente de Enid e agora ela estava sozinha na cabana.

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