044
Estou na esquina da minha casa esperando o ônibus enquanto observo a vizinhança já movimentada antes das seis da manhã
Olhava com tédio para o outro lado da rua, onde a mulher jogava as roupas de seu marido que havia acabado de chegar bêbado em casa
E o mesmo corria de um lado para o outro tentando recolher suas coisas que eram jogadas pela sacada
Quando a moto de Seojun parou em minha frente e me olhou com um sorriso fechado, me fazendo franzir o cenho confusa por não estar o esperando.
── Que vizinhança tranquila! - Seojun ironizou ouvindo a gritaria
── Você não imagina o quanto. - Murmurei me aproximando, e ele se inclina para pegar o outro capacete e me entregar
── Bom dia minha gata. - O garoto deixou um breve selinho nos meu lábios
── Seojun, me diz que você não acordou essa hora só pra me levar. - Suspirei arrastado
── Ahm, eu vou ter.. - Disse lentamente, com um sorriso inocente ── Que dizer.
── Você precisa descansar bem pra ir a escola! - Repreendi ── E ainda tem a sessão de fotos, como vai tirar com um monte de olheiras?
── Você está se esforçando pra conseguir um bom emprego e eu to me esforçando por você.
Suas palavras fizeram um sorriso involuntário crescer em meu rosto, notando como amava isso da parte do Seojun, o jeito que ele se importa com as minhas coisas e assuntos.
── Valeu por me apoiar. - Disse
── Sempre vou te apoiar. - Ele sorriu deixando um beijo na minha bochecha
── Mas eu também quero te apoiar, então depois tem que ir dormir. - Avisei, subindo na moto
── Claro.
E logo ligou a ignição dirigindo até o mercado, onde os funcionários abriam para começar a arrumar as coisas antes de chegar a hora de começar o serviço estabelecimento.
── Eu te espero aqui. - Seojun murmurou, me observando descer da moto ── Boa sorte, gatinha.
── Obrigado amor. - Sorri, entregando o capacete para ele ── Mas você vai pra casa dormir agora, to mandando.
── Ah, Qual é!
── Não sei a hora que vou sair. - Falei ── Então não fique aqui.
── Ta bom. Eu não vou ficar. - Ele cedeu, respirando profundamente ── Mas eu vou vir te buscar na saída.
── Até mais tarde.
Entrei no mercado e fui para a sala do homem, conversamos e ele me fez algumas perguntas para estabelecer um horário.
Quando se passou algum tempo, nós terminamos e eu sai. Fui até o estacionamento apenas para verificar, e soltei um riso frouxo ao ver que o Han Seojun não me obedeceu e ainda estava ali me esperando como eu disse para ele não fazer.
── Como foi ? - Ele perguntou, assim que me viu se aproximar
── Ele disse que eu posso começar hoje. - Falei empolgada, e antes mesmo que o Seojun abra a boca para dizer algo, eu o interrompi lhe dando um selinho ── Então volta pra casa e vai dormir, te amo, tchau.
Vi o Seojun me olhar boquiaberto, mas eu não entendi porque ele parecia surpreso e nem questionei, apenas me virei entrando outra vez.
E assim que entro no local, parei arregalando os olhos ao perceber que falei aquilo pra o Seojun.
── Ai meu Deus, porque eu falei isso - Me questionei
── Vem eu vou te mostrar onde ficam os armários, Ari. - Da-han entrelaçou os nossos braços empolgada, me puxando para os fundos
Fomos para o vestiário e ela me entregou uma chave, então eu abri para colocar as coisas que eu trouxe e vi duas mudas de uniforme no mesmo.
── Depois você recebe mais algumas. - Ela avisou
── Espero que eu seja contratada pra receber. - Comentei, pegando o uniforme para vestir
── Eu tenho certeza que você vai. - Sorriu ── Vou deixar você se trocar a vontade.
Assenti, e logo a garota saiu me deixando sozinha. Eu me troquei e voltei para o trabalho, iria ficar como operadora de loja no início e eu não iria reclamar de nada pois estou contente com a oportunidade de pelo menos trabalhar.
As horas demoram a se passar só porque eu não vejo a hora de dar a hora de ir embora, e finalmente poder ver o Han Seojun.
Mas quando enfim chegou, eu não demorei nenhum pouco para ir me trocar e pegar as minhas coisas.
Sai da loja para p estacionamento e desmancho o meu sorriso, ele não estava ali como havia dito que estaria. Mas não vou ficar desanimada por causa disso, afinal é só um atraso.
E eu sei que ele iria ser modelo essa tarde e provavelmente perdeu a hora.
Tentei ligar, mas apenas chamava como se o celular dele estivesse abandonado por aí e certamente esteja mesmo.
── Ari, vou de ônibus, você quer companhia? - Da-han perguntou se aproximando e eu me virei para olha-la
── Quero sim. - Sorri, aceitando sua proposta
Então saímos do local para encontrar o ponto de ônibus mais próximo, e acabei guardando o celular desistindo de falar com o Han Seojun.
O ônibus finalmente fechou e nós entramos, dessa vez estava lotado então fomos de pé.
E eu odeio ficar em pé em qualquer lugar pois parece que a minha pressão abaixa na hora, e eu não via a hora de alguém sair e disponibilizar algum lugar.
── Eu moro sentido contrário, então vou descer antes pra pegar o outro ônibus. - Avisou ── Nos vemos amanhã Ari.
── Tchau, até amanhã. - Me despedi da garota que logo desceu
Eu só queria chegar em casa e tomar um banho pra descansar, com certeza esse serviço é nem mais cansativo que o outro.
Assim que cheguei, sinalizei e desci suspirando ao sentir o vento fresco bater contra o meu rosto. Eu caminhava tranquilamente pela rua, subindo a rua direto para a minha casa.
E entrei correndo direto para o meu quarto, ouvi a minha mãe me questionar de onde eu estava mas não lhe dei muita importância. Assim que tomei o meu banho, desci para a cozinha.
── Oi Lim-ju - Falei com a mesma que estava sentada no lugar dela, ignorando a tigela de arroz e outra de lamen enquanto encarava o celular
── Oi.
── Que desanimo todo é esse? - Questionei, puxando as tigelas de comida para mim
── O Lee Suho não me mandou mensagem o dia inteiro. - Reclamou ── Ele simplesmente sumiu sem me avisar. Até parece que esqueceu que agora namora.
── Ele deve estar ocupado e nem lembrou de avisar a você. - Comentei, levando uma colherada de arroz junto com o macarrão até a boca
── Isso é um problema. - Choramingou
── Se bem que o Han Seojun também sumiu. - Pensei alto, e soltei um riso ── Será que os dois se encontraram? E estão se matando agora?
── Bem provável. - Joo kyung concordou, mas mudou de assunto ── E como foi o novo emprego hoje?
── Foi razoável. - Comentei, continuando a comer ── Mas não comenta sobre isso aqui em casa. Se a mamãe descobre, ela me mata.
── Mas ela não deixou você trabalhar por tirar nota boa?
── Sim, e disse que se eu perdesse, não poderia arranjar outro. - Lembrei das falas da mesma
── Ah.
── E o seu? Como foi?
── Foi bom, eu acho que vou me dar muito bem. - Joo Kyung sorriu empolgada ── Vou agradecer o Han Seojun de ter me indicado.
── Ele indicou? - A olhei surpresa
── É. Eu não falei?
Balancei os ombros, tentando me lembrar se ela realmente me falou e eu me esqueci, mas a minha memória é bem ruinzinha.
── Ah, vocês não acreditam na tragédia. - Nossa irmã mais velha entrou na cozinha, largando a bolsa dela no chão
── Que tragédia? Bebeu de novo e perdeu seus documentos? - Joo Kyung questionou
── Não. - Disse, indo até a geladeira ── O filho do chefe e o amigo dele sofreram um acidente na frente da empresa essa tarde.
── Oque? - Joo Kyung se levantou depressa, consequentemente batendo as mãos na mesa
── Que amigo é esse? - Perguntei ── O Lee Suho não tem amigos.
── Ai Meu Deus, o Lee Suho se feriu gravemente? - Os olhos da Lim-Ju já estavam lacrimejando
── Não sei dizer, eu não pedi detalhes. - A mulher disse servindo um copo de suco
No mesmo instante a garota se virou, correndo desesperada em direção da porta de casa.
── Quem é o amigo dele? - Perguntei, temendo que fosse quem eu penso que seja
── Não sei dizer.
── Não sabe dizer nada. - Reclamei, seguindo a minha gêmea para fora
── Mas eu não sei mesmo. - Ouço a voz de Hee Kyung
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